segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

BRUMADINHO MG, É HORA DE SE MOSTRAR ESPÍRITA DE VERDADE - POR DAVID CHINAGLIA





Estimados amigos e amigas do blog, é hora de rever nossas posições, nossos pensamentos, nossas atitudes, diante de tantos problemas que este País atravessa, e agora a tragédia de Brumadinho MG,.

Não é hora de ir buscar no plano espiritual, como vejo em algumas casas espíritas, ou mesmo no MEB, tipo relação com mortes ou tragédias de outras vidas, outros momentos, é hora de enviarmos o nosso melhor, para lá.

Da mesma forma que se fosse para seus filhos, irmãos, amigos, pai, e mãe, que estivessem lá, ou não é isto que iria pedir nas redes sociais?, ou onde frequenta.? enfim, se deseja ao próximo o que desejamos para nós.

Buscar no plano espiritual, agora respostas que não cabem, que nada irão acrescentar as famílias que lá estão, é ausência de serviço, é falta de amor ao próximo.

Como podemos ajudar, a 100,300, 500, 1.000 ou 5.000 Km, mentalizando uma prece, uma única prece por dia, um bom pensamento.

Brumadinho pode ter ainda mais de 250 mortos, espíritos, que foram ou não socorridos imediatamente, pelo porte dos acontecimentos.

Para nós, não cabe ficar buscando de quem é a culpa, claro, que é do Governo de Minas Gerais, da empresa, do governo Federal da gestão anterior, já que esta governo atual, assumiu há 27 dias, a culpa é também da sociedade que após Mariana MG nada fez para que isto parasse.
Agora, é hora de recolher os mortos e feridos, é hora de prece, é hora de energizar, o tempo nos dará respostas, agora, é hora de trabalhar,.

Muitos de nós gostariam de estar lá como voluntário, mas, no impedimento da vida, tire diariamente 5 a 10 minutos para o local, para os encarnados também, e para os desencarnados.

Energias do bem, do bom pensamento fortalecem os espíritos que vem ajudar nestas horas, agora, a reflexão maior para todos nós, irá levar para o que estamos fazendo no nosso dia á dia.

Irá perguntar, o leitor amigo, mas, se não é hora de culpados, porque isto? para um entendimento clássico de acidentes naturais é importante sabermos o que estamos concordando, energias de ódio, raiva, aborto, orgias sexuais, crimes, violência, trazem  o que ao solo do planeta? Espíritos de energia igual, se a natureza, tem sua força, claro está e provado está, que a natureza depende da energia, além dos acertos do homem, e da mulher, na sociedade, logo, em horas de crise assim, precisamos ajustar os pensamentos, rever conceitos do que estamos concordando, e de que planeta queremos para nós, de que País.

Vamos trazer aqui para vossa reflexão, o Céu e o Inferno de Allan Kardec, para um entendimento parcial, sobre a morte para nós, aliás leia o livro.

Causas da apreensão diante da morte

1. - O homem, seja qual for o grau da escala a que pertença, desde o estado de selvageria, tem o sentimento inato do futuro; sua intuição diz-lhe que a morte não é a última palavra da existência, e que aqueles de quem temos saudades não estão perdidos irremediavelmente. A crença no futuro é intuitiva, e infinitamente mais geral do que a crença no nada. Como explicar então que, entre aqueles que creem na imortalidade da alma, se encontre ainda tanto apego às coisas da terra, e uma apreensão tão grande da morte?

2. - A apreensão da morte é um efeito da sabedoria da Providência, e uma consequência do instinto de conservação comum a todos os seres vivos. Ela é necessária enquanto o homem não estiver suficientemente esclarecido sobre as condições da vida futura, como contrapeso ao impulso que, sem esse freio, o levaria a deixar prematuramente a vida terrestre, e a negligenciar o trabalho aqui embaixo que deve servir para seu próprio avanço. É por isso que, nos povos primitivos, o futuro é apenas uma vaga intuição, mais tarde uma simples esperança, mais tarde enfim uma certeza, mas ainda contrabalançada por um secreto apego à vida corpórea.

3. - À medida que o homem compreende melhor a vida futura, a apreensão da morte diminui; mas ao mesmo tempo, compreendendo melhor sua missão na terra, ele aguarda seu fim com mais calma, resignação e sem temor. A certeza da vida futura dá outro curso a suas ideias, outro objetivo a seus trabalhos; antes de ter essa certeza ele trabalha apenas para a vida atual; com tal certeza ele trabalha tendo em vista o futuro sem negligenciar o presente, porque sabe que seu futuro depende da direção melhor ou pior que der ao presente. A certeza de reencontrar os amigos depois da morte, de continuar as relações que teve na terra, de não perder o fruto de nenhum trabalho, de crescer incessantemente em inteligência e em perfeição, dá-lhe a paciência de esperar, e a coragem de suportar as fadigas momentâneas da vida terrestre. A solidariedade que ele vê se estabelecer entre os mortos e os vivos faz-lhe compreender aquela que deve existir entre os vivos; a fraternidade tem assim sua razão de ser e a caridade um objetivo no presente e no futuro.

Podemos simplesmente passar por Brumadinho MG, como mais um acidente do homem e sua ganância material, ou tirarmos aprendizado da dor destes amigos, que se foram, outros que ainda lutam para ir, ou ficar, e fazer nossa parte.

Procurar agora trazer psicografias, relatos, a longa distância, comparações, não irá ajudar nossos amigos, que partiram, nem seus familiares, é hora apenas de aceitar a morte com sua naturalidade, e rezar pelos irmãos, e para a espiritualidade a fim de que de fato possamos corrigir, sim corrigir erros, pois energias negativas geradas por nós encarnados, criam no ambiente que vivemos a zona do desconforto, e da espiritualidade menos esclarecida, o mal gera o mal, por isto Jesus, sempre dizia, vigia seus pensamentos.,
Por este momento apenas rezem, mandem boas energias, é o que podemos fazer de longe, e os que estão mais perto e podem ajudar que o façam.

O medo é natural em todos, afinal estamos construindo no planeta uma grande barragem, de energias negativas, maus pensamentos, e com isto devemos nos preocupar, porque o vento que bate em Brumadinho, é o mesmo que bate agora onde você está.

Oremos.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

FÉRIAS ESPÍRITAS - POR MARCELO HENRIQUE






Conceitua-se como férias, na esfera trabalhista, no âmbito profissional, o direito do trabalhador ao afastamento remunerado, a cada doze meses de cumprimento de sua jornada de trabalho. O instituto, que é jurídico, está presente em todos os países, variando, apenas, no que concerne ao tempo e à forma de seu exercício. 

Gosto muito de um adágio contido no Antigo Testamento, que diz: “trabalharás e ganharás o sustento (pão) com o suor do teu rosto”, contido no livro mosaico “Gênesis” (3: 19). 

