sexta-feira, 21 de setembro de 2012

O MAGNETISMO E O ESPIRITISMO POR ALLAN KARDEC



Estimados amigos do ideal espirita, num momento importante de crescimento desta amada doutrina, precisamos ir corrigindo os fatos, as lendas, dentro das casas espíritas, o momento é por demais importante.
Infelizmente temos pessoas que são "teimosas" como não estamos tendo um sistema regulador nem da Use nem da FEB neste momento de muitos equívocos dentro de casas espiritas, de todo o Brasil e como um sistema regulador depende de muita burocracia, vamos apelar ao bom senso.
Muito se fala de REIKE, dentro de "centros espíritas", e outras energias magnéticas, é preciso entender a diferença de um e de outro.
Preciso entender que o surgimento da doutrina espírita, não foi um ato RELIGIOSO, e sim cientifico, comunicativo, e de fé.
Porém o que menos importa dentro da nossa amada doutrina, é erguer ícones a ATIVISMOS RELIGIOSOS.
Ao mostrar ao planeta Terra, a origem do seu povo, quem somos, de onde, viemos, porque aqui estamos, codificando esta amada doutrina Kardec, dizia sempre, somos uma ciência não uma religião.
Inclusive alertava para que futuramente se algo o desmentisse em suas 1019 perguntas e respostas, e este algo, fosse da parte da ciência, que o povo do planeta ficasse com a ciência.
A doutrina espirita não é baseada nas curas, embora possa fazer, quando merecido, não é baseada dentro do magnetismo, embora seja a partir dele, que se pode chegar a esta amada doutrina.

Em 1848 Kardec já tinha problemas com MAGNETISMO, magnetizador, e a questão médium, espiritismo,  lembro mais uma vez, que o termo "Espírita" foi criado pelo codificador.
Tenho insistido que qualquer linha que não pertença as obras básicas ou ao que foi dado a Kardec conhecer, é perder tempo.
Não estou só nesta luta, não se trata como dizem alguns fanáticos ainda ligados a religiões, de "santificar o codificador", Kardec mostrou a importância da caridade, em notas que recebeu dos espíritos, e criou a frase, FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO, algo que também foi dito séculos antes por Jesus.
Kardec fez uma obra base, importante demais, diretiva, sair dela, migrar para novos campos, reescrever as obras básicas, são alucinações de seguidores do Sr.Rousting, ou de inovadores que sem base estão dividindo ideias e grupos espíritas.

Considero no entanto que existe fatos, e experiências nas obras de Rousting que confundem, tanto que o amado Bezerra de Menezes, também por ele foi envolvido, por certo tempo, até que retornou sua sólida obra como espírita, nas bases Kardecistas.
O ego de JB, era maior que as manifestações, lidar com ciência, com fatos novos a dois séculos atrás, não era para qualquer mente.
Kardec sempre defendeu a disciplina, a austeridade, a linha dura, dizia não, inclusive a espíritos, tanto que algumas colocações dos imortais, Kardec suprimiu da coletividade, e nem sequer quis constar em suas obras, embora as tenha registrado e elas existam até hoje na Sociedade Parisiense, fundada por ele, e mantida pelos amigos e seguidores depois de sua morte.
Por que? a Humanidade não está preparada para saber de tudo, pela suas diferenças e culturas.
Os senhores lerão problemáticas que o Espiritismo, teve com energias magnéticas, porém, lerão também na pena do amigo de Lyon, que sem ele teria sido dificil quase que impossível, codificar e explicar os fatos espiritas, ou seja, sem o MAGNETISMO, mas não são a mesma coisa.
Energias, outras, que no futuro falaremos também está ligada a esta doutrina, porém, não são espiritismo.
Na matéria anterior uma das coisas que contestei na reportagem da TV Globo, foi misturar energias magnéticas como as usadas no Reike e nas técnicas Jorei, e outras orientais da época do cristo, ou mesmo da época de Kardec, e com o Espiritismo.
Acredito que a reportagem deveria ter ficado apenas nas energias espirituais, e no caso de André Luiz falarei na próxima matéria, ainda em resposta do porque fui contra.
Tenhamos atenção em separar MAGNETISMO E ESPIRITISMO.
Existe por parte da FEB uma orientação de não ministrar MAGNETISMO, tipo Reike, em casas espíritas, porém uns observam outros, não.
Porque não temos a proibição, apenas orientação de não faze-lo, este é um do problemas dos comandos FEDERATIVOS, que temos lutar juntos para modificar.

