sábado, 4 de maio de 2013

PARÁBOLA DO TESOURO OCULTO – DA PÉROLA DE ALTO PREÇO – DA REDE LANÇADA AO MAR





“V. 44. O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto num campo; o homem que o achou o esconde e, cheio de alegria pelo haver achado, vai vender tudo que possui e compra aquele campo. — 45. O reino dos céus ainda se assemelha a um negociante que procura belas pérolas; — 46, que, achando uma de alto preço, vende tudo o que possui e a compra. — 47. O reino dos céus se assemelha também a uma rede de pescar que, lançada ao mar, apanha toda espécie de peixes. — 48. Quando fica cheia, os pescadores a puxam para bordo, onde, assentados, se põem a separá-los, deitando os bons nos vasos e lançando fora os maus. 49. Assim será no fim do mundo: os anjos virão e separarão os maus do meio dos justos; — 50, e os lançarão na fornalha de fogo, onde haverá prantos e ranger de dentes. — 51. Haveis compreendido todas estas coisas? Eles responderam: Sim. — 52. Disse-lhes Ele então: Todo escriba instruído acerca do reino dos céus se assemelha ao pai de família que do seu tesouro tira coisas novas e coisas velhas.” Mateus, Cap. XIII, vv. 44-52

INTERPRETAÇÃO
Que o Senhor de bondade, ilumine vossos corações.
Queridos irmãos, queridas irmãs! Aqui estamos, mais uma vez, para comentar e aprender nos sábios ensinamentos do Cristo de Deus, a bem viver, para melhor se passar para a vida espiritual.


Como acabastes de ver, o reino de Deus encerra um tesouro que muitos julgam oculto, difícil de ser encontrado; que, se bem compreendido, se desenvolvido em vós, a boa vontade e o esforço próprio, vereis que ele se encontra dentro de vós próprios, escondido nesta chama imperceptível que recebeis do Pai Eterno.
Acontece, porém, que para bem o conservarmos, devemos nos despojar dos nossos erros, dos nossos vícios, das nossas imperfeições, porque este tesouro é sensível; este tesouro pode, ao contato com a maldade, ao contato com as incompreensões, ser transformado.


Eis porque, meus irmãos, minhas irmãs, quantos de vós vêm à Terra com nobres missões, com grandes compromissos de espalhar o bem, renunciando a sim mesmos, para que os ensinamentos do Cristo se avolumem e possam, através d’Ele, serem espalhados a todos os necessitados.
O homem, porém, dominado pela vaidade, dominado pelo orgulho, quer conservar esse tesouro somente para si, não se lembrando de que os tesouros dos Céus são para serem distribuídos e quanto mais distribuir-se, mais eles aumentarão.


Como o pescador que atira a sua rede ou se lança às águas profundas em busca de uma pérola e, depois de muito esforço, a conseguindo, mostra-a, encantado, aos seus amigos, aos seus vizinhos, despertando neles a inveja, a cobiça; os dons espirituais também assim fazem.
É preciso uma vigilância constante para que não sejais dominados pela vaidade.


Torna-se necessário que leveis esses tesouros ao conhecimento daqueles que vos cercam com o coração protegido pela humildade.
Não deveis espalhar em voz alta os dons que possuís. Se eles forem verdadeiros e sinceros, não faltarão espíritos desejosos de compreensão e de carinho, que para vós estenderão as mãos.
Neste instante, mais uma vez, a bondade de Deus se faz presente e o tesouro das suas bênçãos reluzirá e o seu brilho levará aos corações empedernidos, aos corações descrentes, a palavra de amor, de fé, às almas famintas dessas bênçãos. Passam, assim, à vida terrestre.


Mais tarde, o Senhor lançará Sua rede para, indiscriminadamente, recolher os Seus filhos e ei-los de volta à pátria espiritual!
Aqueles que bem cumprirem as suas missões, aqueles que bem cuidaram dos tesouros recebidos, serão os escolhidos, mas aqueles que olvidaram os seus deveres, dominados pelo comodismo, esbanjaram e perderam o seu tesouro, voltarão para, através das lágrimas, através das dores e sofrimentos, procurarem encontrar uma a uma as pedras, as relíquias do tesouro perdido.


Vede, meus irmãos, minhas irmãs, que a culpa não cabe ao Pai, como geralmente tentais fazê-lo.
Todos têm a mesma oportunidade.
Todos são portadores dos tesouros celestiais, mas, abusando do livre arbítrio, deixam-se dominar e se perdem no vendaval das Suas próprias paixões.


Todo aquele que quiser servir ao Mestre, terá que trocar as suas vestes.
Que isto represente a reforma íntima com que teremos de nos revestir, protegidos pela fé, tendo por escudo a perseverança, para, no caso de já havermos perdido o nosso tesouro, reencetarmos a nossa busca sem desfalecimento, sem medo, com o firme propósito de vencer.
Meus irmãos! Minhas irmãs! A mediunidade é um tesouro, é uma relíquia preciosa que o Senhor vos concede para mais rapidamente reunirdes as pedras preciosas.
Essas pedras também podem ser representadas por aqueles entes com quem contraístes pesadas dívidas que, ao serem reencontrados, despertam ódio ou perdão, conforme o programa interno que possais ter alcançado.


Aqueles que aprenderam com o Cristo de Deus a amar sem preconceitos, vendo apenas em seu irmão a imagem do Sublime Peregrino, como compreenderão as repulsas, as aversões e procurarão dominar-se, através da tolerância e do amor!
Vemos, então, que não há acasos; tudo tem um motivo, uma causa.
Aceitemos estas causas com paciência e resignação, para podermos ser os escribas de que nos falou o Mestre Nazareno.


Aqueles espíritos em quem o Senhor confia e estes poderão, sob a luz dos Céus, reunir à sua volta, seus irmãos de sangue, a sua família espírita e falar dos tesouros que o Pai lhes concedeu.


Façamos sempre o nosso culto doméstico, procurando trazer para os nossos lares as crianças, os espíritos ainda primários e falemos-lhes sobre os tesouros que recebemos; como devemos guarda-los e como devemos emprega-los, para que a luz se faça em todos os corações.
Graças a Deus, meu Pai!
Que os dons dos céus permaneçam em vossos corações, iluminando-vos para que alcanceis a elevação de vossas almas.
Graças a Deus! Graças a Deus!

(Extraído do livro: As Divinas Parábolas – Autor: Samuel (Espírito), médium: Neusa Aguiló de Souza – Centro Espírita Oriental “Antonio de Pádua”, Recife, PE – 1982, p. 69-71).

                                                                       Julio Flávio Rosolen,participa da Sociedade Espírita Casa do Caminho, em Piracicaba, São Paulo, é Coronel da reserva do Corpo de Bombeiros, Espírita, médium, e colabora com o blog Espiritismo Piracicaba.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário