quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

Um Médico no plano espiritual - Por David Chinaglia






Este blog já me deu inúmeras missões, algumas especiais, outras surpreendentes, vamos falar de um médico famoso no Brasil, e no exterior, que partiu ao plano espiritual, do plano mandou mensagens, da chegada, da recepção, e dos fatos que lhe sucederam, e ainda se sucedem.

Tive o prazer de trocar mensagens com ele em vida, eu em Piracicaba ele em Campinas,  muito rápidas, via seu Facebook, objetivas, sobre a nossa doutrina espirita.

Vou falar um pouco de sua passagem, ou como preferem alguns, sua morte física, e depois vou lhes dar o testemunho que os fatos aqui relatados são verdadeiros, de fonte altamente confiável.

Neurocirurgião, medico formado em 1966, no triangulo mineiro, em Uberaba, ele veio a Campinas em 1969.

Enquanto lutava contra um câncer agressivo no intestino, nosso segundo cerebro, ele conversava e estudava muito sobre a doutrina espirita, de 2015 ate sua morte em 2018.

Foi num 21 de Setembro de 2018, que ele desencarnou, em sua chegada ao plano espiritual, foi recebido pelo espirito de sua mãe, em carta que enviou a seu irmão também famoso, e nosso colaborador.

Para um medico que enfrentou a morte de seus pacientes, os duelos internos de hospitais, clinicas, e atendimentos de emergência,  que conheceu Chico Xavier, que viveu no meio espirita como toda sua família o enfrentamento da passagem, ficou aceitável, a par do sofrimento que teve em seu desligamento da terra,.

Como era grande amigo, e parceiro do irmão, fez combinações de como faria para se comunicar, e assim ao chegar, teve a oportunidade de ser recebido pelos espíritos auxiliares, alguns que ele conheceu logo de cara, e por seu mentor,.
Nos dias que se sucederam a chegada, a pátria espiritual, e o verdadeiro entendimento da troca de planos, teve o presente pela sua conduta na terra, de se encontrar com sua mãe, nesta encarnação que acabara de chegar, porem com quem já tivera em outra encarnação.

Antes de partir da terra, dona Beth médium clarividente, que relatava a ele, e sua família, companheiros do plano espiritual presente no final de sua vida, afinal durante sua jornada, ele teve conduta com seus assistidos, e isto o ajudou nos momentos finais.

Nosso bom doutor, como vou chamar, foi Medico da Unimed de Campinas, em vida atendia mais de 40 pacientes dia, o que se torna uma marca acima da media normal, de um plano de saúde.

Fez durante vários meses atendimento gratuito a pessoas que não tinham recursos, junto com seu irmão, também neurologista famoso, e amigos.

Ao chegar no plano espiritual, buscou primeiro contato com seu irmão, espirita, medico, e amigo de tantos anos, em sua primeira mensagem foi uma psicografia, cerca de 40 dias após desencarnar, escreveu, que estava a procurar enxada para trabalhar.

Considerado em vida terrena, um homem pragmático, severo, de honestidade impar, pois nunca aceitou erros de conduta, em pratica da medicina, a conduta moral, na terra, lhe serviu de passagem pouco sofrida na entrada do plano.

Entre varias homenagens após sua morte física, a que chamou atenção foi a homenagem do Hospital da Beneficiencia Portuguesa, que hoje tem uma UTI com seu nome da ultima encarnação, calma, ja vamos falar o nome de nosso espirito amigo.

Relata nosso amigo, que ao chegar ao plano, tomou conhecimento de um hospital dentro das regras espirituais, que faz tratamentos a espíritos que fazem a passagem de forma apegada, que chegam de forma sofrida, ao outro lado da vida.

Cabe aqui explicar que um espirito que vive na terra mais de 20,30,50,80, 100 anos, e ainda tem em sua mente, coisas do dia a dia, tipo agua, comida, remédio, o que leva a necessidade dos amigos espíritos de plasmar, de criar virtualmente, imagens que acalmem o assistido, agora espirito.
Afinal tudo no plano espiritual vem da energia, dos socorristas, mas, a figura de remédios, agua, sopa, são recriadas, embora no campo espiritual não existam, já que espíritos, não possuem sistemas orgânicos, com o tempo, o espirito entende os vícios do corpo carnal, e já fala pelos pensamentos, sem necessidade de alegorias, de coisas terrenas.


Hoje no plano espiritual, nosso amigo medico aqui, digamos ainda recém chegado pois, fazem apenas 05 anos que deixou o planeta, auxilia uma enorme equipe, de espíritos, que foram médicos na terra, ou estiveram ligados ao atendimento social, ou mesmo, enfermagem, ou estiveram sempre ativos com sua empatia ao próximo.

Como colaborador, nos ensinamentos foi entendendo nosso Bom Doutor, o dia a dia deste tipo de hospital, digamos no espaço e que lhe trazia lembranças dos que frequentou na terra.

Nosso Bom Doutor, escreveu dois livros em sua jornada na Terra, destaque para a obra, não viva sem problemas.

Aqui dizia não ser famoso, apenas popular, risos reservados, homem disciplinado, foi recebendo conhecidos desencarnados no plano, e sempre se colocou a disposição de sua família dentro das regras do permitido no plano espiritual, ninguém tem privilégios.

Certamente se eu tivesse conhecimento, para tal, a vida deste medico, aqui ate o ano de 2018, junto com a de seu irmão que segue vivo aqui na terra daria um livro e um filme muito especial, com fatos da medicina, e do espiritismo.

Quero lembrar que para um medico, em vida, complicado falar de Deus, este editor tem um medico famoso em Santos, que indagado por mim, se acreditava em Deus, me respondeu acredito em Chico Xavier, que vi, que conheci, acredito na vida após a morte, se um dia você entendesse o que se passa num hospital, teria provas que a fé, não e tão fácil assim.

Eu penso diferente, deste amigo que ainda na terra vive, mas, respeito, todas as posições, a fé tem salvo vidas em hospitais, vemos coisas que não temos explicações cientificas.






Voltando ao nosso medico, hoje ele ajuda e trabalha no plano espiritual, como falei no inicio, fazendo sua jornada, orientando os espíritos que lá chegam,.

