José João, havia passado por inúmeras dificuldades em sua vida amorosa, social e familiar, assim como muitos foi procurar a casa espírita, lembram do "se não é por amor, é na dor."
José João então foi indo toda quarta-feira, sábado, e domingo, até que sua vida foi se ajustando, Evangelho no Lar, estudos, cursos, festas onde sempre ajudava, era uma nova vida, para aquele rapaz do interior.
Certo dia, o dirigente da casa espírita diz a ele, José João, está na hora de você ir mais adiante, as pessoas gostam de você, é hora de falar para eles, do espiritismo da paz, de Jesus, de acalmar corações, assim como o seu foi um dia acalmado, agora você será palestrante.
Voz tremula, homem simples do interior, que havia estudado, sempre tímido em público como seria ser palestrante espírita ?
E lá se foi aquele homem simples que fritava pastel na casa espírita, fazia a pizza comunitária, entrega sopa aos pobres(tarefas básicas das casas espíritas), fazer sua palestra, inaugural.
Foi um sucesso, José João falou sobre o Evangelho, "fazer o bem sem ver a quem", e foi aplaudido de pé, por amigos que estavam com ele a algum tempo.
José João virou atração da casa espírita, "Unidos iremos para o céu ou além", era o palestrante requisitado, e como toda casa espírita, haviam cúpulas do trovão, ou seja, grupos que se dividem falando da equipe e pessoas, José João, preferiu ficar na sua, palestrante mor, sempre entre os 10 mais da casa, não queria saber de confrontos, amigos o chamavam de o bom samaritano.
Certo dia, a presidência da casa, foi trocada, e José João, não teve seu púlpito renovado, já não era mais atração das quartas feiras super, era escalado, de sexta-feira, sábado, dias que no interior a frequência é menor.
Os amigos perguntavam se ele não sentia falta das quartas-feiras, e domingos, ele dizia, o importante é participar, ajudar, foi então que um assistido, chegou a JJ, e disse : "to namorando a Suzana, e não chores por mim.".
Suzana fora um amor secreto de JJ, que não amava a esposa, e tinha um amor secreto, aliás foi Suzana, um dos motivos que ele havia ido a casa espírita.
Pronto, o palestrante de primeira linha, já não olhava para Amarildo, do mesmo jeito de antes, "mulherengo dizia nas rodinhas das festas, nunca teve valor, casou 3 vezes, não tem juízo, o nosso Birmam, presidente da casa, tem razão, não dá para conviver com Amarildo.
Amarildo que não ligava para o que falavam dele, seguir na casa, ajudando, cursando, aprendendo, um dia ele saiu da casa, e quis o destino que Amarildo que havia acabado de reconstruir sua vida, perdesse tudo, longe, a beira de passar fome, foi procurado por Dona Julia, velha amiga do centro Unidos iremos para o céu, ela disse, "vou te ajudar, mas, você tem tantos amigos Amarildo, foi famoso, ajudou alguns, será que o João José não te ajuda? foi falar com ele.
Amarildo não queria dizer que naquela noite iria dormir, sem ter o que jantar para dona Júlia, que ligou para José João, e ele nunca ligou para Amarildo, certo dia Dona Julia, disse a JJ, falou com o Amarildo, e ele disse: "claro, mas, ele não precisa mais de mim, está bem mentiu o ilustre palestrante.
Os anos passaram e a pequena cidade "falarei de sua vida", abriu um novo centro espírita, o famoso, o "Céu é nosso", Birmam seguia no velho centro, e Amarildo, agora na capital, só olhava sua cidade, no Facebook, e foi então que abrindo uma das páginas na capitar, que viu, "esta noite no centro o céu é nosso, o pulpito de ouro vai receber, José João, o palestrante amigo, e Amarildo, apenas riu, pois nada mudava na sua cidade, apenas os nomes dos centros, já que poucos tinham aprendido a de fato o que seguir o espiritismo, e Allan Kardec.
O texto certamente fez você rir, porque todos nós conhecemos, um JJ, uma dona Júlia, uma Suzana, em vários nomes, um Birman, não é mesmo?
Porém o que devemos aprender, é que centro espírita, não é para falar da vida dos outros, nem tão pouco para criar estrelas, ou púlpito de ouro, nem dono de centro.
Ser espírita, é muito além de ir ao centro, ou estudar, é praticar a caridade sem ver a quem, o nosso fictício José João esqueceu, que fora da caridade não há salvação, e que o espírita de verdade ajuda até quem não gosta, é a velha história perdoar sete vezes sete, ou quantas vezes for necessário.
Ninguém pode ser o PALESTRANTE ILUMINADO, ninguém sabe mais, que ninguém nesta doutrina, existem os que possuem dois mil livros lidos, ou que estudam as obras diariamente, porém todos são iguais nesta doutrina que respeita a ciência, a Jesus, e seus ensinamentos, e os conceitos de caráter, moral, do espírito da verdade e de Allan Kardec.
Por isto a você amigo assistido, a você colaborador, não existe ninguém privilegiado, nem escolhido, somos todos médiuns, uns mais outros menos, todos com a capacidade de saber, de conhecer, porém, nem todos tem aquela pecinha do tamanho de um grão de mostarda.
Ajude, sempre quem puder, as vezes bastarão palavras, nem sempre é dinheiro, são tempos difíceis, e precisamos de fato lembrar o que é ser espírita.
Fé sempre, respeite sempre a todos, e a Suzana da nossa história está perguntando o nosso querido leitor, Suzana, eu não sei, Amarildo, segue tocando seu bandolim.
Confie, e ajuda-te e o céu te ajudará, e lembre, o espírita respeita á vida.
David Chinaglia, é espírita, palestrante, escritor, e divulgador da doutrina espírita, de acordo com os ensinamentos de Allan Kardec, e recebe e-mails sobre este blog no davidchinaglia@gmail.com .
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