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após a publicação do Livro dos Espíritos no dia 1 de abril de 1857 em Paris,
Allan Kardec fez questão de dar prosseguimento à divulgação da Doutrina.
Iniciando a 1 de abril de 1858 a Publicação da Revista Espírita, através da
qual poderia discutir apresentar as informações doutrinárias e ampliar o campo
disseminando a terceira Revelação.
Imediatamente
compreendeu a necessidade de criar um núcleo no qual fosse possível a
continuidade dos estudos, análise das comunicações espirituais, e educação
mediúnica, a prática da caridade, a convivência saudável entre os dois planos
da Vida: O
material e o Espiritual.
Deste
modo fundou no dia 1 de abril de 1858 a Sociedade Parisiense de Estudos Espírita,
em cujo Regulamento, no primeiro artigo declara enfaticamente.
Foto da sede em Paris, França, no dia citado, Allan Kardec disse: "
“A extensão por assim dizer universal que tomam diariamente as crenças espíritas faziam desejar vivamente a criação de um centro regular de observações. Esta lacuna acaba de ser preenchida. A Sociedade cuja formação temos o prazer de anunciar, composta exclusivamente de pessoas sérias, isentas de prevenções e animadas do sincero desejo de esclarecimento, contou, desde o início, entre os seus associados, com homens eminentes por seu saber e por sua posição social. Estamos convictos de que ela está chamada a prestar incontestáveis serviços à constatação da verdade. Sua lei orgânica lhe assegura uma homogeneidade sem a qual não haverá vitalidade possível; está baseada na experiência dos homens e das coisas e no conhecimento das condições necessárias às observações que são o objeto de suas pesquisas. Vindo a Paris, os estranhos que se interessam pela doutrina espírita terão um centro ao qual poderão dirigir-se e comunicar suas próprias observações”
A Sociedade tem por objeto o estudo de todos os fenômenos
relativos às manifestações espíritas e suas aplicações às ciências morais,
físicas, históricas e psicológicas.
Estava
inaugurado o primeiro Centro Espírita do mundo, a célula abençoada que iria
multiplicar-se em favor da construção da futura Sociedade terrestre mais Feliz.
Costumamos
a freqüentar o Centro Espírita durante anos sem atentarmos para os aspectos
mais profundos da sua importância, pois o vemos apenas como o local onde vamos
buscar ajuda, consolo, amparo e esclarecimentos e onde se tem um bom ambiente
espiritual, apropriado para as reuniões espíritas.
Muitas vezes nos decepcionamos com as
praticas que vem ocorrendo no movimento espírita, talvez ocorra com a Doutrina
Espírita o mesmo que ocorreu com o Cristianismo primitivo, legado por Jesus aos
homens puros e espiritualizado, mas no momento que foi admitido pelo poder
temporal de Roma e as massas ignorantes o aceitaram, estas foram impondo suas
crendices, suas superstições trazidas do fetichismo e do paganismo. Foram nele
infiltrando seus rituais, explicações infantis ou nebulosas, solenidades, mistérios,
palavras exóticas e sacramentais.
Como o espiritismo há o perigo de
acontecer o mesmo. À medida que as palavras dos Espíritos passaram a ser ouvida
em toda a parte, e que grandes médiuns começaram a atrair multidões, e os
livros espíritas iluminaram o mundo os princípios da Terceira Revelação,
multidões correram aos Centros Espíritas.
Queria encontrar, dentro do movimento
espírita, os mesmos rituais e solenidades aos quais estava acostumado deixando
levar pelo atavismo religioso.
Muitos dirigentes,
temendo ficar com as Casas vazias, vão cedendo, fazendo sempre uma pequena
concessão, aparente inócua, amanha outra, e assim por diante. Quando se
perceber, a pratica mediúnica e as reuniões estarão totalmente deturpados, com
a introdução de vestes especiais, defumação, cantos e hinos, bustos e estatuas,
oferendas, títulos nobiliárquicos, casamentos espíritas, batizados, posições
especiais para orar, etc.
“As deturpações da Doutrina são de duas
modalidades: A Primeira é ingênua, não tem intuito doloso à segunda intenção, é
exploração e possui uma finalidade oculta”.
Na primeira, consideramos o uso da
mediunidade para assuntos mundanos, seu cultivo como rotina e sem orientação, a
fantasiosa referente às personalidades dos espíritos comunicantes, o cerimonial
que se enxerta na pratica espírita, o uso das sessões de passes e de curas, a falta
de critica no relato e nas publicações dos fenômenos supranormais, as idéias
estranhas do espiritismo que nele querem ser enxertados, trata-se de idéias
dogmáticas, esotéricas ou teosóficas.
Como exemplo de deturpação doloroso, com
intuito de lucro ou propaganda, encontramos os anúncios de médiuns receitistas,
as falsas operações, visando questões materiais.
