Estimados amigos de jornada no planeta Terra, vamos conversar sobre o tema, "falsos profetas", claro que é complicado para muitos, no entanto se torna de fácil entendimento quando estudamos a maravilhosa doutrina espírita.
Erasto, espírito famoso alertou a Allan Kardec em Paris em 1862, que devíamos desconfiar, não só dos falsos profetas encarnados, mas, sobretudo dos desencarnados, verdadeiros impostores que vão através da vaidade de médiuns famosos e conhecidos expor e tentar enganar a humanidade.
Pesquisei alguns trabalhos espíritas e vemos neles um trabalho investigativo podemos citar muitos que questionaram mensagens espíritas, a luz da razão e do equilíbrio no entanto no Brasil, J.Herculano Pires foi um dos que mais, tentou alertar nossa comunidade, sobre a gravidade do tema que Kardec, sempre lembrava na Revista Espírita.
FALSOS PROFETAS...FALSOS ESPÍRITOS.
Temos que seguir nossas pesquisas e estudos usando sempre a razão, a imparcialidade, já que todo o ser humano fragilizado ou não tende caminhar pelos passos velozes e escorregadios da vaidade.
Esta mesma situação ocorre quando espíritos ficam fascinados, e criam um campo de obsessão em seu próprio médium.
No Brasil nossas posições sempre foram nesta questão, liberal demais, em nome do amor, e da divulgação da doutrina espírita, basta um espírito se apresentar com um nome famoso, para que a maioria tenha a tendência de crer cegamente no que escreveu e falou via seu obsediado, geralmente um médium, que no meio da jornada se deixou levar pela emoção.
Nosso codificador, Allan Kardec, não era médium de incorporação, sua disciplina, sua cultura, seus conhecimentos sempre o fizeram escolher dois ou três médiuns que fossem fortes no quesito equilíbrio emocional, para que as comunicações fossem os dadas e sim filtradas com lógica e correção.
Kardec, então como Rivail, aprendeu desde cedo na Universidade de Pestalozzi, que a disciplina e o equilibrio eram necessários em tudo.
Quando falamos de mensagens de espíritos, é preciso que todos se lembrem que num ambiente público, temos a tendência de crer sempre que a mensagem só é boa, firme e séria se for de um espírito famoso, conhecido que transmita credibilidade ao dito ou escrito.
E assim vemos milhares até milhões serem enganados, muitas vezes até o próprio médium, sobre quem de fato escreveu e qual seus objetivos.
Ao longo de sua jornada de muito perigo, Chico Xavier um dos mais famosos médiuns Brasileiros conviveu com a solidão do que chamo de crença fiel em fatos que na sua maioria eram contestados ou mesmo analisados de maneira muito mais emocional do que racional.
Toda a obra de Chico Xavier é baseada num único espírito algo, que Erasto, advertia Kardec ser perigoso, a base de tudo que escreveu Chico era a forma como ele via, e recebia os informes de seu companheiro de jornada, a falta de cultura, e de disciplina do médium o levou ao longo de sua jornada mística a um cansaço físico e mental muito grande.
Criou-se fatos e alguns deles que geram controvérsias até o dia de hoje, e alguns companheiros estão estudando de forma mais aguda, que nem sempre o que foi considerado em um determinado tempo deva ser eternizado com verdade absoluta.
Não estou contestando Chico Xavier, sua missão já é finda com este nome no planeta Terra, apenas devemos colocar ressalvas em muita coisas porque nem sempre ele mesmo Chico, tinha conhecimento para bloquear uma situação criada, fato que com Kardec, era mais difícil, já que ele não vivia sob a influência.
Chico era bondade, era amor, era ajuda, e com os espíritos que mais trabalharam com ele teve um autoridade parcial, pois demorou alguns anos e se tornou público e notório que seguir as regras informadas por Kardec era conflitante, porém seu trabalho teve muito valor.
O que precisamos é não idolatar ou mesmo santificar o médium que uso como exemplo.
Hoje devemos entender que sem Chico Xavier o espiritismo no Brasil não teria a mesma divulgação, no entanto, é necessário refletir o que faremos sem ele, algo que ainda não aprendemos passados 14 anos de sua morte.