Pessoalmente, não tive o prazer de conviver aqui na terra, com ele, mas, sei do orgulho de seu irmão com quem converso sempre que posso, ou que ele se destina a nos enviar seus textos.

O Objetivo desta matéria, basicamente, fazer com que você acredite na vida após a vida, que suas atitudes aqui na terra irão repercutir no plano espiritual no seu tempo curto ou longo, pois como dizia o mestre a cada um pelo seu merecimento.

Allan Kardec dizia sempre, não existe milagre no Espiritismo, no futuro aprendemos, que o que chamam de milagres, são autorizações, digamos do cabeça, para mudança de destino, estando ele onde você imagina, ou em Júpiter como eu acredito., mas cuidado, ao pedir uma cura, uma troca, um tempo a mais, existirá sempre as consequências, para quem recebeu a ajuda do plano para tal, e de quem ajudou, milagre sem custo não tem.

Nesta noite em Praia Grande, litoral, depois de um final de semana trágico para o povo do litoral norte, e sul do Estado de São Paulo, me sinto um privilegiado, de poder vos contar, claro, com alguns cortes, que precisamos ter mais atitude, do ficar esperando Deus ou os espíritos resolverem nossa vida,.

Vejo gente indo a casa espirita, pedir ajuda para resfriados, crises alérgicas, e isto me preocupa, existem graves problemas de assistidos, e fazer um médium ocupar se de um resfriado me parece, egoísmo.
Lembre que pessoas que vão  a casa espirita, estão em desespero a sua maioria, alguns temem dizer que tem um câncer, que desejam se matar, precisamos priorizar a nossa energia, em coisas importantes, as mais leves, resolvemos sozinho, e precisamos parar de querer culpar espíritos, ou pedir a eles soluções que são nossas.

A cada um pelo seu merecimento, amigos do Blog, nosso bom doutor, que hoje atua no plano espiritual, você conheceu na Terra como Dr. Jose Jorge Facure.







Dr. Jorge Facure era associado vitalício da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas, integrava o Conselho Fiscal da SMCC.
Em 2015, recebeu o prêmio Paes Leme da SMCC, maior honraria da entidade, concedida a médicos que se destacaram no exercício e na projeção da Medicina em nossa região.

Livre docente aposentado do Departamento de Neurologia da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, o médico se formou pela Faculdade Federal de Medicina do Triângulo Mineiro, em 1966, José Jorge Facure especializou-se em neurocirurgia pela Universidade de São Paulo, em 1969.

Dr. Facure também era titular emérito da Academia Brasileira de Neurologia, membro efetivo da Sociedade Internacional de Neurocirurgia Pediátrica e foi Diretor Técnico do Hospital Beneficência Portuguesa.

A trajetória do neurocirurgião é extensa. Na Unicamp, Dr. Facure desenvolveu e consolidou a sua carreira acadêmico-científica, defendendo em 1971, a tese de seu doutorado. Foi quando publicou a tese com o nome de “Derivação ventrículo peritoneal com válvula no tratamento da hidrocefalia infantil”. Tornou-se livre-docente em 1984, com outra tese: “Micro neurocirurgia para o tratamento da hérnia discal lombar”.

No Departamento de Neurologia da FCM, ao lado do irmão Nubor Orlando Facure, segundo registros da Unicamp, contribuiu na implantação da Residência em Neurocirurgia e na introdução do Departamento nos cursos de pós-graduação, ministrando o curso hipertensão intracraniana. Em 1976, fundou a disciplina de Neurocirurgia Infantil. Foi coordenador do Departamento no período de 1984 a 1986 e chefe da disciplina de Neurocirurgia de 1989 a 1990.

Jorge, vive, hoje no plano espiritual, e deste plano segue orientando, ajudando, a muitos que por la chegam todos os dias.
No seu entender o conhecimento adquirido aqui na terra ajuda, mas, o maior de todos aprendizados, foi a empatia, o amor, com o qual procurou agir, sobretudo o perdão, mesmo que mais duramente.


Sempre que autorizado, ou solicitado, se autorizado for, Jorge envia mensagens a Terra, como todos que já estão ajudando no plano espiritual, Jorge Facure, hoje atende centenas.


Paschoal Nunes Filho sempre me colocava uma questão, em que canoa queremos chegar no plano espiritual.


E esta questão para os senhores, as senhoras, os amigos, e amigas, a Terra ainda vai passar por nova onda da pandemia, milhares irão morrer, estamos a porta de uma guerra Mundial de efeitos terríveis na minha opinião, hoje em meus relatórios, recebo da China que ao Norte existe total falta de agua, e isto traz pânico.
Na China o norte recebe o liquido precioso vindo de outros estados, em vários países da Europa, temos falta de produtos alimentícios, medicamentos, e aqui, vemos pessoas que só pensam nela, no dinheiro, na luxuria, pessoas que roubam doações, como vimos hoje na reportagem da TV, outros que cobram 93 reais, por 05 litros de agua, o mal da terra, certamente somos nós, e por verifique o que anda fazendo, para ter um dia seu merecimento.


Digo sempre que posso que aquela parte famosa, muitos serão chamados e poucos os escolhidos, não são para o céu, são para salvar a terra, que será devolvida da forma que encontramos milhões de anos atrás. 

Jorge Facure, teve o prazer de conhecer Bezerra de Menezes no plano espiritual, o espirito de Bezerra, tem em si seus traços da encarnação vivida no nordeste, e terminada no Rio de Janeiro.


Segundo Jorge, o trabalho no mundo espiritual, tem aumentado muito, e se as pessoas melhorassem sua conduta aqui, ajudariam a não estar tão dependente de coisas da terra, após a morte.


Tenho conversado com espíritos diariamente, em minhas preces, na pratica do evangelho, em uma casa em desequilíbrio que agora esta equilibrada, e lembrem, ninguém, manda espirito perturbado embora, eles retornam ou deixam locais e pessoas, quando querem, livre arbítrio, e o sistema, de segurança do plan,o vos falo por estudo, de Chico Xavier e suas obras, de entendimento de Kardec, e de seus trabalhos aqui na terra, o espirito seja de quem for, será atraído de acordo com seus pensamentos, com sua raiva, com sua revolta, com sua indignação, logo se tiver bons espíritos ao seu lado, terá bons pensamentos.