O fato é que homens e mulheres, realizando atividade profissional, laboral, com ou sem vínculo empregatício, pois há os que são liberais, sem carteira assinada e donos de seus próprios negócios, esperam o momento de descanso, para “largar tudo” e fazerem o que quiserem do tempo em que não será necessário o seu concurso naquelas atividades. E, mesmo, considerando o lócus familiar, crianças e adolescentes que (ainda) não trabalhem, também esperam pelo momento em que seus pais ou responsáveis estarão “sem trabalhar” e eles, com frequência, também não estarão em atividades educacionais ou escolares. Todos, portanto, sem a incumbência de seus ofícios, caso a caso. 

E a casa espírita? E as atividades espíritas a que você se vincula? Há férias? Há interrupção dos “trabalhos”? A casa fecha suas portas? Os “trabalhadores” espíritas de diversas frentes, têm “férias”? 




Precisamos elevar, um pouco, a alça de mira de entendimento deste, digamos, espinhoso assunto. Vamos lá... 

O que é o Centro Espírita? Qual a fundamentação de sua existência? Para que serve? A quem atende? Com quem conta? Como é composto sua estrutura humana, isto é, quem são e a que se dedicam seus afiliados? 

Vamos voltar no tempo... O primeiro embrião de “centro espírita” está sediado na Europa do Século XIX – e, depois, também, na América do Norte, apesar de, circunstancialmente, os “fenômenos espíritas” (tais quais o conceituou o Professor Rivail, depois Allan Kardec) terem eclodido, primeiro, com os “raps” (batidas) na América. Depois é que vieram as mesas girantes, na Europa, fenômeno que atraiu o homem cético, de ciência, de pedagogia, Rivail. Espontaneamente, a partir da divulgação da primeira obra kardeciana (“O livro dos espíritos”), foram surgindo, nos dois continentes, agremiações (sociedades, na dicção jurídica da época) espiritistas. A Kardec coube, digamos, a honra de, por suas mãos, como criador da Doutrina Espírita (em parceria, claro, com médiuns e Espíritos de diversas localidades), estabelecer o “primeiro centro espírita do mundo”, a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas (SPEE). A partir dela e dos conceitos proclamados por Kardec nas orientações contidas em diversas de suas obras e na Revue Spirite, foram aparecendo outras ou, até, instituições que já funcionavam na prática foram adquirindo a “cor” de entidade espiritista. 

Basicamente, este modelo é o que inspira a existência dos milhares de centros espalhados pelo Brasil e pelo mundo. Note-se, ainda, a ênfase dada pelo Codificador ao conceito de “grupo familiar de espiritismo”, exortando e estabelecendo como premissa (necessária e desejável) que os seus participantes (associados, hoje, sócios àquela época) tivessem, entre si, laços de fraternidade, proximidade e simpatia. 

O “padrão” de Centro Espírita no Brasil, sabe-se, não segue literalmente este modelo. Assumiu, em nosso país, uma “conotação” um pouco, digamos, “diferente”. É claro que as pessoas podem ter, entre si, senão todas, algumas, ligações fraternas. Mas, como em qualquer agrupamento humano, haverá indiferença e, até, animosidades, porque não disser, até, ódio ou antipatias. Este elemento, embora não preponderante, também pode interferir não só na “qualidade” das atividades como na constância, repetitividade e na suspensão de certas reuniões e grupos. 

A SPEE – ou qualquer “centro espírita” da época em que nasceu e floresceu o Espiritismo DE KARDEC – possuía características e organização distintas do padrão comum das entidades congêneres que existem no Brasil há décadas – e, também, em várias partes do mundo, embora, também se saiba, o “modelo” não é originário destes países mas está correlacionado à presença de brasileiros (trabalhando, estudando ou realizando atividades diplomáticas, por exemplo, para ficarmos, apenas, em alguns exemplos) e que resolvem “criar” um núcleo espiritista naquelas localidades. Nada contra. Mas não são, em verdade, salvo raríssimas exceções, agrupamentos de cidadãos originários daquelas plagas, que tomaram conhecimento do Espiritismo e resolveram, aos moldes kardecianos, constituir agrupamentos associativos espíritas. Não, mesmo! 

No Brasil, parafraseando alguns autores desencarnados e algumas lideranças espíritas, é um templo (igreja ou espécie de), uma escola (entidade educacional, instrucional), um hospital (local de atendimento de “pacientes”, necessitados, encarnados ou desencarnados), uma entidade assistencial (para prover necessidades materiais dos que não as possuam ou não tenham condições de provê-las). Faltou algum quadrante? Pelo que conheço e em linhas gerais, penso que não! Aí estão listadas as “funções” de uma instituição espírita brasileira. 

Este referencial é importante para estabelecer algumas premissas para a consideração do tema deste ensaio. Para o “Trabalho” (ainda que simbólico, com outra tradução ou definição) e para as “Férias”. 

Das quatro “características” ou “ambiências” citadas acima, ao que um centro espírita se assemelharia, dependendo da atividade, função ou ação que desempenhe, apenas a escola tem férias. As outras concedem férias, no cenário social, mas não fecham suas portas, já que há outras pessoas destinadas previamente a substituir os que estejam em férias. Sim, porque num hospital, por exemplo, não são todos os médicos, os enfermeiros, os atendentes, o pessoal de limpeza ou de cozinha, que tiram férias ao mesmo tempo. Há, como se sabe, uma escala de trabalho e de férias, de modo que as atividades desempenhadas sejam, sempre, ininterruptas. 

Se você encara a atividade espírita como “trabalho” (mesmo que não receba, ela, o mesmo critério jurídico de configuração, evitando-se, por exemplo, inclusive, ações de indenização ou de busca de reconhecimento de vínculo trabalhista, como já vimos muitas, país afora), então, provavelmente, o seu conceito de existência e desempenho das atividades realizadas numa entidade espírita, também, devem ser ininterruptas. Pois sempre haverá gente para ser atendida, encaminhada, socorrida, amparada... Então, para você que assim pensa, o Centro Espírita jamais poderá estar de “portas fechadas”, não poderá “suspender” qualquer atividade e não “concederá” férias aos seus trabalhadores. Certo? Sim, certo, se o enquadre da questão for esse. Não há como adotar princípios ou respostas diversas. 

Mas se você encarar sua participação no centro como responsabilidade (e, não, trabalho) você passará a entender, aceitar e prever que poderão haver “hiatos”, uma vez que ninguém é obrigado (como se estivesse preso, algemado) a participar das atividades, “o ano todo”. Haverá compromisso seu, individual, de realização de tais ou quais atividades, espíritas, de acordo com sua capacidade e interesse, mas você não é e nunca será insubstituível. 