Alguns fascinados tentam sucede-lo com erros maiores e piores, e devemos ter cuidado com isto, nosso juiz ou seja, nosso regulador será nosso bom senso, basta de milagres.
Talvez por isto Kardec ainda seja rejeitado em muitas casas espíritas, se formos transferir o trabalho do codificador aos dias de hoje, não consigo imaginar, ele dando entrevistas na TV, Internet, para designar fatos e missões ocorridas, Kardec era equilibrado e buscava o saber o tempo todo, fosse como espírita ou como professor, ou filosofo.
Precisamos olhar para Chico Xavier e reconhecer que ele fez muito para o espiritismo Brasileiro, teria feito algumas coisas mais corretas se também ele, como ser humano não fosse influenciado pelo igrejismo ou até mesmo pelos ritos da Católica Igreja.
Toda vez que queremos um santo, ou um privilegiado nos remetendo textos do outro Mundo, nos esquecemos de coisas básicas, primeiro que estamos em uma dimensão e eles noutra, segunda que esta barreira ainda e grande tanto no campo mental como no campo físico, e sobretudo do controle emocional.
Você amigo leitor, já se imaginou no Polo Sul, ou nos Andes, ou até mesmo no Himalaia, tentando se comunicar em línguas diferentes, e com todas as dificuldades que estes locais ensejam.Pois bem falar do outro lado da vida, é algo parecido, nos falta acesso correto, até porque a principal operação depende de um ser humano, que é o mediador, ou o tão famoso médium.
Ele está sim sujeito as intemperes da vida humana, vaidade, sexualidade, orgulho, fanatismo, etc etc e tal, porém muitos, conseguem seu ponto de equilíbrio.
Kardec não notorizada médiuns, vemos isto nas obras básicas, vemos que até mesmo seu amigo Camille Flamaryon ficou num segundo plano num dos textos importantes e isto chegou a criar da parte de Camille, um ponto digamos de inveja, do sábio companheiro, mais tarde o homem das estrelas como era chamado Flamaryon, reconheceu isto, e até se afastou da doutrina espírita.
A maioria dos centros no Brasil, não determina a seus médiuns principais, estudo, orientação dentro das obras básicas, muitos textos de Kardec são desconhecidos por nobres colegas que tentam se apegar nas águas mansas de falas doces do que nas orientações técnicas básicas emitidas pelo codificador.
A pouco antes de receber a orientação para este texto, pesquisava como eram feitos os cursos na França em 1981, eram divididos em quatro partes, e ao final do tempo determinado para o conhecimento de regras e responsabilidades do médium, o mesmo recebia um certificado de médium espírita.
No Brasil os cursos e as orientações as vezes são desqualificados porque o tempo e o aprendizado é substituido pelo resultado da solução mágica, da cura, deixando a deriva boa parte dos médiuns.
Erasto escreveu que não se confia o comando de um exército senão a um general hábil e capaz de o dirigir, no mesmo texto indaga se Deus seria menos prudente que os homens? e afirmou que nosso espírito líder, só confia missões importantes aos que sabe que são capazes de cumpri-las, porque as grandes missões são pesados fardos, que esmagariam os carregadores demasiadamente fraco.
O que devemos entender que por mais que tenhamos saudades de uma pessoa que tenha ultrapassado a barreira da outra dimensão, não devemos crer em tudo que vem de lá em nome dela, ou mesmo para seguirmos fiel mente como base única e verdadeira, afinal temos nossas dúvidas, e limitações, por isto temos que tomar cuidado com o fascínio do médium que vamos ouvir e do possível espírito que de fato vai falar ou escrever.
Sei que parece complexo, mas, Jesus o mestre amigo, e amado, nos alertava dos falsos profetas, com o tempo vimos que eles estavam inclusive ao seu redor, e depois vimos ao longo da história de vida dos apóstolos que o seguiram fascínio de alguns, que mesmo tendo conhecido o mestre, ainda preferiam criar um mito sobre o seguir dos fatos daqueles tempos.
Precisamos amigos, lembrar que sim qualquer médium, pode estar sendo guiado por um espírito que se apresente de uma forma seja de outra, e tenha outros objetivos.
No caso usado como exemplo Chico Xavier, os redatores que traduziram suas obras, não imaginavam que fatos transcritos nos anos 40,50, e 60 sobretudo seriam contestados e postos a prova.
