quinta-feira, 8 de agosto de 2013

PARÁBOLA DO FESTIM DE BODAS






“-1- Falando ainda por parábolas, disse-lhes Jesus: -2- O reino dos céus se assemelha a um rei que, querendo festejar as bodas de seu filho, -3- despachou seus servos a chamar para as bodas os que tinham sido convidados; estes, porém, recusaram ir. -4- O rei despachou outros servos com ordem de dizer da sua parte aos convidados: Preparei o meu jantar; mandei matar os meus bois e todos os meus cevados; tudo está pronto; vinde às bodas. -5- Eles, porém, sem se incomodarem com isso, lá se foram, um para a sua casa de campo, outro para o seu negócio. -6- Os outros pegaram dos servos e os mataram, depois de lhes haverem feito muitos ultrajes. -7- Sabendo disso, o rei se tomou de cólera e, mandando contra eles seus exércitos, exterminou os assassinos e lhes queimou a cidade. -8- Então, disse a seus servos: O festim das bodas está inteiramente preparado; mas, os que para ele foram chamados não eram dignos dele. -9- Ide, pois, às encruzilhadas e chamai para as bodas todos quantos encontrardes. -10- Os servos então saíram pelas ruas e trouxeram todos os que iam encontrando, bons e maus; a sala das bodas se encheu de pessoas que se puseram à mesa. -11- Entrou, em seguida, o rei para ver os que estavam à mesa, e, dando com um homem que não vestia a túnica nupcial, -12- disse-lhe: Meu amigo, como entraste aqui sem a túnica nupcial? O homem guardou silêncio. -13- Então, disse o rei à sua gente: Atai-lhe as mãos e os pés e lançai-o nas trevas exteriores: aí é que haverá prantos e ranger de dentes; -14- porquanto, muitos são os chamados, mas poucos, os escolhidos.” ( MATEUS, cap. XXII, vv. 1 a 14.)

INTERPRETAÇÃO

Que o sublime Rabi vos ilumine para todo o sempre!
Queridos irmãos, queridas irmãs! Permitiu o Mestre que, mais uma vez, aqui nos reuníssemos para o estudo e a interpretação das suas sublimes parábolas, procurando dar a elas o verdadeiro sentido que, na ocasião, não pôde ser percebido e interpretado.
Como já analisamos, nesta parábola, como servos do Mestre, todos nós seremos, um dia, chamados para comparecer ao banquete celestial, para prestação de contas de nossas missões.


Como sabeis, muitas vezes, fomos chamados e, muitas vezes, alegando desculpas pouco convincentes, dominados pelos nossos maus instintos e vencidos pelo comodismo, negamo-nos a comparecer ao chamado celestial.
Como bem podeis apreciar, muitos daqueles abnegados espíritos que vão ao encontro dos servos negligentes são, por eles, mal compreendidos, mal recebidos e, até mesmo, sacrificados.


São os espíritos que vêm à Terra em missão e, em nome do Mestre, dar a sua vida, se necessário for, em holocausto ao amor divino.
Mas a bondade do Pai jamais esmorece. Continua Ele com a sua mesa farta, esperando os convidados. Como estes se recusam a comparecer, Ele, para que todos se salvem, para que todos compreendam a necessidade de renunciar, em definitivo, às ilusões do mundo e se entregar, de corpo e alma, ao trabalho espiritual.
Este banquete, meus irmãos, minhas irmãs, como última oportunidade reservada aos servos remissos, está se aproximando para o planeta Terra!
Dia virá em que o joio será, obrigatoriamente, separado do trigo e todos terão de comparecer.


Neste dia, será, realmente, avaliada a responsabilidade de cada servo e balanceadas as suas vidas pregressas, analisadas com justiça, para que os maus não mais permaneçam num campo em que somente o bem deverá permanecer. E aqueles que a este banquete comparecerem, sem as vestes adequadas, serão imediatamente afastados.
Porque, meus irmãos, minhas irmãs?
Perante o tribunal divino, nada ficará oculto.


A criatura se vestirá tal qual ela é, foi e será. Não haverá falsos arrependidos.
Não haverá criaturas que, aparentando amor, cultivem dentro de si o ódio.
Não haverá palavras doces, em lábios manchados de fel.
O coração será em todas as minúcias, analisado.
Os pensamentos jamais permanecerão ocultos e as criaturas, então, vestidas pela verdade, não apresentarão mais as falsas ilusões do mundo.
Naquele instante, muitos sentirão remorsos. Lágrimas de sofrimento perderão e sentirão, mais do que nunca, o smento daqueles que tudo puderam fazer e permaneceram de mãos vazias.ofri


Há, na Terra, a ideia do falso julgamento do Padre Eterno.
O Senhor é amor. O Senhor é perdão e sofrer. Quando Seus filhos caem em meio à jornada, procura levantá-los, mas eles, renitentes, não sentem a presença do Amigo Divino. Caminham julgando-se os vencedores, os merecedores das graças eternas, sem jamais pensarem que, para receber é preciso dar. Para que nasça uma semente, é necessário jogá-la em meio adequado, para que ela germine e cresça.


O amor de Deus é como o sol: ilumina todas as criaturas, mas, aquelas que não o desenvolvem dentro de si, nem se alimentam com a seiva do amor, jamais resistirão. Fenecerão, aguardando novas oportunidades.
Assim se passa com as almas crestadas pelos ódios, pelo egoísmo. Ficam à beira do caminho e, quando chamadas, culpam o Pai das suas próprias culpas, dos seus erros da invigilância.
Meus amigos, minhas amigas! Preparai-vos!
Tudo possuís para bem cumprir a vossa missão.


Por mais árdua que ela seja, o Senhor compartilha convosco de vossas dores, de vossos sofrimentos e, se tiverdes confiança, se tiverdes fé, sentireis a presença do Amigo Divino, porque, como Pai, Ele ama a seus filhos e os quer ver felizes, cantando hosanas à sua própria elevação.
Procurai, pois, vencer os maus ímpetos, dominando os maus pensamentos, para que eles jamais sejam convertidos em ação, ação esta por que sereis duplamente responsáveis, porque acarretará para vós maior dose de responsabilidade e de sofrimento



Lembrai-vos do Mestre e, perante o seu infinito Amor, vigiai.
Não deixeis que a dúvida vos impeça a caminhada.
O Pai vos espera!
Que esperais? A luz se faz e, para ela, partiremos, dumildaando tudo o que possuímos, por mais pequenino que sejamos, porque, junto a Ele, nos engrandeceremos na santa hde.


Que a Luz do mestre banhe vossos espíritos, transformando-vos e tornando-vos aptos a comparecer ao banquete celestial.
Graças a Deus!
Bendito seja Deus!


(Extraído do livro: As Divinas Parábolas – Autor: Samuel (Espírito), médium: Neusa Aguiló de Souza – Centro Espírita Oriental “Antônio de Pádua”, Recife, PE – 1982, p. 85-88)


JULIO FLÁVIO ROSOLEN é Espírita, participa da Sociedade Espírita Casa do Caminho (SECCA), em Piracicaba, Estado de São Paulo, é Coronel (da reserva) do Corpo de Bombeiros e colabora com o nosso Blog.


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