Nosso objetivo na matéria anterior, é tratar as respostas complexas das soluções que precisamos para o momento espírita caso á caso.
Primeiro estou trazendo a matéria de Kardec, para mostrar que MAGNETIZADORES, E MÉDIUNS ESPÍRITAS, já viviam conflitos na época da boa nova.

Hoje quando falamos da importância de obras, de substituição do chamado curso COEM, que foi maravilhoso num momento, mas que hoje me parece algo que TAMBÉM cumpre um desserviço a doutrina espírita no Brasil, breve falarei de DIRETRIZES que devemos retomar, aliás algumas ditadas a cerca de dois anos, e não observadas até hoje em algumas casas.

Dirigentes não estão separando o joio do trigo, temos vistos, orientações de energias que não são espíritas, tratadas como se tivessem ligação.
Uma veio da outra neste caso do MAGNETISMO, como o próprio Kardec falará aos senhores que não leram sobre o tema, podem andam juntas, mas não nas mesmas sedes.
Porque?
Não faz parte da base doutrinária, e quanto ao COEM, é um resumão das Obras Básicas, e hoje não estamos estudando as obras de Chico Xavier, do proprio Kardec, de Léon Denis, Camille Flamarion, e outras grandes obras de Divaldo Franco, a não ser em uma centena de casas.
E vejo companheiros, preocupados com a técnica da APOMETRIA, que é outra coisa que não tem nada a ver com o espiritismo, em permitir REIKE, CROMOTERAPIA, em atos conjuntos do ESPIRITISMO.
Sobre os cursos COEM, quero fazer uma colocação:
Nada contra o COEM, apenas superado, e um orientador errado, no momento do crescimento, num dado momento quando surgiu no Paraná foi um modelo que serviu, e hoje atrapalha sim nas decisões, escolhas literárias, entendimento da doutrina evolutivamente falando, etc.

Querer resumir as obras é como querer ensinar a pilotar uma espaçonave com um manual abreviado em português, imagino que todos saibam que todos os equipamentos numa nave, são em inglês.
Num momento que centro ou aplicações de energias Magnéticas, estão sendo confundidas com atuações do plano espiritual, vamos esclarecer, uma das formas, é deixar o livro arbítrio dos companheiros, analisar.
Aqueles que não possuem tempo para estudar, mas dirigem ou fazem parte de sistema diretivo ou coordenam a doutrina.

Quero lembrar que estas energias são importantes, mas nada tem a ver com a doutrina e aqui mostramos  abaixo as dificuldades de Kardec em 1858, e sua prestigiosa opinião, e como ele separou uma coisa da outra, respeitando.

Quero lembrar o que disse Divaldo pereira Franco na capa de abertura da revista traduzida no Brasil:
"A Revista espírita é fonte inexaurível de informações e esclarecimentos, nos quais fulguram a mente  clara e o discernimento objetivo do mestre lionês(Kardec).
A base do Espiritismo são as obras básicas, continuou Divaldo,  e os apontamentos e estudos que ele realizou na Revista baseado nas comunicações espirituais, permitiram as mesmas."
Portanto amigos leiamos o mestre Kardec, o codificador, em seu texto de 1848.