A figura humana de Chico até impõe um certo respeito, recentemente recebi um texto de estudos da obra Nosso Lar, e encaminhei para médiuns famosos, um deles profundo conhecedor, ao comentar o texto, a veracidade e as dúvidas levantadas a partir do texto do codificador, simplesmente disse não vou comentar, não irei a frente neste debate, pois a obra e a pessoa do Chico Xavier está acima deste fato.
Eu vos pergunto e se o texto que tinha em minhas mãos fosse o fiel da balança é justo informar errado, é justo manobrar por afeto e amor, e caridade, os interesses e os conhecimentos do certo e do errado ?
Eu penso que não, já que para mim pessoalmente a verdade tem que vencer, tem que ser aplicada, pois, seja ela qual for, é base de tudo que pretendemos fazer nesta civilização.
O que quero com este texto não é debate nem conflitos, é simplesmente reflexões e mais estudos por parte dos amigos, antes de aceitar um fato digo como verdade e que no entanto se tornou verdade, a partir de um jogo de interesses.
Sim eu sei que não é somente Chico que viveu com este drama, outros tantos, o próprio Bezerra de Menezes em seu tempo, Divaldo Franco, porque não, basta nos remetermos ao famoso impasse com Chico sobre mensagens de André Luiz, depois acertado numa mesa pacificamente.
Nem André Luiz era dono da verdade, nem somente Chico Xavier podia recebe-lo algo que o nobre espírita de Uberaba demorou em aceitar, nem tão pouco Divaldo teria melhores comunicações.
Devemos ao longo de nossa jornada, questionar, indagar, e rebater seja quem for, para não sermos usados nem enganados nesta doutrina.
Erasto no texto base desta matéria, disse que a humanidade deveria avançar MORAL e Intelectualmente, pois são necessários homens e mulheres superiores em inteligência e moralidade.
Existem sim espíritos fascinados, e médiuns que se deixam levar, eu tenho aspas sobre muitos que vejo atualmente em cartaz no entanto sou um repórter, um divulgador, e busco levar que sejamos espíritas ou espiritualistas, temos que ter um princípio e uma base, que ela deva ser solidificada, e tendo como norte somente as obras básicas, usando as obras alternativas como fontes de entendimento do que vieram amigos de outra dimensão ensinar.
Espiritismo não é como politica, ou mesmo futebol, e também não deve ser seguido ou estudado a partir de dogmas de religiões que o tempo venceu, é necessário equilíbrio, imparcialidade, para que possamos aceitar as informações como verdadeiras.
Kardec sempre nos deu profunda admiração pois indagava os espíritos, o que não concordava falava com eles, pedia explicações complementares e não as tendo não passava para informe público, e desconsiderou muitas informações pelo simples fato de não ter lógica, pois somos evolutivos, logo temos que pensar que analisar e que entender tudo, podemos dentro do novo, e dos informes achar respostas que seja além do maravilhoso.
Muitas obras que estão sendo publicadas no Mundo humano são criações de médiuns fascinados ajudados ou não por espíritos sem noção, da importância e do tempo que se seguem para a criação de nossa base de conhecimento.
Num Mundo mais atual certamente muitos médiuns de um passado recente no Brasil, se vivos ainda tivessem iriam sair fora da fantasia, pois hoje somos sabedores que podemos ser enganados por espíritos que se passam por famosos, ou conhecidos no afã de pregar a desunião e a ausência de Deus, com o beneficio da dúvida razoável, principio até utilizado no direto dos encarnados.
O que fazer então mediante os riscos que corremos, é usar nossa inteligência e nossa cultura, nossa capacidade de pesquisas para saber e aprender corretamente, e ajustar os erros do passado, para que nossa base de fato seja espírita, e esteja dentro da verdade única que devemos seguir que os duros caminhos da evolução.
Fiquemos alertas pois os falsos profetas não são somente os encarnados, mas, repito, sobretudo os desencarnados, logo usemos nossa força e nosso conhecimento para não cairmos em armadilhas emocionais que nos cercam na vida em contato com o plano espiritual.
David Chinaglia, 58, espírita, pesquisador, palestrante e editor deste blog, segue a doutrina espírita dentro da codificação de Allan Kardec
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