Peca ajuda, hoje liguei para uma pessoa tentando falar com ela sobre socorro a um ser necessitado, ela entendeu, mas não respondeu, não seja esta pessoa com você mesmo, responda sempre que te chamarem, ache um tempo para todos, que precisam de você. 


A cura do câncer esta chegando, vai demorar para todos terem acesso, não muito, mas, ela esta ai vimos o experimento da USP em Ribeirão Preto, lembre, que para os cientistas aqui acharem as respostas, eles precisam de boa sintonia, amigos do plano vem, mas se estamos, brigando por políticos, por jogo de futebol se assistimos tragédias, não sensibilizamos, isto mostra que estamos perdendo o endereço de Deus, pois estamos sem empatia com o proximo.


Jorge Facure será sempre lembrado nesta sua encarnação pela terra, mais do que falar dele, aqui, o objetivo repito, foi dar a vocês, a certeza de que a vida continua, que estejamos prontos na hora de ir, que aceitemos os nossos que vão, porque um dia de uma forma, ou em outra forma, iremos nos encontrar.


O leme da nossa vida, depende somente das nossas ações, ação e reação sempre, e vamos deixar claro de uma vez, não existem vitimas.

O tempo vai passando mais depressa, para mim, e para todos vocês, seja feliz hoje com menos, agradeça sempre, esteja onde estiver se tem um teto, se já se alimentou mais de 02 vezes, se não passa frio, se tem um animal em sua vida, pois saiba, que mais de 1,4 bilhões de pessoas não tem isto, você sim, com certeza um privilegiado.
E o que não quer para você, não realize para os outros, independente de ter ou não ter dinheiro, perdoe, o perdão, se torna um ato de amor maior, e lembre de Jesus, reconcilia com teus reveses, enquanto estiver a caminho.


Para fechar, a você que esta perguntando da obra não viva sem problemas, digo que Por meio das análises de algumas situações clínicas vivenciadas pelo autor, quando na terra, Dr. Jorge Facure, na sua prática diária como médico, foi constatado que alguns pacientes passam a se sentir melhor quando possuem algo para se preocupar, ou seja, quando se estabelecem desafios a serem superados.

Viva a vida, ela se torna um desafio diário, afinal pescar todo dia, e ter bilhões uma hora cansa, procure viver, e com gratidão .








Então não viva sem problemas, solucione, aprenda com eles, pois somente assim o seu espirito terá conhecimentos, e lembre se vai dar de cara na lama ou numa ilha com um mar lindo e azul, ou no hospital do espaço, isto vai depender de como esta tratando de sua saúde, e de seus pensamentos,.
Enterre seus medos, o maior inimigo do ser humano eu digo chama-se medo, e enterre seus mortos, viva o hoje, pois o amanha você não tem certeza, o ontem passou, jamais voltara, então viva, e como diria minha tia Suzana, viva a vida....


Lembre a vida continua no plano espiritual, leve somente coisas boas.
Jorge Facure levou coisas boas, mesmo morrendo de câncer, e levou empatia e ajuda, na bagagem, o que você ira levar.


Minha homenagem ao Jorge Facure hoje no plano espiritual e ao amigo Nubor Orlando Facure, outro grande medico, e espirita, que me concedeu a honra de contar, alguns destes fatos aos senhores, e as senhoras, a você meu querido leitor.


Amanhã tem mais.




David Guilherme Campos Chinaglia, 65 anos, editor deste blog, espirita, escritor, pesquisador, segue a doutrina espirita de acordo a codificação de Allan Kardec.
Recebe comentários e sugestões pelo DavidChinaglia@gmail.com 

QUADROS CURIOSOS DA NEUROLOGIA - POR NUBOR ORLANDO FACURE






Um paciente que tem seu cérebro dividido, produz situações curiosas nas funções do seu cérebro.

Um corte cirúrgico no corpo caloso separa as funções do hemisfério esquerdo do direito,
Isso foi fartamente explorado pela literatura leiga e deu o prêmio Nobel a seus pesquisadores.






Gazzaniga(foto), um dos premiados, ia na casa dos pacientes para os testar, o que o lado esquerdo faz, obedecendo certos estímulos, não é percebido pelo lado direito.
O lado direito pode ler uma mensagem, mas, não fala o que leu.

Está escrito no painel de testagem, uma ordem dirigida ao hemisfério direito, saia da sala andando.
Enquanto isso, o lado esquerdo recebe outra ordem.

Fale o nome dessas frutas, e o paciente inicia apontando a laranja, a maçã e, de repente, obedecendo a ordem para o hemisfério direito, ele se levanta e sai da sala andando sem saber justificar porque fez isso.
O paciente foi questionado porque estava saindo

Ele respondeu, simplesmente, porque estou indo para casa tomar um refrigerante. 





Isso significa que, frequentemente, agimos com nosso piloto automático tomando decisões inconscientes, e depois usamos a consciência para criar uma justificativa.






Wilder Pênfield(foto acima), iniciou o tratamento cirúrgico da epilepsia operando pacientes acordados, Milimetricamente as áreas do cérebro eram estimuladas eletricamente.

Num determinado ponto da área motora direita o paciente erguia e agitava o braço esquerdo.

O cirurgião podia lhe recomendar,  use o outro braço para segurar o que se ergueu.

Mas, era uma tarefa impossível

O braço direito não tinha força para segurar o esquerdo.
Voltamos a confirmar que:

Muitos dos nossos atos são produzidos inconscientemente, puramente no piloto automático

Nos servimos da consciência para fazer uma narrativa plausível do ocorrido.




O poeta italiano Dante Alighieri traído por falsos amigos foi condenado a morte, foi obrigado a se refugiar em outra cidade onde passou a escrever A Divina Comédia em 14 mil versos.






Em companhia de seu guia espiritual, o poeta Virgílio, ele percorreu o Inferno, o purgatório e o Céu.
Interessante que ele descreveu nove níveis no inferno onde localizou os pecadores e os assassinos.
Ele descreveu nas profundezas do inferno um lago gelado, e ali localizou as Almas dos traidores mais covardes como os que friamente o acusara.




