segunda-feira, 18 de março de 2013

PARÁBOLA DA GRANDE CEIA





16. Disse-lhes então Jesus: Um homem preparou uma grande ceia e convidou a muitas pessoas. — 17. A hora da ceia, mandou que um servo fosse dizer aos convidados que viessem, pois que tudo estava pronto. — 18.Todos, como de comum acordo, começaram a escusar-se. Disse o primeiro: Comprei uma quinta e preciso ir vê-la; peço-te que me dês por escusado. — 19. Comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-las, disse outro. Rogo-te que me dês por escusado. — 20. Casei-me, disse um terceiro, e por isso não posso ir. — 21. Voltando o servo, tudo relatou a seu Senhor. Encolerizado, disse então o pai de família ao servo: Vai já às praças e ruas da cidade e traze para aqui os pobres e estropiados, os coxos e os cegos. — 22. Disse-lhe depois o servo: Senhor, está feito o que ordenaste e ainda há lugar para outros mais. — 23. Retrucou-lhe o Senhor: Vai por essas estradas e veredas e aos que encontrares obriga a entrar, a fim de que se encha minha casa. — 24. Porque, eu vos declaro, nenhum daqueles homens que foram convidados provará da minha ceia.” Lucas, Cap. XVI, vv. 16-23

INTERPRETAÇÃO

Que o Senhor bondoso ilumine a todos vós, trazendo-vos paz e harmonia interior.
Meus irmãos, minhas irmãs, aqui estamos nós, unidos e felizes, por termos a sublime oportunidade de estudar nos dias de hoje as palavras do Mestre Nazareno, que a voragem do tempo não destruiu e, até hoje, estão vivas para serem utilizadas em todas as épocas e em todos os instantes.
Como sabeis, o Senhor da parábola é o nosso Deus de bondade.
É aquele que, por amor, deseja que todos os Seus filhos participem do banquete da felicidade eterna.


Por isso, eis que Ele manda convidar a todos aqueles que julga dignos de a este festim comparecer, mas, como sói acontecer, as criaturas nunca atendem ao primeiro chamado; nunca comparecem quando Jesus chama as Suas ovelhas primeiro, através do amor, da compreensão da bondade.
E as criaturas dominadas pelo comodismo, muito dentro de si mesmo, contaram sempre com uma desculpa, tal como a do exemplo da parábola: um alegou a compra de uma quinta, outro, desejava ver os seus bois e mais outro, tinha casado.
E, assim, meus irmãos, minhas irmãs, cada um encontra o mais variado pretexto para não ir à ceia do Mestre.
E por quê? O que terá este banquete para oferecer aos seus convidados?
Como sabeis, o Pai tem sempre a alimentar os Seus, com a seiva do amor, a bebida da renúncia, o licor da caridade.
E as criaturas, sem darem valor a essas preciosas dádivas, não querendo enxerga-las, desculpam-se e não comparecem.


Eis que mais além, espíritos há que, vencidos pelas provas, carregando grandes sofrimentos morais e materiais, aguardam a palavra de amor, esperam ansiosos o dia em que poderão comparecer ao banquete divino, deixando atrás de si os seus males, as suas dores.
E por quê? Porque esses espíritos já compreendem o chamado divino, porque muito sofreram e porque, talvez, já houvessem sido chamados e não deram ouvidos e, depois, sentindo a oportunidade perdida, tiveram de ser chamados através das dores, das lágrimas, dos males físicos.



Portanto, meus amigos diletos, vede como a humanidade prefere sempre os caminhos tortuosos, mais cheios de espinhos, para alcançar os mesmos lugares que poderiam fazê-lo se se desapegassem de si mesmos, procurando dominar os seus maus pensamentos, as suas más índoles, as suas fraquezas.


  
Meus irmãos, minhas irmãs, eis que, como já dissemos, dois mil anos são passados e o Mestre, o Senhor de Todas as Coisas, continua oferecendo o Seu banquete.
Todos, sem exceção, tiveram ou terão a oportunidade, mas bem poucos, aceitam e comparecem ao primeiro chamado, tal como mariposas envaidecidas, atraídas pela luz, perdem suas asas, queimam-nas, trocando-as por inúmeras ilusões.


Meus irmãos, minhas irmãs, permiti que vos diga também que já fostes convidados para este banquete.
Não nos cabe julgar, mas, muitos de vós, também vos negastes a comparecer.
Passados os anos, tendo como companheira a compreensão e, através do estudo, procurando vencer com persistência vossos fracassos, implorastes ao Pai oportunidade de servirdes, de interpretar o mundo espiritual e o Senhor misericordioso atendeu ao vosso pedido e vos prepara outro banquete.


Se bem souberdes cumprir as vossas lições, através da renúncia, através do sacrifício, através do amor que puderdes espalhar aos vossos semelhantes, não espereis que lágrimas, tormentos, vos sejam aplicados, porque o Pai não deseja que isto aconteça, mas, por imposição de vossos próprios espíritos que assim o exigem, a justiça terá que ser feita.


Enveredai, pois, meus irmãos, minhas irmãs, pelo caminho do bem.
Não poupeis esforços; não escolhais a quem deveis primeiro acudir; deixai para o Pai o julgamento do merecimento dessa pobre alma.


Esforçai-vos por bem servir ao Senhor; esforçai-vos por alijar do vosso espírito o carma pesado que vos impede de caminhar e se assim o fizerdes, o Senhor caminhará convosco e vos alimentará com a tolerância, com a humildade, para que possais sair vitoriosos ao fim da jornada.
Que o Senhor esteja convosco!
Graças a Deus!


(Extraído do livro: As Divinas Parábolas – Autor: Samuel (Espírito), médium: Neusa Aguiló de Souza – Centro Espírita Oriental “Antonio de Pádua”, Recife, PE – 1982, p. 62-64)

 Julio Flávio Rosolen 
participa da Sociedade Espírita Casa do Caminho de Piracicaba, Estado de São Paulo é Coronel da reserva do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, espírita, e colabora com o blog ESPIRITISMO PIRACICABA                                                                       

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