sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

NÃO ESPANTE ESPÍRITOS, CONVERSE COM ELES - POR DAVID CHINAGLIA







Em vários lugares, seja em sessões espíritas realizadas em casa(hábito vigente no Brasil), ou nas casas espíritas, vemos médiuns, e orientadores tentando "espantar espírito obsessor".

O que seria isto? Vemos sem qualquer fundamento, até é bom, que alguns que estão lendo este texto saibam, que frases do tipo abaixo citadas, é visto com risos por muitos espíritos que buscam orientações e comunicação.


É comum ouvirmos....


"Saia do corpo desta irmãzinha, sai em nome de Jesus...

"Está afastado em nome de Deus, da virgem maria, saia daqui, o sangue de Jesus tem poder...


"Você agora sai desta sala, porque aqui só o bem fica(e milagrosamente em menos de 30 segundos o espírito desaparece).

Lembre-se, que você não é o exorcista,.






Quero revelar que isto não existe, é tolice de médiuns despreparados, de auxiliares menos preparados, que tentam ajudar, e as vezes poderão se não fizer da forma correta a comunicação, levar, se de fato existir, o dito obsessor para sua casa e sua vida, sem nada ter a ver com isto.

Tenho recebido relatos de espíritos e amigos pelo Brasil, que nos alarma, pela falta de preparo, de alguns que se dizem "médiuns" ou orientadores espíritas, e que ao menor sinal de um espírito de verdade, será o primeiro a sair correndo da sala.

Vamos esclarecer pontos importantes:

Primeiro que como nos revelou Allan Kardec, não é preciso ser um médium atuante para um espírito se aproximar e tentar um contato, ou mesmo dividir o mesmo ambiente.

Sinceramente embora não seja proibido, porque a Doutrina Espírita não trabalha com proibições, e sim com orientação, trabalhos em casa, não são aconselhados, já a algum tempo, era uma prática do passado, podem ser feitos? podem, mas de preferência num espaço não ligado ao ambiente do dia a dia, até porque cada morador da casa, reage no pós sessão de forma diferente, aos fatos que acabam sendo relatados.




Diante de uma comunicação ou presença de um espírito difícil que pode ser ou não ser um espírito obsessor, vamos lembrar uma fato, uma verdade, a única incorporação que existe, é a gravidez, espírito nenhum toma conta do corpo de ninguém, não entra nem dentro do corpo de ninguém, como afirmam centenas de pessoas que nem sabem o que é o espiritismo, e a forma de comunicação.

Tudo se passa diante da ligação da mente do médium, da sensibilidade, mediante concentração, e claro que dependendo do ambiente o médium sofre, sim, por melhor que seja, influencias do animismo.

O que é animismo ?
R: Na literatura espírita, o termo "animismo" é usado para designar um tipo de fenômeno produzido pelo próprio espírito encarnado, sem que este seja um instrumento mediúnico da ação espiritual e sim o artífice dos fenômenos em questão.

Sendo assim muitas vezes o que se chama comunicação de um espírito desencarnado é o espírito do médium dando sua visão dos fatos criados, digamos assim.


Ao se encontrar em dialogo, com um espírito, ou mesmo falando a ele, que permaneça em silêncio, por algum tempo, ao falar e de preferência em voz alta,  procure qualificar o tempo que está vivendo, dia, hora e local, porque muitos espíritos, já desencarnados estão sem orientação de tempo e espaço.

Não saia gritando em nome de ninguém, muito menos de Deus ou Jesus, que ele não é desejado, lembre pode ser um inimigo seu de um tempo que você não se lembra, que achou você e está tentando acertar conversas, sem saber muitas da realidades, ou um espírito amigo buscando ajuda.

Precisamos dar o Espírito que deseja comunicação, o direito de falar, agora, que o médium que vai ceder este espaço, saiba que ele está sempre no controle, estas tolices que vemos, de gestos, de agitação, em 90% dos casos é do médium.

O espírito veio quando permitido, para falar, não tem tempo para ficar fazendo cena, muita coisa que vemos em sessões, são crendices do passado, que são criadas com ou sem conhecimento do médium, que por falta de estudo, nem sabe com o que está falando, lidando, como queiram alguns.

Estabelecer uma voz de comando, séria, e explicativa para aquele que está no ambiente, querendo deixar um recado, uma palavra, geralmente numa voz calma e em paz sem medo.
Lembre, nem sempre, se está junto de alguém por ódio, ou vingança, muitas vezes, espíritos saudosos, são trazidos para perto, e já ouvem, o sai em nome de Jesus.






A prática, é muito diferente dos estudos que vejo nas casas espíritas, a falta de preparo de maioria é muito grande, na ânsia de ajudar, erram na prática, digamos da condução, claro que isto não é uma regra, alguns lugares, portanto se vai escolher um centro, observe, e pergunte a outras pessoas, pois na verdade como dizia Kardec, a falta de conhecimento, é grande.




Este tema parece que nos leva aos anos 70, quando já recebíamos informações dos espíritos, que a condução com os espíritos estava sendo feita de modo religioso, de modo autoritário, e sem ajudar nem um lado ou outro.

Seu pensamento é importante, repito, cuidado com o que pensa, é o que vai atrair para perto de ti, sim o Mundo espiritual, é paralelo ao nosso, e milhões que partiram, por escolha própria seguem na Terra, até que aprendem e seguem em frente.

Lembre um espírito deixa um local, se quiser, deixa de estar com uma pessoa, se quiser, ou se desistir, é preciso saber o que leva um espírito a ficar 20,30 anos a espera ou perto de alguém.

Não preciso dizer que muitas vezes não é afinidade, nem amizade, e isto quanto mais cedo for resolvido melhor para ambos, espírito, assistido, e até para o médium que se meter neste tipo de trabalho, digamos para ajudar,  alguns médiuns acham e acreditam, que afastou o espírito do assistido, e muitas vezes até afasta, levando ele consigo.

E não me venham alguns gênios de casas espíritas, dizer que a força maior, que o plano espiritual não permitiria, porque se todos souberem ou aceitarem como funciona mesmo, nunca mais irão sentar num trabalho espírita, a base é livre arbítrio.

Um espírito que partiu da terra pode vir por vários motivos, saudades, tentativa de dizer algo ou avisar sobre um fato futuro próximo com alguém de elevada estima em comum, perseguição, amizade, ou apenas uma comunicação, já que muitos tratam a mediunidade, como fio desencapado, sem estudo.