Nos dias de hoje os neurocientistas examinam o cérebro de pessoas de caráter frio, geladas, aquela frieza social que os faz insensíveis aos sentimentos do próximo

Há neles a ativação de certas áreas do cérebro, a descoberta que impressionou esses pesquisadores é que ao tocarmos objetos frios, gelados, as áreas cerebrais ativadas são as mesmas.

E no sentido oposto, os encontros calorosos com familiares ou amigos, estimula as mesmas áreas de quando tocamos objetos quentes.





Podemos agora acrescentar a proposta de Dante, arder no gelo do inferno?





Nubor Orlando Facure, medico, neurologista, diretor do Instituto do Cérebro em Campinas, espirita, irmão do neurocirurgião Jorge Facure, este já falecido, espiritas, Nubor, amigo e medico de Chico Xavier, esteve no milagre de Uberaba, e viveu as historias da doutrina espirita no Brasil, autor de vários livros, palestrante e colaborador deste blog.

lfacure@uol.com.br

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Química do Bem e do mal - Por Nubor Orlando Facure




Nós temos no Cérebro as substâncias (neurotransmissores) relacionadas com o prazer, a felicidade, o bem estar, a alegria e as boas lembranças

A maioria de nós já ouviu falar da Serotonina, da Dopamina, da Acetilcolina, do Gaba e dos Opiódes.

Curiosamente, nosso cérebro não fabrica as substâncias do ódio, da dor, do desprazer, da tristeza e da maldade.

Mais ou menos como os filósofos ensinam.

O mal, não existe por si mesmo, ele é a ausência do bem.

A ausência da alegria e do bem estar é que provocam a depressão e a dor.




Como terapia da mente, é mais adequado: Promovermos os pensamentos positivos.

Estimularmos a boa conduta, Propormos escolhas saudáveis, ensinarmos a sementeira do bem, cultivarmos a gratidão, desenvolver a solidariedade.

Termos o coração aberto para o acolhimento.



Lição de casa

Mateus:

5:16 - "Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está no céus"




  • Nubor Orlando Facure,83 anos, é espírita desde os 07 anos de idade, médico, neurocirurgião, diretor do Instituto do Cérebro em Campinas, como professor e diretor da Unicamp, foi o primeiro médico a falar de espiritismo a alunos e companheiros.
  • Viveu 50 anos ao lado de Chico Xavier, como amigo e um dos médicos que atendeu o médium mais famoso do Brasil, viveu a lição do amor aos pés do Abacateiro, na linda Uberaba, na Casa da Prece de Chico Xavier, médico e conhecedor da mente humana, Nubor está de volta a nosso blog.
  • Lfacure@uol.com.br 

domingo, 12 de fevereiro de 2023

FILHOS x PAIS - ATÉ QUANDO A RELAÇÃO SERÁ DE CONFLITO ? - David Chinaglia



Caríssimos leitores deste blog, vamos falar de um tema muito complexo, difícil, e dos dias atuais, a relação filhos x pai, mãe, família.


Nossos amigos espirituais, tem se apresentado nas casas espíritas, e em trabalhos externos, falando do momento na sociedade Brasileira e Mundial, de abandono aos valores familiares.


A falta de perdão, de amor, reinante entre filhos e pais, e vice versa, aterroriza aos que lutam pela família, em tempos de milhares de separações.
Vemos as magoas, as raivas, as escolhas paternas, maternas, serem levadas a confrontos, muitos filhos abandonam os pais, e na hora mais complexa da vida deles.


Trouxemos aqui para completar nosso texto, Allan Kardec, em o Evangelho Segundo o Espiritismo, a visão do doutrinador, e dos espíritos, que o orientaram, calcados nos relatos de Marcos, Paulo, Matheus, da Bíblia, portanto o que dizia Jesus.


Sei que pais e mães existem os carinhosos, os mais duros, os mais secos, os indiferentes, mas no jogo da vida, ambos sendo derrotados em sua maioria, pela divisão com filhos.
Sim, outros tipo de pais, compram seus filhos, como forma de 'educar melhor" e como eu sempre digo aos meus, pagam o boleto do amor, quando falta no caixa, são abandonados.


Medimos um pai, uma mãe pelo que nos dão? O Meigo rabi da galileia, dizia sempre, que o perdão, é a expressão do amor, e perdoar, lembra o amigo e espírita Paschoal Nunes, não é esquecer, mas, seguir em frente, amando, e não esperando demais das pessoas.


Meu amigo já falecido Içami Tiba, em nossas viagens pelo Estado de São Paulo, dizia, que todos, possuem problemas, certa vez a caminho da querida Bauru, do saudoso Richard Simonetti, Tiba me disse, também tive problemas, e sou psiquiatra, sou educador, nem sempre, em nossas relações com filhos conseguimos, o que é necessário, ele me dizia, o problema David, é que queremos que os filhos façam como nós faríamos, e isto complica, mas, meu amor disse ele, me faz sobretudo com meu filho, refletir sobre o que fazer.


Então amigos, estou revelando, que não existe lar perfeito, casamento perfeito, pais de Facebook, ou Instagram, fotos, sorrisos e alegrias, é fácil, mas, Marcelo Henrique do famoso ECK, Espiritismo com Kardec, me diz que todos, possuem suas escolhas, e liberdade para faze-lo, espírita, advogado, jornalista, Henrique tem sido uma lição de vida, em nossos papos, e claro eu também tenho problemas, no tema proposto.


O relacionamento familiar, nunca foi atacado, como agora na política recente, porque pais não aceitam escolhas dos filhos, alguns colocaram para fora de casa, em nome de UM candidato de extrema direita que estava no poder.
E sabemos que a maioria dos jovens apoiaram o atual governo, de esquerda, famílias foram divididas, algumas destruídas, pela falta de entendimento, que nem radicalismo de alguns pais, nem liberdade demais, podem conviver.

No futuro estes pais extremistas, podem ser abandonados por isto? sim podem, não deviam misturar escolhas políticas, porém o clima criado pelo ex governante, fez o pior das pessoas, virem a tona, que o tempo sare estas feridas, porque, pais e filhos se completam, e precisam um do outro.


