sexta-feira, 18 de maio de 2012

PODEMOS "PECAR" POR PENSAMENTOS? ( cometer até adultério como Jesus falou? Como?)


Nós vamos dialogar um pouco sobre a passagem de Jesus, em que ele comenta uma recomendação da Lei da Moisés e ele diz o seguinte: ouvistes o que foi dito aos antigos, não cometeis adultério, eu porem vos digo que se olhares para uma mulher com mau pensamento para com ela já cometestes adultério com ela em seu coração”. 

Ou seja, Jesus amplia a moral que foi estabelecida por Moisés, pois não basta não concretizar o ato de adultério é importante não pensar nele, pois se assim o fizermos já estaremos cometendo o mal. 

Note-se ainda que Jesus não restringiu esta questão do pensamento somente aos casos de adultério, na verdade ele estende a todo mau pensamento, contrário à Lei Divina, que é Lei de Amor, e toda atitude que vai contra essa Lei de Amor, é um ato que adultera essa lei. Nesse sentido quando temos qualquer tipo de mau pensamento, contra o nosso próximo estamos adulterando a Lei Divina de Amor.

Assim sendo não basta frear as atitudes menos dignas se no pensamento damos livre curso a elas, se isso ocorre estamos sendo hipócritas, e quantos de nós não fazemos isso? 

Vemos assim como as Três Revelações, se completam, complementam as anteriores. Pois Moisés imprimiu o princípio moral, proibindo o adultério, Jesus o estende proibindo mesmo em pensamento, mas o mestre não explicou de que forma esse ato poderia se concretizar no pensamento, pois como ele mesmo disse, nós naquela época não estávamos preparados para conhecer mais profundamente suas palavras, por isso ele nos prometeu um Consolador que viria mais tarde explicar o que Jesus quis dizer e de que forma se dava.

E o Espiritismo como Consolador prometido por Jesus, depois que as ciências já haviam surgido e que a nossa inteligência já estava mais bem preparada para compreender, vem nos esclarecer sobre a força do pensamento.

Se formos analisar todas as nossas criações e mesmo todas as nossas ações são fruto do nosso pensamento, pois antes de executamos algo primeiro imaginamos como iremos fazer, de que forma, etc. Kardec no livro a Gênese, nos fala dos fluidos que são o veículo do pensamento, assim como o ar é o veículo do som, ou seja são os fluidos que permitem que os pensamentos se propaguem, assim como o ar leva o som para várias direções.

É com a manipulação dos fluidos que os espíritos, criam inclusive suas vestimentas, seus objetos, suas construções, etc. Cabe ressaltar que os espíritos não manipulam os fluidos como um cientista manipula elementos químicos no laboratório, eles os manipulam através do pensamento, pois basta pensar com intensidade num determinado objeto que ele se torna real para ele, ou pode inclusive materializá-lo para que nós encarnados possamos vê-lo. É pela manipulação dos fluidos também que vemos os processos de materialização em geral. 

André Luiz trata de um caso de materialização de uma garganta ectoplasmática, para fenômenos de voz direta, em que ele auxiliado por outros espíritos, pensando insistentemente em uma garganta essa se materializou possibilitando que um espírito falasse por ela e fosse ouvido por todos os encarnados presentes na reunião.

No mesmo livro a Gênese Kardec fala ainda da fotografia do pensamento, mas não fotografia propriamente dita, mas no sentido de que quando pensamos algo, aquilo em que pensamos fica gravado na aura e aí se fotografa.

Assim por exemplo, se alguém pensa em cometer um crime, e arquiteta todos o passos, todos os atos e momentos, planejando cada movimento, aquele crime, fica plasmado ou fotografado em nossa aura, com todos os detalhes imaginados, ou seja, ela já executou o ato em pensamento, pode ser que o fato até não ocorra, ou porque a pessoa mudou de opinião, ou circunstância diversas não permitiram que ele se concretizasse, mas de toda forma ele ficou registrado na nossa aura e qualquer espírito que passasse por nós veria e ato ali plasmado.

É isso já gera uma grande responsabilidade para nós, pois através do nosso pensamento e da irradiação da nossa aura nós nos influenciamos mutuamente, e fazemos sintonia com aqueles que pensam como nós, permitindo que eles também atuem sobre nós. 

Isso é um fato comprovado basta ver quando assistimos a um filme, ou a uma cena marcante como aquele fato, impregna por assim dizer a nossa mente, e quando vamos dormir, este custa a se apagar e quase sempre sonhamos com aquilo que nos impressionou. 

André Luiz no seu livro Mecanismos da Mediunidade, relata um caso inclusive de adultério, que nos ajuda a perceber essa influenciação. 