O que fazer? 




Tenho recomendado as pessoas que me procuram, que primeiro, busque o equílibrio pessoal, nada e ninguém te fará mal, se sua mente, estiver firme, sólida, confiante, ou como preferem muitos, se sua fé estiver estabilizada.




Leituras das obras de Allan Kardec, ajudam o leigo, e o espírita a entender melhor com o que está lidando, o Livro dos Espíritos, o Livro dos Médiuns, são obrigatórios, para mim, até mais, que o Evangelho Segundo o Espiritismo, que tem outra vertente.

Não adianta ensinar o Evangelho Espírita, se não souber o que é o Mundo Espiritual, como ceder se for médium, a comunicações sejam faladas ou por escrito.
Não vou polemizar sobre o tema, muitos tem um entendimento diferente, e para estes muitos, eu aconselho, reveja seus pontos, e sua forma de lidar, com o plano espiritual.






Preces ajudam?




Sempre, uma briga, uma discussão, é abrandada por preces, ninguém vai atacar ninguém que está em prece, se sentir um espírito em sua casa buscando aproximação, ao invés de sair "recebendo" ou sair expulsando espírito, reze com ele, para ele, e para ti, e se tiver instrução, digo espiritual, converse, mesmo que esteja sozinho em casa, isto pelo menos esclarece a parte que busca uma comunicação.




Necessariamente o espírito que está ali, não tem nada a ver com a pessoa, é um passante, ou desorientado, ou até mesmo alguém atraído numa discussão, ou em pensamentos que nem sempre são os qualificados para uma residência.




O que disse Jesus?




Orai e vigiai, orar sempre que possível, e necessário, e vigiar seus pensamentos, estes sim, são os que atraem os que desejam um encontro seja amigável ou não contigo.




A Casa Espírita ajuda, mas, não resolve, lembre de uma coisa, dita desde os tempos de Allan Kardec, após a morte do corpo físico, o espírito vai onde ele deseja, já falei aqui a alguns dias sobre isto.




Vamos para o que plasmamos em vida, para o que geramos em nossa mente, umbral, cidades espirituais, locais de encontros com os que partiram, e como milhares, ficamos andando noutra dimensão aqui na Terra, até aceitar fatos, e orientações.




Não fique esperando Jesus ou Deus, pessoalmente vindo a seu encontro porque isto não vai ocorrer, primeiro porque nenhum de nós está neste padrão espiritual, por melhor que sejamos no nosso dia a dia. A doutrina ensina que estamos em evolução, que a Terra é um planeta de provas, espiações, e elevação, se aprendemos, melhoramos nossa faixa espiritual, se não voltamos, tantas e quantas vezes forem necessário, e nem sempre aqui na Terra como prega a maioria.




Muito do que foi ensinado por Kardec, ainda continua sem entendimento e sem explicação, milhares de médiuns nos trouxeram explicações, comunicações, mensagens, mas, seguimos e isto é um fato sem ter certeza do que ocorre exatamente na vida além da vida.




A única certeza?




Chegaremos ao plano espiritual, ninguém vive para sempre na Terra, não com o mesmo corpo e nome, logo procure, entender, se isto lhe faz mal, pare e pense.
Orar, meditar, ajuda a encontrar uma paz, ouvir uma palestra em casa ou na casa espírita, ajuda, mas, meu amigo, minha amiga, não leve tudo ao pé da letra, como fazem alguns, ou seja, que a mensagem é para você, a palestra foi feita para entendimento de todos, inclusive o seu.

Nascer, viver, morrer, e renascer, tantas vezes quantas vezes seja necessário, esta é a lei, da evolução nossa.

Procuremos não nos achar acima do que de fato somos quando estamos encarnados, e procuremos dar calma aos espíritos que nos procuram, para o bem ou para o mal, e lembre, você é dono de sua mente, você tem sempre o domínio de tudo, basta aceitar, e sem muito maravilhoso, somos humanos, mas, sem drama, pois a vida continua para todos nós aqui e no plano espiritual.

Lembre, em todas as experiências, não espante espíritos, converse com eles, afinal amanhã, você será um espírito, e se voltar ou ficar na terra, irá querer falar, se ação é reação, e sabemos que é, converse com eles, mesmo que seja só através de uma prece.

O que irão falar se você contar que fala com espíritos ?

Bem isto não é um problema, cada um fala o que quer, eu falo com eles há 50 anos, não estou louco, nem desorientado, e confesso que com o que aprendo com Kardec até hoje, me ajuda a hora exata de falar, ou de apenas fazer uma oração.

Sim eu sei que isto não é para todos, logo, orai e vigiai como disse o mestre Jesus, o plano espiritual desencarnado, e encarnado tem seus sistemas, e funcionam.


David Chinaglia, é espírita, pesquisador, palestrante, segue a doutrina dentro do que ensinou Allan Kardec, é editor deste blog, e colabora semanalmente com ele.
E-mails para : davidchinaglia@gmail.com 

sábado, 16 de fevereiro de 2019

O MARAVILHOSO E SOBRENATURAL (da obra O que é o Espiritismo) - ALLAN KARDEC



Das obras básicas de Allan Kardec, por motivos de falta de conhecimento doutrinário, conceitual religioso, sim, 40% pelo menos dos Centros Espíritas no Brasil, são ligados fortemente a Doutrina Católica, ou mesmo, por falta absoluta de interesse, a obra O QUE É O ESPIRITISMO, pouco foi estudada, das várias editoras que li, estudei, pela tradução indico a da Editora Lake, até por ser a versão que tem J.Herculano Pires.

Este livro é uma introdução aos conceitos do Espiritismo e ao conhecimento do mundo invisível, um resumo da Doutrina Espírita, além de esclarecimentos em relação às principais dúvidas e objeções mais comuns que se levantam em relação à Doutrina Espírita.

Divide-se em 3 capítulos: o primeiro, sob a forma de diálogos com um crítico, um céptico e um padre, traz respostas àqueles que desconhecem os princípios básicos da Doutrina, bem como apropriadas refutações aos seus contraditores; o segundo capítulo expõe partes da ciência prática e experimental.

Kardec na obra não busca resumir, como muitos falaram, mas, dar ao espírita, importantes citações do que revelou o Livro dos Espíritos e o Livro dos Médiuns, dando ao pesquisador, e ao leitor, maiores motivos para ler as obras básicas do Espiritismo.