Já vi no meu trabalho, filho brigar com pai por causa de futebol, por causa coisas que não tem importância, conheci pais, que deitaram em cima de caixão de filho pedindo perdão para o morto, e toda a família era tarde demais.


Lembrem amigos, estamos na família que escolhemos, e jamais devemos passar por cima dos pais, devemos perdoa-los, afinal meus queridos ela mamãe te amamentou ou providenciou sua comida quando você somente sabia berrar, ele proveu com o que deu, estudos no que foi possível, cada um, no seu cada um.


Célia Bachini, amiga espírita outro dia colocou um texto no Facebook, onde falava da escolha de cada um, sim você pode brigar com seu pai, mãe, pode abandona-los, pode deixar de falar com eles anos a fio, mas certamente no dia da partida deles, verá que sua parcela deveria ter sido dada.


Perdoar não é esquecer, repito, perdoar é amar, algumas pessoas não entenderam que dinheiro e poder, não ajuda, mais do que o que luta, ameniza, mas, todos tem problemas, todos tem seus dias ruins, o perdão aos pais, sempre será necessário, e você não estaria aqui, sem eles, mesmo que um deles tenha partido, ou abandonado, por razões que você nunca saberá, pois toda história tem duas versões, algumas tem até mais de 90 versões, mas somente uma é verdadeira, e podem ter lhe informado errado, ou mesmo que você tenha razão, pergunto: Ter razão ou amor? o que gostaria Jesus?


Prefira sempre o amor, perdoe, dirá alguém que está a ler, mas e se ele não perdoar? Então amados, o problema será na próxima vida dele, de quem não perdoou.


Reconcilia-te enquanto está a caminho, ou seja, aqui, porque senão numa próxima, poderá vir casado, ou filho do pai ou mãe que rejeitou, ou de ambos, e nem sempre como nos informou Bezerra de Menezes, neste planeta, já que novos mundos, mais atrasados que a terra, estão recebendo espíritos, que viveram aqui 4,5,10 vezes, e não evoluíram, então voltam em tempos mais difíceis.


O Grande médico e espírita Nubor Orlando Facure, sempre me disse, procure amar, a caridade, começa na família, não queiramos ter razão sempre, e isto me faz refletir.


Muitos de nós humanos, ousam dizer, eu nunca erro, eu sei, eu estudei, queridos, isto é um erro terrível, lembre que o passo 01 da depressão, é a prepotência, e o 02 o orgulho, admita seus erros, se der ligue a seu pai ou mãe, fará bem para você, se eles morreram, reze, por eles, e lembre, amanhã pode ser você a mãe, pai esquecido, e então entenderá que sim temos a Liberdade de escolhas, mas toda decisão tem um preço, as leis foram claras, para todos, perdoar, é amar, diria que se torna a melhor expressão do amor, acolha seus pais, como eles te acolheram, e acredite, fazendo sua parte, a vida lhe será feliz.

Outro caminho antes de terminar é o de lembrar que a estes filhos que não conseguem, ou seja perdoar, lembrem o que é direito, sobra aos pais a lei, e isto será triste, peguei um trecho da JUSBRASIL, sobre este abandono financeiro, material, o do carinho, mas, o material, como bem assevera Ministra Nancy Andrighi “amar é faculdade, cuidar é dever”, e o dever de assistir os pais da velhice, tem como base legal o artigo 229 da Constituição Cidadã de 1988. 

Veja em qual canoa quer chegar no plano espiritual, porque André Luiz via Chico Xavier, disse não existe vítimas, logo, perdoe e siga.

Que Jesus esteja com todos, e abaixo vos deixo, Allan Kardec.









CAPÍTULO XIV
HONRAI A VOSSO PAI E A VOSSA MÃE


Piedade filial. — Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? — A parentela corporal e a parentela espiritual.
— Instruções dos Espíritos: A ingratidão dos filhos e os laços de família.




1. Sabeis os mandamentos: não cometereis adultério; não matareis; não roubareis; não prestareis falso-testemunho; não fareis agravo a ninguém; honrai a vosso pai e a vossa mãe. (S. Marcos,10:19; S. Lucas, 18:20; S. Mateus, 19:1819.)


2. Honrai a vosso pai e a vossa mãe, a fim de viverdes longo tempo na terra que o Senhor vosso Deus vos dará. (Decálogo: Êxodo, 20:12.)




Piedade filial.


3. O mandamento: “Honrai a vosso pai e a vossa mãe” é um corolário da lei geral de caridade e de amor ao próximo, visto que não pode amar o seu próximo aquele que não ama a seu pai e a sua mãe; mas, o termo honrai encerra um dever a mais para com eles: o da piedade filial. Quis Deus mostrar por essa forma que ao amor se devem juntar o respeito, as atenções, a submissão e a condescendência, o que envolve a obrigação de cumprir-se para com eles, de modo ainda mais rigoroso, tudo o que a caridade ordena relativamente ao próximo em geral. Esse dever se estende naturalmente às pessoas que fazem as vezes de pai e de mãe, as quais tanto maior mérito têm, quanto menos obrigatório é para elas o devotamento. Deus pune sempre com rigor toda violação desse mandamento.


Honrar a seu pai e a sua mãe, não consiste apenas em respeitá-los; é também assisti-los na necessidade; é proporcionar-lhes repouso na velhice; é cercá-los de cuidados como eles fizeram conosco, na infância.


Sobretudo para com os pais sem recursos é que se demonstra a verdadeira piedade filial. Obedecem a esse mandamento os que julgam fazer grande coisa porque dão a seus pais o estritamente necessário para não morrerem de fome, enquanto eles de nada se privam, atirando-os para os cômodos mais ínfimos da casa, apenas por não os deixarem na rua, reservando para si o que há de melhor, de mais confortável? Ainda bem quando não o fazem de má vontade e não os obrigam a comprar caro o que lhes resta a viver, descarregando sobre eles o peso do governo da casa! Será então aos pais velhos e fracos que cabe servir a filhos jovens e fortes? Ter-lhes-á a mãe vendido o leite, quando os amamentava? Contou porventura suas vigílias, quando eles estavam doentes, os passos que deram para lhes obter o de que necessitavam? Não, os filhos não devem a seus pais pobres só o estritamente necessário, devem-lhes também, na medida do que puderem, os pequenos nadas supérfluos, as solicitudes, os cuidados amáveis, que são apenas o juro do que receberam, o pagamento de uma dívida sagrada. Unicamente essa é a piedade filial grata a Deus.


