No livro “O que o Cérebro tem para contar” Ramachandran fala de uma experiência neurológica que ocorre durante uma cirurgia no cérebro de um paciente chamado Smith, na Universidade de Toronto, um dos maiores centros de cirurgia para epilepsia.
Tudo é feito com o cérebro exposto e o paciente acordado.No decorrer da cirurgia o cirurgião introduz um eletrodo na região do Cíngulo anterior – nessa área, muitos neurônios se especializam em reagir a dor. A delicadeza do procedimento permite tamanha sofisticação que, em determinado momento, o cirurgião detecta um neurônio em particular que reage a cada vez que a mão do Sr. Smith é picada com uma agulha
– até aí nada de muito especial – mas, o médico se assombra com o que vê a seguir: esse mesmo neurônio se excita de maneira igualmente vigorosa quando é mostrado ao Sr. Smith uma outra pessoa sendo picada na mão – é como se o neurônio, ou o circuito neuronal de ele faz parte, estivesse sentindo empatia para com a outra pessoa – ou seja: a dor do outro – a dor de um estranho torna-se uma dor igual no Sr. Smith.
É, mais ou menos o que aprendemos na velha Índia e no budismo – afirmam não haver nenhuma diferença essencial entre a própria pessoa e o outro, e que a verdadeira iluminação decorre da compaixão que dissolve essa barreira – agora temos uma demonstração física dentro dos neurônios – nossos cérebros são fisicamente construídos para reagir com empatia e compaixão.
Lição de casa:
Em essência somos todos iguais
Se pudéssemos vencer as barreiras do egoísmo sentiríamos as necessidades dos outros como necessidades nossas também.
Nubor Orlando Facure, 76, é médico, neurologista, espírita, escritor, um dos grandes colaboradores da Doutrina, caminhou na jornada durante 50 anos como amigo e médico de Chico Xavier, é colaborador deste blog, hoje presidente do Instituto do Cérebro em Campinas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário