Amigos do ideal espírita, trazemos hoje ao ultrapassarmos a marca de 2.200 pessoas em nosso Blog, o amigo Pedro Camilo de Figueiredo Neto, advogado, escritor, Pedro Camilo é advogado e professor universitário. Trabalhador do Núcleo Espírita Teles de Menezes, de Salvador-BA, é também é escritor e expositor espírita. Colabora com os jornais Leitura Espírita, de Bragança Paulista, e Correio Fraterno, de São Bernardo do Campo. Palestrante com atuação nacional, possui 5 livros publicados, sendo MEDIUNIDADE: PARA ENTENDER E REFLETIR, seu mais recente lançamento, pela Editora Mente Aberta.
O tema escolhido para sua primeira participação como convidado é BEBIDAS ALCOÓLICAS EM FESTAS DE CASAS ESPÍRITAS, o companheiro da doutrina tem viajado o Brasil na divulgação de sua obra e traz aqui sua opinião sobre estes fato.
Vamos ao texto de PEDRO CAMILO, que nos envia direto de SALVADOR - BAHIA
Tenho conversado
com confrades de toda parte sobre a realização de festas juninas e semelhantes
pelas Casas Espíritas, com venda de bebida alcoólica. Perguntam-me o que penso
de uma e de outra, como vejo a questão.
Inicialmente, as
festas juninas. Realizadas com o fim de integrar os trabalhadores e angariar
fundos para construções, têm se multiplicado, tornando-se tradicionais em
alguns grupos. Tal como elas, jantares italianos, feijoadas, cafés da manhã e
semelhantes.
Particularmente,
nada contra. Penso que, como todo movimento filosófico e religioso, o Movimento
Espírita também sofre influência dos elementos culturais de cada região. É natural
que as referências pessoais e coletivas determinem a assimilação de costumes e
sua incorporação saudável aos hábitos de certos grupos espíritas.
Assim, jantares
comemorativos, almoços confraternativos, eventos para angariar recursos, haja
vista que as Casas Espíritas têm contas a pagar, são naturais e devem ser
mantidos dentro dos padrões de bom comportamento, boa organização e bom senso,
para não estimular a sensualidade, a glutonaria e os excessos de todo tipo.
Entretanto, é
preciso boa reflexão sobre a venda de bebidas alcoólicas nessas ocasiões. Temos
assistido ao grande estrago que o vício do álcool tem ocasionado a pessoas e
famílias. A própria legislação de trânsito, atenta a isto, tem intensificado o
rigor no combate ao uso de álcool na direção de veículos automotores.
Pessoas, cada
vez mais dependentes, utilizam-se do álcool como fuga da realidade, mergulham
nas drogas mais pesadas estimuladas pelo seu uso, adoecem física e
espiritualmente e comprometem a própria existência em sua razão.
As reuniões
mediúnicas, laboratório de almas que são, assistem à manifestação de
alcoolistas desencarnados que acusam o grande estragam que o vício causou em
suas existências, concitando-nos à temperança, à vigilância.
Será certo que
nós, como espíritas, estimulemos o seu consumo, a ponto de vender bebidas alcoólicas
em nossas comemorações? Será que os fins – arrecadação de fundos – justificam os
meios – estímulo à viciação? Estaremos, de fato, atendendo aos desígnios
superiores que o Espiritismo encerra?
Que cada um tem
o direito de querer beber, e na quantidade que quiser, isso não se nega. O livre-arbítrio
está aí e não devemos ser sensores do comportamento alheio. Contudo, não devemos
ocupar o papel espúrio daqueles que exploram as misérias alheias,
locupletando-nos com os vícios que alimentam. Se nos convier fazê-lo, também o
foi para os católicos que, na Idade Média, venderam um pedaço do Céu, como
ainda o é para certos grupos, que vendem a felicidade em seus arraias religiosos,
sob diversas formas.
A proposta
espírita é consolar e esclarecer, nunca estimular o erro ou perpetrá-lo. Cuidemos
de nossos grupamentos espíritas e de suas realizações, frente às graves
responsabilidades que assumimos perante a nossa própria consciência.
Não nos
transformemos em vendilhões do templo, pois correremos o risco de ser
recebidos, pelo Cristo, não de braços abertos, mas de chicote em punho, na
qualidade de hipócritas.
Conhecemos uma
verdade que escapa à grande maioria das pessoas – a imortalidade da alma – e devemos
libertá-las, como propõe Jesus, quando recomenda o conhecimento da verdade como
instrumento de libertação. Ou deveremos aprisioná-las, explorando seus vícios e
limitações sob o discurso de que é preciso “fazer dinheiro”, a todo custo, para
promover o Bem?
Pedro
Camilo
Editou esta matéria com imagens : David Guilherme Chinaglia,
espírita, pesquisador, radialista,
é co-produtor e colaborador
do Blog que divulga o Espiritismo
tambem via Facebook pelo:
Espiritismo Piracicaba, e pelo
David Chinaglia e pelo Tweter
@DavidChinaglia e
@EspiritismoPira
davidchinaglia@gmail.com
Prezado amigo Pedro Camilo,
ResponderExcluirConcordo plenamente com sua opinião, a casa espírita tem responsabilidade sobre seus atos, tem responsabilidade com a sua imagem diante a sociedade.
Espero que os dirigentes das casas avaliem melhor as suas escolhas.
Agradeço o texto de grande importância, e polemico.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEstimado Pedro desde a Publicação, o tema teve vários apoios de espíritas das mais variadas casas.
ResponderExcluirMuito embora eu não faça parte de diretoria de casa nenhuma que frequento é uma das questões que mais sou contra em todos os lugares.
Vi isto em Santos, São Vicente, São Paulo, e Piracicaba, e acredito que é responsabilidade dos dirigentes e dos participes encontrar uma renda alternativa.
Nestes eventos de festas apoio plenamente sua colocação, não combina, com a doutrina, e com o que todos falam.
Recentemente disse a uma amiga sobre isto, se cobra conduta de pessoas fora das casas, mas não se pratica a partir das festas e outras questões,.
Como diz aquele juiz futebol também na vida A REGRA É CLARA, na doutrina também, parabéns e é com muito prazer que recebemos sua grande contribuição apra este nosso Blog humilde que vem falando sobre a doutrina e nossas opiniões e as questões dentro das casas espíritas.
Grande Abraço.