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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
CONHEÇA KARDEC
HYPPOLYTE LÉON DENIZARD RIVAIL ERA SEU NOME e nasceu a 3 de outubro de 1804, na cidade de Lion, na França. De antiga família lionesa, católica, cujos antepassados se distinguiram na advocacia, na magistratura e no trato dos problemas educacionais. Por volta dos 11 anos, seus pais o encaminharam para estudar em Yverdum, na Suiça, no Instituto de Educação do célebre pedagogo Pestalozzi. Acredita-se que tenha estudado nesse Instituto até 1822, quando voltou à França, estabelecendo-se em Paris como professor.
DE 1824 A 1848, ALÉM DE LECIONAR, O PROFESSOR RIVAIL ESCREVEU INÚMERAS E IMPORTANTES OBRAS pedagógicas sobre aritmética, gramática francesa, tratados sobre educação pública, tendo um deles sido premiado pela Academia Real das Ciências de Arras. Em meados de 1825 fundou e dirigiu uma Escola de Primeiro Grau que funcionou até 1834, quando teve que ser fechada por dificuldades financeiras, causadas por um tio do professor Rivail.
PASSOU ENTÃO ALGUNS ANOS TRABALHANDO COMO CONTADOR, elaborando novos livros, traduzindo obras literárias (conhecia alemão, inglês, grego, latim e outros idiomas) preparando cursos gratuitos de química, física, astronomia, anatomia, em sua própria casa para alunos carentes. Educador emérito, caráter ilibado, exemplificava fraternidade e amor aos semelhantes. Foi homem de grande projeção na França, como em outros países da Europa, sendo membro de várias sociedades, tendo recebido muitos títulos e honras.
EM 6 DE FEVEREIRO DE 1832 CASOU-SE com a professora Amelie-Gabriele Boudet, que lhe foi companheira dedicada e valiosa colaboradora, conhecida pelo apelido de Gabi. O casal não teve filhos.
COMO SE TORNOU ESPÍRITA – Reunindo-se em torno de mesas de três pés, pessoas faziam perguntas que eram respondidas através de pancadas. Essa prática era moda na Europa, principalmente na cidade Paris, onde morava o professor Rivail.
HOMEM DE CULTURA GERAL, Rivail já se interessava pelos estudos do magnetismo animal, mas foi somente a partir de 1855 que começou a ter contato com os fenômenos das “mesas girantes” e comunicações de além-túmulo. Convidado a presenciar esses fenômenos, a princípio não se interessou, pensando que era apenas uma diversão social. Pela insistência dos amigos continuou a observá-los e constatou que eram verdadeiros e devidos a uma causa inteligente.
O PROFESSOR RIVAIL FAZIA PERGUNTAS MENTALMENTE E AS RESPOSTAS VINHAM CERTAS. Pesquisando mais profundamente, verificou que as comunicações não eram iguais em conhecimento, moralidade, mas que eram importantes, como viajantes que relatam o que viram, o que sentiram em lugares por onde passaram. Prosseguindo nas pesquisas, observou fenômenos mediúnicos em todos os aspectos, revisou 50 cadernos de escritos mediúnicos, formulando perguntas aos espíritos.
DE 1824 A 1848, ALÉM DE LECIONAR, O PROFESSOR RIVAIL ESCREVEU INÚMERAS E IMPORTANTES OBRAS pedagógicas sobre aritmética, gramática francesa, tratados sobre educação pública, tendo um deles sido premiado pela Academia Real das Ciências de Arras. Em meados de 1825 fundou e dirigiu uma Escola de Primeiro Grau que funcionou até 1834, quando teve que ser fechada por dificuldades financeiras, causadas por um tio do professor Rivail.
PASSOU ENTÃO ALGUNS ANOS TRABALHANDO COMO CONTADOR, elaborando novos livros, traduzindo obras literárias (conhecia alemão, inglês, grego, latim e outros idiomas) preparando cursos gratuitos de química, física, astronomia, anatomia, em sua própria casa para alunos carentes. Educador emérito, caráter ilibado, exemplificava fraternidade e amor aos semelhantes. Foi homem de grande projeção na França, como em outros países da Europa, sendo membro de várias sociedades, tendo recebido muitos títulos e honras.
