quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

CONTRA A CORRENTE - POR MARCELO HENRIQUE





Eu sei... É como remar contra a corrente... É como ser atropelado por uma manada desembestada de elefantes... Mas é a minha convicção.

Seguindo Kardec, o Espiritismo JAMAIS será objeto de crença. Quem crê, exerce a fé cega, invariavelmente... Busca artifícios para justificar condutas e condicionamentos. E não respeita as opiniões livre pensadoras, porque se apega demasiadamente aos dogmas (mesmo espíritas - porque eles existem). O movimento dito espírita escorrega, agoniza...

Para "eles", está tudo bem. Basta fazer a sua "quota semanal" de caridade, ali no "centro". Basta "doutrinar" desencarnados (como se, do outro lado, não houvesse muito mais argumentos úteis e formas de convencimento altamente maiores do que as meras "pregações" das sessões "ditas mediúnicas". No "púlpito" espírita, sobem os "entendidos", que vão desfilar as baboseiras e os absurdos de sempre... As visões pífias, particulares, de gente que não estuda e não lê nada que não seja os "consagrados" médiuns tupiniquins (aquele que já se foi, tido como santo, e o que ainda anda por aí, apesar de octagenário, e que "recebe" um vulto espírita do passado, também tido como santo e como "milagreiro", assim como um, mais novo, cuja virtude maior é "interpretar" de modo novidadeiro o Evangelho)... 







Triste e pobre movimento espírita, que NÃO DÁ ESPAÇO PARA AS PESQUISAS E AS DISCUSSÕES SÉRIAS. Que fica "sonhando" com "Nosso Lar", uma colônia INVENTADA por um espírito, que não teve e não terá "comprovação" espiritual, por parte de espíritos e médiuns sérios. E a turba segue, endeusando os cordeiros e bezerros (que podem, até, não ser de ouro, mas brilham e reluzem). 

Enquanto isso, nos "centrinhos", segue a hipocrisia. Está tudo bem, quando todos concordam. Havendo vozes dissonantes, essas são "convidadas" a se retirar. "Estou" espírita há 35 anos. Já vi - e continuo vendo - o mesmo filme, centenas de vezes. O "dono" do centro ou os "influentes", começam a podar aqueles que estudam, que leem, que pesquisam... Porque é "influência ruim" sobre os "cordeirinhos", porque "o irmãozinho está obsedado", porque "é vítima das trevas", etc. Herculano Pires é que estava certo. São carolas. 

Para eles, o que importa é a aguinha benta (fluídica), o confessionário (atendimento fraterno), a homilia (palestrinha evangélica), os beatos (o pessoal que apenas "assiste" palestras), os diáconos (o pessoal que presta algum "serviço" ou realiza alguma atividade), o dízimo (gente que ajuda a pagar as despesas da casa) e, é claro, os benefícios "fiscais" (isenção de impostos, por serem instituições "religiosas").

No mais, tudo bem, porque a "espiritualidade" não dorme, etc., etc. Gente que não faz a sua parte, mas acha que faz e que tem as atividades "no centro" como obrigação (porque "os espíritos superiores podem não gostar da ausência"), ou porque tem, eles, de "diminuir" o "carma" que trazem de outras vidas - expiações e provas, no dizer correto do kardecismo. Acho que estou farto desse pseudoespiritismo. 

Já (quase) não faço mais palestras, porque não dá para "engolir" esse beatismo explícito, os andreluizismos, emmanuelismos, bezerrismos e joanismos - para ficarmos nos principais - que se pratica por aí, como "se fosse" Doutrina Espírita. Acho, também, que estou ficando velho e ranzinza... Um "amigo" falou que eu não gosto de ser contrariado. Pode ser. Mas pode também não ser. Se for em termos de espiritismo, realmente, eu não gosto de ser contrariado. Porque só existe um espiritismo, o de Kardec. O resto tudo - principalmente aquilo que é "aceito" como oficial, está longe de Kardec - e talvez fique ainda mais longe, se os poucos espíritas sensatos se dispuserem a divulgar com veemência que, conforme disse Erasto a Kardec, seria preferível rejeitar nove verdades do que aceitar uma mentira. Mas as mentiras são muitas. São placebos. São "remedinhos".

Diz um aqui e outro acolá: - mas não faz mal! Não faz? Faz e MUITO... Espiritismo não é isso que aí está, embora se reserve Kardecianamente o direito de cada um "crer" naquilo que quiser. Mas, daí, a "incorporar" no conjunto doutrinário coisas que não obtiveram a validação de princípios, fundamentos e a metodologia de Rivail (Kardec), como requisitos primordiais, a distância e a NEGAÇÃO são enormes... Fico com Kardec. Mas não fico com o "movimento espírita"






Marcelo Henrique, é pesquisador, palestrante, advogado, ex dirigente da Federação Espírita em Santa Catarina, divulga a doutrina espírita, nos termos da codificação de Allan Kardec, e faz parte de um movimento Nacional, que defende a codificação e estudo tendo como base tudo que Allan Kardec fez, o texto é de sua autoria em face ao atual momento em milhares de casa espíritas, até porque a Doutrina não tem um orgão Federativo, que coloque ordem na casa, este blog traz opiniões e textos de todas as correntes e seguidores do verdadeiro espiritismo ao que hoje rege parte da Nação dividindo seus mais de 20 milhões de seguidores.

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