O MARAVILHOSO E O SOBRENATURAL



V. — O Espiritismo tende, evidentemente, a fazer reviver as crenças fundadas no maravilhoso e no sobrenatural; ora, no século positivo em que vivemos, isto me parece difícil, porque é exigir que se acredite nas superstições e nos erros populares, já condenados pela razão. 


A. K. — Uma idéia só é supersticiosa quando falsa; mas cessa de o ser desde que passe a ser uma verdade reconhecida. 

A questão está em saber se os Espíritos se manifestam, ou não; ora, isso não pode ser tachado de superstição, antes de ficar provado que não existem espíritos. 

Direis: a minha razão não aceita essas comunicações; porém, os que crêem e que não são nenhuns mentecaptos invocam também as suas razões e, além disso, os fatos; para que lado se deve pender? O grande juiz, nesta questão, é o futuro — como tem sido em todas as questões científicas e industriais classificadas como absurdas e impossíveis em sua origem. 

Pretendeis julgar a priori segundo a vossa opinião; nós só o fazemos depois de, por muito tempo, ter visto e observado. Acresce que o Espiritismo esclarecido, como o é hoje, procura, ao contrário, destruir as idéias supersticiosas, mostrando o que há de real ou de falso nas crenças populares, denunciando o que nelas existe de absurdo, fruto da ignorância e dos preconceitos. 

Vou mais longe e digo que é precisamente o positivismo do nosso século que faz com que adotemos o Espiritismo, e que este deve, em parte, àquele a rapidez da sua propagação, antes que, como alguns pretendem, a uma recrudescência do amor ao maravilhoso e ao sobrenatural. 

O sobrenatural desaparece à luz do facho da Ciência, da Filosofia e da Razão, como os deuses do paganismo ante o brilho do Cristianismo. Sobrenatural é tudo o que está fora das leis da Natureza. O positivismo nada admite que escape à ação dessas leis; mas, porventura, ele as conhece a todas? 

Em todos os tempos foram reputados sobrenaturais os fenômenos cuja causa não era conhecida; pois bem: o Espiritismo vem revelar uma nova lei, segundo a qual a conversação com o Espírito de um morto é um fato tão natural, como o que se dá por intermédio da eletricidade, entre dois indivíduos separados por uma distância de cem léguas; o mesmo acontece com os outros fenômenos espíritas. 

O Espiritismo repudia, nos limites do que lhe pertence, todo efeito maravilhoso, isto é, fora das leis da Natureza; ele não faz milagres nem prodígios, antes explica, em virtude de uma dessas leis, certos efeitos, demonstrando, assim, a sua possibilidade. Ele amplia, igualmente, o domínio da Ciência, e é nisto que ele próprio se torna uma ciência; como, porém, a descoberta dessa nova lei traz conseqüências morais, o código das conseqüências faz dele, ao mesmo tempo, uma doutrina filosófica. 

Deste último ponto de vista, ele corresponde às aspirações do homem, no que se refere ao seu futuro; e como a sua teoria do futuro repousa sobre bases positivas e racionais, ela agrada ao espírito positivo do nosso século. 

É o que compreendereis, quando vos derdes ao trabalho de estudá-lo. (O Livro dos Médiuns, cap. II, Revue Spirite, dezembro de 1861, pág. 393, e janeiro de 1862, pág. 21.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

A CHEGADA AO PLANO ESPIRITUAL - POR DAVID CHINAGLIA


Estimados amigos de jornada no Espiritismo, temos recebido muitos e-mails, sobretudo neste momento, que em Especial o Brasil é assolado por tragédias.
Em sua maioria, a pergunta é, "minha morte física, fará que eu sofra também no plano espiritual ?", o que vai acontecer comigo? qual a verdade? quem disse a verdade, como é morrer.?

Claro que para que eu possa responder é preciso explicar, duas coisas, a primeira que vivo, não tenho minha experiência de morte, logo, a que posso vos dar, é minha experiência de anos lendo e estudando e conversando com grandes espíritas, e médiuns, a respeito, do que vemos na vida após a vida.

Vemos nas pessoas, uma aflição e medo de julgamentos, primeiro precisamos, deixar claro, que não existe um tribunal, ao contrario do que se diz, para julgar e condenar, automaticamente todos irão saber o que fizeram na terra, o processo, é simples, e de fácil entendimento.

A cada de acordo com seu merecimento, portanto você sabe o que fez, o que está fazendo, dentro de uma linha de raciocínio lógico, já saberá que terá acertos, e digamos reacertos para serem feitos.

A forma no entanto ao meu ver pelo que li, estudei, e pelo que falo com espíritos, não é igual para todos, e existe uma explicação simples, somos todos iguais aqui ? vivemos de forma igual ? logo na morte teremos a sequência que estamos hoje trabalhando, isto não lhe agrada? mude.



Algumas pessoas, acreditam, que irão direto para Nosso Lar, ou outro tipo de cidade, no plano espiritual, e esta é uma crença a partir dos relatos de André Luiz, ao médium Chico Xavier, só que todos precisam entender, é que naquele relato, livro, e nos acontecimentos, eram do espírito de André Luiz, necessariamente, nem o seu, nem o meu, tem que ocorrer de igual forma, e visão, por mais agradável que seja se imaginar em Nosso Lar.

O que temos feito em nossa vida aqui na Terra, que pensamentos estamos envolvidos? o que estamos trabalhando para nós, quando partimos ?


Na obra Nosso Lar, André Luiz, relata, vou repetir, sua "experiência" e cita outros espíritos, que necessariamente não quer dizer que todos irão no mesmo roteiro, embora ele fale de similares que assim viveram, digamos por exemplo no caso do Umbral.

Umbral não é uma regra clássica, ao contrario do que muitos pregam nesta doutrina no Brasil, "a cara na lama" vai acontecer se você ficar plasmando este tipo de experiência, podemos entender, o que no pós morte, que cada viverá a experiência que desejar, com quem desejar, ou estiver similar aos seus pensamentos.

Vários pesquisadores, e médiuns fora Chico Xavier, nos trazem pelo Mundo a fora, outros tipos de relatos, campos, jardins, encontro com familiares e amigos, a transição do espírito necessariamente não precisa nem ser na lama, nem em Nosso Lar, ou outro lugar similar, será de acordo com o que todos encarnados estiverem trabalhando.