EM 6 DE FEVEREIRO DE 1832 CASOU-SE com a professora Amelie-Gabriele Boudet, que lhe foi companheira dedicada e valiosa colaboradora, conhecida pelo apelido de Gabi. O casal não teve filhos.
COMO SE TORNOU ESPÍRITA – Reunindo-se em torno de mesas de três pés, pessoas faziam perguntas que eram respondidas através de pancadas. Essa prática era moda na Europa, principalmente na cidade Paris, onde morava o professor Rivail.
HOMEM DE CULTURA GERAL, Rivail já se interessava pelos estudos do magnetismo animal, mas foi somente a partir de 1855 que começou a ter contato com os fenômenos das “mesas girantes” e comunicações de além-túmulo. Convidado a presenciar esses fenômenos, a princípio não se interessou, pensando que era apenas uma diversão social. Pela insistência dos amigos continuou a observá-los e constatou que eram verdadeiros e devidos a uma causa inteligente.
O PROFESSOR RIVAIL FAZIA PERGUNTAS MENTALMENTE E AS RESPOSTAS VINHAM CERTAS. Pesquisando mais profundamente, verificou que as comunicações não eram iguais em conhecimento, moralidade, mas que eram importantes, como viajantes que relatam o que viram, o que sentiram em lugares por onde passaram. Prosseguindo nas pesquisas, observou fenômenos mediúnicos em todos os aspectos, revisou 50 cadernos de escritos mediúnicos, formulando perguntas aos espíritos.
SERVIU-SE DE MAIS DE DEZ MÉDIUNS, principalmente das jovens Caroline e Julie Baudin. Deduzindo as conseqüências dos fenômenos, aplicando o espírito crítico e o raciocínio filosófico nos estudos e pesquisas, formou sua convicção sobre a imortalidade da alma, a natureza dos espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e a regeneração da Humanidade, constituindo assim a Doutrina dos Espíritos, a qual deu o nome de Espiritismo.
KARDEC, O CODIFICADOR – Como o professor Rivail diz, sua parte na obra de revelar a Doutrina Espírita, foi a de haver coletado, coordenado e divulgado os ensinos. E por organizar os ensinos revelados pelos Espíritos formando uma coleção de leis (um código) é que Allan Kardec foi chamado de O Codificador.
SUAS OBRAS – O Livro dos Espíritos (1857) O Livro dos Médiuns (1861) O Evangelho Segundo o Espiritismo (1864) O Céu e o Inferno (1865) A Gênese (1868) Em 1 de janeiro de 1858, fundou a Revista Espírita, 12 volumes até 1869. Em 1890, seu editor publicou uma coletânea de pensamentos de Allan Kardec, com o nome de Obras Póstumas.
O NOME ALLAN KARDEC – Para a publicação das obras espíritas, objetivando distingui-las das de sua autoria como professor Rivail, adotou o nome de Allan Kardec, nome esse revelado por um Espírito, que fora o seu nome em uma reencarnação passada, quando foi um sacerdote druida, na antiga Gália (hoje França).
DESENCARNAÇÃO – Em 31 de março de 1969, em Paris, pelo rompimento de um aneurisma, em pleno labor de estudos e organização de novas tarefas espíritas e assistenciais, desencarnou o professor Rivail em sua residência.
Agradecemos à Kardec, o trabalho e dedicação de sua vida na Codificação da Doutrina Espírita, a fim de que pudéssemos entender melhor as leis divinas e descerrar o véu que nos ocultava a visão, sabendo que somos seres inteligentes da Criação, espíritos imortais, tendo um PAI, DEUS, de amor, bondade, justiça, que permite aos seus filhos, tantas reencarnações quantas forem necessárias para a nossa perfeição moral. ( zildea@ig.com.br)
Fonte:http://www.usepiracicaba.com.br/Conteudo/Paginas/VisDetalhes.aspx?ch_top=9&ch_use=1475
KARDEC, O CODIFICADOR – Como o professor Rivail diz, sua parte na obra de revelar a Doutrina Espírita, foi a de haver coletado, coordenado e divulgado os ensinos. E por organizar os ensinos revelados pelos Espíritos formando uma coleção de leis (um código) é que Allan Kardec foi chamado de O Codificador.