Precisam os freqüentadores saber que os
espíritos não nos procuram, para tratar de coisas materiais, e sim, de assuntos
espirituais, de interesse comum e universal. Não vem resolver nossos problemas
particulares, mas relembrar-nos de que somos seres imortais em evolução e que
devemos cogitar de algo acima das coisas mundanas e passageiras.
O espiritismo é a luz, é bússola, é a
maior Doutrina que veio para o progresso da humanidade terrena. Não é um
conjunto de praticas ritualísticas que deslumbram as mentes primitivas, nem
oferece, para solução do problema, rituais ou formulas cabalísticas.
Alguns
dirigentes de Centro Espirita, sob o argumento de que o espiritismo é uma
Doutrina Universalista e abrangente, e citam que Kardec está ultrapassado, e
precisam ser revisto e, assim consideram
natural a incorporação nas suas atividades de certas práticas que não condizem
com os princípios Espirita e nem se ajustam às finalidades da Instituição .
O certo seria esses
Dirigentes dizer que os Espíritos que transmitiram a Codificação é que esta
ultrapassado e a Doutrina Espírita
descartável , para se moldar ao gostos de certos Dirigentes .
Em GÊNESE , Kardec faz uma citação das verdades práticas do Doutrina Espírita. “O Espiritismo, marchando com o progresso, jamais será ultrapassado porque, se novas descobertas demonstrassem estar em erro sobre certo ponto, ele se modificaria sobre esse ponto; se uma nova verdade se revelar, ele a aceitará. ( A gênese pagina 37 Ed. Lake).
Esse procedimento tem-se
agravado nos últimos tempos com a introdução na Casa espirita de processos
alternativos de tratamento e cura, tais
como terapias
de vidas passadas, cromoterapia , cristalografia, pirâmides , projectologia e
outros.
O
compromisso do Centro Espirita e dos seus Dirigentes é para com a Doutrina,
estudada e aplicada em consonância com o Evangelho de Jesus. A adoração de
teorias e práticas exóticas ou não afinadas com a simplicidade e a pureza dos trabalhos
espíritas compromete-lhe o objetivo e desorienta seus freqüentadores e
assistidos .
Dispõe a Casa Espírita de
inestimáveis recursos para atendimento dos que procuram em busca de lenitivos
para seus males psicofísicos. Entre esse recursos estão a prece, o passe, a
água fluidificada, a desobsessão, além da imprescindível orientação
Doutrinária. Buscar reforço em estranhos tipos de tratamento indica falta de fé
na terapêutica do Consolador.
Todos nós profissionais nos
preocupamos em manter a seriedade e a
honestidade em nossa profissão ,
seja ele médico, cientista, advogado , engenheiro e outros, então o por quê de
não aplicarmos os mesmos critérios em nossa Casa espírita , porque temos que
nos tornar infantis aceitando de pronto tudo aquilo que é dito nos trabalhos , sem passar pela análise
racional do dirigente .
A maioria das Casas Espíritas
ministra cursos que por ano formam mais ou menos uns trezentos médiuns , e
mesmo assim não encontramos dirigente conhecedor das causas espiritas .
Allan kardec demonstrou preocupação e zelo pelos Núcleos espiritas em
todo o período de sua vida missionária, conforme se pode constatar em “ O Livro
dos Médiuns”, “Obras Póstumas”, na Revista Espírita nos discursos proferidos quando de suas
viagens de 1862 ( a Lyon e Brodeaux) e 1864 (Bruxelas e Anturépia). Isto porque
reconhecia nas Sociedades Espíritas (grandes ou pequenas) às células de
disseminação do espiritismo e congraçamento dos seus objetos.
Não nos damos conta de toda a complexa estrutura espiritual que mantém
uma sede de atividades espirituais âmbito dos encarnados, para que ela possa
atuar nos dois planos da vida.
Templo,
lar, hospital. Oficina, escola. O Centro Espírita reúne tudo isso, sendo
essencialmente o ponto de encontro de almas
que buscam por respostas, que buscam Paz e que despertaram para a
necessidade de se renovarem interiormente sob a luzes do Consolador prometido
por Jesus.
Almas
cansadas, desiludidas, sofridas: almas sem rumos, perdidas em si mesmas, em
busca da própria espiritualidade. Em certo momento de sua vida percebem que são
imortais, que são espíritos, provisoriamente revestido de um corpo físico e que
a vida no plano terreno é passageira curta e rápida na trajetória evolutiva.
As
realidades da Importância do Centro espírita aos poucos se evidenciam,
conferindo aos dirigentes de serem as “Vozes” no plano terreno, dos Benfeitores
da vida maior, estes que numa visão mais profunda e avançada, são em verdades,
aqueles que dirigem, orientam, sustentam e inspiram os tarefeiros encarnados.