Temos pesquisadores de todas as formas, no planeta Terra, numa das teses espíritas, é um planeta de provas e expiação, até por relatos constantes de espíritos que se foram, o que nem sempre quer dizer que seja, podemos estar vivendo apenas vivendo,um momento de aprendizado.

Alguns pesquisadores afirmam que de acordo com o entendimento do espírito que acaba de deixar a Terra, ele irá reencarnar noutro planeta, necessariamente não funciona desta forma, existem também na vida além da vida, etapas a serem cumpridas.

Alguns espíritos, podem e fazem a opção de seguir no plano espiritual, aprendendo, buscando entendimento, a reencarnação, como já falei antes, é um mérito, e não só uma escolha.

Certa vez conversando com um médico desencarnado ele me disse sua experiência de ficar ajudando no plano espiritual, respondendo por seus acertos e erros, no plano, até que tivesse méritos para seguir novamente no planeta que lhe fosse confiado.

O codificador desta doutrina nos deu na revista espírita, várias manifestações, de espíritos que diziam estar em outros planetas, em outras formas de vida física, em outro tipo de evolução.

A vida não está na morte física, ligada a somente a experiência relatada por André Luiz, á Chico Xavier, sei que é reconfortante esperar por um ciclo em Nosso Lar, só que não funciona assim.

Já disse aqui que Nosso Lar é preciso, e acredito que vários espíritos poderão chegar a algo similar ou no mesmo local, serão espíritos afins dos pensamentos de André Luiz, logo plasmam, a mesma jornada, após a vida na Terra.



O espírito, ao chegar a sua condição original vai reagir de acordo com sua evolução, apego a vida material, etc, não é possível precisar a forma exata de cada um, pois somos seres encarnados, que vivem e que experimentamos, formas e pensamentos diferentes, sobre o que somos, de onde viemos e para onde vamos, e o que queremos.

Só que querer nem sempre é poder, uma regra aqui no Mundo dos encarnados, que se repete no plano espiritual.

Fiz tratamento num famoso hospital de Santos, lá existe uma capela, por várias vezes, encontrei espíritos sentados na capela esperando um milagre, ou até mesmo o mestre, e alguns que nem sabiam que tinham morrido.
Após uma prece e orientação, os espíritos que ficam perto dos que desencarnaram tentam ajudar, porém o processo é de livre arbítrio, e alguns teimam em aceitar a morte física.

Você tem vivido bem como pessoa? tem praticado o bem, não só a si, mas, para os seus, tem conseguido perdoar, por menor que seja, tem feito sua caridade.?

Caridade as vezes, é tão somente uma prece para um amigo, um familiar, em dificuldade, claro que se puder ajudar, acredite a lei de ação e reação do Universo irá lhe ajudar, então ajude se puder, só que uma prece ao querido ou querida, já é uma grande caridade.

Necessariamente ninguém precisa viver 24 horas a serviço de um centro espírita, igreja, seita, todos temos que dar o que podemos dar, em nenhum lugar está escrito que alguém que entrega um passe espírita, será mais feliz após a morte que aquele que serve o café, ou a água na casa espírita, que o dirigente será mais favorecido que o palestrante, que o assistido terá tudo que pediu, tanto encarnado como após.

E algo muito importante, antes de morrer, você precisa viver, com todas as alegrias, e com todas as tristezas que terá que passar, que plantou, ou que mesmo sem querer, colocou em sua jornada, e com isto irá ao aceitar, melhorar todo um processo.

Vivemos e morreremos de acordo com o que estamos pensando, se você tem medo, procure trabalhar o medo que tem, se você tem capacidade de estudar livros, lembre, aquele que mais sabe, mais será cobrado, só que isto não faz do ignorante alguém com salvo conduto.

O que teremos após a morte?

Verifica hoje seus pensamentos, seus atos, suas reformas pessoais, sua capacidade de perdoar e julgar menos os erros de terceiros e sobretudo os seus mesmos.

A experiência de morte de André Luiz, foi de André Luiz, o local, o momento que ele viveu foi o que ele em suas tardes e noites de Rio de Janeiro, construíram para ele em seus pensamentos, relatados depois a Chico Xavier, a sua será a sua.

Necessariamente você quando morrer não dará de cara na lama, nem na escuridão, caberá a ti saber o que deseja em vossos pensamentos para quando partir.


Em o Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, o amigo espírita e o não espírita, encontrará respostas, de amigos que no plano espiritual, responderam perguntas do codificador, e nestas respostas, certamente fora conhecimento,terá alívio para este momento que o faz sofrer hoje,  o momento da morte física.

Minha sugestão, é que leia, depois, leia novamente, e medite, antes de se preocupar o que será de ti após a morte.



Como será o caminho ? Insistem alguns, outros dizem eu preciso saber, me ajude....bem vou repetir.

Onde iremos, sinceramente, estimados, ninguém poderá vos dar uma garantia, posso conforta-los, e vos indicar, que o sistema é justo, você dará com a cara na lama se quiser, você ficará andando por sua casa, se lamentando da vida encarnada se quiser, você seguirá sua esposa ou esposo, se quiser, você se atormentará se quiser, pois em todos os relatos que recebo de meus amigos espíritos, vejo que existe sempre orientação e escolhas, escolhas algumas feitas já.


Vamos a um exemplo famoso para tentar explicar aos mais teimosos com o tema.




Esta foto é do filme Amor além da vida, filme que conta a história de um famoso médico, e uma famosa artista, que perdem seus dois filhos em um acidente de carro, ele mais forte de personalidade, mais firme em seus pensamentos, mesmo vivendo aquela que é a maior dor de um ser humano enterra seus filhos, e tenta seguir a vida.

A mãe entra em depressão profunda, ele a salva, depois dela tentar se matar, cuida, mas, o destino faz com que justamente ele, o mais forte dos sobreviventes daquela família, morra num acidente ao ajudar uma pessoa.

Ao chegar no plano espiritual, o médico, encontra paisagens em cores, em tintas de lindos lugares que de fato tinha vivido, mas retratado como se fosse uma pintura, ao seu lado um espírito amigo, tenta explicar, que esta era a forma que ele mesmo escolhera em vida, de conhecer a vida além da vida.

Conforme os dias passam, o médico começa a pensar, começa a achar a lógica, e então sai daquele cenário artificial criado por ele mesmo, para entrar de fato no plano espiritual.
No entanto sua teimosia, e amor com a esposa, não lhe permite, conhecer o plano espiritual como devia, nem perceber que o espírito que o ajudava na verdade era de seu filho morto.

E novamente seus pensamentos se misturam com a história de sua vida na terra, seu amor a esposa, até que ela se mata, e o filme passa a mostrar, a luta do esposo, para ir além, no limbo, local destinado aos espíritos suicidas para ir buscar sua esposa, e traze-la de volta ao plano normal.

No filme ele consegue, embora quase fique preso, seus filhos o ajudam, um amigo da vida na terra também, e ao final todos se encontram num local, que ele, e a própria esposa, haviam idealizado.
Porém como espíritos em busca de resgate, logo sua reencarnação no filme é providenciada, para que possam viver juntos novamente, e recomeçar sua história.

Aqui temos ficção, mas, pesquisei e soube que o autor, pesquisou experiências espíritas relatadas em livros de outros Países, e acabou formatando aquilo que falo no início deste longo texto, o pensamento formou a jornada pós vida.

Será assim? exatamente como disse, não, mas pode ser, depende de ti, e do que realmente quer para seu espírito, será o momento será como você plasmar, e desejar, a sequência será conforme vosso merecimento.




Sim, estimados, estamos em evolução, podemos e devemos pensar na morte, não toda hora, ela virá naturalmente, tão certo como o dia que nascemos, o que faremos nela, é uma escolha, por isto, não se atormente com isto já.

Estas mortes coletivas, estes desastres, foram previstos, pois nós encarnados, vivemos dias complexos, o Mundo está materialista demais, é preciso que possamos, achar um meio termo, melhorar nossos pensamentos.

A morte virá, deixe ela vir, naturalmente, agora viva, o que fazer por tantas desgraças que assolam nosso País e o Mundo, faça uma prece, acredite você irá ajudar a muitos sem saber.

Quanto a você sorria mais, viva mais, olhe mais a natureza, 60,70,80, 90 anos, ah! meu amigo encarnado a vida é somente um instante, aproveite.

E de preferência com sorrisos.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

UM ESPÍRITO QUE SE JULGAVA SONHAR - POR ALLAN KARDEC




Em Fevereiro de 1869, na edição da Revista Espírita, Allan Kardec, relatou em suas páginas, uma passagem de um espírito, que morto, entendia estar vivo e sonhava, vamos relembrar, este fato de 150 anos atrás, que hoje tem casos similares sendo relatado em vários centros espíritas.


Eis o texto do codificador da Doutrina Espírita.


Várias vezes têm sido vistos Espíritos que ainda se julgam vivos, porque seu corpo fluídico lhes parece tangível como seu corpo material. Eis um deles, numa posição pouco comum: não se julgando morto, tem consciência de sua intangibilidade; mas como em vida era profundamente materialista, em crença e em gênero de vida, imagina que sonha, e tudo quanto lhe foi dito não pode arrancá-lo do erro, tão persuadido está que tudo acaba com o corpo. Era um homem de muito espírito, escritor distinto, que designaremos pelo nome de Luís. Ele fazia parte do grupo de celebridades que partiram em dezembro último para o mundo dos Espíritos. Há alguns anos veio à nossa casa, onde testemunhou diversos casos de mediunidade. Ele aqui viu principalmente um sonâmbulo, que lhe deu evidentes provas de lucidez em coisas que lhe eram inteiramente pessoais, mas nem por isto se convenceu da existência de um princípio espiritual.













Numa sessão do grupo do Sr. Desliens, a 22 de dezembro, veio espontaneamente comunicar-se por um dos médiuns, Sr. Leymarie, sem que ninguém tivesse pensado nele. Tinha morrido há oito dias. Eis o que fez escrever: 




“Que sonho singular!... Sinto-me arrastado por um turbilhão, cuja direção não compreendo... Alguns amigos que eu julgava mortos convidaram-me para um passeio, e ei-nos arrastados. Para onde vamos?... Olha! Que brincadeira esquisita! A um grupo espírita!... Ah! Que farsa engraçada, ver essa boa gente conscienciosamente reunida!... Eu conhecia uma dessas figuras... Onde o vi? Não sei... (Era o Sr. Desliens, que se achava na sessão acima mencionada). Talvez em casa desse bravo Allan Kardec, que uma vez me quis provar que eu tinha uma alma, fazendo-me apalpar a imortalidade. Mas em vão apelaram aos Espíritos, às almas, tudo falhou; como nos jantares muito preparados, todos os pratos servidos foram errados e bem errados. Entretanto eu não desconfiava da boa-fé do grão-sacerdote. Julgo-o um homem honesto, mas uma orgulhosa vítima dos Espíritos da assim chamada erraticidade. 




“Eu vos ouvi, senhores e senhoras, e vos apresento meus profundos respeitos. Escreveis, ao que me parece, e vossas mãos ágeis sem dúvida vão transcrever o pensamento dos invisíveis!... Espetáculo inocente!... Sonho insensato este meu! Eis um que escreve o que digo a mim mesmo... Mas absolutamente não sois divertidos, nem mesmo meus amigos, que têm rostos compassivos como os vossos. (Os Espíritos dos que haviam morrido antes dele, e que ele julga ver em sonho). 




“Eh! Por certo é uma estranha mania deste valente povo francês! Tiraram-lhe de uma vez a instrução, a lei, o direito, a liberdade de pensar e de escrever, e esse bravo povo mergulha nas visões e nos sonhos. Dorme acordado esse país das Gálias e é maravilhoso vê-lo agir! 




“Entretanto, ei-los em busca de um problema insolúvel, condenado pela Ciência, pelos pensadores, pelos trabalhadores!... Falta-lhes instrução... A ignorância é a lei de Loyola largamente aplicada... Eles têm à sua frente todas as liberdades; podem atingir todos os abusos, destruí-los, enfim tornar-se seu senhor, senhor viril, econômico, sério, legal, e, como crianças nos cueiros, falta-lhes a religião, um papa, um cura, a primeira comunhão, o batismo, as andadeiras em tudo e sempre. Faltam chupetas a essas crianças grandes, e os grupos espíritas e espiritualistas lhas dão. 