O que ocorre, então, quando sua família – que pode ser, mas pode não ser espírita – deseja que, num dado mês em que você tem “férias”, profissionalmente, também as tenha no “cenário” espírita? Não é natural? Não é enquadrado dentro das “obrigações” da relação familiar, convivial e dos deveres entre pais e filhos? Pense nisso... 

O primeiro “trabalho”, a primeira “responsabilidade”, os primeiros “deveres” dos espíritas, daqueles que aceitam seus princípios e procuram segui-los em sua trajetória encarnada, é compreender (melhor) e participar de modo satisfatório da vida familiar, com seus entes queridos. Este é o principal e maior trabalho (dever) do espírita: ser melhor para com aqueles que convivem com ele e o conhecem (mais de perto). 

A situação ideal seria a não-interrupção das atividades espíritas, por exemplo, em janeiro – que é o mês em que a maioria das pessoas (ou não?) tiram suas férias profissionais. Entendo que se fizermos uma pesquisa de campo, vamos encontrar esse resultado, sim, ou seja, é no primeiro mês de cada ano que a grande maioria dos trabalhadores está em gozo de férias. Há, até, certas “convenções sociais”, em relação, por exemplo a grandes corporações, a entidades públicas, a entidades do terceiro setor que, em janeiro, em face da relativa diminuição de afazeres, seja ideal para a concessão da folga remunerada a que, pela legislação, todo trabalhador faz jus. 

Assim sendo, poderá haver um grupo de pessoas, no centro, atrelado a estas ou aquelas atividades em que haja a presença de um número mínimo de “trabalhadores”, disso resultando não ser necessário interromper as mesmas. Não sofreria o “trabalho”, a atividade, a casa espírita, solução de continuidade. Ótimo! Resolvido, nesse caso, o “problema”. Há pessoas que não viajam, não passeiam, não vão para seus retiros de campo, praia, montanha, e permanecem em seus endereços e, portanto, podem continuar presentes a cada dia e horário de reunião. 

Mas teremos aquelas atividades em que não haverá “trabalhadores”, pessoas que participam deste trabalho, e não é razoável, fraterno e de boa gestão, impor que as pessoas não faltem, não se ausentem, não tenham férias. Novamente o conceito de “prisão”, de “obrigação inafastável” precisa ser deixado de lado, posto que a participação é voluntária, é decisão pessoal, é da vontade de cada um, embora envolta em elementos, como já pontuado, de responsabilidade e bom exercício. 

O “Espiritismo Brasileiro” e seu modus operandi bem característico, precisa deixar de querer “disciplinar” tudo. Precisa parar de ser comportar como uma corporação militar, em que a hierarquia é regra e que os detentores do poder (ainda que pequeno e sazonal, deseja-se) não oprimam, obriguem e exijam questões que não fazem parte do “espírito” da Doutrina dos Espíritos, sem redundância. 

Em nossa casa, por exemplo, as atividades educativas são suspensas, não só em janeiro, como em fevereiro, até o “período” consagrado na cultura e no calendário tupiniquins como “carnaval”, os festejos de Momo. Após esta data, tudo volta ao normal. Em relação às atividades mediúnicas, que ocorrem em um dia por semana, específico, a coordenação do trabalho consulta os participantes, médiuns, se todos estarão disponíveis neste período, para a continuidade dos trabalhos de estudo, evocação e atendimento espiritual. Havendo dois ou mais interessados, as atividades prosseguem, entre esses, e com uma readaptação em relação ao próprio desempenho desse mister, tendo em vista que serão menos participantes, o que influirá nos resultados. 

Em tudo e por tudo, o grande elemento se chama DIÁLOGO. E fraterno. Com clareza, com transparência, com espírito de equipe e visando, claro, os melhores resultados. Não é demais dizer que os fundamentos espíritas nos direcionam, também, preferencialmente, à SATISFAÇÃO de todos os envolvidos. Se os Bons Espíritos comparecem a trabalhos éticos, bem estruturados e com comunhão de pensamentos, eles também estão cientes de que, qualquer pessoa, de má vontade, “obrigada” ou “compelida” a vir, sob pena de alguma punição (e elas existem!), não se reveste dos qualificativos necessários para o SUCESSO das atividades espíritas. 

Então, para você que quer férias, boas férias! E para você que pode e quer continuar “trabalhando”, bom desempenho! E que todos estejam felizes, contribuindo para o esclarecimento espírita. 

É o nosso mais sincero desejo! 






Anexo 

Mensagem ditada por Santo Agostinho, na SPEE, ao médium Sr. E. Vezy, por ocasião da entrada de férias dos seus membros, em 1º de agosto de 1862, transcrita na Revue Spirite, Setembro, 1862. 



(Sociedade espírita de Paris, 1º de Agosto de 1862 - Médium: Sr. E. Vezy) 



Ides, pois, separar-vos por algum tempo, mas os bons Espíritos estarão sempre com os que lhes pedirem auxílio e apoio. 


Se cada um de vós deixa a mesa do mestre, não é apenas para exercício ou repouso, mas ainda para servir, onde quer que estiverdes, à grande causa humanitária, sob cuja bandeira viestes procurar abrigo. 


Bem compreendeis que para o espírita fervoroso não há horas designadas para o estudo. Toda a sua vida não é mais que uma hora, e ainda demasiado curta para o trabalho a que se dedica: o desenvolvimento intelectual das raças humanas!... 


Os galhos não se destacam do tronco porque deste se afastam. Ao contrário, dão lugar a novos impulsos que os unem e os solidarizam. 


Aproveitai estas férias que vão espalhar-vos, para vos tornardes ainda mais fervorosos, a exemplo dos apóstolos do Cristo. Saí deste cenáculo, fortes e corajosos. Que vossa fé e as vossas boas obras reúnam em torno de vós milhares de crentes, que abençoarão a luz que espalhareis em vosso redor. 


Coragem! Coragem! No dia do encontro, quando a auriflama do Espiritismo vos chamar ao combate e se desdobrar sobre vossas cabeças, que cada um tenha em volta de si os adeptos que houver formado sob sua bandeira, e os bons Espíritos dirão o seu número e o levarão a Deus! 

Não durmais, pois, espíritas, à hora da sesta. Velai e orai! Eu já vos disse, e outras vozes vo-lo repetirão: Soa o relógio dos séculos e uma vibração retine. Ela chama os que se acham na noite, e infelizes serão os que não a quiserem escutar! 


Ó espíritas! Ide, despertai os adormecidos e dizei-lhes que vão ser surpreendidos pelas vagas do mar que sobe em rugidos surdos e terríveis. Ide dizer lhes que escolham um lugar mais iluminado e mais sólido, porque eis que os astros declinam e a Natureza inteira se move, treme e se agita!... 


