terça-feira, 28 de maio de 2013

LEITURAS ESPÍRITAS - HORA DE RESGATAR


Estimados amigos da jornada espírita, amigos de vida no planeta Terra, estamos vivendo um momento bastante complicado dentro da doutrina codificada por Allan Kardec.

O Espiritismo, vem sendo fortemente atacado por outras religiões, quero lembrar que o objetivo do Sr. Kardec não era o de fundar uma Igreja, foram pesquisas, entrevistas, jamais em nenhum momento tratou a doutrina como uma religião, e sim uma ciência.

Kardec procurou dar uma referencia de apoio a existência da vida, e de Deus, já em 1854 quando ele já falava sobre o assunto, havia uma sociedade rachada entre os poderes, Católicos e Evangélicos da época.

Sabedor disto, o codificador, procurou dar uma outra visão, aos interessados da vida além da vida, e no porque estamos neste planeta, claro que ele sabia da necessidade do "divino" na mente das pessoas, e por isto falando com os espíritos, deu uma versão do Evangelho, aos olhos dos companheiros da outra dimensão.

Estamos sendo bombardeados por pessoas que não conhecem Kardec, alguns até, por falta de cultura, espíritas mesmo, que pretendem reescrever algo, ou serem além da capacidade e vir tentar dar continuidade a uma obra que ainda não foi entendida.

Se tivesse sido entendido, dentro do Espiritismo não veríamos dirigentes espíritas, médiuns, seguidores desta amada doutrina em dúvida, com relação que formato dar a sua casa espírita, e como viver sua fé.

Não podemos ter dogmas, aliás Kardec deixou isto bem claro em sua conversa com os imortais, foi para quem pesquisa, uma exigência dos espíritos, ou seja, que Deus não queria Dogmas.

Todos os dias somos recebedores de Livros, filmes e documentários falando de Espiritismo, nos livros sobretudo, falta a cada dia conteúdo.
O espiritismo como todas as doutrinas e até mesmo as religiões, ocorreram divisões, políticas, tanto que os conceitos doutrinários no Brasil são diferentes dos mesmos conceitos na França, no entanto não podemos perder a essência.
No Brasil desde Bezerra de Menezes, a doutrina fez uma política social, educativa pessoal, e vemos muitas distorções no que de fato pretendia nosso codificador.

Não temos papas, não temos pastores, lemos autores, psicografias desde que autenticadas, por vários médiuns e temos que tomar cuidado, sim, porque neste crescimento, como nas evoluções evangélicas, ou mesmo de entendimento no caso dos católicos, surgiram informações e visões erradas.

Citei em minha página do Facebook, que inúmeras pessoas estão tentando achar soluções aqui neste planeta, se esquecendo de uma regra básica, raros são os que aqui estão pela primeira vez.
Nossa proposta é de ensinamento, de entendimento do processo ação e reação, causa e efeito, estudos do corpo espiritual, e não satisfações, de gozo de vida, curas, milagres, desta vida.

Porque vivemos o ódio, a inveja? a raiva, o orgulho, a gula, os desvios sexuais, enfim porque sendo filhos de Deus único, criador, competente, temos ainda falhas grosseiros como antigamente, ou seja, a mais de 2 mil anos.

É preciso que todo espírita saiba o que está lendo, quem foi, Kardec, quem foram seus mais leais seguidores, como e o que aprenderam, quais as regras, para os médiuns, dirigentes, enfim todos.
Para a evolução doutrinária, e manutenção da fé, não adianta sair lendo romances espíritas, que não traduzem o que de fato querem nossos irmãos do plano espiritual.

É preciso entender nossa história, não a do espiritismo, mas a nossa como ser humano, porque nos tornamos humanos?, de onde vem nosso espírito, o que estamos fazendo aqui, o porque dos sofrimentos., e sobretudo como melhorar.

Por mais respeito que tenha a um pastor, que diz que recebe um "anjo" e faz curas, e afasta maus espíritos, isto não quer dizer que ele não seja médium, a nomenclatura "anjo" ou "espírito de luz" vai do entendimento de cada um, então se sentir bem dentro de uma igreja, mais do que num centro, é questão de fé, e não de religião, como disse a uma amada amiga.

Eu garanto aos irmãos espíritas que todos onde estão estiveram em dúvida nesta doutrina, claro, qual católico não teve? qual Evangélico não? somos humanos, e não escolhidos, e isto é algo que precisa ficar bem claro.

Um dia voltaremos a ser espíritos, nesta data, avançaremos ou retornaremos até que aprendamos, portanto não podemos viver uma disputa, que na verdade é um problema de ego, e conhecimento nosso.
Somos vítimas de nossos pensamentos negativos, logo atraímos coisas negativas, quando podemos olhar somente no foco positivo, e olhando positivamente, claro que  só coisas positivas acontecerão.

Ao pastor, ao Padre, ao médium, ao dirigente espírita, cada qual na sua missão, não cabe debater quem está certo ou errado, apenas caminhos diferentes, em ambos um componente é importante, a fé.
Não podemos ser comparados, com crenças que não traduzem o que é o Espiritismo.

Nossas músicas são poucas, não são de louvores, são de amor, são de animo a fé, quando ouvimos músicas de louvor, como nas igrejas, estamos mexendo com a mente e com nosso lado emocional. Nosso foco, não é agir como a medicação Rivotril ou qualquer outro calmante, é de aceitação, entendimento, calma, ponderação, ciência, informação, e base de conhecimento, tudo isto  sem ativismos religiosos ou apego, seguirmos o que disse o mestre Jesus, o que orientou o amado Deus.

No espiritismo a importância do espírito de Maria é outra em relação ao catolicismo.
E como em sua maioria todos vieram da Igreja Católica, esta politica de exaltação a Maria não é da doutrina, e precisamos acordar para isto.
Maria, é vista apenas como um espírito de luz, que teve uma missão de gerar o corpo que iria receber o mensageiro Jesus,  cuidar, educar, nem mais nem menos, e ter atitudes morais condizentes com esta função naquele tempo.

No pós, Maria foi elevada, aprendeu, e trabalha dentro da faixa de proteção da Terra, mas na mesma capacidade de outros espíritos.
Não nos cabe, como fazem esta adoração a ela, isto pertence a Igreja Católica, e não condiz com um espírita que deve apenas respeita-la e aceitar na sua forma.

Tudo tem um tempo e um porque, orações espíritas possuem outro cunho do que o de adoração, a prece da Ave Maria, linda e maravilhosa, para alguns não tem nada a ver com o espiritismo, já disse que usa-la em centros não ajuda em nada.
Lembro que é uma prece também de pedimento, feita por um papa, as preces espíritas tem outro foco, ou seja, AGRADECIMENTO, aceitação, resignação e auxílio se permitido for.

Nada contra a Ave Maria, da mesma forma que não cabe a um dirigente usa-la não cabe, noutra situação GRITAR, com espíritos, mandar ele embora.

Porque primeiro ele não vai, o espírito que se afasta, é sob argumentos, não medo, e aceita o pedido, não pelo dirigente em si, mas pelos argumentos dele, e dos dirigentes espirituais que estão ao lado dele no momento de uma sessão.

Estamos tratando de espíritos na faixa da Terra, e nunca de espíritos superiores, raros são os centros no Brasil, que receberam mensagens de alta envergadura, ao contrario do que pensam milhões, e agora uso como exemplo,  EMMANUEL, era um espírito de luz, mas não fazia parte do alto comando, era apenas alguém mais esclarecido, que tinha uma missão, tanto que existem informações da sua reencarnação, algo que agora não é importante.

Da mesma forma, outros espíritos, que passaram por aqui, o mesmo podemos dizer de ANDRÉ LUIS, ou seja não temos Santos, não temos anjos.
A doutrina não tem falando conosco ninguém do alto comando espiritual, apenas trabalhadores, que podem chegar perto do plano da Terra, e ajudar, seja no centro espírita, ou noutros locais, nesta hora vemos na casa evangélica ou na católica, pastores e padres com dons mediunicos, tudo uma questão de fé, e de como olhar, de novo precisamos ver o que lemos.

Sinto se estão decepcionados, mas nem mesmo o espírito Santo, que nada mais é que um espírito de alta grandeza que acompanhou Jesus e serviu a Deus, está andando de Igreja em Igreja fazendo milagres.

O que temos são espíritos mais entendidos na camada da Terra, onde estamos nós, logo por favor, parem de querer da doutrina uma Igreja, com ritos, músicas, "sai capeta", lindas histórias de amor, aqui a função é ensinar, a termos MORAL, CARÁTER, conduta.

Sim falamos da vida além da vida, como fonte de referência, não como objetivo, nenhum espírita quer morrer para conhecer o paraíso, todos querem aprender, para vive-lo primeiro aqui, depois lá, e novamente aqui, nascer, viver, morrer, tantas vezes quantas forem necessárias.
Tudo até termos conhecimento, nos elevarmos e sairmos para um plano espiritual mais leve, ai sim próximos a Jesus e a Deus, no entanto,  antes de entendermos como funciona o sistema complexo, não iremos.

E agora, bem vamos estudar?, vamos ler, vamos colocar atitudes em prática, é HORA DE RESGATAR, neste momento fraco da literatura espírita, os grandes mensageiros do passado, tem muita porcaria nas bancas espíritas.
Precisamos deixar os livros sem nexo, sem fim, sem porque, misturando igreja, com Espiritismo, precisamos ir nas raizes e buscar obras verdadeiras, estudar, estudar, e estudar, até aprender, esta é a parte da Lei, para isto vos convido a obras de companheiros de Kardec, no antes, no durante, e depois de sua morte, como Gabriel Dellane.


