sexta-feira, 6 de novembro de 2015

O EQUILIBRIO DO CODIFICADOR KARDEC, E MENSAGENS DA VIDA APÓS A VIDA NA TERRA - Texto escrito e coordenado por Allan Kardec - comentários David Chinaglia


Estimados amigos de jornada espírita no planeta terra, vamos estudar O Céu e o Inferno, uma das 67 psicografias que ali estão dirigidas por Kardec.


Hoje conversando via internet com um dos grandes dirigentes espíritas desta doutrina meu amigo Paschoal Nunes Filho, ele me enviava um texto de um seminário que ao ler, vi, e conclui isto é Kardec.


Relendo uma das grandes obras do codificador, quisemos dar uma amostra do que é necessário numa comunicação, o estilo Kardec de ser, sério e firme, como requer a função 

E como era Kardec como dirigente espírita, pode perguntar o amigo(a) leitor, bem em toda sua obra vimos que ele era um dirigente espírita que possuía base necessária para a codificação, e que devem nortear  todos os se propõe a dirigir um trabalho ou seja:


•FORMAÇÃO DOUTRINÁRIA SÓLIDA
•CONHECIMENTO EVANGÉLICO
•AUTORIDADE MORAL
•FÉ
•EMPATIA

AMOR PACIÊNCIA, HUMILDADE, PRUDÊNCIA , TATO, ENERGIA, EQUILIBRIO EMOCIONAL, OBJETIVIDADE , CONCISÃO.



Sem Ufanismo, com equilíbrio, Kardec e uma sessão espírita, conversava com os espíritos, e em todas usava o princípio básico desta doutrina, ou seja, o equilibrio, deixando o espírito falar pelo médium, já que ele mesmo tendo conhecido um dos espíritos falantes, sabia que via um médium, era por pensamento a comunicação, como é até hoje, já que não existe incorporação, a transmissão é por pensamento, logo, a lógica da comunicação e a imparcialidade do dirigente é fundamental, para se ter o resultado, não para os encarnados, mas, para o espírito comunicante, que precisava dar sua palavra final ao retornar ao planeta Terra.



Assim escolhi Vignal, o espírito amigo de Rivail, como exemplo para os senhores médiuns e dirigentes, e leitores leigos, meditarem no texto equilibrado do relato daquela sessão comandada por Kardec, escrito pelo dirigente Kardec, sem paixões, sem falas em demasia sobre o amor, sem sequelas do animismo que toma conta dos médiuns menos preparados, tirando assim a mensagem pura, O senhor Vidgal era médium, amigo de Rivail, pesquisador naqueles anos de 1855 á 1865, e um dos que se comunicaram com Kardec 24 horas depois de sua morte física, a presença de Kardec no velório e no enterro foi proposital para trazer esta comunicação que os senhores lerão na Obra o Céu e o Inferno, e aqui em nosso blog.


O DOUTOR VIGNAL

Antigo membro da Sociedade de Paris, falecido em 27 de Março de 1865. Na véspera do enterro, um dos médiuns um, sonâmbulo lúcido e bom vidente instalado a transportar-se para junto dele e narrar o que visse falou :

"vejo um cadáver em que se opera um trabalho extraordinário; dir-se-ia uma quantidade de massa que se agita e alguma coisa que parece fazer esforços para se lhe desprender, encontrando, contudo, dificuldade em vencer resistência. Não distingo forma de espírito bem caracterizada"

Fez-se então a evocação da Sociedade de Paris, a 31 de Março de 1865, Allan Kardec, era o dirigente, e questiona o espírito, que se apresenta como Sr.Vignal e diz:

"Caro Vignal, todos os seus velhos colegas da Sociedade de Paris, guardam do Sr., as mais vivas saudades, e eu, particularmente, das boas relações aliás nunca interrompidas. Evocando-o, tivemos por fim primeiramente testemunhar-lhe a nossa simpatia, considerando-nos felizes se puder e quiser palestrar conosco."
Respondeu o  espírito de Vignal : Prezado amigo e digno mestre: tão bondosa lembrança e testemunhos de simpatia me são lisonjeiros, graças a sua evocação, levadas pelas preces, pude vir hoje assistir desimpedido a esta reunião de bons amigos e irmãos espíritas. Como justamente disse o jovem secretário, eu estava impaciente por me comunicar; desde o anoitecer de hoje, empreguei todas as forças espirituais para dominar este desejo; como os graves assuntos, tratados na sua conversação, me interessam  vivamente, tornaram a minha expectativa menos penosa. Perdoe-me, meu caro amigo, mas, a minha gratidão exigia a minha manifestação.

Nota explicativa da redação: Como se observa os espíritos ouvem as conversações do dirigente no caso Kardec, com os médiuns e auxiliares, recebem as preces, e uma vez esclarecidos conseguem se comunicar mesmo a poucos dias do desencarne, isto vai de acordo com o grau de instrução do desencarnado.

