terça-feira, 22 de abril de 2014

PARÁBOLA DA FIGUEIRA EM VEGETAÇÃO - POR JULIO FLÁVIO ROSOLEN



Aprendei esta parábola tirada da figueira: quando os seus ramos já se acham tenros e brotam as folhas, sabeis que está próximo o verão; assim também vós, quando virdes todas estas coisas, sabei que Ele está próximo às portas”. (Marcos, Cap. XXIV, vv. 32-34)


INTERPRETAÇÃO


Voltava o Mestre da cidadezinha de Nazaré, após um dia quente em que, feridos, leprosos, criaturas dos mais diversos níveis se amontoavam pelas estradas. Aqui, um cego implorava a visão; mais além, um paralítico se debatia, tentando sair do estado deplorável em que se encontrava; mais adiante, um sorria sem acreditar em que seus olhos estavam vendo; mais outro, implora a cura dos seus entes queridos. E o Rabi passava espalhando suas luzes, dando através do verbo, consolo e alegria aos corações entristecidos e, com Ele, seguiam os seus apóstolos.






À beira de um regato, pararam e o Mestre sentou-se numa pedra, olhando tranquilo o passar das águas que murmuravam através das pedrinhas.
Foi quando, ao levantar a vista, viu Ele uma figueira, cujos galhos procuravam se mirar nas águas tranquilas.
Ele percorreu com o olhar aquelas almas que ali vinham buscar um bálsamo para as suas aflições e, então, lembrou-se de que dias antes, a figueira estava sem folhas, erguendo com prece muda os seus galhos para o céu.
Aproveitando-se daquela imagem, contou, então, a parábola da figueira em vegetação.
Que eram aquelas criaturas, senão figueiras?
Quando banidos pelos vendavais das paixões, das dores, dos sofrimentos, tornavam-se descrentes, blasfemavam contra a vontade superior, erguiam os seus braços em revolta, esquecendo-se de que, após a borrasca virá sempre a bonança.



As almas humanas são como estas figueiras que podem dar seus frutos, podem oferecer sombra amiga, mas que, ao menor sopro de sofrimento, de agonia, de dores, enquistam-se em si mesmas, mas a bondade do Pai é soberana e leva as suas bênçãos a todos aqueles que delas precisam.
Eis que, depois das lágrimas, depois das dores, fica a experiência.
A criatura se torna conhecedora das suas próprias deficiências, podendo olhar no espelho da alma a si própria, tal qual a figueira que se debruçava no regato.





Oh! Almas descrentes da bondade do Pai!
Oh! Filhos da dúvida, que não reconheceis a grandeza de a qualquer instante poder servir ao Supremo Pai, cobri-vos com a ramagem verde da esperança! Deixai que a seiva do amor vos alimente, dando-vos força para que cumprais vossas missões.
Oh! Almas empedernidas no egoísmo e na maldade, que lançais os vossos apelos sem refletir que dentro de vós está a salvação, porque procurais o Senhor fora de vossas próprias almas, se sois uma parcela do amor divino?
Pendei as vossas cabeças sobre os vossos corações e sentindo o pulsar desta válvula, meditai que fostes criados para benefício de vós próprios.



Que o Senhor vos concedeu um corpo, um sopro vital par que pudésseis alijar de vós os pesados fardos, os pesados delitos contraídos em vidas pretéritas.
Acordai para o renascimento do vosso espírito; procurai defende-lo contra as investidas do mal, protegendo-o com a oração, elevando o pensamento para Aquele que tudo pode dar, para o Amigo de todos os instantes.
Alçai em voo as vossas almas, procurando abrigo nos braços do Pai e a todos aqueles que vos estenderam os braços aflitos, por amor ao Pai, consolai; dai a vossa palavra de carinho e de afeição como aqui encontrastes os braços do sublime Rabi.





Que as vossas almas cresçam para o bem e possais por amor ao Mestre, por amor a vós próprios, dar sempre a preocupação de receber recompensa, porque, estai certos, ela virá, sempre por acréscimo da bondade de Deus.
Que o Senhor vos ilumine e vos cubra de bênçãos para todo o sempre!
Graças a Deus!

(Extraído do livro: As Divinas Parábolas – Autor: Samuel (Espírito), médium: Neusa Aguiló de Souza – Centro Espírita Oriental “Antônio de Pádua”, Recife, PE – 1982, p. 119-120).





JULIO FLÁVIO ROSOLEN é Espírita, participa da Sociedade Espírita Casa do Caminho (SECCA), em Piracicaba, Estado de São Paulo, é Coronel (da reserva) do Corpo de Bombeiros, casado com a professora e espírita também palestrante Jussara Rosolen(foto),  está com nossa equipe há 02 anos  colaborando  com o nosso Blog.

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