Ai, pois, daquele que olvida o que deve aos que o ampararam em sua fraqueza, que com a vida material lhe deram a vida moral, que muitas vezes se impuseram duras privações para lhe garantir o bem-estar. Ai do ingrato: será punido com a ingratidão e o abandono; será ferido nas suas mais caras afeições, algumas vezes já na existência atual, mas com certeza noutra, em que sofrerá o que houver feito aos outros.


Alguns pais, é certo, descuram de seus deveres e não são para os filhos o que deviam ser; mas, a Deus é que compete puni-los e não a seus filhos. Não compete a estes censurá-los, porque talvez hajam merecido que aqueles fossem quais se mostram. Se a lei da caridade manda se pague o mal com o bem, se seja indulgente para as imperfeições de outrem, se não diga mal do próximo, se lhe esqueçam e perdoem os agravos, se ame até os inimigos, quão maiores não hão de ser essas obrigações, em se tratando de filhos para com os pais! Devem, pois, os filhos tomar como regra de conduta para com seus pais todos os preceitos de Jesus concernentes ao próximo e ter presente que todo procedimento censurável, com relação aos estranhos, ainda mais censurável se torna relativamente aos pais; e que o que talvez não passe de simples falta, no primeiro caso, pode ser considerado um crime, no segundo, porque, aqui, à falta de caridade se junta a ingratidão.


4. Deus disse: “Honrai a vosso pai e a vossa mãe, a fim de viverdes longo tempo na terra que o Senhor vosso Deus vos dará.” Por que promete ele como recompensa a vida na Terra e não a vida celeste? A explicação se encontra nestas palavras: “que Deus vos dará”, as quais, suprimidas na moderna fórmula do Decálogo, lhe alteram o sentido. Para compreendermos aqueles dizeres, temos de nos reportar à situação e às ideias dos hebreus naquela época. Eles ainda nada sabiam da vida futura, não lhes indo a visão além da vida corpórea. Tinham, pois, de ser impressionados mais pelo que viam, do que pelo que não viam. Fala-lhes Deus então numa linguagem que lhes estava mais ao alcance e, como se se dirigisse a crianças, põe-lhes em perspectiva o que os pode satisfazer. Achavam-se eles ainda no deserto; a terra que Deus lhes dará é a Terra da Promissão, objetivo das suas aspirações. Nada mais desejavam do que isso; Deus lhes diz que viverão nela longo tempo, isto é, que a possuirão por longo tempo, se observarem seus mandamentos.


Mas, ao verificar-se o advento de Jesus, já eles tinham mais desenvolvidas suas ideias. Chegada a ocasião de receberem alimentação menos grosseira, o mesmo Jesus os inicia na vida espiritual, dizendo: “Meu reino não é deste mundo; lá, e não na Terra, é que recebereis a recompensa das vossas boas obras.” A estas palavras, a Terra Prometida deixa de ser material, transformando-se numa pátria celeste. Por isso, quando os chama à observância daquele mandamento: “Honrai a vosso pai e a vossa mãe”, já não é a Terra que lhes promete e sim o céu. (Caps. II e III.)




Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?


5. E, tendo vindo para casa, reuniu-se aí tão grande multidão de gente, que eles nem sequer podiam fazer sua refeição. – Sabendo disso, vieram seus parentes para se apoderarem dele, pois diziam que perdera o espírito.


Entretanto, tendo vindo sua mãe e seus irmãos e conservando-se do lado de fora, mandaram chamá-lo. — Ora, o povo se assentara em torno dele e lhe disseram: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e te chamam. — Ele lhes respondeu: Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? E, perpassando o olhar pelos que estavam assentados ao seu derredor, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos; — pois, todo aquele que faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe. (S. Marcos, 3:20–21 e 31 a 35; — S. Mateus, 12:46 a 50.)


6. Singulares parecem algumas palavras de Jesus, por contrastarem com a sua bondade e a sua inalterável benevolência para com todos. Os incrédulos não deixaram de tirar daí uma arma, pretendendo que ele se contradizia. Fato, porém, irrecusável é que sua doutrina tem por base principal, por pedra angular, a lei de amor e de caridade. Ora, não é possível que ele destruísse de um lado o que do outro estabelecia, donde esta consequência rigorosa: se certas proposições suas se acham em contradição com aquele princípio básico, é que as palavras que se lhe atribuem foram ou mal reproduzidas, ou mal compreendidas, ou não são suas.


7. Causa admiração, e com fundamento, que, neste passo, mostrasse Jesus tanta indiferença para com seus parentes e, de certo modo, renegasse sua mãe.


Pelo que concerne a seus irmãos, sabe-se que não o estimavam. Espíritos pouco adiantados, não lhe compreendiam a missão: tinham por excêntrico o seu proceder e seus ensinamentos não os tocavam, tanto que nenhum deles o seguiu como discípulo. Dir-se-ia mesmo que partilhavam, até certo ponto, das prevenções de seus inimigos. O que é fato, em suma, é que o acolhiam mais como um estranho do que como um irmão, quando aparecia à família. S. João diz, positivamente (cap. 7:5), “ que eles não lhe davam crédito”.


Quanto à sua mãe, ninguém ousaria contestar a ternura que lhe dedicava. Deve-se, entretanto, convir igualmente em que também ela não fazia ideia muito exata da missão do filho, pois não se vê que lhe tenha nunca seguido os ensinos, nem dado testemunho dele, como fez João Batista. O que nela predominava era a solicitude maternal. Supor que ele haja renegado sua mãe fora desconhecer-lhe o caráter. Semelhante ideia não poderia encontrar guarida naquele que disse: Honrai a vosso pai e a vossa mãe. Necessário, pois, se faz procurar outro sentido para suas palavras, quase sempre envoltas no véu da forma alegórica.


Ele nenhuma ocasião desprezava de dar um ensino; aproveitou, portanto, a que se lhe deparou, com a chegada de sua família, para precisar a diferença que existe entre a parentela corporal e a parentela espiritual.




A parentela corporal e a parentela espiritual.






