sábado, 20 de outubro de 2012

PARÁBOLA DA VIÚVA E DO MAU JUIZ



- 1- Disse-lhes também esta parábola, a fim de mostrar que é preciso orar sempre e não se cansar de o fazer. – 2- Havia em certa cidade um juiz que não temia a Deus, nem se importava com os homens. -3- Havia também na mesma cidade uma viúva que, frequentemente, o procurava, dizendo: Faze-me justiça contra o meu adversário. – 4- Ele, por muito tempo, não a quis atender; mas, por fim, disse de si, para si: Se bem que eu não temo a Deus e não considero os homens; - 5- Todavia, pois que esta viúva me importuna, far-lhe-ei justiça, para que afinal, não me venha fazer qualquer afronta. – 6 – Ouvi, acrescentou o Senhor, o que disse esse mau juiz. – 7 – Como deixará Deus, de fazer justiça a seus eleitos, que para Ele apelam dia e noite? Como suportará que indefinidamente, os oprima? – 8 – Em verdade vos digo, que cedo lhes fará justiça. Supondes, porém, que quando o filho do homem vier, achará na terra, fé?” Lucas, XVIII, 1-8.
INTERPRETAÇÃO

Que a bondade de Deus reine sempre em todos os corações!
Queridos irmãos e irmãs! Continuemos as nossas maravilhosas palestras, recordando com alegria e amor as palavras do meigo Jesus.
Como sempre, aproveitou Ele os exemplos cotidianos para, deles, tirar sábios ensinamentos.
Atravessavam os homens daqueles dias uma fase de dúvidas, sem estarem preparados, sem que as suas inteligências estivessem aptas a captar as palavras do Divino Pastor.
Aproveitou-se Ele da figura de um juiz mau, sem escrúpulos, sem nada a temer, desafiando os seus costumes, as suas palavras, as decisões superiores.




Eis que esse juiz representa o homem da Terra. Qual de nós, quando no corpo terráqueo não se arvora em juiz? Não se julga superior a todos os demais irmãos, sempre pronto a julgar os atos e os pensamentos alheios, sem temer as palavras de Deus que nos diz: Não julgueis sem ouvir a vossa consciência, que vos faz saber que há sempre alguém superior a nós, que por nós vela, por nós cuida com carinho e amor!
Esse juiz somos nós, com as nossas imperfeições, egoísmos e sentimentos de mando. Todos os humanos querem mandar, esquecendo que para saber mandar é preciso saber obedecer.
A mulher, a viúva, representa aquela criatura humana que se julga sempre vítima na Terra.
Por que frisou Ele que era uma viúva?
Porque a viúva representa sempre a pessoa que perdeu o companheiro e que se julga só, sempre merecedora das graças de Deus.
Como sempre, deixou o Mestre em suas palavras, a lição do amor.
Aproveitou-se da imagem dessa pobre viúva para que nela se descobrisse a perseverança.
Embora os homens se sintam despojados, é necessário ter perseverança naquilo que desejam alcançar; precisam ter fé e humildade ao pedir, porque ela não se envergonhou nem teve temor de se aproximar desse juiz que sabia ser mau e, destemidamente, a ele se dirigiu não uma vez, mas muitas vezes.
Ela nos dá uma lição de força de vontade.
Quantas negativas ouviu, mas não se deixou dar por vencida.
Quando desejamos uma coisa, depois de a examinarmos com consciência e a acharmos digna, como uma benção e que a merecemos, devemos insistir e não deixarmos o nosso pensamento, a nossa vontade ser vencida. Devemos perseverar no que é justo, nobre, correto.
E o juiz? Ele aprendeu também que naquela criatura humilde encontrou uma força capaz de dominá-lo, porque tanto ela pediu que ele resolveu sair de seu pedestal para satisfazer o seu pedido.
Meus irmãos! Enquanto na Terra devemos perseverar para plantarmos a semente que do Mestre recebemos; teremos também que enfrentar muitos juízes; teremos que bater a diversas portas, que continuarão fechadas às nossas súplicas; mas, dia virá, que encontraremos um coração aberto para nos receber.


Jesus também bateu a muitas portas; bateu, levou o seu amor, num desejo incontido de melhorar as criaturas e elas não O quiseram ouvir. Muitas zombaram e outras O coroaram de espinhos.
Aceitou Ele esse sacrifício por amor a Suas ovelhas.
Nós, seguindo os Seus passos, devemos nos preparar para tudo dar e pedir em benefício dos nossos irmãos.
Peçamos ao Pai forças para não esmorecermos em meio da jornada, luzes, para discernirmos o que é certo do que é errado.
Imploremos sempre ao Pai para, com perseverança, podarmos de dentro de nós a vaidade, o egoísmo, os pensamentos mesquinhos, que impedem a nossa elevação.
Não nos julguemos abandonados, se em nosso caminho só encontrarmos incompreensões.


Tenhamos fé que um dia venceremos os nossos juízes, se com brandura procurarmos vencer os nossos sentimentos.
Que Jesus abençoe a todos e que fiquem em vossos corações essas lições de perseverança, de amor e de humildade.
Que a paz de Deus se faça em vossos corações!
Graças a Deus!
(Extraído do livro: As Divinas Parábolas – Autor: Samuel, médium: Neusa Aguiló de Souza – Centro Espírita Oriental “Antonio de Pádua”, Recife, PE - 1982)


Julio Flávio Rosolen participa da Sociedade Espírita Casa do Caminho, em Piracicaba, é Coronel (da reserva) do Corpo de Bombeiros, Espírita e colabora om este BLOG.



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