terça-feira, 18 de outubro de 2016

CHEGOU A HORA ? - POR RICHARD SIMONETTI




“Só peru morre na véspera!” − diz o adágio popular,  referência ao fato de que ninguém falece antes que chegue seu dia.
Ocorre o contrário. Poucos cumprem integralmente o tempo que lhes foi concedido. Com raras exceções, o ser humano atravessa a existência pressionando a máquina física, a comprometer sua estabilidade.


Destruímos o corpo de fora para dentro com os vícios, a intemperança, a indisciplina... O álcool, o fumo, o tóxico, os excessos alimentares, tanto quanto a ausência de exercícios, de cuidados de higiene e de repouso adequado minam a resistência orgânica ao longo dos anos, abreviando a existência.
Destruímos o corpo de dentro para fora com o cultivo de pensamentos negativos, ideias infelizes, sentimentos maus – ciúme, inveja, pessimismo, ódio, rancor, revolta... Há indivíduos tão habituados a reagir com irritação e agressividade, sempre que contrariados, que um dia “implodem” o coração em enfarte fulminante. Outros “afogam” o sistema imunológico num dilúvio de mágoas e ressentimentos, depressões e angústias, favorecendo a evolução de tumores cancerígenos.


Tais circunstâncias fatalmente implicarão em problemas de adaptação, como ocorre com os suicidas. Embora a situação dos que desencarnam prematuramente em virtude de intemperança mental e física, seja menos constrangedora, já que não pretendiam a morte, ainda assim responderão pelos prejuízos causados à máquina física, que repercutirão no perispírito, impondo-lhes penosas impressões.
Como sempre, tais desajustes refletir-se-ão no novo corpo, quando tornarem à experiência reencarnatória, originando deficiências e males variados que atuarão por indispensáveis recursos de reajuste.


Não somos proprietários de nosso corpo. Usamo-lo em caráter precário, como alguém que alugasse um automóvel para longa viagem. Há um programa a ser observado, incluindo roteiro, percurso, duração, manutenção. Se abusamos dele, acelerando-o com indisciplinas e tensões, envenenando-o com vícios, esquecendo os lubrificantes do otimismo e do bom ânimo, fatalmente ver-nos-emos às voltas com graves problemas mecânicos. Além de interromper a viagem, prejudicando o que fora planejado, seremos chamados a prestar contas dos danos provocados num veículo que não é nosso.
No futuro, em nova “viagem”, provavelmente teremos um “calhambeque” com limitações variadas, a exigir maior soma de cuidados, impondo-nos benéficas disciplinas.



 Richard Simonetti, 81, escritor, espírita, palestrante, dirigente, é um dos maiores divulgadores da Doutrina Espírita no Brasil, fez milhares de palestras fora do Brasil sobre o tema, tem páginas no You Tube, Internet em seus sites, e página no Facebook, é colaborador deste blog semanalmente.

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