Obras como esta de Gabriel Dellane, que tinha uma visão clara do Espiritismo, do mundo que vivemos, e do  outro mundo, que falam sobre o Fenomeno Espírita.

Você sabe quem foi Dellane? abaixo da foto uma mini biografia.

Quem foi? François-Marie Gabriel Delanne (ParisFrança23 de Março de 1857 - 15 de Fevereiro de1926) foi um engenheiro elétrico francês importante defensor da cientificidade do Espiritismo durante a transição do século XIX para o século XX.O seu pai, Alexandre Delanne, era espírita e amigo íntimo de Allan Kardec, e a sua mãe,médium, colaborou na Codificação1 . Graduou-se em Engenharia1 .
Fundou a União Espírita Francesa, em 1882, e o jornal Le spiritisme, no mesmo ano. Ao lado do filósofo Léon Denis, foi um importante divulgador das ideias espíritas nessa época. Fez conferência por toda a Europa, inclusive na abertura do "I Congresso Espírita e Espiritualista", que ocorreu em 1890.
Compreendendo que o perispírito estava no centro dos fenômenos espíritas, procurou distinguir mediunismo de animismo.
Auxiliou Charles Robert Richet, criador da metapsíquica, em suas pesquisas com a médium Marthe Béraud.
Em 1896 fundou a Revista Científica e Moral de Espiritismo, que por muitos anos levou a público artigos científicos e filosóficos sobre a temática espírita.


Outra boa obra é o Fenomeno Espírita, e fora Gabriel podemos também achar outro grande amigo de Allan Kardec lido por poucos como o nossa fantástico e amado Léon Denis.

Léon Denis (Foug1 de janeiro de 1846 - Tours12 de Abril de 1927) foi um filósofoespírita e um dos principais continuadores do espiritismo após a morte de Allan Kardec, ao lado de Gabriel Delanne e Camille Flammarion. Fez conferências por toda a Europa em congressos internacionais espíritas e espiritualistas, defendendo ativamente a idéia da sobrevivência da alma e suas conseqüências no campo da ética nas relações humanas.
Indico obras como estas que aqui estão são importantes para a compreensão da doutrina espírita:

Poderia ficar horas e linhas sugerindo aos senhores obras para serem estudadas que estão abandonadas em Bibliotecas, em favor de um "besteirol sem porque" para vender obras que nem para novela mexicana serve.
No entanto os senhores entenderam que nossa amada doutrina conforta, alegra, resolve, porém como uma escola ou faculdade no nosso caso é preciso ler muito, estudar muito para chegarmos ao ponto de equilibrio na Terra.
Então senhores espíritas, depois de lerem estas obras, vejam a diferença entre ir a um centro espírita sério, tomar um passe, entender uma palestra, estudar Kardec, ou querer fazer milagres, curas, arrumar casamento, cantar e chorar, sem entender o que e porque isto ocorre, não existem vítimas dentro deste maravilhoso planeta.




Nada contra os católicos, nem tão pouco evangélicos milagrosos, nossa proposta é outra, muito além da imaginação, estamos nos preparando, para viver, muitos serão os chamados poucos os escolhidos, ou os senhores não viram ainda que para muitos o paraíso será aqui mesmo?
Só que quando mudarmos, o corpo, a mente, quando a leveza do nosso ser voltar, quando devolvermos o meio ambiente que destruímos, e quando pararmos de achar que DINHEIRO, poder, SEXO, traduzem a verdadeira felicidade.

Melhoremos nossas leituras, e compreensão para então seguirmos, aqueles que acham que a doutrina pouco dá, a não ser informes de como morrer bem, sigam as catedrais, templos, vivam a vida que querem.
Não o façam em casas espíritas, porém, não adianta, cantar, gritar, exigir felicidade, pois somente mediante a ATITUDE de cada um para consigo mesmo, e para com o próximo, é que estaremos fazendo parte do sistema.

HORA DE MELHORAR NOSSAS LEITURAS, AS VEZES REPETIR DE ANO FAZ BEM, para alguns espíritas digo uns 80% melhor é retornar a base, reestudando obras iniciais, para dai sim entender o estágio em que já estamos, DOUTRINA ESPÍRITA MUITO ALÉM DE UMA RELIGIÃO, ANTES DE CHEGAR A DEUS, VOCE PRECISA EVOLUIR, PARA TER ESTE DIREITO, NA VERDADE, MERECE-LO.

LUZ E PAZ.