SUAS OBRAS – O Livro dos Espíritos (1857) O Livro dos Médiuns (1861) O Evangelho Segundo o Espiritismo (1864) O Céu e o Inferno (1865) A Gênese (1868) Em 1 de janeiro de 1858, fundou a Revista Espírita, 12 volumes até 1869. Em 1890, seu editor publicou uma coletânea de pensamentos de Allan Kardec, com o nome de Obras Póstumas.
O NOME ALLAN KARDEC – Para a publicação das obras espíritas, objetivando distingui-las das de sua autoria como professor Rivail, adotou o nome de Allan Kardec, nome esse revelado por um Espírito, que fora o seu nome em uma reencarnação passada, quando foi um sacerdote druida, na antiga Gália (hoje França).
DESENCARNAÇÃO – Em 31 de março de 1969, em Paris, pelo rompimento de um aneurisma, em pleno labor de estudos e organização de novas tarefas espíritas e assistenciais, desencarnou o professor Rivail em sua residência.
Agradecemos à Kardec, o trabalho e dedicação de sua vida na Codificação da Doutrina Espírita, a fim de que pudéssemos entender melhor as leis divinas e descerrar o véu que nos ocultava a visão, sabendo que somos seres inteligentes da Criação, espíritos imortais, tendo um PAI, DEUS, de amor, bondade, justiça, que permite aos seus filhos, tantas reencarnações quantas forem necessárias para a nossa perfeição moral. ( zildea@ig.com.br)
Fonte:http://www.usepiracicaba.com.br/Conteudo/Paginas/VisDetalhes.aspx?ch_top=9&ch_use=1475
DA LEI DO PROGRESSO
O LIVRO DOS ESPÍRITOS - CAPÍTULO VI - Obra codificada por Allan Kardec
Estado da natureza
Não são coisas idênticas o estado de natureza e a lei natural, o estado de natureza é o estado primitivo. A civilização é incompatível com o estado de natureza, ao passo que a lei natural contribui para o progresso da Humanidade. (776)
O estado de natureza é a infância da Humanidade e o ponto de partida do seu desenvolvimento intelectual e moral. Sendo perfectível e trazendo em si o gérmen do seu aperfeiçoamento, o homem não foi destinado a viver perpetuamente no estado de natureza, como não o foi a viver eternamente na infância. Aquele estado é transitório para o homem, que dele sai por virtude do progresso e da civilização. A lei natural, ao contrário, rege a Humanidade inteira e o homem se melhora à medida que melhor a compreende e pratica.