Neste caso o marido que estava tendo um caso extraconjugal, começou a pensar naquela com quem estava se encontrando. A partir desse momento a imagem daquela mulher começa a se projetar na sua frente sem que ele veja com os olhos corporais, mas os amigos espirituais e no caso André Luiz percebiam claramente a imagem, isso porque provavelmente a mulher também estava pensando nele, e fez-se assim a sintonia entre os dois, mas essa influenciação começa também a atingir sua esposa, que começa a suspeitar e a reclamar de suas saídas, isso porque marido e mulher também tem uma ligação forte. E quando ele sai, a imagem da outra mulher continua no ambiente a atormentar a mente da esposa, sem que essa a perceba, mas mesmo assim sentindo a sua influência. 

Percebemos através desse exemplo a questão fundamental da sintonia que está presente nas questões do pensamento e que estão na base de todos os fenômenos obsessivos e mediúnicos. 

Pois para que sejamos influenciados pelos espíritos e mesmos por outras pessoas o processo se dá através do pensamento. 

Para tratar rapidamente do problema da obsessão, primeiro gostaríamos de ressaltar que ela pode ocorrer em quatro níveis, de encarnado para encarnado como no caso citado, de desencarnado para encarnado que são mais comuns, de encarnado para desencarnado, como num outro caso de André Luiz em que o plano espiritual afasta um espírito que estava obsidiando uma mulher e está sentindo sua falta passa a atraí-lo através do seu pensamento e de desencarnado para desencarnado, como nos casos de escravidão que ocorrem em zonas inferiores do plano espiritual, também relatados em vários livros. 

O processo da obsessão se dá através da sintonia, ou seja, emitimos um determinado pensamento, e se insistirmos naquela idéia ela ficará plasmada na nossa aura, os espíritos se sentem atraídos pela onda mental, ou vêem a imagem plasmada, e passam também a alimentá-la, pois concordam com ela, pensam da mesma forma, e aí eles passam a nos influenciar.

Essa influência pode ser também positiva se os espíritos que atrairmos forem bons, e daí a importância de emitirmos sempre bons pensamentos para fazermos boas sintonias.

Quando Kardec no Livro dos Espíritos perguntou se os espíritos podem influenciar em nossos atos e pensamentos, obteve a seguinte resposta: Influem em vossos pensamentos mais do que se imaginais, são eles algumas vezes que nos dirigem.

Pode parecer até mesmo injusto isso, mas não é, na verdade nós temos o nosso livre arbítrio para escolher o que queremos e decidir, cabe a nós atuar sempre no sentido do bem.

Assim se uma pessoa é um assassino, ela terá em volta de si vários espíritos com o mesmo pensamento, mas também terá aqueles que tentam colocá-la no bom caminho, como disse o apóstolo Paulo, “nós estamos cercados por uma nuvem de testemunhas. 

É como nos desenhos animados... Isso não quer dizer que os espíritas devem o tempo todo estar consultando seus mentores e guia para as menores atitudes da vida cotidiana, isso é até mesmo perigoso, pois não é porque os nossos irmãos desencarnados têm uma visão um pouco mais ampla do que nós que eles sabem tudo, muitos sabem até menos que nós, pois não se vira santo e sábio só porque perdeu o corpo físico, tudo é conquista individual. 

Nesse sentido há uma pequena história do livro Atravessando a rua do Richard Simonetti, em que ele relata o caso de um espírita vidente, que acostumou a ver sempre um espírito simpático ao seu lado, e começou sempre a interrogá-lo sobre coisas cotidianas, acostumou-se sempre a pedir a opinião do companheiro, até que um dia esse companheiro comprou um carro, e tinha sempre por passageiro esse espírito, e continuou recorrendo a ele nas questões do trânsito, por exemplo, quando o sinal estava amarelando, o motorista olhava para o lado e o espírito respondia: vai que dá! E lá ia ele atravessando o cruzamento, até que um dia ele ia atravessar uma baixada com uma ponte onde só podia passar um automóvel de cada vez, ele percebeu que vinha um caminhão no sentido oposto, e companheiro olhou para o lado e o espírito como sempre respondeu: vai que dá! O motorista então confiante acelerou seu carro, mas quando entrou na ponte percebeu que o caminhão também havia entrado, mas já não era possível parar, então olhou para o lado aflito e o espírito desconsolado simplesmente respondeu: é parece que não vai dar! .... 

Então nas nossas atividades do cotidiano não devemos nos preocupar com a opinião dos espíritos, devemos viver a nossa vida, procurando pautá-la sempre na prática do bem, vivendo segundo a Lei de Amor.

Sempre lembrando que na maioria das vezes nós é que atraímos as companhias espirituais de acordo com os nossos pensamentos, parodiando o ditado popular poderíamos dizer: “Dize o que pensas e eu direi com quem andas”... 

Temos que aprender a pensar por nós mesmos, pois freqüentemente, pensamos mil coisas ao mesmo tempo e como mil idéias vêm à nossa cabeça, umas nossas, outras de outras pessoas, temos que aprender a disciplinar os nossos pensamentos. 

