Será
que não estamos supervalorizando os bens materiais em detrimento de nossas
aquisições espirituais?
Nosso carro, ao invés de ser encarado como um meio de
transporte virou um símbolo de status: queremo-lo cada vez maior, mais caro,
muitas vezes nem sequer podemos pagá-lo, mas queremos porque queremos e nos
endividamos só para exibi-lo por aí.
Depois, quando chega a primeira prestação, começam os problemas e nos
torturamos maldizendo a vida, a sorte, etc.
Nessa
esteira, seguindo os nossos exemplos, vão os nossos jovens, a maioria sem
acreditar em nada, julgam que a vida acaba nos portais do túmulo, nada mais
havendo depois, a não ser o nada. Então, passam a gozar dos prazeres ilusórios
da vida o máximo possível, pois na sua lógica tudo pode acabar de vez
amanhã......(e pode mesmo, como consequência do abuso das bebidas alcoólicas,
das drogas que se alastram assustadoramente, da falta, enfim, de esperança).
No
labor mediúnico, comparecem nossos irmãos que enveredaram por esse caminho de
ilusões e, ao darem-se conta que continuam vivos, lamentam dolorosamente o
tempo e a oportunidade perdidos e choram copiosamente. Mas o Pai é
infinitamente bom e misericordioso, como diz o Profeta Ezequiel: Ele não quer a
morte do ímpio, e sim que ele se converta e viva, por isso, novas oportunidades
de volta serão dadas a esses irmãos, talvez em condições mais difíceis, mas de
acordo com as suas necessidades de retificação da sua trajetória, enquanto
espírito imortal.
Mas então, como agir?
Cairbar Schutel no seu livro Parábolas e Ensinos de Jesus, tem uma frase
que nos responde bem à questão: “Viver no mundo sem ser do mundo”, isto é,
devermos dar às coisas materiais o seu justo valor, sermos moderados em nossos
hábitos, usar sabiamente a riqueza que foi confiada a alguns, multiplicando as
oportunidades para aqueles que desejam
produzir e se elevar pelo trabalho honesto, ajudar os desamparados e
inválidos. No mais das vezes é só usar de boa educação, respeitar as leis, ser
bom cidadão, usar da palavra para o bem, com diz o sábio provérbio popular:
“falar é prata, calar é ouro”.
Muitas vezes é melhor calar-se. Outras vezes é
necessário falar para esclarecer fraternalmente o irmão em erro, a fim de não
sermos omissos e, consequentemente, coadjuvantes, mesmo sem querer, dos seus
enganos.
Acima
de tudo e de todos Deus, pacientemente, aguarda que ganhemos experiência com os
nossos erros, que soframos as consequências de nossos próprios atos, que
aprendamos a humildade, que dominemos o nosso orgulho e o nosso egoísmo. Por
certo temos muito ainda a caminhar.
Cabe-nos a escolha: trilharmos caminhos
menos ásperos e mais rápidos ou, então, aqueles aparentemente mais fáceis, mas
que na realidade nos levam a desvios íngremes, obscuros, tornando a jornada mais
longa. A escolha está sempre em nossas mãos e não adianta querer culpar os
outros pelas nossas más escolhas. A responsabilidade é nossa e só nossa.
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