sexta-feira, 14 de setembro de 2012

PARÁBOLA DO MORDOMO INFIEL


“Disse também Jesus aos seus discípulos: Havia um homem rico que tinha um mordomo e este perante ele foi acusado de lhe haver dissipado os bens. – 2 – Ele o chamou à sua presença e lhe disse: Que é o que ouço dizer de ti? Dá-me conta da tua “administração, pois que não poderás mais administrar os meus bens. – 3 – Disse, então, o mordomo de si para si: Que hei de fazer, uma vez que o meu amo me tira a administração dos seus bens? Não sei cultivar a terra e de mendigar, tenho vergonha. -4 – Já sei o que farei, a fim de que quando houverem tirado a mordomia encontre pessoas que me recebam em suas casas. – 5 – Chamou cada um dos que deviam ao seu amo e perguntou ao primeiro: Quanto deves ao meu amo? – 6 – O devedor respondeu: Cem cados de óleo. Disse-lhe o mordomo: Toma a tua obrigação, senta-te ali e escreve depressa, um outra de cinquenta. – 7 – Perguntou, em seguida, a outro credor: E tu, quanto deves? Respondeu este: Cem coros de trigo. Toma, disse ele, o documento que me deste e escreve um de oitenta. – 8 – E o amo louvou o mordomo infiel por haver procedido com atilamento; pois os filhos do século são mais avisados no gerir seus negócios do que os filhos da luz. – 9 – E eu vos digo: Empregai as riquezas de iniquidade em granjear amigos, a fim de que quando elas vierem a faltar-vos eles vos recebam nos tabernáculos eternos. – 10 – Aquele que é fiel nas pequeninas coisas, sê-lo-á também nas grandes; aquele que é injusto no pouco, também o é, no muito. – 11- Ora, pois, se não houverdes sido fiéis no tocante às riquezas de iniquidade, quem vos confiará as verdadeiras? – 12 – Se não fordes fiéis com o alheio, quem vos dará o que é vosso? Lucas, XVI – 1 – 12.

DISSERTAÇÃO

Esta parábola do mordomo infiel, meus irmãos, faz lembrar o procedimento de todos nós em relação ao Pai.
Quem, vindo ao plano terrestre, cumpre com fidelidade os compromissos firmados no plano astral?
Nosso espírito, ao tomar a matéria, sente-se certo de que tudo fará para satisfazer àquele que lhe dá mais uma oportunidade de resgatar suas dívidas passadas, sabendo cuidar dos bens espirituais que o Pai lhe concedeu. O invólucro carnal, porém, é denso demais para permitir que o espírito se aperceba do mundo exterior e consiga superar as influências negativas que dele se apossam. E, por isso, o espírito, esquecido da promessa feita, enleado nas teias dos fluidos negativos que o envolvem, deixa-se abater não liquidando suas dívidas e contraindo outras.

Feliz daquele que, alertado a tempo, consegue ressarcir, em parte, o prejuízo. Foi o que aconteceu com o mordomo infiel.
Não cumpria os deveres de zelador dos bens materiais do seu amo. O tempo corria e ele, imprevidente e irresponsável, descansava à sombra da proteção dos seus superiores.

Um dia, porém, o dono da casa é avisado de que ele se descuidava dos seus deveres e lhe dissipava os bens. Chamou-o e disse-lhe que naquele dia deixaria a sua casa, devendo, antes, prestar contas do que lhe devia.
Sentindo-se em dificuldades, pensou em garantir o seu futuro, satisfazendo a ambas as partes e decidiu-se. A cada devedor perdoou um pouco da dívida, cobrando o restante, que levou ao amo.


Muito bem! Procedeste com inteligência. Soubeste satisfazer a todos nós, não prejudicando aqueles que te poderão ajudar mais tarde e salvando, em parte, o meu dinheiro.
Ao mordomo aconteceu como a nós acontece.
Alertados a tempo, antes de atingirmos o final da nossa etapa no plano terráqueo, voltamo-nos para dentro de nós e apressamo-nos a realizar as nossas tarefas. O tempo, porém, é curto e, ao partirmos, deixamos sempre um restante das nossas dívidas, precisando voltar outras vezes para resgatá-las.
Se, porém, a par das nossas faltas, fazemos o bem, distribuímos caridade com os nossos irmãos, o Pai, magnânimo e compreensivo, credita em nosso patrimônio espiritual essas virtudes.

Ele diz: “Empregai as riquezas de iniquidade em granjear amigos, a fim de que, quando elas vierem a faltar-vos, eles vos recebam nos tabernáculos eternos.”
Nunca se perde em fazer algum bem e aqueles que o recebem, nô-lo devolverão em dobro na eternidade.

(Extraído do livro: As Divinas Parábolas – Autor: Samuel, médium: Neusa Aguiló de Souza – Centro Espírita Oriental “Antonio de Pádua”, Recife, PE -1982)

                                                                      
 Julio Flávio Rosolem participa da 
Diretoria da Sociedade Espírita
Casa do Caminho de Piracicaba.
É Coronel da Reserva do Corpo de Bombeiros,
espírita, médium e colaborador deste BLOG.                                                                       




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