Nós estamos cercados por ondas que passam por nós o tempo todo. Ondas de rádio, de televisão, etc., e os pensamentos também são ondas, mas nós não percebemos as ondas de TV porque não estamos na mesma sintonia, então elas passam por nós e vão atingir os aparelhos de TV que estão aptos para recebê-las. Assim se estamos acompanhados de maus espíritos, é porque nós estamos na mesma faixa que eles, se elevarmos o teor dos nossos pensamentos eles não poderão mais nos atingir. 

Tem um outro ditado que diz o seguinte nós não podemos impedir que os pássaros voem e cruzem os céus, mas nós podemos impedir que eles façam ninhos sobre nossas cabeças. 

Assim também com os pensamentos, nós não podemos impedir que os maus pensamentos cruzem os céus em todas as direções, mas nós podemos evitar que eles se alojem na nossa mente, buscando uma outra sintonia. 

Na mediunidade também o pensamento exerce uma influência muito grande, pois se não houver sintonia entre o espírito comunicante e o médium a mensagem não pode ser transmitida, da mesma forma é necessária que haja comunhão de pensamento daqueles que estão em um grupo, pois a descrença e mesmo outras preocupações que não estejam relacionadas com a reunião interferem e atrapalham. 

Bem Kardec tratou da fotografia do pensamento, mas no sentido que ele fica registrado na nossa aura, porém como a doutrina é progressiva devido ao seu caráter científico, alguns dos continuadores de Kardec, Ernesto Bozzano, cientista e filósofo italiano, começou a estudar fenômenos relacionados ao pensamento que estão registrados no livro “PENSAMENTO E VONTADE”. Nesse livro ele mostra claramente como o pensamento pode inclusive ser fotografado, inclusive por uma câmara fotográfica comum, e nesse sentido foram realizadas várias experiências utilizando todos os rigores da ciência para evitar que pudesse haver algumas fraudes, e ainda procurando sempre repetir as experiências, foi desta forma que ficou constado a materialização do pensamento a ponto de sair na chapa fotográfica.

Também foi estudado por Bozzano os fenômenos de ideoplastia, ou seja, quando uma idéia toma forma, onde é muito mais o pensamento dos espíritos que atuam, ao ponto de eles produzirem membros do corpo como mãos braços, etc, que ficam registrados na parafina quente, e depois tomar forma, o que só pode ser feito pelos espíritos, primeiro porque qualquer pessoa queimaria a mão e segundo porque quando fosse ser retirada a mão a parafina se quebraria. 

O pensamento pode também gerar doenças, como já foi constatado pela medicina muitos tipos de câncer são desenvolvidos devido a estados de mágoas e ressentimentos guardados por muitos anos. 

Isso também se dá quando alimentamos a idéia de doença, essa idéia se plasma nos nossos corpos espirituais e passa para o corpo físico. 

Através dos nossos pensamentos nós construímos a nossa vida e o nosso destino a cada dia, pois podemos escolher a cada manhã sermos felizes ou infelizes, e a partir daí a sintonia fará o resto. 

Daí a importância de cultivarmos sempre bons pensamentos, pensamentos de otimismo, buscar o lado belo e bom da vida, para que a nossa vida também seja assim, pois a maioria de nós, ainda é muito pessimista. Não é verdade?

Só para finalizar essa rápida revista sobre o pensamento, gostaríamos de relatar que já foram feitas pesquisas que tentaram verificar a real existência do mal olhado.

Cientistas ingleses pegaram ratos selvagens e outros de laboratório e os colocaram em gaiolas diferentes mas próximos uns dos outros, os selvagens passavam a maior parte do tempo enviando olhares agressivos para os outros, passado algum tempo os ratos brancos morreram e quando foi feita a autópsia foi constatado que eles haviam morrido devida a uma violenta pressão nervosa.

Um outro fato interessante é que se o plano espiritual não fizesse constantemente uma limpeza de ambiente não seria possível nem mesmo entrar aqui. 

O mesmo aconteceria com a atmosfera do planeta se de tempos em tempos não der aquelas tempestades nós morreríamos asfixiados, todos nós notamos que o ar parece que fica mais leve quando chove. 

Agora a maior conseqüência do conhecimento da força do pensamento é no sentido moral, pois temos que tomar cuidado com os pensamentos que emitimos para os nossos semelhantes, pois podemos estar agindo de forma negativa sobre eles. 

Além disso, vale lembrar que a lei de ação e reação vale também para os pensamentos, assim se queremos receber bons pensamentos de volta, deveremos enviá-los também. 

Vocês já perceberam que quando censuramos alguém através da maledicência, quase sempre mais cedo ou mais tarde nós acabamos cometendo o mesmo erro? Se não for numa ocasião próxima será depois... 