Mas, após as trevas, eis a luz, e aqueles que não tiverem querido ver e ouvir imigrarão naquela hora para mundos inferiores, a fim de expiar e esperar longamente, mui longamente, os novos astros que devem elevar-se e esclarecê-los. E o tempo lhes parecerá a eternidade, pois não lobrigarão o término de suas penas, até o dia em que começarem a crer e compreender. 


Espíritas, não mais vos chamarei crianças, mas homens, homens valentes e corajosos! Soldados da nova fé, combatei valentemente. Armai o braço com a lança da caridade e cobri o corpo com o escudo do amor. Entrai na liça! Alerta! Alerta! Calcai aos pés o erro e a mentira e estendei a mão aos que vos perguntarem: “Onde está a luz?” 


Dizei-lhes que os que marcham guiados pela estrela do Espiritismo não são pusilânimes; que se não deslumbrem com miragens e não aceitem como leis senão aquilo que ordena a razão fria e sã; que a caridade é a sua divisa e que não se despojem por seus irmãos senão em nome da solidariedade universal e nunca para ganharem um paraíso, que sabem muito bem que não podem possuir senão quando tiverem expiado o bastante!... Que conheçam Deus e que, antes de tudo, saibam que ele é imutável em sua justiça, e que, consequentemente, não pode perdoar uma vida de faltas acumuladas, por um segundo de arrependimento, como não pode punir uma hora de sacrilégio, por uma eternidade de suplício!... 


Sim, espíritas, contai os anos de arrependimento pelo número das estrelas, mas sabei que a idade de ouro virá para aquele que tiver sabido contá-las!... 


Ide, pois, trabalhadores e soldados, e que cada um volte com a pedra ou o seixo que deve auxiliar na construção do novo edifício. Eu vos digo, em verdade, que desta vez não mais tereis que temer a confusão, mesmo querendo elevar ao Céu a torre que o coroará. Ao contrário, Deus estenderá a sua mão no vosso caminho, a fim de vos abrigar das tempestades. 


Eis a segunda hora do dia. Eis os servidores que vêm de novo, da parte do Mestre, procurar trabalhadores. Vós que estais desocupados, vinde, e não espereis a última hora!... 


SANTO AGOSTINHO .






Marcelo Henrique,49, é professor de direito, advogado, ex diretor da Federação Espírita de Santa Catarina, é pesquisador do espiritismo, palestrante, seguidor da base doutrinária de Allan Kardec, e propagador da obra de J.Herculano Pires no Brasil.
Colaborador deste blog nos envia esta reflexão


quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Cérebro e o renascer de novo - afinal, quem somos? Uma hipótese neurológica de Nubor Orlando Facure “



É preciso nascer de novo” passando por experiências múltiplas no decurso das encarnações. Uma questão em aberto e extremamente complexa é até onde podemos saber o quanto e como são transferidos para o cérebro físico de uma criança que está por nascer, o conteúdo de sabedoria e talentos adquiridos pelo Espírito no decurso de suas existências.


O desenvolvimento do sistema nervoso o patrimônio genético dessa criança põe ordem no seu desenvolvimento, acrescentando aptidões por etapas, que coincidem, essas fases, com a progressiva mielinização das fibras nervosas. Primeiro, são mielinizadas fibras de baixo para cima, que permitem a atividade motora das pernas e depois dos braços. No cérebro, a organização é de trás para frente, primeiro as áreas visuais nos polos occipitais e depois o lobo frontal que só completa sua formação depois dos 17 anos.




A memória – quem eu sou? Sou o que minhas memórias dizem O bebê humano ao nascer não está zerado em suas memórias. Os testes especializados confirmam que ele tem arquivado a voz da mãe e possivelmente outros sons que ouviu enquanto no útero sem que haja confirmação que ouvir músicas de Mozart, dará a essa criança um cérebro de um músico de talento O que é do conhecimento geral é que a criança não consolida, armazena ou retém como memória suas experiências até aos três anos de idade – esse esquecimento é conhecido como “amnésia infantil” .

Do ponto de vista espiritual: Não temos, como regra geral, nenhuma lembrança de nossas vidas passadas Ensinam os autores espíritas que mesmo não tendo essas lembranças, de uma maneira ou de outra podemos perceber em cada um de nós, certas tendências trazidas de outras vidas – ideias inatas ou mesmo, pendores que se revelam sem maior esforço. 

Um determinado profissional com formação acadêmica numa área específica, pode perceber suas tendências e habilidades em competências completamente diferente. Um professor de matemática, ou uma psicóloga podem exercer em paralelo um talento para música, artesanato, ou um talento literário como fez o médico Guimarães Rosa Personalidade, caráter e temperamento, tem uma base genética e, seguramente, uma influência da bagagem espiritual de outras vidas Um Espírito amigo nos ensinou que podemos não saber o que fomos, mas, não é difícil saber o que fizemos em vidas anteriores.

Uma nota breve sobre os tipos de memórias: Podemos tirar da classificação das memórias 3 expressões fundamentais: A memória semântica e a episódica, que fazem parte da memória declarativa e, a memória implícita ou de procedimentos.

A memória semântica se refere ao conhecimento adquirido pelas lições que aprendemos de uma forma ou de outra: quem nasce no Brasil é brasileiro, Paris é a capital da França, Voltaire foi um grande filósofo do iluminismo, a América foi descoberta por Cristóvão Colombo A memória episódica, é personalizada, refere-se a fatos pessoais vividos por nós, é narrativa e por isso falha: Sua consolidação é mais firme nos dados autobiográficos: meu nome, meu endereço, meu estado civil, a cidade onde nasci, minha nacionalidade, de quem sou filho, que profissão exerço, quem são meus filhos A memória episódica de eventos pessoais, se refere a acontecimentos vividos por nós, recentes ou não: O que almocei ontem? Quem me telefonou essa tarde? Que praia fui nesse fim de ano? Quem me visitou nesse domingo? 

Esse modo de memória (episódica) tem uma marca temporal e é fortemente contextualizada. Com as marcas do tempo: fui na praia no natal, viajei na semana santa, fui pescar em fevereiro do ano passado, troquei de carro em dezembro Ligadas ao contexto: assisti aquele filme no Shopping com minha esposa. adorei o camarão daquele restaurante de Joinville, eu estava no hotel quando ouvi aquela notícia, foi no jogo de futebol que torci o tornozelo, fiquei em casa porque chovia muito.

Essas memórias podem ser resgatadas, mas, como são retidas principalmente no hipocampo elas, ao serem lembradas nós sempre fazemos uma nova descrição dos fatos. Daí a incerteza dos testemunhos nos episódios da vida As memórias de procedimento são as habilidades aprendidas. Andar de bicicleta, dirigir o automóvel, pilotar o avião, dedilhar o teclado, lidar com a prensa da fábrica, talhar a madeira numa peça de artesanato, tocar ao piano, desenhar ou pintar uma paisagem. 

Recordando a história de vidas anteriores. Isso é possível? São ocorrências raras, mas, vez por outra encontramos crianças fazendo relatos de terem vividos em outro lugar, dando as identificações necessárias para essa comprovação. A literatura médica e o cinema têm relatos enriquecedores que atestam a reencarnação e a ocorrência de permanência dessas memórias episódicas Geralmente, com o crescimento da criança essas memórias se perdem São também excepcionais, mas bem descritos, casos de persistência das memórias semânticas. São algumas crianças rotuladas de autistas, ou “idiots savans” que são capazes de responder brilhantemente sobre determinado tema de conhecimentos gerais ou de um domínio particular como literatura ou matemática Por outro lado, são extremamente corriqueiras, no ambiente familiar de muitos de nós, a ocorrência das memórias de procedimento. 

Há em quase toda família os desenhistas, os pintores, os pianistas, os artesões habilidosíssimos que fazem castelos na areia ou na madeira sem qualquer ensinamento prévio Observando bem, em cada um de nós podemos perceber que as memórias episódicas são consolidadas firmemente até que alguma demência nos atinja nos fazendo esquecer até mesmo o nome. As memórias episódicas para eventos pessoais são fugidias e enganosas. Quem relatar sua festa de casamento faz o mesmo que os pescadores ou os jogadores, a cada relato produzem uma nova versão. É o que diziam os antigos: quem conta um conto aumenta um ponto Por outro lado, certos eventos de nossa vida podem ocorrer carregados de forte emoção e um susto ou uma ameaça pode consolidar com mais força determinada ocorrência. Uma batida com o nosso carro em que alguém sai ferido, a ameaça de um assalto ou um sequestro, o medo de enfrentar uma cirurgia de risco, a dor de um fêmur fraturado na queda de uma bicicleta Considerando a reencarnação, é provável que essas memórias episódicas carregadas de forte emoção física ou psíquica podem ser uma boa explicação para nossos medos, as crises de pânico, as fobias, as dificuldades para enfrentar o elevador, o avião, uma picada da vacina, uma cobra, uma aranha, uma simples barata ou falar em público As memórias de procedimentos, No decorrer da vida vamos aprendendo habilidade e adquirindo competências comuns a nós humanos: Andar, correr, escrever, nadar, dirigir, pilotar, andar de bicicleta, soltar uma pipa e outras de maior destaque: tocar piano, violino, cantar com o violão, pintura, artesanato entre muitas outras O maior destaque nesse tipo de memória é que ela é mais ou menos permanente. Ninguém esquece como de nadar ou andar de bicicleta.

O dedilhar o violão ou o piano, por outro lado, exige treinamento constante, mas, os rudimentos básicos permanecem para sempre Nunca me esqueço que o primeiro paciente que conheci com a doença de Alzheimer era um alfaiate. Não sabia dizer o nome da esposa, nem o seu endereço, mas, gesticulava com as mãos e mostrava como fazia o corte de tecido para fazer um terno – o paciente com essa doença é treinável e capaz de aprender certas habilidades motoras novas, mas, não retém um conhecimento novo, como por exemplo o endereço do hospital Pode-se conjecturar que as memórias de procedimento, são as que mais se conservam de uma encarnação para outra. 
Elas permanecem sempre mais firmemente consolidadas em nosso cérebro – principalmente nos núcleos basais e no cerebelo – e os exemplos são parte da história de todas famílias – são as aptidões, os talentos, as tendências, os pendores artísticos e os desempenhos que surgem facilmente no artesanato, na música, na pintura, no esporte entre tantos outros Um resumo simples: A memória autobiográfica é firme, confiável, nos acompanha pela vida todo sem distorções. Nós a perdemos quando ocorrem leões cerebrais graves. Dificilmente ela permanece no transcurso de uma vida para outra A memória episódica é facilmente distorcida. Ela é regatada sempre com uma nova versão, não é recuperada.

É recontada. É sensível aos eventos emocionais que aumentam os seus traços. Podem justificar o que sentimos hoje em forma de medos, fobias, traumas psíquicos, deja-vu e outros fenômenos da psicopatologia humana A memória de conhecimentos, semântica, é acumulativa é podem favorecer o aprendizado em determinadas áreas de uma vida para outra E finalmente, as memórias de procedimento que se expressam, geralmente, em habilidades motoras. São mais sólidas, costumamos dizer que ninguém esquece como andar de bicicleta. De uma encarnação para outra, elas podem permanecer como uma tendência profissional, talentos artísticos diversos, predisposição para esse ou aquele esporte. E o que a morte fará com as nossas memórias? Diz o povo que “dessa vida nada se leva”. Eu costumo dizer que, obrigatoriamente, vamos levar os nossos neurônios, estão impressos neles a nossa identidade. Um neurocirurgião famoso fazia suas cirurgias com o paciente acordado. Com o crânio aberto ele estimulava eletricamente várias áreas cerebrais. Além das repostas motoras e sensitivas ele conseguia estimular a região temporal onde produzia reminiscências guardadas pelo paciente. Sabemos todos, como espíritas, que o que ocorre no cérebro é transferido ao Espírito através e um veículo semi material, o perispírito.

Mas, durante toda nossa vida as redes neurais acumulam um rico aprendizado que consolida nossos comportamentos e enriquece nossas memórias. Os exames de Ressonância funcional e a estimulação direta nos neurônios detectam essas competências A pergunta é: tudo isso se desfaz com a morte: aprendemos com a doutrina espírita que esse material é inteiramente transferido para o perispírito. Esse fenômeno nos permite conjecturar algumas consequências: Logo após a morte, seremos exatamente o mesmo que somos hoje.

Com as mesmas memórias, comportamentos e experiências. Isso explica porque, mesmo desencarnados, há Espíritos que continuarão duvidando da reencarnação. E, para maioria de nós não será de um dia para o outro que teremos acesso as memórias do nosso passado.



Nubor Orlando Facure, 79, é médico, espírita, escritor, viveu 50 anos ao lado de Chico Xavier, viveu o milagre de Uberaba, recebe e-mails pelo lfacvure@uol.com.br é colaborador semanal deste blog.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

NOSSO LAR É PRECISO - POR DAVID CHINAGLIA




Companheiros de jornada, vivemos tempos diferentes dentro do Movimento Espírita Brasileiro, pesquisadores, mentes brilhantes, questionam obras do famoso médium Brasileiro, Chico Xavier, talvez a mais atacada com questões operacionais técnicas, seja a que mudou a vida de milhões de pessoas, Nosso Lar, que se tornou uma esperança, para idosos, jovens, homens ou mulheres, que possuem o medo da morte.

