Estimados amigos de jornada e amigos da doutrina espírita pelo Brasil, tenho conversado com companheiros dirigentes espíritas, outros colaboradores de casa espírita, e alguns assistidos que sempre nos procuram para conversar sobre o blog e o espiritismo.
Certa vez Allan Kardec, disse que a figura do médium era apenas de um colaborador, igual ao representante que abre a casa espírita, ou seja, que não poderia haver dentre o mediador da comunicação, nem soberba nem orgulho muito pelo contrario, esta figura mística iria se tornar peça importante desde que fizesse seu trabalho sem ser notado.
Num dos e-mails que recebi estes dias, uma senhora aqui no litoral sul Bandeirante, me relata que ao ficar dentro da camara espírita notou o médium, um deles, se erguer da cadeira, respirar fundo, e começar a falar mais alto que os demais, muito embora o atendimento fosse coletivo, ela entendeu que a manifestação do espírito era com ela e saiu de lá mais pertubada do que entrou, de quem é a culpa ?
Primeiro do médium depois do coordenador do trabalho, é preciso que todos os senhores que nos leêm entenda que a única incomporação possível ou sendo mais alguém dentro do seu corpo é a gravidez.
Não existe é mentira a não ser em casos raros de obsessão grave, posse do corpo por um espírito, ninguém entra no corpo de ninguém, a partir do nosso próprio espírito que fica numa linha acima do corpo e não dentro.(Livro dos Médiuns).
Muito bem se nem o nosso espírito entra no nosso corpo físico, sendo ligado por um fio espiritual chamado de "prata" que não vou detalhar por não ser necessário para quem conhece o espiritismo, muito menos, espíritos alheios.
Seja ou não mentor do médium, ou ajudante espiritual da casa, ou mesmo acompanhante espiritual do assistido ou sua obsessão, não entra no corpo do mediador, isto é crendice, tolice, e falta de informação sobre como funciona o sistema.
Se pegarmos 10 médiuns atuantes dois de cada casa espírita a metade nunca leu, nunca estudou o LIVRO DOS MÉDIUNS de Allan Kardec, se cada médium soubesse o risco que corre ao trabalhar despreparado, ou sem base, ou só base do amor, sairia correndo do trabalho que atua.
Quando um espírito é convencido pelo dirigente do grupo de trabalho a deixar a pessoa, isto não ocorre em um dia, pode ocorrer por umas horas, nada mais que isto.
Vejo Coordenadores falando pronto o mal foi afastado pelas forças espirituais superiores, mentira, isto não existe.
Não tem como um médium com qualidade dar passagem á mais de 04 espíritos em digamos 10 minutos, isto é falta de noção de quem diz receber, e de quem coordena.
O sistema espiritual é simples e o mais temos é o uso do clássico livre arbítrio, ninguém tem poderes para tirar nada de ninguém se a parte atingida ou mesmo a parte que atacada não fizerem um acordo.
Muitas casas deveriam estudar o clássico de Herminio C Miranda, Dialógo com as Sombras, para entender a importância de um grupo espírita
Muitas vezes o que ocorre é que o espírito que está a pertubar a pessoa, é a própria pessoa, seus pensamentos, como para tudo o ser humano precisa de um culpado, mais fácil culpar um espírito, e isto nos mostra que 50% consegue melhorar em duas ou três sessões espíritas, mas na verdade foi a própria pessoa que deixou de se atormentar.
A terceirização da responsabilidade da casa na mão da "espiritualidade amiga" é feita sem noção nenhuma, temos muitos centros trabalhando em nome do amor, com técnicas que mostram uma falta de entendimento do que codificou Kardec, e do que realmente é o espiritismo.
Vejo médiuns erguerem a voz, dar lição de moral pública e em voz alta se escondendo na voz de um espírito e a maioria das vezes se trata do próprio médium, que sem informação acha que está sendo intuído por um espírito e fala coisas que ele mesmo cria como citei acima no animismo.
Quanta tolice vem sendo praticada em nome do amor, e o resultado é o tormento depois do assistido e de médiuns despreparados para a hora do retorno, ou alguém acha que por exemplo se temos um campo espiritual, com espíritos do mal, digamos assim para todos entenderem, o curador, ou o socorrista fica impune do ódio, a prática no entanto é regulada por um sistema, e irão perguntar, qual sistema ?
O Do estudo, a mão do dirigente que fica ao lado e determina regras, que corta e impede o médium de se propagar ou de assumir ares de curador, salvador, elemento especial, porque não é, é apenas mais um dentro de um processo muito complexo que é doar a mediunidade para a conversa com a outra dimensão.
