domingo, 17 de julho de 2016

FALAR COM DEUS - POR RICHARD SIMONETTI



Richardsimonetti@uol.com.br



– Oro muito. Passo horas falando com Deus...

– Horas?

– Sim, seguindo orientação de um amigo que entende do assunto, pronuncio duzentas vezes, diariamente, o Pai Nosso.

– E não se perde nas contas?

– Há um método especial para controlar.

– Não é muito?

– A gente acostuma.

– E quais os benefícios que procura na oração?

– Saúde, paz, bem-estar para mim e minha família… 

– Tem obtido resultados?

– Não tanto quanto desejava. Mas assim consigo conviver com meus males e problemas.

– Não seria melhor aprender a superá-los?

– Tenho tentado com a oração, mas é difícil.

– Talvez seja porque você não está realmente orando. Apenas reza, repetindo palavras. 

– Não entendo. Não foi Jesus quem nos ensinou?




– Sim, mas o objetivo não foi dar uma fórmula mágica, cujo valor esteja na repetição. Jesus demonstra, no Pai Nosso, o que é orar, isto é, quais os sentimentos que devemos mobilizar quando nos dirigimos a Deus.

– Mas enquanto repito a oração não estou me ligando a Deus?

– São os sentimentos, não as palavras, que nos ligam a Deus. Em vez de repetir duzentas vezes, diariamente, o Pai Nosso, experimente fazê-lo apenas uma vez, lentamente. Detenha-se em cada frase. Faça um exame de consciência em função dela. 

– Isso é reflexão…

– Exatamente o que a oração deve ser, um mergulho dentro de nós mesmos para ouvir o que Deus tem a nos dizer. 

– E dá para ouvir Deus?

– Experimente. Reflita, já em princípio, sobre a grande notícia que há no início da oração ensinada por Jesus.

– Deus é nosso pai…







– Exatamente. Um pai justo e misericordioso que trabalha incessantemente pela nossa felicidade. O Senhor espera apenas que o procuremos na intimidade de nossos corações para nos agraciar com suas bênçãos.





Richard Simonetti, 81, é espírita, palestrante, escritor, e divulgador da doutrina espírita de acordo a codificação de Allan Kardec, é colaborador deste blog

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