“Ah! Se na verdade houvesse um átimo de verdade em vossas elucubrações, mas haveria para um materialista matéria para o suicídio!... Olhai! Eu vivi largamente; eu desprezei a carne, revoltei-a; ri dos deveres de família, de amizade. Apaixonado, usei e abusei de todas as volúpias, e isto com a convicção que obedecia às atrações da matéria, única lei verdadeira em vossa Terra, e isto eu renovarei ao meu despertar, com a mesma fúria, o mesmo ardor, a mesma habilidade. Tomarei a um amigo, a um vizinho, sua mulher, sua filha ou sua pupila, pouco importa, desde que, estando mergulhado nas delícias da matéria, rendo homenagem a essa divindade, senhora de todas as ações humanas. 




“Mas, e se eu estivesse enganado?... Se tivesse deixado passar a verdade?... Se, realmente, houvesse outras vidas anteriores e existências sucessivas após a morte?... Se o Espírito fosse uma personalidade vivaz, eterna, progressiva, rindo da morte, retemperando-se no que chamamos provação?... Então haveria um Deus de justiça e de bondade?... Eu seria um miserável... e a escola materialista, culpada do crime de lesa-nação, teria tentado decapitar a verdade, a razão!... Eu seria, ou antes, nós seríamos profundos celerados, refinados supostos liberais!... Oh! Então, se estivésseis com a verdade, eu daria um tiro nos miolos ao despertar, tão certo quanto me chamo...” 




Na sessão da Sociedade de Paris, de 8 de janeiro, o mesmo Espírito vem manifestar-se de novo, não pela escrita, mas pela palavra, servindo-se do corpo do Sr. Morin, em sonambulismo espontâneo.Ele falou durante uma hora, e foi uma cena das mais curiosas, porque o médium tomou a sua pose, seus gestos, sua voz e sua linguagem, a ponto de ser facilmente reconhecido pelos que o haviam conhecido. A conversa foi recolhida com cuidado e fielmente reproduzida, mas sua extensão não permite publicá-la. Ademais, não foi senão o desenvolvimento de sua tese. A todas as objeções e perguntas que lhe foram feitas, ele pretendeu tudo explicar pelo estado de sonho e, naturalmente, perdeu-se num dédalo de sofismas. Ele próprio lembrou os principais episódios da sessão a que aludira na sua comunicação escrita, e disse: 




─ Eu bem tinha razão de dizer que tudo havia falhado. Olha! Eis a prova. Eu tinha feito esta pergunta: Há um Deus? Então, todos os vossos pretensos Espíritos responderam afirmativamente. Vedes que estavam à margem da verdade e não sabem mais do que vós. 




Uma pergunta, entretanto, o embaraçou muito, assim procurou constantemente escapatórias para dela fugir. Foi esta: 




─ O corpo pelo qual nos falais não é o vosso, pois é magro, e o vosso era gordo. Onde está o vosso verdadeiro corpo? Ele não está aqui, pois não estais em vossa casa. Quando a gente sonha, fica no próprio leito. Ide, pois, ver em vosso leito se o vosso corpo lá está e dizei-nos: Como podeis aqui estar sem o vosso corpo? 




Encostado na parede por estas reiteradas perguntas, às quais apenas respondia pelas palavras: “Efeitos bizarros dos sonhos”, acabou dizendo: “Bem, vejo que me queríeis despertar. Deixai-me.” Desde então crê sonhar sempre. 




Numa outra reunião, um Espírito fez sobre este fenômeno a seguinte comunicação: 




“Eis aqui uma substituição de pessoa, um disfarce. O Espírito encarnado recebe a liberdade ou cai na inação. Digo inação, isto é, a contemplação do que se passa. Ele está na posição de um homem que momentaneamente empresta o seu cômodo e assiste às diversas cenas que aí são representadas com auxílio de seus móveis. Se prefere gozar da liberdade, ele pode, a menos que tenha interesse em ficar como espectador. 






“Não é raro que um Espírito atue e fale com o corpo de outro; deveis compreender a possibilidade desse fenômeno, quando sabeis que o Espírito pode retirar-se com o seu perispírito para mais ou menos longe de seu envoltório corporal. Quando isto acontece sem que nenhum Espírito aproveite para tomar o lugar, há catalepsia. Quando um Espírito deseja aí entrar para agir e tomar por um instante sua parte na encarnação, ele une o seu perispírito ao corpo adormecido, desperta-o por esse contato e dá movimento à máquina. Mas os movimentos, a voz, não são mais os mesmos, porque os fluidos perispirituais não mais afetam o sistema nervoso da mesma maneira que o verdadeiro ocupante. 




“Essa ocupação jamais pode ser definitiva; para isto, seria necessária a desagregação absoluta do primeiro perispírito, o que determinaria a morte forçosamente. Ela não pode ser de longa duração, porque o novo perispírito, não tendo sido unido a esse corpo desde a formação deste, nele não tem raízes; não tendo sido modelado por esse corpo, ele não é adequado ao jogo dos órgãos; o Espírito intruso aí não está numa posição normal; ele é incomodado em seus movimentos, razão pela qual deixa essa vestimenta de empréstimo, porque dela não mais necessita. 




“Quanto à posição particular do Espírito em questão, ele não veio voluntariamente ao corpo de que se serviu para falar; foi atraído pelo próprio Espírito de Morin, que quis desfrutar o seu embaraço; o outro, porque cedeu ao secreto desejo de se exibir, ainda e sempre, como cético e trocista, aproveitou a ocasião que se lhe apresentava. O papel um tanto ridículo que representou, por assim dizer malgrado seu, usando sofismas para explicar sua posição, é uma espécie de humilhação, cujo amargor sentirá ao despertar, e que lhe será proveitosa.” 




OBSERVAÇÃO: O despertar desse Espírito não poderá deixar de dar lugar a instrutivas observações. Como vimos, em vida ele era um tipo de materialista sensualista; jamais teria aceito o Espiritismo. Os homens dessa categoria buscam as consolações da vida nos prazeres materiais; eles não são da escola de Büchner pelo estudo, mas, porque essa doutrina liberta do constrangimento imposto pela espiritualidade, ela deve, em sua opinião, estar certa. Para eles o Espiritismo não é um benefício, mas um estorvo; não há provas que possam dobrar sua obstinação; eles repelem-nas, menos por convicção do que por medo de que seja uma verdade. 