Prossegue Kardec: Diga-nos primeiramente como se encontra agora no Mundo Espiritual, descrevendo o trabalho de separação, as sensações naquele momento, bem como o tempo necessário ao reconhecimento do seu estado.

Vignal responde: Sou tão feliz quanto possível, vendo plenamente confirmados os secretos pensamentos concebíveis, em relação a uma doutrina confortante e consoladora. Sou feliz e tanto mais por ver agora, sem obstacúlo algum, desenvolver-se diante de mim o futuro da ciência e da filosofia espírita. 
Mas, deixemos por hoje as digressões inoportunas; de novo voltarei a conversar com vocês acerca deste assunto, máxime sabendo que a minha presença lhe dará tanto prazer quanto experimento em visita-los.
A separação do meu corpo foi rápida; mais do que podia esperar pelo meu apoucado merecimento. Fui eficazmente auxiliado pelo seu concurso e o sonâmbulo lhes deu uma ideía bastante clara do fenômeno da separação do corpo para o plano espiritual, para que eu nele insista. Era uma éspecie de oscilação intermitente, um como arrastamento em sentidos opostos. Triunfou o Espírito aqui presente, só deixei no entanto completamente o corpo quando ele baixou á terra, e aqui vim ter com vocês.

Nota explicativa da redação: Kardec descobriu como magnetizador muito antes de como espírita que a sensibilidade dos sonâmbulos era maior, fez então um completo estudo e também experimento, com os médiuns que eram sonâmbulos, neste caso ele apresenta o uso do médium sonambulo que conseguiu ver a massa de transposição, quando o perispírito se separa do corpo, e recebeu as energias da prece auxiliando na passagem de um mundo ao outro. O espírito explica claramente, que o primeiro momento se tende a querer ficar, até que se percebe no relato, que ele se solta, com ajuda de energias, e da prece.

Continua Kardec a perguntar ao espírito do amigo: O que me diz dos funerais, julguei-me no dever de a eles comparecer. Nesse momento o Sr. era muito livre para aprecia-los; e as preces por mim feitas a seu favor(discretamente já vîu) tinham realmente chegado até seus pensamentos..

Vignal: Sim; já lhe disse, a sua assistência auxiliou-me grandemente, tanto que voltei-me para o seu lado, abandonando minha velha carcaça. Demais, o Sr. Sabe, pouco me importam as coisas materiais. Só pensava em minha alma e em Deus.

Nota explicativa : O espírito comunicante tinha conhecimentos pois houvera frequentado aulas ministradas por Kardec que recebera do espírito da verdade, as informações de como seriam o desencarne, no entanto, Kardec como dirigente não revelou muito a seus médiuns, e nem as frequentadores, para que não houvesse mistificação por parte de espíritos que ouviam numa situação futura e assim contaminasse as informações, Kardec  segurou nele muitas informações para não criar o misterioso e sobretudo o maravilhoso, e assim comprometer os relatos dos mortos.

Kardec continua perguntando: "Recorda-me de que seu pedido, há 5 anos, exatamente em Fevereiro de 1860 fizemos um estudo de sua personalidade, naquela ocasião o seu espírito desprendeu-se para vir falar conosco, poderá descrever-nos a forma e a diferença  entre aquela comunicação e o seu atual desprendimento.

Responde Vignal: " Sim, lembro-me, que grande diferença entre um e outro Naquele estado a matéria me oprimia ainda na sua trama inflexível, isto é, queria, mas não podia desembaraçar-me totalmente. Hoje sou livre; um vasto campo desconhecido se me depara e eu espero com o seu auxílio e o dos bons espíritos, aos quais me recomendo, progredir e compenetrar-me o mais rápido possível dos sentimentos que é mister possuir e dos atos que me cumpre empreender para suportar as provações e merecer a recompensa.
Que majestade! Que grandeza! É quase um sentimento de temor que predomina, quando, fraco quais somos, queremos fixar as paragens luminosas.

Nota explicativa: Muitas vezes nas sessões espíritas, tanto naquele tempo como hoje, a concentração é muito grande, Kardec fazia também experimentos de transporte do próprio espírito presente, ou seja, o espírito, sai para perto do corpo do médium comunicante, sem deixar o seu, e estando na mesma sala, e num estado de sono responde as perguntas, por isto quando não preparados um dirigente pode ser enganado, e o espírito que está a responder está na verdade na mesa ao lado, o que confunde, no caso de Kardec e dos seguidores da Sociedade Espírita de Paris, eles iam para o estado de concentração, sabendo que poderiam transmitir e responder mesmo estando vivos, e assim com esta pergunta Kardec quis estabelecer, como era o espírito ainda preso pelo fio vital, e como era o espírito já sem o corpo, por isto a pergunta.