Portanto,
é no âmbito do Centro espírita que exercitamos o amor, em suas várias
gradações, que aprendemos a perdoar, que treinamos a paciência e a tolerância
aprendemos simultaneamente ter respeito e disciplina no trato com as coisas
espirituais.
Há
alguns anos, estamos sendo conscientizados, principalmente através de mensagens
dos instrutores espirituais, do que é na realidade o Centro Espírita.
Preservá-lo de acordo com as Diretrizes da Codificação.
As suas Bases, os seus alicerces espirituais, assim argamassados farão com que a obra se erga firme na Terra e permaneça de pé vencendo as tormentas e vicissitudes humanas.
É “A casa edificada sobre a rocha” de que nos
fala Jesus. Capaz de resistir através dos tempos.
Mas
que só se materializara se a equipe encarnada colocar dia a dia os tijolos do
Amor e o cimento da perseverança. Se os labores ali efetuados levarem o sinete
da caridade e do desinteresse pessoal, transformando-se assim em Templo e Lar,
Hospital e escola.
O Centro Espírita – Unidade fundamental do Movimento Espírita para bem atender às suas finalidades, deve ser núcleo de estudo, de fraternidade de oração e de trabalho, com base no Evangelho de Jesus, à luz da Doutrina Espírita.
Desviá-lo dessa diretriz é comprometer a causa a que se pretender servir. J Herculano Pires ( O centro Espírita) . Suely Calda Schubert ( Dimensões do Centro espírita), podem ser referenciadas pela doutrina no Brasil.
O Centro Espírita – Unidade fundamental do Movimento Espírita para bem atender às suas finalidades, deve ser núcleo de estudo, de fraternidade de oração e de trabalho, com base no Evangelho de Jesus, à luz da Doutrina Espírita.
Desviá-lo dessa diretriz é comprometer a causa a que se pretender servir. J Herculano Pires ( O centro Espírita) . Suely Calda Schubert ( Dimensões do Centro espírita), podem ser referenciadas pela doutrina no Brasil.
O Centro Espírita – Unidade
fundamental do Movimento Espírita para bem atender às suas finalidades, deve
ser núcleo de estudo, de fraternidade de oração e de trabalho, com base no
Evangelho de Jesus, à luz da Doutrina Espírita.
Desviá-lo dessa diretriz é
comprometer a causa a que se pretender servir.
Após
estudarem os requisitos das sessões bem orientadas, enumeram aquilo que
consideram falhas na prática espírita. Destacamos os seguintes erros, que são
talvez os mais freqüentes;
a) Uso de túnica branca pelo dirigente dos trabalhos.
b) Proibição do estudo dos Livros da Obras básicas, sob
alegação de queou o Guia é competente para tudo ensinar;
c) Distribuição de preces impressas, para se evitarem
desarranjos na vida,
d)
Abstinência de carne no dia da sessão espírita;
e)
Realização de casamentos, batizados e crisma espírita;
f)
Promessas aos espíritos, para se conseguirem favores;
g)
Médiuns de mãos dadas ou espalmadas sobre a mesa;
h)
Comunicação de dois ou mais espíritos ao mesmo tempo;
i)
Proibição de cruzarem as pernas;
j)
Cantos extravagantes, velas, defumações;
k)
Assistência obrigada a se conservar de olhos fechados;
l)
Obrigação de receber passes ao entrar na casa
espírita;
m) Perguntas
aos espíritos para satisfazerem a curiosidade.
n)
Implantação de terapias, cromoterapia, Reik e
outras.
Mas Infelizmente
não foram em busca de uma iluminação interior, de uma explicação para as
torturantes duvidas filosófica, foram em busca de remédio pronto e fácil para
todas as mazelas do corpo e do espírito. Essa grande massa de raciocínio
simplista não possuía o menor interesse na Doutrina espírita e, sim, no que
poderia obter de imediato e material. E fazem do Centro Espírita velhas
catacumbas onde os cristãos antigos se reuniam ás escondidas, no mais completo anonimato.
O texto acima foi produzido a convite do BLOG Divugação do Espiritismo pelo dirigente Espírita Paschoal Nunes Filho, 50, empresário, administrador, atual Presidente e diretor de Doutrina da Sociedade Espírita Casa do Caminho em Piracicaba, Paschoal é também médium, orador, ex-vice presidente da USE Fundador de três Casas Espiritas, tem 36 anos dentro da Doutrina codificada por ALLAN KARDEC, e sempre que possível estará conosco para divulgar a DOUTRINA ESPIRITA.
Muito bem centrado prezado companheiro de jornada, que todos que estão a frente de Casas Espíritas possam entender seu texto e suas obersavações, com as quais concordo com todas, estamos indo sem termos conhecimento ainda sobre a BASE, parabéns.
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