sexta-feira, 31 de agosto de 2012

NA CASA ESPÍRITA, PODE HAVER CEGO GUIANDO CEGO



Estimados amigos do ideal espírita, amigos deste BLOG, temos visto nesta minha jornada pelo litoral de São Paulo, e na Capital, coisas que eu particularmente, não concordo, em Piracicaba mesmo, cheguei a ver isto.
Quando Kardec, codificou esta doutrina, esperava um entendimento que somos muito mais uma ciência, do que uma religião.

Com os eventos que foram mudando a nossa visão da doutrina, poucas CASAS ESPÍRITAS, se mantiveram dentro do preceito original que manda o ESPIRITISMO.
Outro dia ouvi um grande dirigente dizer que KARDEC, não é o espiritismo, mas sua referência, em parte eu concordo.

Kardec no entanto se os senhores lerem a real Biografia, atuou para a doutrina como Charles Muller para o futebol, abriu campos, codificações, deu visões, mas nunca foi fanático.
A questão dos recursos que deu para manter e alimentar cerca de 60 médiuns, e que foi criticada por muitos na época, foi por ele esclarecida, de forma curta e rápida.



"Não tenho que pagar nada, quem quiser ajudar e participar da doutrina espírita, não precisa receber, nem dinheiro nem glórias, porém tenho que ser justo, com que doa, horas e horas de seu tempo, traze-los, e alimenta-los, e fico triste com a pobreza da mente de algumas pessoas."

Veremos que o professor, tinha posições firmes, nunca aceitou a tão falada composição politica com o Sr.Jean Batist Rousting, outro médium, na minha opinião mais sonhador e mais mistificador, por um simples motivo, KARDEC, era disciplinado, e ponto.
Havia recebido ordens dos IMORTAIS, para seguir um roteiro, e fora isto, ele tinha opinião própria, fato que impediu muitas falsas comunicações de serem tratadas como sérias.

Outro dia não vou citar nome vi uma pessoa que se chama dirigente espírita, na casa espírita dela, haviam 26   pessoas para passar pelo atendimento fraterno, e apenas ela e a irmã é que fazem este tipo de trabalho.
Indaguei porque?

Algumas ainda centralizam este tipo de atendimento, quando a casa é pequena eu concordo, quando cresce precisa ter mais atendentes, até para não criar "famosos".
E um dos membros daquela abençoada casa, disse, porque ela quer controlar, o sistema ?, não coloca mais atendentes fraternos, para poder segurar os destinos da casa, do perfil de atendimento.
Eu não sou de lá apenas assisti aos comentários e percebi que alguns estavam muito descontentes.
Um outro membro da casa, comentou: "Esta senhorita, escolhe quem atende, de acordo com o perfil da pessoa, e aquela que não vem mais na terceira vez, é quem tem a preferência."

Eu me lembrei do meu dirigente e diretor de doutrina, que sempre alegou que nunca escolheu quem o procurou e que jamais deixou um soldado seu caído na frente de batalha.
Acredito que todos devam ser assim ou é melhor fazer outra coisa dentro da doutrina.
Tudo que estava vendo naquela casa espírita, era contrario ao que me ensinaram e o que me ensina o livro maior desta doutrina ou seja O LIVRO DOS ESPÍRITOS.

Estou chamando atenção sobre este assunto porque este não foi um caso isolado, tenho um grande amigo em Itapetininga, São Paulo, que dirige uma casa espírita, a porta de sua casa, é sempre aberta aos amigos, e ele procura dar soluções a todos que desesperados buscam sua ajuda.
O meu diretor de doutrina também o faz, em hospitais, casas de amigos, enfim sempre procura dar uma antedimento, jamais se negando a atender ninguém.

Porque outros companheiros não entendem que não podemos escolher quem atender, que todos possuem um pleno desespero.
Sei que existem fanáticos, papa passes, e pessoas que se envolvem com o atendente fraterno sobretudo se encontram soluções para sua vida diária.


Me lembro um dia numa casa, de uma senhora de cerca de 50 anos, nervosa, rebelde, que não conseguiu atendimento, naquela madrugada ela quase se suicidou, responsabilidade do dirigiente ou do médium que não deu a ficha para ela?
Eu pessoalmente acredito que ela deveria ter mais dominio sobre si, mas sem duvida o mal atendimento do médium refletiu na sua escolha por comprimidos, e por dois deles que tomou a menos,  ela não partiu.
Obsessores estão atuando, fora isto, espíritos perdidos pela Terra, amigos ou não amigos, estão entrando em nossa vida, e nossos lares, pensamentos negativos, estão gerando mais espíritos perdidos, e logo estamos entrando numa fase de maior obsessão, fascínio, e possessão.



