terça-feira, 16 de julho de 2013

PARÁBOLA DO SERVO FIEL E PRUDENTE E DO MAU SERVO






“35. Estejam cingidos os vossos lombos, e acesas, as vossas candeias. 36. E sede vós semelhantes aos homens que esperam o seu senhor, quando houver de voltar das bodas, para que, quando vier e bater, logo possam abrir-lhe. 37. Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando! Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar à mesa, e, chegando-se, os servirá. 38. E, se vier na segunda vigília, e se vier na terceira vigília, e os achar assim, bem-aventurados são os tais servos. 39. Sabei, porém, isto: se o pai de família soubesse a que hora havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa. 40. Portanto, estai vós também apercebidos; porque virá o Filho do Homem à hora que não imaginais. 41. Pedro então lhe perguntou: Senhor, esta parábola tu a dizes para nós outros somente ou também para todos? — 42. Respondeu o Senhor: Quem julgas que seja o despenseiro fiel e prudente, que o Senhor estabeleceu sobre seus outros servos, para que, no devido tempo, distribua por estes a ração de trigo? — 43. Feliz desse servo se o Senhor, quando vier, o achar assim fazendo. — 44. Em verdade vos digo que lhe confiará a gestão de todos os seus bens. — 45. Mas, se esse servo disser no seu intimo "Meu Senhor tardará em vir" e começar a espancar os outros servos e servas, a comer, a beber a embriagar-se, — 46, virá o senhor desse servo num dia em que ele o não espera, a uma hora em que não cuida, o separará dos outros e fará partilhar da sorte dos infiéis.” (Lucas, XII, vv. 35-46)

INTERPRETAÇÃO
Que o Divino Rabi ilumine as nossas consciências para todo o sempre!
Queridos irmãos, queridas irmãs!
Quando as palavras são benditas e os exemplos dignificantes não haverá tempo que as possa destruir ou danificar.
Aqui estamos nós, mais de dois mil anos depois que o Verbo Divino as presenteou ao mundo e elas até nós chegaram com a sua pureza, com toda a sua elevação.


Meus irmãos, minhas irmãs! Todos vós sois depositários do Verbo do Mestre.
Todos vós, em qualquer condição em que vierdes reencarnar, recebereis almas-criaturas a quem devereis aconselhar, guiar e elevar.
Portanto, esta parábola dirige-se a todos nós, porque ao receber esta dádiva da reencarnação, assumimos compromisso com o Mestre, não só com os espíritos que nos traçam novo rumo a ser cumprido na Terra, como também com aqueles a quem vamos reencontrar no plano terreno. Não há obra do acaso!


Viestes para redimir os vossos erros, aliviar o pesado fardo que carregais.
Esta referência também se faz sentir no plano espiritual.
No plano carnal, porém, ela tem um sentido obrigatório!
Quem de vós não encontrou em seu caminho antigos desafetos, criaturas que, muitas vezes, não sabeis por que motivo, não simpatizais e outros há que, ao simples olhar, vos inspiram confiança, que vos sentis atraídas?


Cabe, pois, àquele que perante o Mestre prometeu bem cumprir os seus desígnios, cuidar e zelar por tudo aquilo que lhe foi confiado.
Não é necessário fazê-lo somente por obrigação ou por medo de que o Senhor, de repente, chegue para examinar o que foi feito de suas dádivas. Cumpre-nos tudo fazer com amor, com carinho, com devotamento.
Principalmente os médiuns devem vigiar os seus atos, os seus pensamentos, os seus erros, para evitar quedas desastrosas, que venham a atrasar a sua ascensão.


Dizeis ser muito árdua a missão de um médium.
Dizemos: Será árdua para aqueles que forem invigilantes, que se deixarem dominar pelo egoísmo, pela vaidade, julgando partir dele, toda a força de luz e bênçãos que ele recebe do Mestre Amado.


Garantimos, porém, que aquele que bem souber cumprir a sua missão que, quando vacilante, procurar por meio da oração, forças, esclarecimentos, será pelo Senhor prontamente atendido.
Infelizmente, muitas dessas almas que recebem a graça da mediunidade, para mais fielmente liquidarem os seus débitos, tornam-se invigilantes e, quando chamados pelo Senhor para prestação de contas, encontram-se aturdidos, confusos, de mãos vazias, sem nada terem para apresentar ao Senhor, dono de todas as coisas.


Eis por que o plano espiritual encontra-se crivado de almas que se julgam abandonadas pelo Senhor!
Revoltam-se contra os castigos sofridos, castigos estes, não impostos pelo Senhor, mas originados da própria ação daquele espírito.
Se soubermos desenvolver dentro de nós a semente da verdade, os dons do bem, a confiança absoluta do Senhor Nosso Deus e estivermos munidos de força de vontade, nada impedirá que trilhemos o nosso caminho.



As tempestades virão, as incompreensões varrerão os nossos espíritos, ameaçando-os carregar; ondas contrárias virão tentar-nos de todas as maneiras para que enveredemos pelos caminhos das decepções, mas, lembremo-nos do Mestre e recordemos que a Ele também não faltaram criaturas para tentarem-nO em sua vida pura e imaculada.
E o que Ele fazia?
Isolava-se e pedia forças ao Pai para que a tudo vencesse e a luz de Deus se fazia sentir sobre aquela alma ímpar, aquele espírito sublime. Mas, garantiu-nos Ele que o Pai também estaria com todos aqueles que O buscassem com amor e com humildade.


Vede, pois, meus irmãos, minhas irmãs, que deveis estar sempre contentes com as vossas vidas.
Passais por aquilo que vos é necessário palmilhar.
Implorai ao Pai paciência e abnegação para que, quando visitados pelo Senhor, Ele vos encontre a postos, cuidando com amor dos vossos irmãos espirituais. E, quando sentirdes que a paciência vos abandona, que dentro dos vossos lares o altar do amor e da compreensão ameaça desabar, desmoronar, fazei um exame de consciência e procurai ver, antes de analisardes os defeitos alheios, se não sois vós, fiéis depositários do amor do Cristo, que não seguis os exemplos do Mestre.



E, meus irmãos, minhas irmãs, se reconhecerdes alguma culpa, tende a humildade necessária para pedir desculpas e procurar não mais cair nos mesmos erros.
Se todos assim procedessem, não haveria guerras, não haveria assassinatos e todos os irmãos terrenos, irmanados em um só pensamento, ergueriam uma prece!


Ave Mestre!
Os que creem em Ti, te confiam as suas vidas e te imploram a dádiva de trabalhar em tua seara, em prol do teu amor e da nossa felicidade.
Que a paz de Deus, vos cubra de bênçãos.
Graças a Deus!
Bendito seja Deus.

(Extraído do livro: As Divinas Parábolas – Autor: Samuel (Espírito), médium: Neusa Aguiló de Souza – Centro Espírita Oriental “Antônio de Pádua”, Recife, PE – 1982, p. 82-83)


Julio Flávio Rosolen é Espírita, participa da Sociedade Espírita Casa do Caminho (SECCA), em Piracicaba, Estado de São Paulo, é Coronel (da reserva) do Corpo de Bombeiros e colabora com o nosso Blog.


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