David Guilherme, 55, radialista, pesquisador espírita,
divulgador da doutrina nas bases do codificador Kardec,
@David Chinaglia (twitter)
Espiritismo Piracicaba(Facebook)
David Chinaglia (Facebook)

PARÁBOLA DOS TALENTOS – DAS DEZ MINAS E DO SERVO INÚTIL




Porque é assim como um homem que, tendo de para longe, chamou seus servos e lhes entregou os bens que possuía -15 -A um, deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, de acordo com a capacidade de cada um e partiu sem mais demora.-16 -Foi-se o que recebera cinco talentos; entrou a negociar com eles e ganhou cinco outros. –17 -O que recebera dois ganhou, do mesmo modo, outros tantos. – 19 - Mas o que recebera um, cavou um buraco na terra e aí escondeu o dinheiro de seu amo. -19 -Passado longo tempo, o amo daqueles servidores voltou e os chamou a contas. -20-Veio o que recebera cinco talentos e lhe apresentou outros cinco, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos; aqui estão, além desses, mais cinco que ganhei. -21-Respondeu-lhe o amo: Servidor bom e fiel; pois que foste fiel em pouca coisa, confiar-te-ei muitas outras; compartilha da alegria do teu senhor. -22-O que recebera dois talentos apresentou-se a seu turno e lhe disse: Senhor, entregaste-me dois talentos; aqui estão, além desses, dois outros que ganhei. -23-O amo lhe respondeu: Bom e fiel servidor; pois que foste fiel em pouca coisa, confiar-te-ei muitas outras; compartilha da alegria do teu senhor. -24- Veio em seguida o que recebeu apenas um talento e disse: Senhor, sei que és homem severo, que ceifas onde não semeaste e colhes de onde nada puseste; -25-por isso, como te temia, escondi o teu talento na terra; aqui o tens: restituo o que te pertence. -26-O homem, porém, lhe respondeu: Servidor mau e preguiçoso; se sabias que ceifo onde não semeei e que colho onde nada pus, -27-devias pôr o meu dinheiro nas mãos dos banqueiros, a fim de que, regressando, eu retirasse com juros o que me pertence.-28 -Tirem-lhe, pois, o talento que está com ele e dêem-no ao que tem dez talentos;-29 -porquanto, dar-se-á a todos os que já têm e esses ficarão cumulados de bens; quanto àquele que nada tem, tirar-se-lhe-á mesmo o que pareça ter;-30- e seja esse servidor inútil lançado nas trevas exteriores, onde haverá prantos e ranger de dentes. (MATEUS, cap. XXV, vv. 14 - 30)


11 Estando eles a ouvi-lo, Jesus passou a contar-lhes uma parábola, porque estava perto de Jerusalém e o povo pensava que o Reino de Deus ia se manifestar de imediato. 12 Ele disse: “Um homem de nobre nascimento foi para uma terra distante para ser coroado rei e depois voltar. 13 Então, chamou dez dos seus servos e lhes deu dez minas(*). Disse ele: ‘Façam esse dinheiro render até a minha volta’. 14 “Mas os seus súditos o odiavam e por isso enviaram uma delegação para lhe dizer: ‘Não queremos que este homem seja nosso rei’.15 “Contudo, ele foi feito rei e voltou. Então mandou chamar os servos a quem dera o dinheiro, a fim de saber quanto tinham lucrado.16 “O primeiro veio e disse: ‘Senhor, a tua mina rendeu outras dez’.17 “‘Muito bem, meu bom servo!’, respondeu o seu senhor. ‘Por ter sido confiável no pouco, governe sobre dez cidades.’18 “O segundo veio e disse: ‘Senhor, a tua mina rendeu cinco vezes mais’.19 “O seu senhor respondeu: ‘Também você, encarregue-se de cinco cidades’.20 “Então veio outro servo e disse: ‘Senhor, aqui está a tua mina; eu a conservei guardada num pedaço de pano. 21 Tive medo, porque és um homem severo. Tiras o que não puseste e colhes o que não semeaste’.22 “O seu senhor respondeu: ‘Eu o julgarei pelas suas próprias palavras, servo mau! Você sabia que sou homem severo, que tiro o que não pus e colho o que não semeei. 23 Então, por que não confiou o meu dinheiro ao banco? Assim, quando eu voltasse o receberia com os juros’.24 “E disse aos que estavam ali: Tomem dele a sua mina e dêem-na ao que tem dez.25 “Senhor, disseram, ele já tem dez! 26 “Ele respondeu: ‘Eu lhes digo que a quem tem, mais será dado, mas a quem não tem, até o que tiver lhe será tirado. 27 E aqueles inimigos meus, que não queriam que eu reinasse sobre eles, tragam-nos aqui e matem-nos na minha frente!” (LUCAS, XIX, vv. 11-27)
(*) Isto é, cerca de 1/2 quilo de prata, ou seja, o salário de 3 meses de um trabalhador braçal.
INTERPRETAÇÃO
Que o sublime Rabi vos ilumine para todo o sempre.
Queridos irmãos, queridas irmãs! Pelas graças de Deus aqui estamos nós, para o estudo e a interpretação das divinas parábolas do Mestre Nazareno.
Como sabeis, naqueles dias, as criaturas viviam o momento presente. Confiavam num Deus, mas, em primeiro lugar, estavam suas obrigações cotidianas. A vida espiritual era relegada a um segundo plano.