O homem, no estado de natureza tem menos necessidades, se acha isento das tribulações que para si mesmo cria do que num estado de maior adiantamento. É a felicidade do bruto. É ser feliz à maneira dos animais. As crianças também são mais felizes do que os homens feitos. (777)
O homem não pode retrogradar para o estado de natureza, o homem tem que progredir incessantemente e não pode volver ao estado de infância. Desde que progride, é porque Deus assim o quer. Pensar que possa retrogradar à sua primitiva condição fora negar a lei do progresso. (778)
Marcha do progresso
O homem se desenvolve por si mesmo, naturalmente. Mas, nem todos progridem simultaneamente e do mesmo modo. Dá-se então que os mais adiantados auxiliam o progresso dos outros, por meio do contacto social. (779)
O progresso moral decorre do progresso intelectual, mas nem sempre o segue imediatamente. O progresso intelectual pode engendrar o progresso moral fazendo compreensíveis o bem e o mal. O homem, desde então, pode escolher. O desenvolvimento do livre-arbítrio acompanha o da inteligência e aumenta a responsabilidade dos atos. Muitas vezes, sucede serem os povos mais instruídos os mais pervertidos. Contudo, o progresso completo constitui o objetivo. Os povos, porém, como os indivíduos, só passo a passo o atingem. Enquanto não se lhes haja desenvolvido o senso moral, pode mesmo acontecer que se sirvam da inteligência para a prática do mal. O moral e a inteligência são duas forças que só com o tempo chegam a equilibrar-se. (192-365-751-780)
O homem não tem o poder de paralisar a marcha do progresso, mas tem, às vezes, o de embaraçá-la. Os que tentam deter a marcha do progresso e fazer que a Humanidade retrograde são pobres seres, que Deus castigará! Serão levados de roldão pela torrente que procuram deter. (781)
Sendo o progresso uma condição da natureza humana, não está no poder do homem opor-se-lhe. É uma força viva, cuja ação pode ser retardada, porém não anulada, por leis humanas más. Quando estas se tornam incompatíveis com ele, despedaça-as juntamente com os que se esforcem por mantê-las. Assim será, até que o homem tenha posto suas leis em concordância com a justiça divina, que quer que todos participem do bem e não a vigência de leis feitas pelo forte em detrimento do fraco.
Os homens que de boa-fé obstam ao progresso, acreditando favorecê-lo, porque, do ponto de vista em que se colocam, o vêem onde ele não existe, assemelham-se a pequeninas pedras que, colocadas debaixo da roda de uma grande viatura, não a impedem de avançar. (782)
Há o progresso regular e lento, que resulta da força das coisas. Quando, porém, um povo não progride tão depressa quanto deveria, Deus o sujeita, de tempos a tempos, a um abalo físico ou moral que o transforma. (783)
O homem não pode conservar-se indefinidamente na ignorância, porque tem de atingir a finalidade que a Providência lhe assinou. Ele se instrui pela força das coisas. As revoluções morais, como as revoluções sociais, se infiltram nas idéias pouco a pouco; germinam durante séculos; depois, irrompem subitamente e produzem o desmoronamento do carunchoso edifício do passado, que deixou de estar em harmonia com as necessidades novas e com as novas aspirações.
Nessas comoções, o homem quase nunca percebe senão a desordem e a confusão momentâneas que o ferem nos seus interesses materiais. Aquele, porém, que eleva o pensamento acima da sua própria personalidade, admira os desígnios da Providência, que do mal faz sair o bem. São a procela, a tempestade que saneiam a atmosfera, depois de a terem agitado violentamente.
Se engana quem vê a perversidade do homem predominar neste mundo e diz que, pelo menos do ponto de vista moral, ele, em vez de avançar, caminha aos recuos, mas se observar bem o conjunto, verá que o homem se adianta, pois que melhor compreende o que é mal, e vai dia a dia reprimindo os abusos. Faz-se mister que o mal chegue ao excesso, para tornar compreensível a necessidade do bem e das reformas. (784)
O maior obstáculo ao progresso é o orgulho e o egoísmo. Fazendo referência ao progresso moral, porquanto o intelectual se efetua sempre. À primeira vista, parece mesmo que o progresso intelectual reduplica a atividade daqueles vícios, desenvolvendo a ambição e o gosto das riquezas, que, a seu turno, incitam o homem a empreender pesquisas que lhe esclarecem o Espírito. Assim é que tudo se prende, no mundo moral, como no mundo físico, e que do próprio mal pode nascer o bem. Curta, porém, é a duração desse estado de coisas, que mudará à proporção que o homem compreender melhor que, além da que o gozo dos bens terrenos proporciona, uma felicidade existe maior e infinitamente mais duradoura. (785) (Vide: Egoísmo, cap. XII.)
