segunda-feira, 6 de maio de 2019

DE MEL À MARIA, A NOSSA HOMENAGEM - POR JÔ ANDRADE











Olhando a céu aberto em mais um dia que se inicia, um sol dourado irradiando raios de vida,confesso que fico emocionada...E neste belíssimo cenário, lembrei-me da proximidade do Dia Das Mães, e que precisava escrever algo que remetesse aos leitores a reflexão sobre a atriz principal da data, a protagonista da vida. 

Tenho um prazer enorme em observar o mundo, as paisagens, as pessoas, os animais e os acontecimentos que tenho possibilidade de conhecer. 

Dias atrás observando mais uma vez o nosso cotidiano, constatei uma cena que merece ser relatada acerca do instinto maternal, mesmo nos seres que antecedem a humanidade. 

Mel, uma belíssima cachorrinha branca, com seu filhote, no jardim defronte de nossa residência, tomando sol e guardando a casa, teve seu momento interrompido com a chegada de um dos carros da família, abrindo o portão com acionamento automático. Esperávamos que com o barulho do portão e do automóvel, ela saísse correndo, mas teve reação contrária. 

Ela, um animal doce, brincalhona e simpática (demonstra sempre estar feliz e de bem com a vida), se ergue rapidamente com o pequeno peito estufado, como que se enfrentasse o carro que estava para entrar pelo caminho, onde estavam mãe e filho sentados. 

Em pé, olhando sempre para o carro, numa postura corajosa, apanha seu filhote pela pele do pescoço e tira seu cachorrinho do suposto perigo, levando-o para o quintal interno da casa. Vemos nesta atitude seu instinto maternal, defendendo e protegendo seu filhote. Em nenhum momento vimos nela a vontade em fugir do perigo sozinha. 

Prosseguimos daí nossa reflexão voltada para as mulheres, que desde sua tenra idade, desde criança, menininha ainda, já demonstra o afloramento do instinto maternal em suas brincadeiras. Cresce um pouco e na adolescência e juventude, vemos em seus comportamentos, na maioria das jovens, atitudes que demonstram carinho especial para comas crianças. É nesta fase que inicia o sonho de terem em seus braços um pequenino ser, um querido filhinho. 

Torna-se mulher e fica mais acentuado o desejo de ter a possibilidade de gerar um filho dentro de si. Vemos como foco reservado somente para as fêmeas, sejam elas animais ou humanas, a procriação, a criação torna-se real e passam a serem mães. 





Mãe admira, mãe tem afeto, mãe dá carinho, oferece amor sem nenhum pedido de troca ou retribuição. E quando o filho não retribui o que lhe ofereceu, ela chega até esconder tal situação para que os outros não tenham conhecimento e nem façam críticas. Ela oferece e dá tudo o que tem de melhor para seus descendentes. Mãe é um ser diferente e tem este amor que é muito intenso. 

Seguindo adiante, lembro-me da história da Matriarca Universal, a nossa Mãe Maior, Maria de Nazaré, a Mulher Divina que fora presenteada em ser mãe do Mestre Jesus. 

Maria de Nazaré é a referência de mãe, de mulher grande e forte. 

Para nós, o natural da vida é o de que pais devessem morrer antes dos filhos, entendemos que esta condição seria amais correta, onde os mais velhos é que deveriam partir antes. 






Porém, no caso de nossa Mãe Maria, ocorreu também de forma contrária. Ela acompanhou e vivenciou os flagelos dos sofrimentos de seu amado filho Jesus. 

Ela permaneceu ao lado do Filho, desde a condenação injusta e equivocada, desde o início do sofrimento do seu primogênito, até seu último suspiro. Acompanhou-O durante todo o suplício, ficou aos seus pés orando para que seu sofrimento fosse diminuído com sua presença e com suas palavras de amor, de conforto e de consolação. 

Nossa Mãe querida, além de falar e tentar confortar seu Filho, com sua presença consolou a mãe de Dimas, um dos ladrões que fora crucificado ao lado de Jesus. Ela encontrou tempo e espaço naquele momento de dor,para oferecer carinho para a outra mãe que também sofria. 

Maria sabia que seu Filho era diferente dos demais, mas entristeceu em demasia pelo sofrimento e separação de seu amado Filho, tal quais outras mães que experimentaram situação semelhante. 

Enfim, mãe é uma mulher que tem uma forma diferente de amar e de conduzir a educação de seus filhos. É um amor diferente dos demais amores que sentimentos. Amor de mãe é diferente de amor de mulher para com seu marido, de amor de irmã, de amor de filha, de prima, de tia, de avó e de amiga. É um sentimento que dói e cala a alma das mães quando seus filhos sofrem. 





Em O Livro dos Espíritos, na resposta da questão 385, encontramos: 

“... considera o amor que uma mãe consagra seus filhos, como o maior amor que um ser possa votar a outro”. 

Tenho certeza que a grande maioria das mães, se pudessem, trocaria de lugar com seus filhos, na hora do sofrimento dos mesmos. 

Sentem-se reconhecidas quando agradam ou elogiam seus filhos. Quando falamos bem de seus filhos, adoçamos o coração dessas mães. 

E para finalizar, reconhecemos a grande importância maternal na vida das mulheres e vemos a evolução dos seres, na condição de fêmeas, desde a vida animal, relatada em nossa história pela doce Mel, a compreensão do crescimento do Espírito na condição de mulher e até alcançar o Ser Superior da Matriarca Mundial, nossa Mãe Maria.Assim como aprendemos, novamente em O Livro dos Espíritos, na questão 540: 

“É assim que tudo serve, que tudo se encadeia na Natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, que também começou por ser átomo”. 

Morrendo e nascendo muitas vezes é que avançamos nesta evolução. 







Às todas as Mães, todo carinho e reconhecimento! 

Feliz Dias das Mães!!!



JÔ ANDRADE, É ESPÍRITA, escritora, divulgadora da Doutrina Espírita, palestrante, e colabora com este blog.


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