Compreendendo e analisando a alma dos seus filhos tão amados, Jesus aproveitou-se de elementos materiais para que eles melhor compreendessem o valor das virtudes espirituais.
Como sabemos, todos, sem exceção, ao ingressarmos no corpo físico, recebemos os talentos da graça de Deus, talentos esses oriundos da fonte viva do amor de Deus. São os ensinamentos básicos que devemos trazer à Terra para ampliá-los e desenvolvê-los.


Está latente dentro de nós; até a criança, ao vir ao mundo, conhece o que lhe serve e o que deve ser rejeitado.
Não é necessário ninguém ensiná-la a sugar o seio materno, porque ela sabe que dali depende a essência da vida. Crescendo, ela começa a descortinar o bem do mal, o que deve ser feito e o que deve ser rejeitado.
Esses sentimentos se ampliam e temos dentro de nós as virtudes com que contamos para nos proteger dos perigos, na vida material.


Na estrada da vida, aparecem as tentações; surgem os obstáculos e teremos de apelar para esses dons com que o Pai nos brindou para atravessá-los sem medo; com destemor; mas aqueles que não desenvolveram esses talentos, os que os trocaram pelos vícios, pelos erros, pelas maldades, quando visitados pela dor, ficam atordoados, sem saber a quem recorrer, para quem apelar.
Essa parábola, meus amigos, minhas amigas, é muito clara.
Ela nos faz ter o senso de responsabilidade.


O que nós recebemos, as oportunidades de à Terra reingressarmos, como acabaste de ver, pela lei da reencarnação, requer do espírito reencarnado uma grande dose de força de vontade, de persistência e de fé.
Poucos param para pensar na maravilha processada numa reencarnação.
Eles nem podem imaginar o cuidado, com que tudo é preparado na escolha dos futuros pais; o cuidado na formação do feto; os estudos das vidas pretéritas desse espírito; a sua união com aqueles com que possui dívidas ou a quem é ligado por grandes afeições.
Nada passa despercebido e, de acordo com a missão escolhida ou imposta ao espírito, ele receberá os dons para bem cumpri-la.


Esses talentos, meus irmãos, minhas irmãs, representados por virtudes, são como plantinhas delicadas, pequeninas, que deveis regar com o vosso amor e o vosso carinho, vigiando para que nenhum inseto, nenhuma praga as devaste.


Por quê? Porque o Senhor deseja o engrandecimento de seus filhos e sente-se feliz quando, finda a missão e chamados à sua presença, eles desenvolvem os talentos multiplicados. Aqueles, porém, que os enterraram no egoísmo; aqueles que esqueceram que, para desenvolverem esses talentos é necessário aplica-los, não apenas com a sua pessoa, mas com os seus irmãos terrenos, para com outros entes, com outros temperamentos, poder controlar os seus ímpetos, as suas palavras; dominar os seus pensamentos; demonstrar possuir tolerância e, sobretudo, perdoar para ser perdoado; deverão voltar ao ponto de partida quantas vezes se faça necessário, até dar do devido valor às bênçãos recebidas.


Vede, pois, meus irmãos! Deveis lamentar aqueles irmãozinhos que, avarentos estão dos seus talentos, julgando-se deles os únicos possuidor e, mais triste ainda, é aquele que, não sabendo desenvolver o que recebeu, tenta impedir que os seus irmãos o façam.


Deixam-se dominar pela inveja, sentem rancor, ira, daqueles que progridem e tudo fazem para impedir a ascensão daquela alma.
Esses, mais do que nunca, precisarão de preces, de orações, para que reflitam, olhem dentro de si mesmos e vejam quase aniquilados, os dons com que o Mestre lhes agraciou.
Felizes, pois, aqueles que desenvolvem os latentes talentos, as virtudes, zelando pela felicidade do seu irmão.
Elevemos os nossos pensamentos ao Mestre Divino, para que possamos ser fiéis depositários dos seus dons.
Que possamos desenvolvê-los, não somente para dar alegria ao Mestre, mas para glória dos nossos próprios espíritos que precisam trabalhar par aniquilar os pesados débitos contraídos.


Desdobrai os vossos talentos, cuidai deles, quais crianças fossem, para que cresçam, agigantem-se e possais devolvê-los triplicados, para que este mundo melhore, a paz se faça em todos os corações e os homens aprendam, realmente, a bem viver.
Graças a Deus!
Que o Senhor conduza os homens, hoje e sempre!
Graças a Deus!