Allan Kardec, codificador da Doutrina Espírita, escreveu relatos de espíritos, nas edições da Revista Espírita, muitos similares a experiências que ainda vemos em dias de hoje, antes de morrer em 31 de Março de 1869, Kardec, preparava uma nova edição de um livro onde novas informações iriam constar, poucas delas foram anotadas, e constam de Obras Póstumas, que foi escrito pelos amigos Leon Denis, Camille Flamarion, sob a supervisão de sua esposa Amélie.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

PSICOSE JUVENIL - Um distúrbio do desenvolvimento cerebral - POR NUBOR ORLANDO FACURE









A adolescência é um período de fervilhante mudanças bem marcadas em todo nosso organismo,especialmente, as alterações no fenótipo que são facilmente percebidas em várias partes da nossa imagem corporal no cérebro, estão em jogo,também, diversas transformações.


Elas ocorrem, principalmente, no aumento da produção de certos hormônios, na expansão de redes de conexões neuronais e nas suas associações a distância entre as diversas áreas cerebrais.





O hipotálamo e a glândula pineal produzirão hormônios que atuarão fortemente no apetite, no sono, na sexualidade e no humor.
Esse novo padrão hormonal trará enormes mudanças de comportamento nessas quatro áreas, deixando os pais em desespero na tentativa de impor uma disciplina.






O lobo frontal, atua no planejamento das ações, na tomada de decisões, na hierarquia de necessidades e no raciocínio lógico, mas, alcançará seu pleno desenvolvimento somente em torno dos 21 anos. Ele nos permite acatar a sugestão familiar de ir almoçar no Shopping, decidir que faculdade vamos cursar, nossa maneira de organizar o quarto onde dormimos, acomodar as roupas no armário, as toalhas no banheiro, o dia para sair e comprar um tênis novo e que tipo de amigos traremos para casa.




No lobo temporal, temos três estruturas importantes para nosso psiquismo: a amígdala, relacionada com nossas emoções primárias como raiva, medo, sexo e fome, o hipocampo, sede das nossas memórias imediatas, de curto prazo, e, as áreas do processamento auditivo que nos permite a compreensão do som e da linguagem falada.

O lobo temporal constrói um significado, uma imagem mental reunindo as diversas percepções sensoriais que nos atinge, estamos ouvindo ao longe um badalar do sino da igreja, daqui a pouco, resgatamos dados da nossa memória e reconhecemos que está para iniciar a procissão.
Ouço ou ruido estridente de um carro que se aproxima, identifico em segundos que vai passar a ambulância sinto um cheiro estranho junto de um ruído bolhoso, o leite ferveu e parece que está transbordando queimado.




O hipocampo, relacionado com a memória de curto prazo, nos facilita sair de casa e, na volta passar na farmácia para comprar os remédios que a vovó nos pediu e por crédito no celular, O aparecimento da psicose, Alguns agentes como, por exemplo, carga genética, prematuridade, infecções perinatais graves, estressores traumáticos severos, abuso de substâncias ilícitas, podem precipitar quadros perturbadores envolvendo a disfunção dessa áreas que enunciamos acima.

Poderemos identificar no futuro um adolescente com uma constelação de problemas que obriga a muitas famílias peregrinarem por consultórios médicos e psicológicos. Vem a fase de um exame atrás do outro e a troca frequente de medicamentos cada vez mais potente, os sintomas clínicos o martírio familiar: Anorexia nervosa, Hipersônia e narcolepsia, Hipersexualidade, Desorganização da rotina e dos cuidados gerais, Impulsividade, Agressividade, comportamento anti-social e Oscilações do humor.




Lição espírita, Voltamos para a vida física trazendo a memória dos compromissos e oportunidades de resgate e regeneração que nos foi programado, O Perispírito, a partir do nascimento, vai expandindo e reforçando suas ligações neuroquímicas com o cérebro e, gradativamente, a partir da adolescência, vai transferindo o código desses compromissos e resgates que teremos de cumprir, inclusive suportando o custo de uma psicose.



Nubor Orlando Facure, 79, é médico, um dos maiores especialistas de cérebro humano no Brasil, dirige em Campinas SP, o Instituto do Cérebro, é também espírita, foi o primeiro médico Brasileiro, a falar de Espiritismo na Unicamp onde foi diretor, é escritor, pesquisador, cientista, como espírita, viveu o milagre de Uberaba, amigo pessoal, e um dos  médicos de Chico Xavier, com que manteve uma amizade de 50 anos.
É colaborador deste blog.

Email : lfacure@uol.com.br

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

ESPÍRITAS DO PASSADO, AQUI, WILLIAM CROOKES




William Crookes nasceu em Londres, Inglaterra, no dia 17 de junho de 1832.

Foi o maior químico da Inglaterra, segundo afirmativa de “Sir” Arthur Conan Doyle, o que ficou constatado pela trajetória gloriosa que esse ilustre homem de ciência desenvolveu no campo científico. Mencionado como sendo um dos mais persistentes e corajosos pesquisadores dos fenômenos supranormais, desenvolveu importante trabalho na área da fenomenologia espírita.

No ano de 1855, William Crookes assumiu a cadeira de química na Universidade de Chester. Como conseqüência de prolongados estudos, no ano de 1861 descobriu os raios catódicos e isolou o Tálio, determinando rigorosamente suas propriedades físicas. Após persistentes estudos em torno do espectro solar, descobriu, em 1872, a aparente ação repulsiva dos raios luminosos, o que o levou à construção do Radiômetro, em 1874.

No ano seguinte descobriu um novo tratamento para o ouro. No entanto, a coroação do seu trabalho científico foi à descoberta do quarto estado da matéria, o estado radiante, no ano de 1879. Foram-lhe outorgadas várias medalhas pelas relevantes descobertas no campo da física e da química.

A rainha Vitória, da Inglaterra, nomeou-o com o mais alto título daquele país: “Cavalheiro”.

A par de todas as atividades, ocupou a presidência da Sociedade de Química, da Sociedade Britânica, da Sociedade de Investigações Psíquicas e do Instituto de Engenheiros Eletricistas.

Dotado de invejável fibra de investigador, acabou por pesquisar os fenômenos mediúnicos, a princípio, com o fim de demonstrar o erro em que incidiam os ditos “médiuns” e todos aqueles que acreditavam piamente em suas mediunidades.

Em 1869, os médiuns J.J. Morse e Sra. Marshall serviram de instrumento para que Crookes realizasse as suas primeiras investigações.

As mais notáveis experiências mediúnicas, levadas a efeito por esse ilustre cientista, foram realizadas através da médium Florence Cook, quando obteve as materializações do Espírito que dava o nome de Katie King, fato que abalou o mundo científico da época.

A jovem Florence Cook tinha apenas 15 anos de idade quando se apresentou a Sir William Crookes, a fim de servir de medianeira para as pesquisas científicas que vinha realizando. São dela as seguintes palavras: “Fui à casa do Senhor Crookes, sem prevenir a meus pais e nem a meus amigos. Ofereci-me em sacrifício voluntário sobre o altar de sua incredulidade.” Ela pediu a proteção da Sra. Crookes e submeteu-se a toda sorte de experimentações, objetivando comprovar a sua mediunidade, pois que um cavalheiro, de nome Volckmann, havia lhe imputado suspeitas de fraude.

No dia 22 de abril de 1872, aconteceu, pela primeira vez, a materialização do Espírito Katie King, estando presente na sessão, a genitora, alguns irmãos da médium e a criada.

Após várias sessões, nas quais o Espírito Katie King se manifestava com incrível regularidade, a Srta. Florence afirmou a William Crookes que estava decidida a submeter-se a todo o gênero de investigações.

Na sua obra “Fatos Espíritas”, faz completo relato de todas as experiências realizadas com o Espírito materializado de Katie King, que não deixa dúvida quanto ao poder extraordinário que possui o Espírito de dar a forma desejada, utilizando a matéria física.

Numerosos cientistas de renome, mesmo diante dos fatos mais convincentes, hesitaram em proclamar a verdade, com receio das conseqüências que isso poderia acarretar aos olhos do povo. William Crookes, porém, não agiu assim.

Ele penetrou o campo das investigações com o intuito de desmascarar, de encontrar fraudes, entretanto, quando constatou que os casos eram verídicos, insofismáveis, ele rendeu-se à evidência, curvou-se diante da verdade, tornou-se espírita convicto e afirmou:

- “Não digo que isto é possível; digo: isto é real!”

William Crookes desencarnou em 04 de abril de 1919, em Londres, Inglaterra.

O que é Perispírito - POR ZALMINO ZIMMERMANN



Fomos buscar um breve relato, de o que é o Perispírito, na visão e estudos do amigo Zalmino Zimmermann que deixou o planeta em 2015, Zalmino um pesquisador, homem de posições claras, nos dá em sua obra uma visão bem clara, do que precisamos saber do nosso perispírito.

A palavra Perispírito foi empregada pela primeira vez por Allan Kardec em O Livro dos Espíritos peri (do grego) = em torno spiritus (do latim) = espírito.

A existência do perispírito já era conhecida pelos povos da Antiguidade: Ka ou Bai, pelos egípcios Corpo etéreo, pelos gregos ,Rouach, pela cabala judaica ,Kuma-rupa, pelos budistas ,Khi, pelos chineses,Mano-maya-kosha, pelos hindus.

Corpo astral, pelos ocultistas, esotéricos e teosofistas, Aerossoma, pelos neognósticos, Corpo fluídico, pelo filósofo e cientista alemão Leibniz (1646-1716) ,Mediador plástico, pelo filósofo inglês Ralph Cudworth (1617-1688), Modelo organizador biológico (MOB), pelo estudioso espírita brasileiro, Ernani Guimarães de Andrade.



Paulo de Tarso: “semeado corpo psíquico, ressuscita corpo espiritual ” (1Corintios, 15:44 – Bíblia de
Jerusalém).










Léon Denis: “o homem possui dois corpos: um de matéria grosseira, que o põe em relação com o mundo físico; outro fluídico, por meio do qual entra em relação com o mundo invisível.



Allan Kardec: Há no homem três coisas: 1. o corpo ou ser material análogo aos animais e animado pelo mesmo princípio vital; 2. a alma ou ser imaterial, Espírito encarnado no corpo; 3. o laço que une a alma ao corpo, princípio intermediário entre a matéria e o Espírito.

O laço ou perispírito que une ao corpo o Espírito, é uma espécie de envoltório semi material. A morte é a destruição do envoltório mais grosseiro [corpo]. O Espírito conserva o segundo, que constitui para ele um corpo etéreo, invisível para nós no estado normal [...]. LE, IntroduçãoVI. • Assim como o gérmen de um fruto é envolvido pelo perisperma, o Espírito propriamente dito é revestido por um envoltório que, por comparação, se pode chamar perispírito. • LE, Questão 93.




Perispírito é o envoltório semi material, também chamado corpo fluídico ou etéreo. Nele se encontra todos os órgãos e estruturas biológicas necessários à vida no plano físico, daí ser considerado modelador do corpo físico. FEB – EADE – Roteiro 14 - Perispírito.
O perispírito é como o fio elétrico condutor que serve para a recepção e a transmissão do pensamento; desempenha grande papel na economia orgânica nos fenômenos fisiológicos e patológicos. O Livro dos Médiuns: cap.1, item 54. 12 FEB – EADE – Roteiro 14 - Perispírito Pode-se dizer que o corpo recebe a impressão, o perispírito a transmite, e o Espírito, que é o ser sensível e inteligente, a recebe. Quando o ato é de iniciativa do Espírito, pode dizer-se que o Espírito quer, o perispírito transmite e o corpo executa. Obras Póstumas, primeira parte, item 10, p.45.

É lícito conceber-se que o perispírito - ao menos, para os Espíritos ligados à crosta terrestre - possa ser o resultado da aglutinação da energia cósmica matriz ("fluido cósmico"), adequada à natureza de nosso planeta, sobre um campo originado da própria extensão energética da alma (força espiritual)..., 13 Zalmino Zimmermann, Perispírito, p. 22-26.

Zimmermann segue dizendo,: ... comportando-se, depois dessa agregação, como uma estrutura de categoria eletromagnética (de ordem física, pois) e formando o envoltório conhecido como o "corpo da alma", necessário, insubstituível e perene, já de textura definida como material - embora tão sutil, que os Espíritos da Codificação usaram o termo semimaterial para qualificá-la.


Na obra Perispírito, de Zalmino Zimmermann encontramos um relato completo, dentro do que é possível, pela internet temos toda a obra, ideal para estudos, é comprar a obra, e fazer vários estudos sobre o que é perispírito.
Para os que estudam esta doutrina, é necessário entender o que é o Perispírito, para podermos entender as diferenças e o que estamos levando para a próxima vida, e entender o real funcionamento, relatados por Kardec, Léon Denis, André Luis, e outros que nos informaram detalhes, das funções, e importância, ao escolhermos a temática, buscamos o interesse dos senhores, para ir ao livro de Zalmino, como fonte de informação, relevante.