Tem gente em casa espírita achando que isto é assim fácil, liga, desliga, fala, desfala, muda tudo, e depois quando as coisas não acontecem falam para o assistido, é o plano.
Que plano ? se grande parte não sabe nem com o que está mexendo, já vi pessoalmente médiuns entrarem na sala fazendo o sinal da cruz, MEU DEUS! o que é isto ? onde este infeliz estudou, o que leu.?
Ainda me recordo em Piracicaba, de um curso que fiz que um dirigente espírita deixava claro uma posição um grupo de médiuns se solidifica a cada 10 anos de trabalhos juntos, estudo, aperfeiçoamento.(leiam a obra do codificador senhores e senhoras).
Ser caridoso, ser do amor, não dá direito a ninguém de querer saber da vida do alheio, já vi casos de dirigentes e médiuns espíritas comentarem o problema de um assistido entre si e vazar causando danos na vida da pessoa e depois para o bom nome da doutrina.
Médium obsediado por si, ou pela fama, ou até por espíritos perturbados que tomam conta da casa, que afoitamente querem curar, e resolver problemas de todo mundo, mudando destinos, e fatos.
Temos visto muito isto em casas de cura, cidadão está de posse de um câncer, criado por ele mesmo, cultivado por seus pensamentos, e sem ele pedir, alguém quer cura-lo, muitas vezes se consegue um adiamento, ou mesmo a cura, a pergunta que se faz necessária, é foi correto cura-lo ? salva-lo ? ele merecia isto ? temos posse do real passado, ou apenas nos cabia ajudar, provisoriamente deixando sim ao tempo e ao destino sua cura ?
Algumas casas estão como seus médiuns perturbados, vejo alguns lugares, pedirem endereço com CEP e tudo, vi casas pedirem fotos de parentes ou obsessores de assistidos, criando rituais mais complexos.
O ódio se alastra, muitas vezes quando não temos coragem de falar a verdade, nem mesmo quando vão se passar por vítimas em casas espíritas ou mesmo perante a sociedade.
Necessário portanto para médiuns e casas provocarem um renovação, uma checagem de suas atitudes, porque o assistido está mais informado tanto por livros como pela internet, ele busca saber se o lugar que está indo está resolvendo ou complicando sua vida, e está atento desde que não viva seitas, ou casas que mais praticam a extensão de uma igreja, ou do igrejismo seja ele qual for, do que propriamente a doutrina espírita.
Hoje momentos antes de publicar esta matéria em São Vicente, perguntava a duas assistidas da mesma casa que vou as vezes, se elas não iriam, e ouvi "não mais, lá é guerra de êgos", fiquei pensativo, e disse procure a diretoria, mas não deixe de ir e ouvi, aprender.
E ouvi um não mais,.
E assim quem perde com isto a casa ? não, a doutrina, o movimento, que está fraco por falta de conhecimento com esta comunicação que fazemos com a vida além da vida.
Temos lidos no Facebook, e na rede testemunhos de médiuns e assistidos perturbados, eu tenho visto isto em alguns lugares, pessoas montando centro dentro de casa, um tudo pode que mais tarde vai custar muito tanto ao médium como ao assistido, isto sem dizer do tempo precioso que um espírito do bem perde vindo de uma outra dimensão e nem conseguir ensinar o que de fato veio faze-lo, ou mesmo ajudar com palavras algumas pessoas.
Nem tudo que ocorre dentro da casa, pode ser levado ao conhecimento público, nem todos estão preparados seja para um simples trabalho de passe (este então requer uma matéria de como tem sido aplicado errado) enfim está na hora dos médiuns e dos dirigentes que tem compromisso de mudar, o comportamento do tudo pode em nome do amor, e fazer equipes com médiuns pontuais que estudem, que aprendam e que saibam do risco que correm ao fazer a liberação do portal da vida além da vida, o processo todo é simples, mas, é para poucos, pois requer muito conhecimento, e disciplina sem a qual, esta doutrina não pode ser praticada.
Se queremos ajudar a obra de Jesus, o mestre amigo, de Kardec o codificador, do espírito da Verdade, é hora de voltarmos aos livros e sairmos do maravilhoso, que não leva a nada.
David Chinaglia, 57, é espírita, palestrante, pesquisador, editor deste blog, seguidor da doutrina nos preceitos da codificação Kardec, recebe e-mails para esta e outras matérias pelo davidchinaglia@gmail.com
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