(Extraída do livro: As Divinas Parábolas – Autor: Samuel, médium: Neusa Aguiló de Souza – Centro Espírita Oriental “Antônio de Pádua”, Recife, PE – 1982, p. 72-76)

Julio Flávio Rosolen é Espírita, participa da Sociedade Espírita Casa do Caminho, em Piracicaba, Estado de São Paulo, é Coronel (da reserva) do Corpo de Bombeiros e colabora com o nosso Blog.


quarta-feira, 22 de maio de 2013

ESPIRITISMO OU IGREJISMO ? - Por Mario Aversa





Há um grande desafio à frente: faz-se necessário a união das grandes lideranças espíritas a se manterem empenhadas na sua dinamização e expansão, com vistas à penetração e vivência das ideias espíritas em todos os segmentos da sociedade, sempre atentas à codificação. Percebe-se que uma grande parcela da comunidade espírita vem se distanciando das diretrizes traçadas pelo codificador. É importante chamar a atenção para esta realidade – não é nosso propósito causar distorções- já que não fazemos referências particulares a pessoas ou instituições, mas convocamos trabalhadores espíritas sérios a uma reflexão séria a cerca do nosso movimento. Entendemos que o povo brasileiro tem uma tendência ao místico, devido a sua formação étnica e cultural, e isso reflete muito em seu comportamento enquanto espírita. Por não conhecerem os postulados espíritas e condicionados aos atavismos igrejeiros, dos quais, ainda não conseguimos nos desvencilhar, sem o intento, estão por transformar o Espiritismo em mais uma seita entre tantas existentes. Vejamos alguns exemplos: verdadeiros atos litúrgicos (preces), formalizadas, longas, decoradas, declamadas em tom piedoso; casas espíritas realizando sessões de preces sem objetivo doutrinário, preces encomendadas por terceiros, algumas especiais; alguns adeptos usando preces impressas e até fotografias de vultos espíritas como amuletos. 



 Na área das chamadas irradiações, a falta de orientação doutrinária conduz os freqüentadores a transferir para os dirigentes a tarefa de interceder junto à Divindade para amenizar os padecimentos de encarnados e desencarnados, para isso bastando colocar os nomes dos beneficiários em recipientes ou longas listagens, muitas vezes sem qualquer participação dos interessados na prece coletiva. Uso preferencial de toalhas brancas sobre as mesas, na utilização de uniformes, distintivos, ou no passe em roupas e fotografias; retratos e imagens de vultos espíritas expostos no salão de palestras públicas, não raras vezes ornados de flores e luzes coloridas, num convite à veneração idolátrica. Alguns procedimentos são impostos aos freqüentadores pela própria direção dos Centros, tais como a recepção de passes mesmo sem necessidade de tal socorro, separação entre homens e mulheres no recinto das reuniões, ingestão de água magnetizada após o passe ou ao término das reuniões, prática semelhante à distribuição da hóstia nas igrejas. Com referência ao passe: virou mania. Para muitos freqüentadores de sessões espíritas, tomar passes constitui um hábito não muito saudável à luz da proposta espírita, sendo muito conhecida, neste terreno, a figura do "papa-passes". A falta de maiores esclarecimentos sobre a oportunidade em que se deve recorrer a essa abençoada terapêutica, muitos dela se utilizam desnecessariamente, ou, o que é pior, como se, através do passe, o indivíduo estivesse obtendo a "absolvição" de suas fraquezas ou purificando-se espiritualmente. Sem contar com gesticulação exagerada e ridícula por parte dos passistas, que também não têm orientação. É importante salientar que é no terreno da terapêutica do passe que se gerou a mais acentuada distorção acerca do que o Espiritismo pode oferecer ao homem. O passe assumiu tamanha importância para a manutenção dos níveis de freqüência nas Casas Espíritas, que são raras as reuniões públicas em que ele não é ministrado. A grande maioria dos freqüentadores de nossas casas vai ao centro espírita "tomar passe" ou "tirar consulta", pois são esses os produtos que o nosso espiritismo (se é que posso chamar isso de Espiritismo) oferece. Substitui-se o essencial pelo acessório, iludem-se os freqüentadores oferecendo-lhes os subprodutos da ação espírita como se a Doutrina não tivesse algo melhor para dar.





