Richardsimonetti@uol.com.br
– Oro muito. Passo horas falando com Deus...
– Horas?
– Sim, seguindo orientação de um amigo que entende do assunto, pronuncio duzentas vezes, diariamente, o Pai Nosso.
– E não se perde nas contas?
– Há um método especial para controlar.
– Não é muito?
– A gente acostuma.
– E quais os benefícios que procura na oração?
– Saúde, paz, bem-estar para mim e minha família…
– Tem obtido resultados?
– Não tanto quanto desejava. Mas assim consigo conviver com meus males e problemas.
– Não seria melhor aprender a superá-los?
– Tenho tentado com a oração, mas é difícil.
– Talvez seja porque você não está realmente orando. Apenas reza, repetindo palavras.
– Não entendo. Não foi Jesus quem nos ensinou?
– Sim, mas o objetivo não foi dar uma fórmula mágica, cujo valor esteja na repetição. Jesus demonstra, no Pai Nosso, o que é orar, isto é, quais os sentimentos que devemos mobilizar quando nos dirigimos a Deus.
– Mas enquanto repito a oração não estou me ligando a Deus?
– São os sentimentos, não as palavras, que nos ligam a Deus. Em vez de repetir duzentas vezes, diariamente, o Pai Nosso, experimente fazê-lo apenas uma vez, lentamente. Detenha-se em cada frase. Faça um exame de consciência em função dela.
– Isso é reflexão…
– Exatamente o que a oração deve ser, um mergulho dentro de nós mesmos para ouvir o que Deus tem a nos dizer.
– E dá para ouvir Deus?
– Experimente. Reflita, já em princípio, sobre a grande notícia que há no início da oração ensinada por Jesus.
– Deus é nosso pai…
– Exatamente. Um pai justo e misericordioso que trabalha incessantemente pela nossa felicidade. O Senhor espera apenas que o procuremos na intimidade de nossos corações para nos agraciar com suas bênçãos.
Richard Simonetti, 81, é espírita, palestrante, escritor, e divulgador da doutrina espírita de acordo a codificação de Allan Kardec, é colaborador deste blog
Nenhum comentário:
Postar um comentário