Kardec prossegue falando ao espírito de Vignal, "meu amigo, sempre que o senhor quiser continuaremos a conversar a cerca dos assuntos tratados hoje e em outras datas.
Vignal responde: Respondi ao senhor sucinta e desordenadamente a diversas perguntas, não exija mais agora do seu fiel discípulo, porquanto não estou ainda inteiramente livre. Continuar a conversar seria meu prazer, mas meu mentor(ou guia) modera-me o entusiamo e aliás já pude apreciar-lhe bastante, a bondade, e a justiça, motivo pelo qual me submeto inteiramente a decisão dele, por maior que seja meu pesar por ser interrompido, consolo-me pensando que ainda poderei vir assistir algumas vezes incógnito as suas reuniões espíritas."

Nota explicativa do editor blog: Um espírito que passa pelo estado de uma vida na terra para o plano espiritual, após receber energias, preces, adormece, seu despertar no plano é rápido quando já era ciente de sua situação, no caso Vignal era esclarecido, e se tornara espírita, e fora muito atento aos conhecimentos passados por Kardec, quando partiu, conseguiu uma comunicação rápida, e sempre, com a ajuda do mentor ou guia, que o acompanhou por toda a vida, e que ainda estaria com ele por mais um tempo nesta transição de uma vida para outra.

Como o próprio Kardec, e o espírito da verdade já  nos ensinaram em o Livro dos Espíritos e dos Mediuns, e em relatos dos espíritos na Revista Espírita, muitos ficam presos entre uma dimensão e outra, podendo levar dias, meses, anos até, entenderem que desencarnaram, por isto o dirigente deve sempre manter um respeito, e uma disciplina na linha de perguntas quando o comunicante for esclarecido, mas, tiver poucos dias de sua morte física.
Aqui Vignal explica que virá outras vezes, mas sem ser reconhecido, isto é porque havia afinidade com os presentes, e ele não queria mais se usar da amizade no tempo de encarnado, para eventuais vantagens, o que se chama de espírito consciente.

Prossegue Allan Kardec no fechamento desta comunicação explicada: " Vignal...gostaria de concluir sua mensagem no novo mundo e então o espírito comunicante Sr.Vignal respondeu ao codificador:

"Sempre que me for permitido farei uma comunicação ou seja, amigo Kardec, sempre falar-lhe-ei pois o estimo muito e desejo assim que esteja mais descansado e possa ter novas informações provar-lhe. Outros espíritos, porém, mais adiantados e aqui presentes reclamam prioridade, e estão explicando que devo eu curvar-me aqueles que me permitiram dar livre curso a torrente das ideías acumuladas.
Deixo-vos, meus amigos, e devo de novo agradecer duplamente não só vocês espíritas que me envocaram, como também a este espírito que houve por bem ceder-me o seu lugar espírito este que enquanto na terra, tinha o nome de PASCAL.
Daquele que foi e será sempre o mais devotado de seus adeptos.
Dr.Vignal.

Allan Kardec, firme, se despede do amigo, e encerra a comunicação, logo a seguir os trabalhos seriam finalizados pelo codificador, e registrados, tanto que hoje vos são expostos.

Nota Explicativa: Percebam senhores, médiuns, senhores dirigentes, assistentes, e curiosos, que em nenhum momento Kardec notifica o nome do médium operante, em nenhum momento o codificador se deixa levar pela emoção, pois poderia afetar o espírito tão recém desencarnado, e também ao médium, sóbrio, firme, disciplinador, não se deixar levar pela curiosidade nem tão pouco pelo fascínio, e este é um dos princípios que deve nortear o dirigente de uma sessão espírita.







Allan Kardec, codificador da doutrina espírita, dirigiu, redigiu, indagou, espíritos das mais váriadas classes, escreveu sob a orientação do Espírito da Verdade, a maior obra de todos os tempos, que chamo a entrevista de todos os séculos, o Livro dos Espíritos, também deu em o Livro dos Médiuns um manual eterno base de conduta de todos os médiuns, e dirigentes, confortou com o Evangelho segundo o Espiritismo, explicou em o que é o Espiritismo, nos trouxe a verdade das comunicações e do Céu e do Inferno, nos deu via os espíritos o texto cientifico e completo de A Gênese, jamais se deixou levar, escreveu crônicas, textos, experiências, em a Revista Espírita, jamais disse que a doutrina terminava nele, mas, orientou que a base para sempre deveria ser a que os Espíritos que estiveram na terra de 1855 á 1869, respeitada, pediu que encontros anuais, fossem feitos, deixou escrito que esta doutrina não é uma religião, que não tem ritos, e que seria Universal, sempre lembrou que Jesus, era o modelo e guia a ser seguido, deu a todos uma das maiores contribuições que podíamos ter recebido.


David Chinaglia

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