 O que frisamos aqui é a omissão relativa à "caridade da divulgação da própria Doutrina", recomendada por Emmanuel. O movimento espírita não escapa, sequer, da tendência idolátrica de seus seguidores. Culto a Bezerra de Menezes, invocado em todos os lugares, como santo milagreiro espírita. Consagração de entidades espirituais: Maria, Ismael, assim como médiuns sofrendo o mesmo processo de idolatria. Notamos também o mercado da literatura espírita: obras com conteúdos medíocres, sem fundamentação nenhuma, que se opõem à filosofia espírita, principalmente de cunho profético, estimuladas pelo interesse do público e pelas distribuidoras de livros que têm interesse financeiro. Tem-se a concepção de um Espiritismo que é voltado somente para os pobres e necessitados, incompreensivelmente alérgico às esferas do intelecto, na falsa interpretação de que "os sãos não precisam de médico", daí decorrendo todo um trabalho assistencialista em contraste com a proposta libertadora da Doutrina. Angel Aguarod, em mensagem que motivou o lançamento da Campanha de Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita (Rio Grande do Sul, 1978) salientava: "Não é possível erigir um monumento doutrinário, como é o da Revelação Espírita, deixando-nos levar, a cada dia, por idéias que sopram de todos os lados, sem direção, qual vendaval que tudo derruba na sua passagem. Estamos sendo alertados de Plano mais alto sobre esse aspecto do nosso movimento, pois - dizem nossos superiores - se não nos fizermos vigilantes nesse sentido, em pouco tempo o movimento espírita, embora conservando o nome, nada terá de Espiritismo." Vianna de Carvalho, pela psicografia de Divaldo Franco, na mensagem "Espiritismo Estudado", afirma que "[...] surgem os primeiros sintomas de cultos espíritas e constata que o movimento espírita cresce e se propaga, mas a Doutrina Espírita permanece ignorada, quando não adulterada em muitos dos seus postulados".



 Daí a recomendação de Bezerra de Menezes: "Kardequizar é a legenda de agora". Para tanto, faz-se necessário se conheça mais profundamente o pensamento de Allan Kardec a fim de avaliarmos o grau de fidelidade que lhe vota o movimento espírita. Não é por outro motivo que Emmanuel, na mensagem intitulada "Kardec", ditada a Chico Xavier, após as afirmativas, entre outras, de que precisamos "[...] estudar Kardec, meditar Kardec, divulgar Kardec", finaliza, dizendo: "Que é preciso cristianizar a Humanidade, é afirmação que não padece dúvida, entretanto, cristianizar, na Doutrina Espírita, é raciocinar com a verdade e construir com o bem de todos, para que, em nome de Jesus, não venhamos a fazer sobre a Terra mais um sistema de fanatismo e de negação". [...] Esta é uma pequena análise de comportamento e de tendências do movimento espírita. Mais uma vez se faz necessário que as Casas Espíritas realizem estudos mais aprofundados e completos das obras Kardequianas (ou obras verdadeiramente espíritas), pois seria única forma de evitarmos que o Espiritismo seja transformado em mais uma seita religiosa.


Mario Aversa é Espírita, médium, dirigente, atua no Girão Casa Espírita de Piracicaba, e faz cursos espíritas e palestras na Sociedade Espírita Casa do Caminho de Piracicaba, é professor, e palestrante espírita, e colabora com o nosso Blog.

sábado, 4 de maio de 2013

PARÁBOLA DO TESOURO OCULTO – DA PÉROLA DE ALTO PREÇO – DA REDE LANÇADA AO MAR





“V. 44. O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto num campo; o homem que o achou o esconde e, cheio de alegria pelo haver achado, vai vender tudo que possui e compra aquele campo. — 45. O reino dos céus ainda se assemelha a um negociante que procura belas pérolas; — 46, que, achando uma de alto preço, vende tudo o que possui e a compra. — 47. O reino dos céus se assemelha também a uma rede de pescar que, lançada ao mar, apanha toda espécie de peixes. — 48. Quando fica cheia, os pescadores a puxam para bordo, onde, assentados, se põem a separá-los, deitando os bons nos vasos e lançando fora os maus. 49. Assim será no fim do mundo: os anjos virão e separarão os maus do meio dos justos; — 50, e os lançarão na fornalha de fogo, onde haverá prantos e ranger de dentes. — 51. Haveis compreendido todas estas coisas? Eles responderam: Sim. — 52. Disse-lhes Ele então: Todo escriba instruído acerca do reino dos céus se assemelha ao pai de família que do seu tesouro tira coisas novas e coisas velhas.” Mateus, Cap. XIII, vv. 44-52

INTERPRETAÇÃO
Que o Senhor de bondade, ilumine vossos corações.
Queridos irmãos, queridas irmãs! Aqui estamos, mais uma vez, para comentar e aprender nos sábios ensinamentos do Cristo de Deus, a bem viver, para melhor se passar para a vida espiritual.


Como acabastes de ver, o reino de Deus encerra um tesouro que muitos julgam oculto, difícil de ser encontrado; que, se bem compreendido, se desenvolvido em vós, a boa vontade e o esforço próprio, vereis que ele se encontra dentro de vós próprios, escondido nesta chama imperceptível que recebeis do Pai Eterno.
Acontece, porém, que para bem o conservarmos, devemos nos despojar dos nossos erros, dos nossos vícios, das nossas imperfeições, porque este tesouro é sensível; este tesouro pode, ao contato com a maldade, ao contato com as incompreensões, ser transformado.