Certa vez conversando com o espírita Fernando Campos, ele me dizia que algumas pessoas, até para trocar o sofá da casa ficavam a mercê de um conhecido orientador de Piracicaba.
Isto claro atrapalhou a vida deste senhor, sua vida privada, porém, tudo tem regras e limites, e um roteiro, para tudo uma Casa Espírita tem que ter sua programação.

Aqui em Santos, São Vicente, e Praia Grande, bem como na capital de São Paulo, a frequeência aos centros espíritos triplicaram, faltam médiuns me disseram alguns dirigentes, falta dirigentes, algo que o meu amigo Paschoal Nunes previu que aconteceria, mas porque?

Vaidade, prepotência, donos da verdade, que acabam por escolher sempre uma meia dúzia não comprometida com a doutrina somente, mas com sua imagem social espírita.
Nestes casos é preponderante o papel do dirigente, que não pode ser dono da verdade, tem que usar a tranquilidade, o equilibrio, e a isenção.

Paschoal sempre me disse algo, fato que também vi Rogério, dirigente espírita também repetir, não tomo partido de ninguém, disse Nunes.
Toda história tem duas versões, e fora a questão do pretérito, e do que dizia André Luiz, não temos vitimas.
O atendente se acabar se envolvendo na problemática do assistido, toma partido, e isto não ajuda, mas ouvi algo numa casa espírita de São Paulo, que mostra a verdade, tem dirigente espírita se achando PROFESSOR DE DEUS.
E isto é muito triste e ruim, sou obrigado a lembrar uma frase preferida de um amigo amado, ai, o que veremos, será CEGO GUIANDO CEGO.

Pois nenhum dirigente espírita, na minha opinião tem direito de julgar uma dor, ou mesmo não atender uma pessoa, por mais promiscua, ou errada que ela esteja, não nos cabe julgar ninguém.
Não podemos escolher a quem ajudar, certo é que o Cristo nunca procurou ninguém para ele ajudar, sempre foi procurado em sua curta trajetória, de 03 anos, mas se comparar a Cristo é vaidade em excesso.
Da mesma forma que vemos hipocrisia em assistidos, vemos dirigentes equivocados nesta doutrina, na escolha dos livros, na permissão de bebidas alcoólicas em suas festas, ou a doutrina é seguida, ou é melhor fechar a porta.


O fantástico Chico Xavier, não tinha horários para ir, chegava a passar madrugas acordado, manhãs inteiras de domingo, atendendo, psicografando, e não morreu, por isto.

Não estou aqui pedindo que certos dirigentes sejam Chico, mas é preciso que tanto o dirigente como suas famílias, ou mesmo grandes amigos, não se apoderem da Casa Espírita.

Vi um grande centro de Piracicaba quase quebrar, pela vaidade, pelo orgulho, pelo poder, pela publicidade que a Casa dava a muitos, até que o dinheiro que entrou foi desviado, o centro quase quebrou, a sede môr quase foi vendida para uma famosa igreja evangelica, e isto só não ocorreu porque irmãos da Maçonaria, e amigos da doutrina, socorreram junto a politicos a casa em questão.
E não existe centro que não esteja sujeito a estas falhas morais, de caráter, e de posicionamento, recentemente um centro que frequento em Piracicaba, que possue fora o presidente somente mais dois atendentes fraternos, de qualidade, começou um treinamento, para novos atendentes, para que filas não se formem numa porta só.
Em São Vicente vi no Semente de Luz, 12 atendentes fraternos, fora o diretor de doutrina da casa, e o médium mais famoso de lá, para que todos pudessem falar, já que cerca de 40 pessoas recebem por dia, atendimento fraterno.

Isto pode ser implantado em Piracicaba, em Santa Bárbara, apenas tem que se criar novos atendentes, e que estes entendam a responsabilidade que lhe é confiada.
O que não podemos ver irmãos não serem atendidos em centro, ou porque na visão do dirigentes não prestam, ou porque não fazem parte do grupo de apoio financeiro da casa, ou porque não são amigos da diretoria, ou seja, não podemos deixar que a vaidade, o orgulho, chegue entre nós.

Existem fanáticos defendendo o reike, a cromoterapia e outras coisas alternativas dentro da doutrina, isto não é Casa Espírita, é bazar emocional, baseada em fundamentos espíritas, mas perdidos no afã de ajudar, e na verdade estar fazendo mais mal as pessoas.

