sábado, 15 de fevereiro de 2014

A ESPIRITUALIDADE E O UNIVERSO - POR CARLOS BRITO IMBASSAHY



Através dos tempos, o tema sobre a Espiritualidade tem sido exclusividade das religiões, com seus dogmas e leis estabalecidas pela vontade de um soberano dito Deus, geralmente antropomórfico que justificaria por si, exclusivamente, a existência de tudo.


A Ciência que só admite o que seja devidamente verificado e comprovado, nunca aceitou a existência de um Deus criador corporificado pelas religiões com todo poder e sabedoria como causa e origem do Universo por total falta de comprovação de quais afirmações, todavia, ainda pendente de estudos ou de técnicas capazes de tal estudo.


Deus é uma crença: respeitemo-la.








As religiões, contudo, sempre foram inimigas da Ciência porque esta, em suas descobertas, sempre acaba destruindo algum dogma das ditas seitas e citando um exemplo, podemos lembrar da antiga Bíblia que afirmava que o Sol e a Lua giravam em torno da Terra, o Sol para alumiar o dia e a Lua para clarear a noite - afirmativa da qual nasceu o geocentrismo de Pitolomeu - o que fez com que a Igreja condenasse a alma de Copérnico a arder nas chamas da eternidade, já que, na época da condenação, o astrônomo já havia falecido.


Posteriormente, já no séc. XX, os astrônomos chegaram à conclusão de que o Universo é um sistema cíclico (repetitivo) e anisotrópico (a retração não é inversa da expansão) - o pêndulo, que vai e volta pela mesma trajetória é isotrópico - o que elimina por completo a tese da criação divina. Ele vem a ser uma nova fase de sua existência. O Supremo Agente Físico que comanda tudo isso e que substitui o Deus religioso é inteiramente incompatível com qualquer tipo de divindade religiosa do tipo das que comandariam as vidas dos humanos e os julgaria, a seu critério, pelos atos que os mesmos cometessem.


Os estudos de Edwin Huble mostraram que o Universo se encontra numa fase de expansão e que, como tal, irá se esvair. Dessarte, esse Agente Astrofísico que o comanda, fará com que ele, Universo, novamente se retraia a um fulcro central para que, sob ação de um efeito ainda desconhecido - o Big bang - volte novamente a se expandir e nós, humanos, evidentemente, sob proteção de um Ente superior iremos estar novamente sujeitos ao processo evolutivo universal.



Neste ciclo, habitamos a Terra, um medíocre planeta de um sistema solar de quinta categoria, perdido na Via Lactea, uma das menores constelações do cosmo. Assim, um "Deus" que só se preocupe conosoco é um Ente restrito à Terra e que não deva ter acesso a mundos superiores.



Kardec, em A Gênese, ao declarar que, quando evocamos Deus, é sempre um Espírito amigo que vem em nosso socorro, sugerindo, assim, que, de fato, a criatura humana necessita da crença em um Ente Supremo que vele por nós e que, de fato,nos ajuda a viver.


No planetário de Washington-DC há um programa baseado em estudos da NASA com apoio das equipes de Palomar que estuda a formação do Universo a partir do Big bang mostrando-o como processo evolutivo o que contraria qualquer tese religiosa da Criação de Deus, motivo pelo qual os cristãos fanáticos e os islâmicos saem de lá aos brados, revoltados, julgando que seja artimanha dos ateus.



O que vem revolucionando o conhecimento nesta área são os estudos de Sten Odenwald, à frente do Keck II, observatório espacial no Haway onde descobriu a existência da matéria escura e do "peso sem massa", agente estruturador que age no Universo, sobre a poeira cósmica, modulando as formas de estrutura astral, na sua "criação".



Ao mesmo tempo ele afirma que o Universo é composto de 27% de energia cósmica e 73% de "nada" e ele próprio o compara a uma tina cheia de espuma de sabão, onde, na verdade o colóide ocupa uma pequena parte da mesma e a maior parte é a do vazio interno da bolha.

No caso da bolha o vazio é o ar, mas, no Universo, ainda não se pôde detectar do que seja, com o recurso dos aparelhos de que dispomos, ou o que nele contenha, se formas, se agentes, enfim, o que seja.
Os mais ousados pressupõem que este seja o domínio dos estruturadores que atuam sobre a energia cósmica dando-lhe forma e "vida" (existência) já que a energia universal, por si só, não se altera e, para que se condense em forma de partícula ou elemento atômico material e´preciso que sobre ela, energia, atue algo que a modifique de seu estado fundamental.



Deve-se a Murray Gell Mann, o descobridor dos Quarks, à frente do acelerador de partículas (fermilab) da Stanford University os estudos da hipótese de que as ditas partículas atômicas têm comando próprio, admitindo, de forma indireta, que as mesmas sejam comandadas pelos próprios agentes que a tenham estruturado.
Já Werner Heisenberg, físico do regime nazista de Hitler, ao estudar o bombardeio de um alvo com partículas emitidas por aparelhos atômicos, existia sempre uma ou outra partícula rebelde que não respeitava o comando e saía de sua trajetória "qual ovelha desgarrada" e não atingia o alvo, a seu critério, o que levou o seu descobridor a enunciar o "Princípio da Incerteza".





Os parapsicólogos espiritualistas admitem que tais agentes sejam os estruturadores primitivos das formas e que, gradativamente conforme o corpo material elaborado, vão-se transformando em agentes de formação mais elevada até chegarem ao Espírito humano. É uma hipótese que merece estudo, todavia, depende de muita evolução e muito conhecimento, não só de aparelhagens como ainda de técnicas e condições de conhecimento humano.




Será que a Espiritualidade é o domínio do nada?






   

Carlos Brito Imbassahy, é espírita, fiel seguidor da doutrina nos preceitos e conceitos da codificação de Allan Kardec, é físico, Engenheiro, escritor, pesquisador e divulgador da Doutriba Espírita, sendo um dos seus mais conceituados participantes a nível de leitura, conhecimento, dedicou sua vida as profissões, é uma lenda viva da Doutrina, mora hoje nos Estados Unidos da América, de onde é colaborador do nosso blog.

Facebook : Carlos Imbassahy








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