Eis porque, meus irmãos, minhas irmãs, quantos de vós vêm à Terra com nobres missões, com grandes compromissos de espalhar o bem, renunciando a sim mesmos, para que os ensinamentos do Cristo se avolumem e possam, através d’Ele, serem espalhados a todos os necessitados.
O homem, porém, dominado pela vaidade, dominado pelo orgulho, quer conservar esse tesouro somente para si, não se lembrando de que os tesouros dos Céus são para serem distribuídos e quanto mais distribuir-se, mais eles aumentarão.


Como o pescador que atira a sua rede ou se lança às águas profundas em busca de uma pérola e, depois de muito esforço, a conseguindo, mostra-a, encantado, aos seus amigos, aos seus vizinhos, despertando neles a inveja, a cobiça; os dons espirituais também assim fazem.
É preciso uma vigilância constante para que não sejais dominados pela vaidade.


Torna-se necessário que leveis esses tesouros ao conhecimento daqueles que vos cercam com o coração protegido pela humildade.
Não deveis espalhar em voz alta os dons que possuís. Se eles forem verdadeiros e sinceros, não faltarão espíritos desejosos de compreensão e de carinho, que para vós estenderão as mãos.
Neste instante, mais uma vez, a bondade de Deus se faz presente e o tesouro das suas bênçãos reluzirá e o seu brilho levará aos corações empedernidos, aos corações descrentes, a palavra de amor, de fé, às almas famintas dessas bênçãos. Passam, assim, à vida terrestre.


Mais tarde, o Senhor lançará Sua rede para, indiscriminadamente, recolher os Seus filhos e ei-los de volta à pátria espiritual!
Aqueles que bem cumprirem as suas missões, aqueles que bem cuidaram dos tesouros recebidos, serão os escolhidos, mas aqueles que olvidaram os seus deveres, dominados pelo comodismo, esbanjaram e perderam o seu tesouro, voltarão para, através das lágrimas, através das dores e sofrimentos, procurarem encontrar uma a uma as pedras, as relíquias do tesouro perdido.


Vede, meus irmãos, minhas irmãs, que a culpa não cabe ao Pai, como geralmente tentais fazê-lo.
Todos têm a mesma oportunidade.
Todos são portadores dos tesouros celestiais, mas, abusando do livre arbítrio, deixam-se dominar e se perdem no vendaval das Suas próprias paixões.


Todo aquele que quiser servir ao Mestre, terá que trocar as suas vestes.
Que isto represente a reforma íntima com que teremos de nos revestir, protegidos pela fé, tendo por escudo a perseverança, para, no caso de já havermos perdido o nosso tesouro, reencetarmos a nossa busca sem desfalecimento, sem medo, com o firme propósito de vencer.
Meus irmãos! Minhas irmãs! A mediunidade é um tesouro, é uma relíquia preciosa que o Senhor vos concede para mais rapidamente reunirdes as pedras preciosas.
Essas pedras também podem ser representadas por aqueles entes com quem contraístes pesadas dívidas que, ao serem reencontrados, despertam ódio ou perdão, conforme o programa interno que possais ter alcançado.


Aqueles que aprenderam com o Cristo de Deus a amar sem preconceitos, vendo apenas em seu irmão a imagem do Sublime Peregrino, como compreenderão as repulsas, as aversões e procurarão dominar-se, através da tolerância e do amor!
Vemos, então, que não há acasos; tudo tem um motivo, uma causa.
Aceitemos estas causas com paciência e resignação, para podermos ser os escribas de que nos falou o Mestre Nazareno.


Aqueles espíritos em quem o Senhor confia e estes poderão, sob a luz dos Céus, reunir à sua volta, seus irmãos de sangue, a sua família espírita e falar dos tesouros que o Pai lhes concedeu.


Façamos sempre o nosso culto doméstico, procurando trazer para os nossos lares as crianças, os espíritos ainda primários e falemos-lhes sobre os tesouros que recebemos; como devemos guarda-los e como devemos emprega-los, para que a luz se faça em todos os corações.
Graças a Deus, meu Pai!
Que os dons dos céus permaneçam em vossos corações, iluminando-vos para que alcanceis a elevação de vossas almas.
Graças a Deus! Graças a Deus!

(Extraído do livro: As Divinas Parábolas – Autor: Samuel (Espírito), médium: Neusa Aguiló de Souza – Centro Espírita Oriental “Antonio de Pádua”, Recife, PE – 1982, p. 69-71).

                                                                       Julio Flávio Rosolen,participa da Sociedade Espírita Casa do Caminho, em Piracicaba, São Paulo, é Coronel da reserva do Corpo de Bombeiros, Espírita, médium, e colabora com o blog Espiritismo Piracicaba.