Quando pensamos com ódio em alguma pessoa é como se estivéssemos enviando dardo ou um projétil na direção daquela pessoa buscando atingi-la. 

Desta forma percebemos que os pensamentos vão sempre acompanhados dos sentimentos que os geraram. 

Os fluidos que são, como já falamos os responsáveis pela transmissão do pensamento, assim como o ar transmite o som, eles não possuem em si mesmos qualidade nem boas nem más, mas com atuação do sentimento ele pode adquirir cor, forma e até mesmo cheiro.

Por exemplo, uma pessoa avara, mesquinha, egoísta ou mesmo invejosa, EMITIRÁ PENSAMENTO sob a forma de garras, por exemplo, nas pessoas envolvidas em amor seus pensamentos terão cores suaves e formas de pétalas, por exemplo.

E de onde é que vêm os sentimentos? Do coração por isso é que Jesus afirmou que quando olhamos para uma mulher com mau desejo já cometemos adultério em nosso coração. 

E o próprio Jesus afirmou que é do coração que partem todas as más atitudes, ou seja, do nosso íntimo, daí a importância de praticamos aquilo que a doutrina espírita prega o tempo todo, a nossa reformulação interior.

Nesse sentido aquele comete adultério, porque mentalmente já concebia a aventura, já vinha alimentando a idéia. 

Depois do que foi falado quem achar que Jesus exagerou, basta ver como certos homens praticamente desnudam as mulheres quando olham para elas, e perguntar se gostariam que o mesmo ocorresse com uma mãe ou irmã suas. 

A reforma íntima não deve ocorrer somente a nível de atitudes é necessário modificar os nossos sentimentos e pensamentos. Devemos aprender a disciplinar as nossas emoções, controlando os desejos de um modo geral, pois como afirma o budismo o mau desejo é a causa de todos os males. 

Quando olhamos para uma mulher especificamente e a desejamos, estamos colocando em evidência o nosso egoísmo, e o nosso orgulho que são as duas maiores mazelas da humanidade. 

Procuremos assim mudar a nossa forma de pensar e de agir, mudando primeiramente os nossos sentimentos. 

Jesus o tempo todo pregou a reformulação interior, ou como nos disse o apóstolo Paulo de Tarso, a transformação do homem velho para o homem novo, renovado de pensamentos e sentimentos.

Quando Jesus proclamou a bem-aventurança dos puros de coração, estava se referindo à reforma, da mesma forma quando nos fala da veste nupcial ele está se referindo aos nossos corpos espirituais, que ficam mais resplandecentes à medida que vamos nos reformando e aprendendo a cultivar somente bons pensamentos e sentimentos. 

E quando o mestre nos fala para arrancar o olho ou cortar a mão se forem motivo de escândalo, ele nos mostra que muitas vezes a reforma exige renúncia, sacrifício e mesmo dor, mas que devemos destruir em nós mesmo com grande dor e sacrifício, tudo que possa nos levar ao erro, pois deixar de lado algo que nos causa prazer como a vingança, por exemplo, gera dor, perdoar alguém que nos ofendeu, gera dor, abafar o egoísmo o orgulho em nós gera dor moral. 

A reforma íntima é um processo muitas vezes lento, não vamos conseguir de uma hora para outra mudar todos os nossos pensamentos, mas é necessário começar já, não podemos mais adiar.

 Ë necessário então que nós vigiemos sempre os nossos pensamentos como recomendou Jesus, e quando algum mau pensamento nos aflorar na mente busquemos o socorro da prece.

E assim gradativamente, ainda que andando milímetro vamos subindo rumo à evolução que é a meta de todos nós, lembrando que Emmanuel diz que sempre há virtude quando há recusa voluntária de praticar o mal, nesse sentido cada um de nós como individualidade que somos, estamos num determinado grau evolutivo. 

Kardec nos esclarece que aquelas pessoas que nem mesmo pensam no mal já realizaram grande progresso; naqueles em que os maus pensamentos surgem e procuram repeli-los com energia, o progresso está em vias de se concretizar, e naquele que se compraz nos maus pensamentos, o trabalho ainda está todo por fazer. Em qual estágio nós estamos?

Que possamos refletir sobre essa força poderosa do pensamento e direcionar a nossa vontade que também é outra poderosa força no sentido de educar o nosso pensamento. 

E que ao final cada dia possamos nos perguntar: Que tipo de pensamento tive hoje? Em que tipo de imagens ou visões a minha mente se compraz? Como tenho dirigido meus pensamentos aos meus semelhantes, bons ou ruins? Enfim qual o meu ideal, evoluir ou ficar estacionado? 

Que Jesus nos abençoe. 

José Arnaldo Fernandes Filho
Fraternidade Espírita Nosso Lar

Nenhum comentário:

Postar um comentário