segunda-feira, 6 de agosto de 2012

AS QUATRO LEGÍTIMAS VERDADES

 
 Às vezes nos pegamos a pensar das razões de tantos crimes misteriosos, corrupção generalizada nas instituições públicas e privadas, catástrofes naturais e provocadas pelo homem, devastação do meio-ambiente por pura ganância, guerras fraticidas nos vários continentes, fome, doenças endêmicas, ceifando milhares de vidas todos os anos. Este é o quadro desolador que constatamos (alguns diriam pessimista), mas estamos vivendo uma fase de transição há muito prevista por Jesus, nosso Divino Mestre, nos seus Evangelhos (Mateus, cap. 24 e Marcos, cap. 13). 

 
 A mídia também tem destacado a profecia maia, segundo a qual o mundo acabará no mês de dezembro deste ano. Fiquem tranquilos que a nossa velha Terra não explodirá em mil pedaços em dezembro.

 O que vivemos atualmente com mais intensidade é o que a Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec, na segunda metade do século XIX e que os Espíritos Superiores, Benfeitores do nosso Planeta, notadamente através da mediunidade de Divaldo Pereira Franco, denominam de a Grande Transição. 

 A Grande Transição é a passagem gradativa da atual situação moral do nosso planeta Terra (que é classificado como um planeta de provas e expiações, isto é, no qual há ainda a predominância do mal) para um planeta de regeneração (onde haverá a predominância do bem, apesar do mal ainda existir, mas em uma escala bem menor). 

Esta transição está sendo acelerada no momento para que se cumpra o que foi escrito por Lucas: “Eu vim trazer fogo à Terra, e que mais quero, senão que ele se acenda?” (Lucas, 12:49). 

Todas essas tragédias, essas dores, forçam a humanidade a procurar Deus (sob qualquer de suas denominações) e, assim, espalhar por todo o planeta as chamas da Verdade; aquela mesma do fogo que o Cristo veio nos trazer. 

 E, como sabemos, toda mudança, toda transição traz consigo reações contrárias daqueles que não a querem, por comodismo ou por uma ilusão de poder. Assim, para buscarmos as causas de tais tribulações fomos pesquisar no livro Trilhas da Libertação, de autoria do Espírito Manoel Philomeno de Miranda, trazido a lume pela pena psicográfica de Divaldo Pereira Franco, a parte em que é eleito um novo líder das trevas, o qual substituirá o antigo líder, que foi libertado das regiões inferiores por ter reconhecido Jesus como a “porta estreita” da salvação, graças a ingentes esforços de sua mãe. 

 O recém eleito Soberano Gênio das Trevas, como se autodenominou, sendo que na Terra viveu com o nome de Tarmelão ou Timur, o Coxo (8-4-1336 a 18-2-1405), pois mancava devido a uma fratura no quadril, ocasionada em uma queda de cima de seu cavalo, dominou, em sua época, pela violência o Turquestão, Afeganistão, Paquistão, Pérsia, Iraque, sul da Rússia, etc.


  O novo Soberano determinou a aplicação de seu programa que denominou de: as quatro legítimas verdades (ironizando as quatro nobres verdades do Buda, Siddhartha Gautama). Permitam-me transcrevê-las, conforme está na página 105 da obra citada:

Primeiro: o homem - redefiniu o novo Soberano das Trevas - é um animal sexual que se compraz no prazer. Deve ser estimulado ao máximo, até a exaustão, aproveitando-se-lhe as tendências, e, quando ocorrer o cansaço, levá-lo aos abusos, às aberrações. Direcionar esse projeto aos que lutam pelo equilíbrio das forças genésicas é o empenho dos perturbadores, propondo encontros, reencontros e facilidades com pessoas dependentes dos seus comandos que se acercarão das futuras vítimas, enleando-as nos seus jogos e envolvimentos enganosos. Atraído o animal que existe na criatura, a sua dominação será questão de pouco tempo. Se advier o despertamento tardio, as consequências do compromisso já serão inevitáveis, gerando decepções e problemas, sobretudo causando profundas lesões na alma. O plasma do sexo impregna os seus usuários de tal forma que ocasiona rude vinculação, somente interrompida com dolorosos lances passionais de complexa e difícil correção. 

Segundo: o narcisismo é filho predileto do egoísmo e pai do orgulho, da vaidade, inerentes ao ser humano. Fomentar o campeonato da presunção nas modernas escolas do Espiritualismo, ensejando a fascinação, é item de alta relevância para a queda desastrosa de quem deseja a preservação do ideal de crescimento e de libertação. O orgulho entorpece os sentimentos e intoxica o indivíduo, cegando-o e enlouquecendo-o. Exige corte, e suas correntes de ambição impõem tributários de sustentação. Pavoneando-se, exibindo-se, o indivíduo desestrutura-se e morre nos objetivos maiores, para cuidar apenas do exterior, do faustoso - a mentira de que se insufla.