Hoje ouvimos falar, em textos bem argumentados, "Kardec não falou sobre isto, ou, cachorros no mundo espiritual? água, comida, ministério do sexo ? acesso a encarnados?", temas que incomodaram a muitos.

Não vou entrar no mérito técnico do que Allan Kardec escreveu ou falou sobre cidades espirituais, mas, fundamental que façamos algumas observações, que o objetivo de Kardec, não era abordar estes temas, nos tempos da codificação, vários temas, inclusive um dos mais importantes como a PINEAL, foram abordados por outros médiuns e pesquisadores anos mais tarde, e isto deve ser lembrado.

Porque os espíritos não nos dão acesso a toda a verdade, me perguntam leitores, eu respondo, "Para que? se o que já está aí informado, dá brigas, disposição, ataques pessoais, crises sociais na redes, para que informar pessoas que querem deter a verdade absoluta, e não pesquisar, não aprender, o que de fato é o mais importante.

Diz a História que a foi em final de 1941, que Chico Xavier enviou a Federação Espírita do Brasil, os primeiros relatos da cidade espiritual Nosso Lar, em uma reunião na sede da FEB, ficou determinado que este tema, era forte para ir a público em 1942.


No ano de 1943, novos escritos do espírito de André Luis contando da cidade espiritual, e gerando a obra primária e em face ao sucesso das obras do médium, o conselho editor da Federação resolveu publicar Nosso Lar, com a observação, ignorada tantos por radicais, como por seguidores de Chico Xavier.
Dizia na capa original, ROMANCE, e tratava os relatos como tal para aqueles tempos, somente nos anos 80, a palavra romance foi tirada da capa, e a obra passou a ser tratada como uma psicografia que falava de uma cidade que recebia espíritos, após sua morte, necessariamente não só pessoas boas, mas de bom coração, que ou foram direto ou foram resgatadas aquela situação do plano.

O que precisamos aceitar, e confesso que eu mesmo sou critico de pontos da obra, é que os revisores de 1943, podem ter tirado ou colocado coisas que não estavam, e que o próprio Chico, não via nisto problema, pois o que interessa era que o conteúdo do aviso de André Luis estava sendo publicado.

A Obra foi adulterada ? não posso afirmar, acredito que ela foi pelos revisores digamos "perfumada", de forma que o público de 1944 a aceitasse sem muitas críticas ou gozações.


André Luís é um espírito diferente, conhecido como o repórter do Além, o ex médico, tinha ânsia naqueles tempos de informar, algumas coisas hoje passados tantos anos, vemos que faltou digamos, mais informações, mais explicações.

Partindo do princípio que tudo na vida é disciplina, e que na espiritualidade já fomos informados que também assim ocorre devemos meditar nos pontos mais criticados da obra.

Lemos temas que vamos alinhar e comentar com as senhoras e com os senhores.


- Alimentação (para que se depois de morto somos espíritos ?) - Aqui anos depois pesquisadores nos dizem que na verdade a água, a sopa, as frutas, são digamos plasmadas, na verdade uma ilusão ao espírito, que viveu na terra anos, com o rito alimentar, de bebida, e que a chegar um novo lugar, até que tivesse domínio do que era o espírito mesmo, ainda precisava ser iludido para aceitar sua transição.

Está certo iludir ? aqui a ilusão é para acalmar, para não gerar termos que no Mundo espiritual é uma ilusão, como loucura, descontrole, crises de agressão, transições são feitas de forma complexa, e claro que na morte isto também ocorre.




- Corpos feridos e sangrando, como se não haviam corpos ? (devemos lembrar que aqueles que morreram em uma guerra, acidente, gravam no momento de sua passagem as cenas finais que participam, e levam em sua memória, passada e vivida também pelo espirito, então seria lógico que ao acordar no mundo dos mortos a imagem prosseguia para que ele fizesse a transição.)




- Ministério do sexo e desejos ? ( O sexo na terra tem a função de manter a espécie, seu prosseguimento em espíritos que pensam ainda ter as mesmas condições criam delírios, neles e em pessoas que são obsediadas pelo excesso) o tal ministério dava um tratamento para espíritos que viveram como sexolatras, pessoas viciadas em sexo, ou de forma profissional, ou fizeram da luxuria sua forma de vida, de tormento em nosso planeta terra, claro que ao chegar no plano precisariam de um tratamento diferenciado.




- Espíritos de cachorros e animais, para alguns isto foi que mais incomodou, porém se para muitos os animais não possuem espírito, para Chico Xavier, e nas informações do espíritos que lhe cercavam, possue, notório hoje alguns quererem dizer que não, mas, se temos encarnações em corpos menos evolutivos que o nosso porque não nossos animais terem espírito, e lá estarem ? este tema ainda perturba a muitos, eu pessoalmente acredito que alguns espíritos, que se usaram de animais possam numa estação como Nosso Lar estar lá, se são espíritos, ou imagens para acalmar e dar a nós a imagem de um lugar, em paz, com sentido de vida, isto pouco importa aqui e agora, pois saberemos primeiro depois de morrer, segundo se chegarmos a um lugar como nosso Lar.

Agora podemos tirar das pessoas o direito de desejar Nosso Lar ? podemos tirar das pessoas, a esperança de rever amores, pais, filhos num lugar lindo e calmo como aquele ?

Penso que não, fazem dois anos que penso em escrever este texto, toda vez leio críticas a Nosso Lar, que deveria ser melhor estudado.

Existem coisas que eu mesmo sou contra, a questão da fundação com Portugueses, e Indios, atinge qualquer pessoa com um pouco de inteligência em estudos, só que quem colocou isto lá? André Luis? Chico Xavier? ou os redatores contratados pela Federação Espírita para dar a obra um pouco mais do que chamavam normalidade.? Nunca saberemos.

A Obra está adulterada? Eu não posso afirmar, acredito que ela foi modificada, por interesses,  que seu originais de verdade estejam escondidos, como tudo que foi feito em um tempo que o comando da Igreja Católica em tudo, impedia fatos de serem divulgados que fossem contra a doutrina católica.


O que faremos, não existe Nosso Lar?

Isto quem vai responder é você.


Dizem grandes pesquisadores que para onde você vai após a morte é plasmado, desejado por você, se é uma cidade espiritual como aquela que deseja, não esquente a cabeça agora, com verdades ou mentiras do texto, ou acomodações, pense, e plasme onde quer ir, quem quer ver após sua morte, se Nosso Lar lhe conforta, siga nesta direção.

Não posso, e acredito que ninguém possa tirar a esperança de ninguém, os sonhos de ninguém, mesmo que estejam sem lógica, e por isto resolvi escrever.