8. Os laços do sangue não criam forçosamente os liames entre os Espíritos. O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito, porquanto o Espírito já existia antes da formação do corpo. Não é o pai quem cria o Espírito de seu filho; ele mais não faz do que lhe fornecer o invólucro corpóreo, cumprindo-lhe, no entanto, auxiliar o desenvolvimento intelectual e moral do filho, para fazê-lo progredir.


Os que encarnam numa família, sobretudo como parentes próximos, são, as mais das vezes, Espíritos simpáticos, ligados por anteriores relações, que se expressam por uma afeição recíproca na vida terrena. Mas, também pode acontecer sejam completamente estranhos uns aos outros esses Espíritos, afastados entre si por antipatias igualmente anteriores, que se traduzem na Terra por um mútuo antagonismo, que aí lhes serve de provação. Não são os da consanguinidade os verdadeiros laços de família e sim os da simpatia e da comunhão de ideias, os quais prendem os Espíritos antes, durante e depois de suas encarnações. Segue-se que dois seres nascidos de pais diferentes podem ser mais irmãos pelo Espírito, do que se o fossem pelo sangue. Podem então atrair-se, buscar-se, sentir prazer quando juntos, ao passo que dois irmãos consanguíneos podem repelir-se, conforme se observa todos os dias: problema moral que só o Espiritismo podia resolver pela pluralidade das existências. (Cap. IV, n.º 13.)


Há, pois, duas espécies de famílias: as famílias pelos laços espirituais e as famílias pelos laços corporais. Duráveis, as primeiras se fortalecem pela purificação e se perpetuam no mundo dos Espíritos, através das várias migrações da alma; as segundas, frágeis como a matéria, se extinguem com o tempo e muitas vezes se dissolvem moralmente, já na existência atual. Foi o que Jesus quis tornar compreensível, dizendo de seus discípulos: Aqui estão minha mãe e meus irmãos, isto é, minha família pelos laços do Espírito, pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus é meu irmão, minha irmã e minha mãe.


A hostilidade que lhe moviam seus irmãos se acha claramente expressa em a narração de São Marcos, que diz terem eles o propósito de se apoderarem do Mestre, sob o pretexto de que este perdera o espírito. Informado da chegada deles, conhecendo os sentimentos que nutriam a seu respeito, era natural que Jesus dissesse, referindo-se a seus discípulos, do ponto de vista espiritual: “Eis aqui meus verdadeiros irmãos”. Embora na companhia daqueles estivesse sua mãe, ele generaliza o ensino que de maneira alguma implica haja pretendido declarar que sua mãe segundo o corpo nada lhe era como Espírito, que só indiferença lhe merecia. Provou suficientemente o contrário em várias outras circunstâncias.




Instruções dos Espíritos.


A ingratidão dos filhos e os laços de família.


9. A ingratidão é um dos frutos mais diretos do egoísmo. Revolta sempre os corações honestos. Mas, a dos filhos para com os pais apresenta caráter ainda mais odioso. É, em particular, desse ponto de vista que a vamos considerar, para lhe analisar as causas e os efeitos. Também nesse caso, como em todos os outros, o Espiritismo projeta luz sobre um dos grandes problemas do coração humano.


Quando deixa a Terra, o Espírito leva consigo as paixões ou as virtudes inerentes à sua natureza e se aperfeiçoa no espaço, ou permanece estacionário, até que deseje receber a luz. Muitos, portanto, se vão cheios de ódios violentos e de insaciados desejos de vingança; a alguns dentre eles, porém, mais adiantados do que os outros, é dado entrevejam uma partícula da verdade; apreciam então as funestas consequências de suas paixões e são induzidos a tomar resoluções boas. Compreendem que, para chegarem a Deus, uma só é a senha: caridade. Ora, não há caridade sem esquecimento dos ultrajes e das injúrias; não há caridade sem perdão, nem com o coração tomado de ódio.


Então, mediante inaudito esforço, conseguem tais Espíritos observar os a quem eles odiaram na Terra. Ao vê-los, porém, a animosidade se lhes desperta no íntimo; revoltam-se à ideia de perdoar, e, ainda mais, à de abdicarem de si mesmos, sobretudo à de amarem os que lhes destruíram, quiçá, os haveres, a honra, a família. Entretanto, abalado fica o coração desses infelizes. Eles hesitam, vacilam, agitados por sentimentos contrários. Se predomina a boa resolução, oram a Deus, imploram aos bons Espíritos que lhes deem forças, no momento mais decisivo da prova.


Por fim após anos de meditações e preces, o Espírito se aproveita de um corpo em preparo na família daquele a quem detestou, e pede aos Espíritos incumbidos de transmitir as ordens superiores permissão para ir preencher na Terra os destinos daquele corpo que acaba de formar-se. Qual será o seu procedimento na família escolhida? Dependerá da sua maior ou menor persistência nas boas resoluções que tomou. O incessante contacto com seres a quem odiou constitui prova terrível, sob a qual não raro sucumbe, se não tem ainda bastante forte a vontade. Assim, conforme prevaleça ou não a resolução boa, ele será o amigo ou inimigo daqueles entre os quais foi chamado a viver. É como se explicam esses ódios, essas repulsões instintivas que se notam da parte de certas crianças e que parecem injustificáveis. Nada, com efeito, naquela existência há podido provocar semelhante antipatia; para se lhe apreender a causa, necessário se torna volver o olhar ao passado.


Ó espíritas! Compreendei agora o grande papel da humanidade; compreendei que, quando produzis um corpo, a alma que nele encarna vem do espaço para progredir; inteirai-vos dos vossos deveres e ponde todo o vosso amor em aproximar de Deus essa alma; tal a missão que vos está confiada e cuja recompensa recebereis, se fielmente a cumprirdes. Os vossos cuidados e a educação que lhe dareis auxiliarão o seu aperfeiçoamento e o seu bem-estar futuro. Lembrai-vos de que a cada pai e a cada mãe perguntará Deus: Que fizestes do filho confiado à vossa guarda? Se por culpa vossa ele se conservou atrasado, tereis como castigo vê-lo entre os Espíritos sofredores, quando de vós dependia que fosse ditoso. Então, vós mesmos, assediados de remorsos, pedireis vos seja concedido reparar a vossa falta; solicitareis, para vós e para ele, outra encarnação em que o cerqueis de melhores cuidados e em que ele, cheio de reconhecimento, vos retribuirá com o seu amor.