Temos que ensinar, temos que estudar, não se faz médiuns sem estudo, por maior que seja a mediunidade, porém não se escolhem médiuns pela beleza, sexualidade, simpatia, e conhecimento.
Em Dialogo com as Sombras, livro que estou reestudante depois de muitos anos, se fala claramente da importância de um grupamento unido, e eu pergunto a todos que estão lendo este artigo, seu agrupamento de médiuns e auxiliares estão unidos?

Outro dia vi um dirigente espírita afastar um determinado médium que na mesa duvidou do espírito que outro companheiro tinha recebido, e quantas vezes em silêncio antes de ser punido este médium agiu desta forma.

A unidade do grupo que está atuando na mesa, e no atendimento, e no suporte, tem que ser forte, grande, se alguem não tiver paciência, feche o centro, mude de religião, ou de doutrina, ou vá montar uma barraquinha de vidência na praça.
Ser médium é importante, ser dirigente e coeso muito mais, ter respeito pela dor dos frequentadores, é amor fraterno, e poucas casas tem feito isto pelo que estou vendo, poucas mesmo.
Ando vendo diretores de casa apontar dedos e conceitos sobre frequentadores que não lhe são simpaticos, mas que se chamados a ajudar poderiam compor, e agregar resultados.

Outro dia uma amiga foi a um centro a caminho de uma estância e me disse que o passe tem "toque de mãos", eu disse é minha opinião não é passe é alisamento.
Algumas pessoas reclamam de assistidos, é hora de defender estes também,  já que a doutrina explica claramente que passe nenhum precisa de toque do médium, isto precisa acabar, primeiro denunciando o centro que o pratica de forma errada, segundo não indo mais no local.
A questões de operações espiritas, é outro absurdo que vejo, em prol de recursos da casa, que pouco curam, sim sei que tem muitos que até ajudam, mas operação espiritual, não precisa de gase, esparadrapo, mercúrio  cortes, isto é crendice e para mim idiotice, espiritos não precisam de nada fisico para atuar.
A questão de abrir a garrafa de água para fluidifica-la é outro absurdo, crendice, ativismo religioso, terços, e aves marias em centro, é querer montar uma franquia de Igreja.



O problema que em nome de ajudar as pessoas tudo pode, poucas pessoas indicam livros corretos, certa vez meu amigo Rodrigo disse se falarmos em Léon Denis, Camille Flammarion, Gabriel Dellane, não fica 20 pessoas na palestra, eu sinceramente, prefiro uma palestra com 20 e estes senhores terem seus temas, do que verem PROFESSORES DE DEUS, querendo falar da vida, e fora da casa espírita, sua vida é pior ou igual a qualquer assistido.
Tem algo que admiro nos protestantes, é a rigidez da vida pública do pastor, conversei com um ontem em São Paulo, outras regras também da Igreja Católica para a vida do padre, e não vejo diferença na vida dos que se propõem ser presidente de casa espírita, ou diretor de doutrina, tem que dar exemplo.

Atitudes e ajuda, e não serem donos do "centro" como muitos frequentadores dizem, vou no centro de fulano e ou de ciclano.



Todos precisam de atenção, me lembro do Paschoal dizendo que enquanto houver uma pessoa que queira atendimento ele ficará no centro nem que isto demande ele ficar até uma hora da manhã, agora se a pessoa quer furar a fila, não espera o atendimento, quer ser atendida na hora, ele muda também o jeito de tratar a questão.
Na foto acima, ilustrativa, não vejo Jesus dizendo que não tem tempo, senhas, nem pedidos, nem tão pouco ele deixando de atender a quem o procurava, então, não aceito particularmente certas ações individualizadas, de proprietários da doutrina.

Uso amigos que sei que posso usar ao cita-los, agora senhores e senhoras dirigentes espíritas, melhorem o foco de vossas casas, mudem a diretoria, falem mais, em espiritismo, menos em cromoterapia, reike, procurem dar atenção a todos de forma igual.
Falemos menos do  fim do mundo, menos em dinheiro e sobretudo sem bebidas alcoolicas em vossos eventos.

Existem médiuns bons sendo ignorados, por vaidade de dirigentes, e todos tem direito a lutar e exercer seu espaço a menos que não possua a mediunidade, que neste caso quem irá avaliar é a espiritualidade.
Tenhamos pressa como diz Bezerra de Menezes, já se faz tarde, antes que a casa espírita, que a doutrina de Kardec vire um bazar esotérico.


David Guilherme Campos Chinaglia,54,
espírita, pesquisador, e divulgador da 
doutrina de Allan Kardec.
davidchinaglia@gmail.com
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Espiritismo Piracicaba (Facebook)



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