Quanto mais vejo pessoas que estão condenadas pelo câncer, ou doentes, ou na fila dos hospitais, e converso sobre a morte, centenas já me falaram de Nosso Lar, estive nos corredores de Hospital por dois anos em tratamento e cirurgias, conheci muitos terminais, estive num quarto que éramos 08, e apenas 06 voltaram para casa, o que devo dizer? Não existe porque Kardec não falou, ou siga seu coração, faça o que lhe conforta, o que Deus lhe permite acreditar.




Meu amigo Paschoal Nunes me disse que para falar de Chico Xavier, somente quem viveu com ele, e Paschoal sempre teve credibilidade no meio espírito, esteve algumas vezes com Chico, e reafirmava em suas aulas, para falar de Chico só quem viveu  com os espíritos que com ele viviam podem falar, Chico Xavier não é para muitos não.

Este escritor, estive com ele 03 vezes, uma delas numa conversa que não posso relatar., outra em Uberaba com meu pai que foi entrevista-lo, e outra em Araras. Chico Xavier, não era santo, não era estrela, fez escolhas certas e erradas como qualquer homem, nos assuntos da Terra, como médium foi além, como espírita, e como homem de caridade fez obras que ainda serão faladas daqui pelo menos mais 70 anos.


Meu amigo Nubor Orlando Facure viveu 50 anos com Chico Xavier, conversou com os espíritos de André Luiz e Emmanuel , se pudesse publicar tudo que sei, talvez muitos pesquisadores largassem de criticar Chico Xavier, e passasse a estuda-lo mais, o que houve em Uberaba, foi além da imaginação, além da verdade da Terra, então, se Nosso Lar existe ou não, quem quiser escolher escolha, a vida é feita de escolhas, faça a sua.


Chico Xavier e André Luis, nos deram um canal para pensarmos, a escolha é sua, na questão cidade espiritual, temos grandes escritores, que não falam, temos outros que criticam, devemos refletir, na oportunidade que cada um de nós possui de pensar, e seguir para onde queremos ir sem sermos influenciados.




Para mim, NOSSO LAR É PRECISO,.

sábado, 12 de janeiro de 2019

NEUROPÍLULAS DE NUBOR ORLANDO FACURE





Na ansiedade o nosso sofrimento é a possibilidade de virmos a perder alguma coisa no futuro na depressão o sofrimento ocorre por uma perda que tivemos no passado.

A perda da visão nos isola do mundo, a perda da audição nos isola das pessoas Para tratar da sua cabeça, do seu mau humor, use os seus pés.

Uma corrida de meia hora vai lhe fornecer a serotonina que seu cérebro precisa Nossos genes seguem rigorosamente um programa de ativação sobre sobre todo nosso organismo e, especialmente, sobre nossos neurônios.
Trazemos genes de câncer e de doenças mentais nossa interação com o ambiente vai dispertá-los ou não.

Fatores externos agressivos, traumáticos, tanto físicos quanto psíquicos, produzem marcas, hoje chamadas de "epigenéticas", que modificam as expressões genéticas podendo a longo prazo aumentar a tendência ou a nossa vulnerabilidade ao câncer ou a um transtorno mental. Viva feliz, mas principalmente, viva em paz.



Nubor Orlando Facure, 77, médico, neurologista, espírita, presidente do Instituto do Cérebro em Campinas, viveu o milagre de Uberaba, foi médico e amigo de Chico Xavier, escreveu vários livros sobre Espiritismo, foi o primeiro médico a falar na Unicamp quando diretor, sobre o Espiritismo e a vida além da vida, é colaborador deste blog.
lfacure@uol.com.br

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

EM CONTATO COM OS ESPÍRITOS - POR DAVID CHINAGLIA.










Todos nós podemos desde que a mediunidade esteja desenvolvida, sentir, ver espíritos, em nossos momentos de solidão, muitos companheiros além da vida na terra, podem se aproximar, o controle da situação, está sempre na mão do médium, é importante que estes contatos feitos na solidão, sejam anotados, e debatidos.

Muitas vezes, vemos espíritos, vemos rápidas passagens, no silêncio da casa, num campo, numa praia solitária, podemos ou não ter o contato, é preciso ter, primeiro, o controle, segundo o equilíbrio para podermos tentar o contato.

Em caso de visualizações, apenas, devemos prestar se temos interesse no que está sendo transmitido para nosso conhecimento, sem nunca esquecer, que vivemos cercados de bons e maus espíritos, e cercados também de espíritos, que nem sabem que estão no plano espiritual.

Dar a estes espíritos conhecimento da situação é um tipo de caridade, por mais estranho procure conversar, orientar, rezar por ele, e uma sugestão, não expulse, até porque, o espírito sai de um ambiente se ele quiser, quando ele quiser, estas coisas de forças superiores, espíritos do bem, os afastam, é relativo, depende muito do que o médium carrega dentro dele, e a relação com o espírito que tenta dar um recado, ou ser visto.

Por isto, lembre rezar faz bem, e ler o livro dos Médiuns é importante para todos que buscam este tipo de comunicação, ou explicação.

Em momentos específicos, uma leitura do Evangelho Espírita, uma prece ajuda ao ambiente, e sim pode as vezes acalmar aquele que procura o contato.

O tratamento do médium com o espírito, passa sobretudo por equilíbrio, o que vai ditar que tipo de espíritos, estarão se comunicando é a energia que está vibrando o mediador, logo, procure ser muito rápido estando sozinho para evitar envolvimentos complicados.

OS MÉDIUNS JULGADOS - POR ALLAN KARDEC


                         




Os antagonistas da Doutrina Espírita agarraram-se solícitos a um artigo publicado pelo Scientific American de 11 de julho último, sob o título Les médiums jugés. Vários jornais franceses o reproduziram como um argumento irretorquível. Nós mesmos o reproduzimos, acrescentando algumas observações que lhe mostram o valor. 

“Há algum tempo, por intermédio do Boston Courier, havia sido feita uma oferta de 500 dólares a quem quer que, em presença e conforme a vontade de um certo número de professores da Universidade de Cambridge, reproduzisse alguns desses fenômenos misteriosos que os espiritualistas dizem ter sido frequentemente produzidos por intermédio de agentes chamados médiuns. 