Não escorraceis, pois, a criancinha que repele sua mãe, nem a que vos paga com a ingratidão; não foi o acaso que a fez assim e que vo-la deu. Imperfeita intuição do passado se revela, do qual podeis deduzir que um ou outro já odiou muito, ou foi muito ofendido; que um ou outro veio para perdoar ou para expiar. Mães! Abraçai o filho que vos dá desgostos e dizei convosco mesmas: Um de nós dois é culpado. Fazei-vos merecedoras dos gozos divinos que Deus conjugou à maternidade, ensinando aos vossos filhos que eles estão na Terra para se aperfeiçoar, amar e bendizer. Mas, oh! muitas dentre vós, em vez de eliminar por meio da educação os maus princípios inatos de existências anteriores, entretêm e desenvolvem esses princípios, por uma culposa fraqueza, ou por descuido, e, mais tarde, o vosso coração, ulcerado pela ingratidão dos vossos filhos, será para vós, já nesta vida, um começo de expiação.


A tarefa não é tão difícil quanto vos possa parecer. Não exige o saber do mundo. Podem desempenhá-la assim o ignorante como o sábio, e o Espiritismo lhe facilita o desempenho, dando a conhecer a causa das imperfeições da alma humana.


Desde pequenina, a criança manifesta os instintos bons ou maus que traz da sua existência anterior. A estudá-los devem os pais aplicar-se. Todos os males se originam do egoísmo e do orgulho. Espreitem, pois, os pais os menores indícios reveladores do gérmen de tais vícios e cuidem de combatê-los, sem esperar que lancem raízes profundas. Façam como o bom jardineiro, que corta os rebentos defeituosos à medida que os vê apontar na árvore. Se deixarem se desenvolvam o egoísmo e o orgulho, não se espantem de serem mais tarde pagos com a ingratidão. Quando os pais hão feito tudo o que devem pelo adiantamento moral de seus filhos, se não alcançam êxito, não têm de que se inculpar a si mesmos e podem conservar tranquila a consciência. À amargura muito natural que então lhes advém da improdutividade de seus esforços, Deus reserva grande e imensa consolação, na certeza de que se trata apenas de um retardamento, que concedido lhes será concluir noutra existência a obra agora começada e que um dia o filho ingrato os recompensará com seu amor. (Cap. XIII, n.º 19.)


Deus não dá prova superior às forças daquele que a pede; só permite as que podem ser cumpridas. Se tal não sucede, não é que falte possibilidade: falta a vontade. Com efeito, quantos há que, em vez de resistirem aos maus pendores, se comprazem neles. A esses ficam reservados o pranto e os gemidos em existências posteriores. Admirai, no entanto, a bondade de Deus, que nunca fecha a porta ao arrependimento. Vem um dia em que ao culpado, cansado de sofrer, com o orgulho afinal abatido, Deus abre os braços para receber o filho pródigo que se lhe lança aos pés. As provas rudes, ouvi-me bem, são quase sempre indício de um fim de sofrimento e de um aperfeiçoamento do Espírito, quando aceitas com o pensamento em Deus. É um momento supremo, no qual, sobretudo, cumpre ao Espírito não falir murmurando, se não quiser perder o fruto de tais provas e ter de recomeçar. Em vez de vos queixardes, agradecei a Deus o ensejo que vos proporciona de vencerdes, a fim de vos deferir o prêmio da vitória. Então, saindo do turbilhão do mundo terrestre, quando entrardes no mundo dos Espíritos, sereis aí aclamados como o soldado que sai triunfante da refrega.


De todas as provas, as mais duras são as que afetam o coração. Um, que suporta com coragem a miséria e as privações materiais, sucumbe ao peso das amarguras domésticas, pungido da ingratidão dos seus. Oh! que pungente angústia essa! Mas, em tais circunstâncias, que mais pode, eficazmente, restabelecer a coragem moral, do que o conhecimento das causas do mal e a certeza de que, se bem haja prolongados despedaçamentos d’alma, não há desesperos eternos, porque não é possível seja da vontade de Deus que a sua criatura sofra indefinidamente? Que de mais reconfortante, de mais animador do que a idéia que de cada um dos seus esforços é que depende abreviar o sofrimento, mediante a destruição, em si, das causas do mal? Para isso, porém, preciso se faz que o homem não retenha na Terra o olhar e só veja uma existência; que se eleve, a pairar no infinito do passado e do futuro. Então, a justiça infinita de Deus se vos patenteia, e esperais com paciência, porque explicável se vos torna o que na Terra vos parecia verdadeiras monstruosidades. As feridas que aí se vos abrem, passais a considerá-las simples arranhaduras. Nesse golpe de vista lançado sobre o conjunto, os laços de família se vos apresentam sob seu aspecto real. Já não vedes, a ligar-lhes os membros, apenas os frágeis laços da matéria; vedes, sim, os laços duradouros do Espírito, que se perpetuam e consolidam com o depurarem-se, em vez de se quebrarem por efeito da reencarnação.


Formam famílias os Espíritos que a analogia dos gostos, a identidade do progresso moral e a afeição induzem a reunir-se. Esses mesmos Espíritos, em suas migrações terrenas, se buscam, para se gruparem, como o fazem no espaço, originando-se daí as famílias unidas e homogêneas. Se, nas suas peregrinações, acontece ficarem temporariamente separados, mais tarde tornam a encontrar-se, venturosos pelos novos progressos que realizaram. Mas, como não lhes cumpre trabalhar apenas para si, permite Deus que Espíritos menos adiantados encarnem entre eles, a fim de receberem conselhos e bons exemplos, a bem de seu progresso. Esses Espíritos se tornam, por vezes, causa de perturbação no meio daqueles outros, o que constitui para estes a prova e a tarefa a desempenhar.

Acolhei-os, portanto, como irmãos; auxiliai-os, e depois, no mundo dos Espíritos, a família se felicitará por haver salvo alguns náufragos que, a seu turno, poderão salvar outros.


Santo Agostinho.
Paris, 1862