sexta-feira, 16 de novembro de 2012

PARÁBOLA DOS VINHATEIROS HOMICIDAS

 “ -33 – Ouvi outra parábola: Um homem, pai de família, havia que plantou uma vinha. Cercou-a com uma sebe, cavou no interior um lagar, edificou uma torre, arrendou a vinha a alguns agricultores e partiu para longe. – 34 – Aproximando-se a estação dos frutos, mandou ele seus servos aos vinhateiros, para receber os frutos que lhe cabiam. – 35 – Os vinhateiros, porém, agarraram os servos, feriram a uns, mataram a outros e a outros, apedrejaram. – 36 – De novo, o dono da vinha mandou outros servos em maior número do que os primeiros e os vinhateiros os trataram do mesmo modo. – 37 – Mandou, por último, seu próprio filho, dizendo: A meu filho, terão respeito. – 38 – Mas, ao vê-lo, os vinhateiros disseram entre si: Este é o herdeiro; vamos, matemo-lo e ficaremos donos da sua herança. – 39 – Agarraram-no, lançaram-no fora da vinha e o mataram. – 40 – Ora, quando o dono da vinha vier que fará àqueles agricultores? – 41 – Responderam-lhe: Aniquilará os malvados como merecem, arrendará a vinha a outros vinhateiros que, nas épocas próprias, lhe entreguem os frutos.” (Mateus, cap. XXI – v.33, 41).
                                                                                                   
INTERPRETAÇÃO

Aqui estamos, meus irmãos, minhas irmãs, para continuar vivendo, nos dias atuais, as maravilhosas parábolas do Cristo de Deus, para que elas revivam em todos os corações.
Que as Suas palavras como há dois mil anos, tenham, por graça divina, a intuição que Ele a todos nós deseja dar.


Como sabeis o dono da vinha é Deus, nosso Divino Pai. A vinha representa, não só o planeta, mas também o nosso próprio eu, a consciência de cada criatura humana.
Deus, em Sua misericórdia, doou às criaturas dois direitos: o de viver, participando do planeta Terra, desta maravilhosa natureza, cercada de tudo aquilo que a necessidade do homem pode desejar. Nele, nada foi esquecido: frutos, água, árvore, oxigênio, ervas para combater as doenças, passarinhos maravilhosos para enternecer, flores perfumosas, sutis, para que a alma humana ascendesse a paramos superiores, criado tudo pela mão divina.


Deu também um corpo onde tudo funciona com perfeição, para que os homens tivessem saúde, pudessem ouvir, enxergar; pensamentos sadios, para que pudessem distinguir o bem e o mal.
Eis o homem, pois, preparado. Em seu benefício deu, ainda, os guias, para que o cercassem e o protegessem contra quaisquer ofensas ou perigos.
Veio o homem, assim, carregando dentro de si a vinha que representa a parte divina do Criador em seu mundo físico e espiritual.
Pensando em tudo, como conhecedor das falhas humanas, da pequenez da fortaleza dos Seus filhos, deu Ele a dor, o sofrimento, para que, machucando os corações, fizessem com que as criaturas, através das lágrimas, pudessem melhor alcançar os páramos celestiais, amassando, triturando dentro de si, a maldade, as imperfeições.
A torre nada mais é do que as possibilidades do espírito para, quando em oração, poder elevar-se a planos superiores e, do alto, mais próximo a Deus, poder olhar para tudo e melhor examinar os seus efeitos, porque tudo o que recebeu provém do Senhor.


Os homens assumiram com o Pai a obrigação de zelar pelos bens a eles confiados, mas esqueceram disso.
Cada um, dentro da sua missão, omitiu o dever a cumprir.
Não só ao sacerdote cabe cuidar dos bens divinos.
Para esta obrigação não há privilegiado.
Todos receberam e todos receberão, sem exceção, esse compromisso. A cada um caberá uma partícula da vinha de Deus.
Sentindo o Pai o fracasso de Seus filhos por eles temendo o não cumprimento das suas ações, mandou à Terra entidades a Ele ligadas para despertar as consciências humanas.
Vieram os profetas como médiuns para transmitir às criaturas a necessidade de cumprir os seus deveres. Desceram, pois, intérpretes da Sua palavra, mas os homens não os quiseram ouvir; muitos foram apedrejados, outros expulsos; outros mais, queimados em praça pública. Até que o Pai misericordioso pensou em mandar o Seu Filho querido.


Os homens, mais uma vez, não entenderam e não quiseram ouvir o Seu chamado. Pressentiu o meigo Rabi que a Ele não caberia melhor sorte do que aos anteriores e, como foi feito, pagou Ele com o Seu sangue, a Sua vida, o crime perante os seres humanos, de ser o intérprete dos dons divinos.
E, assim, a humanidade passou e os tempos por ela também passaram e sempre se repetindo a mesma cena.
E quando chegar, no final dos tempos, o verdadeiro Pai a cobrar de Seus filhos aquilo que lhes foi confiado, que fará a pobre humanidade?
Dois mil anos são passados e eis também que os tempos são chegados.
Aproxima-se o dia em que todos terão que comparecer perante o Tribunal Divino. Neste dia, então, aqueles que por bem, por amor não atenderam ao Seu chamado, serão relegados a um outro plano e aqueles que a bem da verdade, a bem dos dons a eles conferidos, souberam ser fiéis zeladores, receberão o seu prêmio, serão considerados servos fiéis do amor do Pai Eterno.
Meus irmãos! De coração desejamos que todos vós tenhais as mãos cheias, o coração limpo para dar a Deus as suas próprias renúncias, vidas dedicadas ao amor, não só ao vosso corpo, mas ao amor fraterno, que faz com que os nossos braços se alonguem para abraçar a todos os irmãos terrenos.


Cultivai em vossos corações os dons preciosos da caridade, da bondade, da tolerância, pedindo aos céus que seus espíritos possam subir à torre da fé e, de lá, receber o amparo celestial e nada possais temer, porque o Senhor é o nosso Pastor. Com Ele nada nos falta e tudo com Ele alcançaremos.
Que a paz de Deus esteja com todos.
(Extraído do livro: As Divinas Parábolas – Autor: Samuel, médium: Neusa Aguiló de Souza – Centro Espírita Oriental “Antônio de Pádua”, Recife, PE - 1982)


                                      Julio Flávio Rosolen
Participa da Sociedade Espírita Casa do Caminho de Piracicaba, espírita, é Coronel da Corporação do Corpo de Bombeiros, da reserva, e colaborador deste BLOG.





Um comentário:

  1. Se todos lerem esta parabola e se colocarem nela como fez o autor, e como reproduziu de forma brilhante o amigo Júlio, e a partir daqui, se esquecendo do passado façam sua parte na obra de DEUS, teremos um mundo mais digno, e mais argumentou perante nosso criador, nada é por acaso, Jesus era muito claro no que dizia, sua fé, e suas atitudes ditarão que final terá sua participação na vinha do senhor DEUS, que é a vida, muito bom amigo Júlio e de extrema valia aos companheiros de jornada em conflito, neste momento na vida da TERRA.

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