“O desafio foi aceito pelo Dr. Gardner e por várias pessoas que se gabavam de estar em comunicação com os Espíritos. Os concorrentes reuniram-se no edifício Albion, em Boston, na última semana de junho, prontos para a prova de seu poder sobrenatural. Entre eles notavam-se as senhoritas Fox, que se haviam tornado célebres por sua proeminência nesse gênero. A comissão examinadora das pretensões dos aspirantes ao prêmio era composta pelos Professores Pierce, Agassiz, Gould e Horsford, de Cambridge, todos eles sábios de nomeada. As tentativas espiritualistas duraram vários dias. Jamais os médiuns tiveram tão bela oportunidade de evidenciar seu talento ou sua inspiração. Entretanto, como os sacerdotes de Baal nos dias de Elias, em vão invocaram suas divindades, como demonstra a seguinte passagem do relatório da comissão: 

“A comissão declara que o Dr. Gardner, não tendo conseguido apresentar um agente ou “médium” que, da sala vizinha, revelasse a palavra pedida aos Espíritos; que lesse a palavra inglesa escrita no interior de um livro ou sobre uma folha de papel dobrada; que respondesse a uma pergunta que só as inteligências superiores podem saber; que fizesse soar um piano sem tocá-lo, ou mover-se uma pequena mesa de um só pé sem o auxílio das mãos; como se mostrou incapaz de dar à comissão o testemunho de um fenômeno que, mesmo com a mais elástica interpretação e a maior boa vontade, pudesse ser considerado como equivalente ao das provas pedidas; de um fenômeno para cuja produção fosse exigida a intervenção de um Espírito, supondo, ou pelo menos implicando tal intervenção; de um fenômeno até aqui desconhecido pela Ciência ou cuja causa não fosse palpável e imediatamente assinalada pela comissão, não tem o direito de exigir do Courier de Boston o pagamento da soma oferecida de 500 dólares.” 

“A experiência feita nos Estados Unidos em relação aos médiuns lembra outra, feita na França há cerca de dez anos, pró ou contra os sonâmbulos lúcidos, isto é, magnetizados. A Academia de Ciências recebeu a incumbência de conferir um prêmio de 2.500 francos ao sensitivo magnético que lesse com os olhos vendados. 

Habitualmente, todos os sonâmbulos faziam tais exercícios nos salões ou nos palcos: Liam em livros fechados e decifravam uma carta, sentando-se sobre ela ou pondo-a sobre o peito, fechada e bem dobrada, mas perante a Academia não leram absolutamente nada e o prêmio não foi conquistado por ninguém.” 

Esta tentativa prova, mais uma vez, a absoluta ignorância, por parte dos nossos antagonistas, dos princípios sobre os quais repousam os fenômenos das manifestações espíritas. Eles têm a ideia fixa de que tais fenômenos devem obedecer à vontade e produzir-se com uma precisão mecânica. Eles esquecem completamente, ou antes, não sabem que a causa de tais fenômenos é inteiramente moral e que as inteligências que são os agentes imediatos não obedecem ao capricho de quem quer que seja ─ médiuns ou outras pessoas. 

Os Espíritos agem quando lhes apraz e perante quem lhes agrada. Por vezes, quando menos se espera sua manifestação é que ela ocorre com mais energia, e quando a solicitamos ela não se verifica. 

Os Espíritos têm maneiras de comportar-se para nós desconhecidas. O que está fora da matéria não pode submeter-se ao cadinho da matéria. Julgá-los do nosso ponto de vista é enganar-se. Se acharem útil manifestar-se por sinais particulares, falo-ão, mas nunca à nossa vontade, nem para satisfazer uma vã curiosidade. 

Além disso, deve-se levar em conta uma causa muito conhecida, que afasta os Espíritos: sua antipatia por certas pessoas, principalmente pelas que querem submeter à prova sua perspicácia, fazendo perguntas sobre coisas conhecidas. Pensam que quando uma coisa existe, eles devem saber; ora, é precisamente porque uma coisa nos é conhecida ou que nós temos meios de verificá-la que eles não se dão ao trabalho de responder. Tal suspeita os irrita e nada se obtém de satisfatório; ela afasta sempre os Espíritos sérios que de boa vontade não falam senão aos que se lhes dirigem com confiança e sem segundas intenções. 

Não temos um exemplo diariamente entre nós? Homens superiores e que têm consciência de seu valor não gostam de responder a todas as perguntas ingênuas que visam submetê-los a um exame de primeiras letras. Que diriam se lhes objetássemos: “Mas se o senhor não responde é porque não sabe!” Voltar-nos-iam as costas. É o que fazem os Espíritos. 

Então direis: Se assim é, qual o meio de nos convencermos? No próprio interesse da doutrina dos Espíritos, não devem eles desejar fazer prosélitos? Responderemos que é muito orgulho julgar-se alguém indispensável ao êxito de uma causa. Ora, os Espíritos não gostam dos orgulhosos. Eles convencem a quem querem; quanto aos que acreditam em sua importância pessoal, eles lhes provam o pouco caso que lhes fazem, não lhes dando ouvidos. 

Vejamos, para finalizar, sua resposta a duas perguntas sobre o assunto: 

P. ─ Pode-se pedir aos Espíritos provas materiais de sua existência e de seu poder? 

R. ─ Sem dúvida podem provocar-se certas manifestações, mas nem todos estão aptos a isto, e muitas vezes aquilo que se pede não se alcança. Eles não se dobram aos caprichos dos homens. 

P. ─ Mas, quando alguém pede provas para se convencer, não haveria conveniência em ser atendido, pois que seria um adepto a mais? 

R. ─ Os Espíritos só fazem o que querem e o que lhes é permitido. Falando convosco e respondendo às vossas perguntas, atestam a sua presença: isto deve bastar à gente séria, que busca a verdade na palavra. 

Os escribas e fariseus disseram a Jesus: “Mestre, gostaríamos de ver-te fazer algum prodígio”. Jesus respondeu: “Esta geração má e adúltera pede um prodígio, mas não lhe será dado outro senão o prodígio do profeta Jonas” (São Mateus). 

Acrescentaremos ainda que é conhecer muito pouco a natureza e a causa das manifestações, pensar em excitá-las por um prêmio qualquer. Os Espíritos desprezam a cupidez, tanto quanto o orgulho e o egoísmo. Esta condição única pode ser para eles um motivo para não se manifestarem. Sabei, portanto, que obtereis cem vezes mais de um médium desinteressado que daquele movido pelo engodo do lucro, e que um milhão não o levaria a fazer o que não deve. Se algo há para estranhar, é o fato de se encontrarem médiuns capazes de submeter-se a uma prova que tinha por objetivo uma soma em dinheiro. 

Janeiro de 1858, Allan Kardec,.


FELIZ ANO NOVO - DAVID CHINAGLIA



Prezados leitores e seguidores, desde Novembro, estávamos afastados do blog, por estar em recuperação de uma cirurgia, hoje retornamos a redação, e com atraso quero abraçar a todos, e desejar um feliz ano novo, com saúde sobretudo, sabedoria, e fé.
Lembrando amigos que o perdão é o sentido de tudo, sei que não é fácil, e se estamos na luta pela vida, na Terra é com ele que poderemos sempre superar nossos desafios.

2019 seja maravilhoso á todos, gratidão.