Há duas espécies de progresso, que uma a outra se prestam mútuo apoio, mas que, no entanto, não marcham lado a lado: o progresso intelectual e o progresso moral. Entre os povos civilizados, o primeiro tem recebido, no correr deste século, todos os incentivos. Por isso mesmo atingiu um grau a que ainda não chegara antes da época atual. Muito falta para que o segundo se ache no mesmo nível. Entretanto, comparando-se os costumes sociais de hoje com os de alguns séculos atrás, só um cego negaria o progresso realizado. Ora, sendo assim, por que haveria essa marcha ascendente de parar, com relação, de preferência, ao moral, do que com relação ao intelectual? Por que será impossível que entre o dezenove e o vigésimo quarto século haja, a esse respeito, tanta diferença quanta entre o décimo quarto século e o século dezenove? Duvidar fora pretender que a Humanidade está no apogeu da perfeição, o que seria absurdo, ou que ela não é perfectível moralmente, o que a experiência desmente.
BIBLIOGRÁFIA:
Jesús, Mateus, XXV,14-30
O LIVRO DOS ESPÍRITOS, Livro III, cap. VIII Obra codificada por Allan Kardec
e textos diversos do Espírito Emmanuel e outros livros do movimento espírita.
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João Cabral
Presidente da ADE-SERGIPE
Aracaju-Sergipe-Brasil
Website: www.ade-sergipe.com.br
E-mail: jomcabral@brabec.com.br
Em: 10.09.2006
Estado da natureza
Não são coisas idênticas o estado de natureza e a lei natural, o estado de natureza é o estado primitivo. A civilização é incompatível com o estado de natureza, ao passo que a lei natural contribui para o progresso da Humanidade. (776)
O estado de natureza é a infância da Humanidade e o ponto de partida do seu desenvolvimento intelectual e moral. Sendo perfectível e trazendo em si o gérmen do seu aperfeiçoamento, o homem não foi destinado a viver perpetuamente no estado de natureza, como não o foi a viver eternamente na infância. Aquele estado é transitório para o homem, que dele sai por virtude do progresso e da civilização. A lei natural, ao contrário, rege a Humanidade inteira e o homem se melhora à medida que melhor a compreende e pratica.
O homem, no estado de natureza tem menos necessidades, se acha isento das tribulações que para si mesmo cria do que num estado de maior adiantamento. É a felicidade do bruto. É ser feliz à maneira dos animais. As crianças também são mais felizes do que os homens feitos. (777)
O homem não pode retrogradar para o estado de natureza, o homem tem que progredir incessantemente e não pode volver ao estado de infância. Desde que progride, é porque Deus assim o quer. Pensar que possa retrogradar à sua primitiva condição fora negar a lei do progresso. (778)
Marcha do progresso
O homem se desenvolve por si mesmo, naturalmente. Mas, nem todos progridem simultaneamente e do mesmo modo. Dá-se então que os mais adiantados auxiliam o progresso dos outros, por meio do contacto social. (779)
O progresso moral decorre do progresso intelectual, mas nem sempre o segue imediatamente. O progresso intelectual pode engendrar o progresso moral fazendo compreensíveis o bem e o mal. O homem, desde então, pode escolher. O desenvolvimento do livre-arbítrio acompanha o da inteligência e aumenta a responsabilidade dos atos. Muitas vezes, sucede serem os povos mais instruídos os mais pervertidos. Contudo, o progresso completo constitui o objetivo. Os povos, porém, como os indivíduos, só passo a passo o atingem. Enquanto não se lhes haja desenvolvido o senso moral, pode mesmo acontecer que se sirvam da inteligência para a prática do mal. O moral e a inteligência são duas forças que só com o tempo chegam a equilibrar-se. (192-365-751-780)
O homem não tem o poder de paralisar a marcha do progresso, mas tem, às vezes, o de embaraçá-la. Os que tentam deter a marcha do progresso e fazer que a Humanidade retrograde são pobres seres, que Deus castigará! Serão levados de roldão pela torrente que procuram deter. (781)
Sendo o progresso uma condição da natureza humana, não está no poder do homem opor-se-lhe. É uma força viva, cuja ação pode ser retardada, porém não anulada, por leis humanas más. Quando estas se tornam incompatíveis com ele, despedaça-as juntamente com os que se esforcem por mantê-las. Assim será, até que o homem tenha posto suas leis em concordância com a justiça divina, que quer que todos participem do bem e não a vigência de leis feitas pelo forte em detrimento do fraco.