Terceiro: o poder tem prevalência em a natureza humana. Remanescente dos instintos agressivos, dominadores e arbitrários, ele se expressa de várias formas, sem disfarce ou escamoteado, explorando aqueles que se lhe submetem e desprezando-os ao mesmo tempo, pela subserviência de que se fazem objeto, e aos competidores e indomáveis detestando, por projetar-lhe sombra. O poder é alçapão que não poupa quem quer que lhe caia na trampa. Ademais a morte advém, e a fragilidade diante de outras forças aniquila o iludido. 

Quarto: o dinheiro, que compra vidas e escraviza almas, será outro excelente recurso decisivo. A ambição da riqueza, mesmo que mascarada, supera a falsa humildade, e o conforto amolenta o caráter, desestimulando os sacrifícios. Sabe-se que o Cristianismo começou a morrer, quando o martirológio foi substituído pelo destaque social, e o dinheiro comprou coisas, pessoas e até o reino dos céus, aliciando mercenários para manter a hegemonia da fé...

Quem poderá resistir a essas quatro legítimas verdades? - interrogou - Certamente, aquele que vencer uma ou mais de uma, tombará noutra ou em várias ao mesmo tempo.”

Aí está, pois, a origem (porque tudo o que acontece aqui é mero reflexo do que acontece no mundo espiritual, que é o mundo real – causal) de todas as aflições que atingem o planeta, causadas por mentes ainda presas ao mal, situadas no Além, que sistematicamente têm aplicado esse programa por toda Terra, atuando sobre esses quatro componentes. Reflitamos se, por nossa vez, não estamos fracassando em um ou mais desses pontos (ou em todos eles). Ainda há tempo de mudar. Só depende de nossa vontade e determinação! 

Entretanto, ao contrário do que pensam esses infelizes irmãos, com a visão ainda obscurecida pelo erro, eles não estão no comando do planeta. A Providência Divina os utiliza como instrumentos para o despertamento, mediante duras provações, das mentes ainda adormecidas para as altas finalidades da Vida. De um aparente mal surge, então, um bem. 

Paulatinamente, essa influência negativa das trevas irá, aos poucos diminuindo (a natureza não dá saltos), pois a humanidade já começou a ser mesclada com espíritos mais adiantados, oriundos de planeta pertencente à estrela Alcíone, convidados por Jesus a auxiliarem, como encarnados, na transição que ora se opera. (Vide carta de Bezerra de Menezes, escrita em 2010, constante deste Blog). 



Os que não se enquadrarem na nova sintonia vibratória do planeta serão encaminhados para a reencarnação em mundos primitivos, onde irão auxiliar no progresso moral e material das criaturas lá viventes, enquanto burilam, pelo sofrimento, o seu próprio progresso. E um dia, já modificados para melhor, retornarão à Terra regenerada.


Apesar de ser um assunto polêmico, alguns autores espirituais como Lucius, por exemplo, sustentam a aproximação de um grande planeta que orbita o nosso Sol (Planeta X, Nibiru, etc) e que atrairá irremediavelmente esses espíritos pelo seu magnetismo primitivo em cuja mesma sintonia essas entidades se encontram. 

 
Por isso, os trabalhadores do Bem devem, mais do que nunca, precaverem-se contra as ciladas do Mal, suportar as tentações, pedindo sempre a proteção de Deus, que nunca a nega ao trabalhador de boa vontade.

Apesar de todas essas visões verdadeiramente apocalípticas de acontecimentos futuros, cabe-nos não nos perturbarmos ou esmorecermos, continuemos a seguir a bússola que Jesus nos deixou: o seu Evangelho. Não nos esqueçamos nunca do: “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo”. Assim, seguindo essa sua rota luminosa chegaremos ao porto seguro.


Jesus também nos disse: “...mas aquele que perseverar até o fim será salvo.” (Mateus, 24:13). Confiemos, então, na promessa do Mestre e perseveremos na prática do Bem, procurando, no dia de hoje, adotar atitudes melhores do que as de ontem.

Julio Flávio Rosolen participa da diretoria
da Sociedade Espírita Casa do Caminho de
Piracicaba é coronel (da reserva) do Corpo
de Bombeiros, Espírita e colabora com este
BLOG.

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