Junho de 1848, Paris, França,

Quando apareceram os primeiros fenômenos espíritas, algumas pessoas pensaram que essa descoberta( se se pode aplicar-lhe esse nome) iria dar um golpe fatal no MAGNETISMO, e que ocorreria com ele como com as invenções, das quais as mais aperfeiçoadas fazem esquecer a precedente. Esse erro não tardou em se dissipar,e, prontamente, se reconheceu o parentesco próximo dessas duas ciências. Todas as duas, com efeito, baseadas sobre a existência e a manifestação da alma, longe de se combaterem, podem e devem se prestar um mútuo apoio: Elas se completam e se explicam uma pela outra. Seus adeptos respectivos, todavia, diferem em alguns pontos: certos magnetistas não admitem, ainda a existência e a manifestação da dos espíritos: crêem poder tudo explicar pela única ação do fluído magnético, opinião que nos limitamos a constatar, reservando-nos discutí-la mais tarde.
Nós mesmos a partilhamos no princípio: mas, como tantos outros, devemos nos render à evidência dos fatos.
Os adeptos do ESPIRITISMO, ao contrário, são todos partidários do MAGNETISMO: todos admitem a sua ação e reconhecem nos fenômenos sonambúlicos uma manifestação da alma.
Essa oposição, de resto, se enfraquece dia a dia, e é fácil prever que não está longe o tempo em que toda distinção terá cessado.
Essa diferença de opinião não tem nada que deva surpreender. No início de uma ciência, ainda tão nova,é muito simples que cada um encarando a coisa sob o seu ponto de vista, dela se tenha formado uma idéia diferente. As ciências, as mais positivas, tiveram, e têm ainda, suas seitas que sustentam com ardor teorias contrárias: os sábios ergueram escolas contra escolas, bandeiras contra bandeiras, e, muito frequentemente, pela sua dignidade, sua polêmica, torna-se irritante e agressiva pelo amor próprio melindrado, e desviada dos limites de uma sábia discussão.
Esperemos que os sectários do Magnetismo, e do Espiritismo, melhor inspirados, não dêem ao mundo o escândalo de discussões muito pouco edificantes, e sempre fatais para a propagação da verdade, de qualquer lado que esteja. Pode-se ter sua opinião, sustentá-la, discuti-la; mas o meio de se esclarecer não é o de se dilacerar, procedimento pouco dingo de homens sérios, e que se torna ignóbil se o interesse pessoal está em jogo.
O  MAGNETISMO preparou os caminhos do ESPIRITISMO, e os rápidos progressos da doutrina são, incontestavelmente, devidos à vulgarização da idéias do MAGNETISMO.
Dos fenômenos magnéticos, do sonambulismo e do êxtase, às manifestações espíritas,não há senão um passo: sua conexão é tal que é, por assim dizer impossível falar de um sem falar do outro. Se devêssemos ficar fora da ciência magnética, nossa quadro estaria incompleto, e se poderia nos comparar a um professor de física que se abstivesse de falar da luz. 
Todavia, como o MAGNETISMO já tem entre nós órgãos especiais, justamente autorizados, tornar-se-ia supérfluo cair sobre um assunto tratado com a superioridade do talento e da experiência; dele não falaremos, pois, senão acessoriamente, mas suficientemente para mostrar as relações íntimas das duas ciências que, na realidade, não fazem senão outra.
Devíamos, aos nosso leitores, essa profissão de fé, que terminamos rendendo uma justa homenagem aos homens de convicção que, afrontando o ridículo, os sarcasmos e os dissabores, estão corajosamente devotados à defesa de uma causa toda humanitária.
Qualquer que seja a opinião dos contemporâneos sobre a sua conta pessoal, opinião que é sempre, mais ou menos, o reflexo de paixões vivas, a posteridade lhes fará justiça; colocará o nome do barão Du Potet, diretor do jornal do Magnetismo na França, do senhor Millet, diretor da União Magnética, ao lado de seus ilustres predecessores, o marquês de Puységur, e o sábio Deleuze, Graças aos seus esforços perseverantes, o Magnetismo, tornado popular, colocou um pé na ciência oficial, onde dele já se fala em voz baixa. Essa palavra passou para a linguagem usual; ela não espanta mais, e quando alguém se diz MAGNETIZADOR, não lhe riem mais ao nariz.
                                                                          ALLAN KARDEC


Após o texto fica claro que os MAGNETIZADORES, e usuários desta energia, são muito importantes, mas não dentro de casas espíritas que devem seguir novos modelos, modelos de 157 anos atrás.
Ainda não temos todas as respostas das OBRAS de KARDEC, andar em outra direção é dividir mais esta prodigiosa doutrina.
Certa vez um dirigente disse vamos a Marte, mas o povo de Deus morre de fome na Terra, mandamos sondas a Vênus, mas não temos explicações para fatos claros, do mundo paralelo, da outra dimensão.
Agora os senhores sabem, que Kardecista, ou espírita, nenhum como queiram alguns, tem nada contra o Magnetismo, mas, não podemos faze-lo como algo espírita, como algo da doutrina, ou conjuntamente, já que como Kardec disse, um é uma coisa, e o outro, seu sucessor, uma ciência que surgiu no caso a Espirita a partir das energias, mas que agora, segue obviamente sem ela, no aspecto conjunto.


LER, APRENDER, DIVULGAR, CRITICAR, fazem parte da base desta DOUTRINA, que confesso é para poucos dada sua complexidade, pois requer atenção, no que se lê e acredita, e muitos anos de estudo, sugestões, são sugestões, mas jamais criamos fatos, apenas combatemos, para melhor claramente, temos que nos organizar mais amigos espíritas, ter mais disciplina, mas doação, ser médium, ser espírita, é ir além das suas forças, é uma doação, sobretudo quando dirigente, ou médium praticante, e também divulgador e pesquisador, já que nos impõe renunciar a muitas vantagens do mundo físico em prol do aprendizado e da CARIDADE.


Luz e paz,


David Guilherme, 54,
radialista, publicitário, gestor de projetos,
é espírita, médium, seguidor de ALLAN KARDEC,
pesquisador, e divulgador da doutrina é colaborador 
deste Blog.
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