Os homens que de boa-fé obstam ao progresso, acreditando favorecê-lo, porque, do ponto de vista em que se colocam, o vêem onde ele não existe, assemelham-se a pequeninas pedras que, colocadas debaixo da roda de uma grande viatura, não a impedem de avançar. (782)
Há o progresso regular e lento, que resulta da força das coisas. Quando, porém, um povo não progride tão depressa quanto deveria, Deus o sujeita, de tempos a tempos, a um abalo físico ou moral que o transforma. (783)
O homem não pode conservar-se indefinidamente na ignorância, porque tem de atingir a finalidade que a Providência lhe assinou. Ele se instrui pela força das coisas. As revoluções morais, como as revoluções sociais, se infiltram nas idéias pouco a pouco; germinam durante séculos; depois, irrompem subitamente e produzem o desmoronamento do carunchoso edifício do passado, que deixou de estar em harmonia com as necessidades novas e com as novas aspirações.
Nessas comoções, o homem quase nunca percebe senão a desordem e a confusão momentâneas que o ferem nos seus interesses materiais. Aquele, porém, que eleva o pensamento acima da sua própria personalidade, admira os desígnios da Providência, que do mal faz sair o bem. São a procela, a tempestade que saneiam a atmosfera, depois de a terem agitado violentamente.
Se engana quem vê a perversidade do homem predominar neste mundo e diz que, pelo menos do ponto de vista moral, ele, em vez de avançar, caminha aos recuos, mas se observar bem o conjunto, verá que o homem se adianta, pois que melhor compreende o que é mal, e vai dia a dia reprimindo os abusos. Faz-se mister que o mal chegue ao excesso, para tornar compreensível a necessidade do bem e das reformas. (784)
O maior obstáculo ao progresso é o orgulho e o egoísmo. Fazendo referência ao progresso moral, porquanto o intelectual se efetua sempre. À primeira vista, parece mesmo que o progresso intelectual reduplica a atividade daqueles vícios, desenvolvendo a ambição e o gosto das riquezas, que, a seu turno, incitam o homem a empreender pesquisas que lhe esclarecem o Espírito. Assim é que tudo se prende, no mundo moral, como no mundo físico, e que do próprio mal pode nascer o bem. Curta, porém, é a duração desse estado de coisas, que mudará à proporção que o homem compreender melhor que, além da que o gozo dos bens terrenos proporciona, uma felicidade existe maior e infinitamente mais duradoura. (785) (Vide: Egoísmo, cap. XII.)
Há duas espécies de progresso, que uma a outra se prestam mútuo apoio, mas que, no entanto, não marcham lado a lado: o progresso intelectual e o progresso moral. Entre os povos civilizados, o primeiro tem recebido, no correr deste século, todos os incentivos. Por isso mesmo atingiu um grau a que ainda não chegara antes da época atual. Muito falta para que o segundo se ache no mesmo nível. Entretanto, comparando-se os costumes sociais de hoje com os de alguns séculos atrás, só um cego negaria o progresso realizado. Ora, sendo assim, por que haveria essa marcha ascendente de parar, com relação, de preferência, ao moral, do que com relação ao intelectual? Por que será impossível que entre o dezenove e o vigésimo quarto século haja, a esse respeito, tanta diferença quanta entre o décimo quarto século e o século dezenove? Duvidar fora pretender que a Humanidade está no apogeu da perfeição, o que seria absurdo, ou que ela não é perfectível moralmente, o que a experiência desmente.
BIBLIOGRÁFIA:
Jesús, Mateus, XXV,14-30
O LIVRO DOS ESPÍRITOS, Livro III, cap. VIII Obra codificada por Allan Kardec
e textos diversos do Espírito Emmanuel e outros livros do movimento espírita.
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João Cabral
Presidente da ADE-SERGIPE
Aracaju-Sergipe-Brasil
Website: www.ade-sergipe.com.br
E-mail: jomcabral@brabec.com.br
Em: 10.09.2006
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