quinta-feira, 24 de abril de 2014

O FENÔMENO QUÃNTICO E O FENÔMENO ESPIRÍTICO - POR CARLOS DE BRITO IMBASSAHY




Na edição de julho, 2013, o Jornal "Correio Fraterno" publicou consubstancioso e oportuno artigo do professor Alexandre Fontes d Fonseca, colega de Física, mostrando que, de fato, o quantum energético nada tem que ver com as sandices que certas "ENTIDADES " espirituais (idolatradas por muitos) cometem em suas comunicações mediúnicas, aproveitando a falta de conhecimento geral destes assuntos no meio espírita pelos que não têem a Física como escopo de conhecimento fundamental






Deve-se a Luis De Blogie o primeiro livro didático sobre o assunto - Teoria da Mecânica Quântica e Ondulatória - escrito em francês, seu idioma ( desconheço existência de traduções) onde ele apresenta o estudo feito por Plank de forma clara e metódica, tudo devidamente equacionado já conhecidos àquela época. 


Foi nosso livro texto.



Erwin Schrödinger, seu contemporãneo e prêmio nobel de Física em 1933, posteriormente, apresentou a equação fundamental da Física quãntica e hoje é considerado como sendo o pai da criança.


Acontece, todavia, que essas Entidades espirituais, aproveitando do desconhecimento de seus seguidores, implantam uma série de absurdos a respeito do assunto, provavelmente com o único intuito de desmoralizar a parte científica da codificação e que precisa de ser tudo desmitificado, para tal, vejamos o que seja o aludido fenômeno quãntico:


Em linguagem bem leiga para que todos entendam o que vem a ser um fenômeno quãntico; é aquele produzido por um agente físico que atua sobre uma fonte fazendo-a vibrar, emitindo uma certa quantidade (dái o conceito de quantum energético) de energia que se propaga em ondas num meio físico.


O exemplo mais simples que se pode dar e o de uma corda de violão (fonte) tocada pelo dedo do músico (agente físico) que a faz vibrar emitindo o som correspondente (energia acústica) que se propaga em ondes concêntricas pelo maio ambiente e que pode ser captado pelo nosso ouvido ou por aparelhos acústicos.




O som é a frequência mais baixa de vibrações ditas quânticas e varia de 15 hz (hertz = vibraços por segundo) a 32.000 hz e a seguir, temos o ultrassom até 64.00 hz. Acima dessas vibrações temos as térmicas, provocadas por vibrações ditas anômals da molécula que fazem com que a temperatura o corpo aumente. Via até 1 megahtz a partir do "ue" teremos as ditas OEM )ondas eletromagnéticas, desde as de telegrafia por fio, rádio de tv, a luz, até as ondas catódicas, cujas ondas cósmicas seriam o limite conhecido pelos nossos aparelhos. Há tabelas em livros dos respectivos comprimentos de onda.










Como bem diz o articulista de Correio Fraterno, isto nada tem que ver com os fenômenos espiríticos (ou mediúnicos), muito menos com o desencarnados que jamais poderiam ser um agente físico do nosso domínio, embora certos "sábios" espirituais, por médiuns famosos, digam ao contrário.







Primeiramente, o desencarnado não é nenhum agente físico do nosso domínio material e, como tal, sem o auxílio do médium, jamais poderá atuar em nosso meio. Sequer se comunicar conosco. Depois, orque, se ele usa energia de fonte mediúnica, já está manipulando um fenômeno que não foi por ele produzido, mesmo que comande o efeito, ou seja, realize o seu desejo. E finalmente, o domínio espiritual não ocupa espaço dentro do domínio material, ou seja, não pertencendo a ele, o desencarnado só tem condição de interagir conosco mediante este auxílio mediúnico, logo, ele jamais pode ser considerado como sendo um agente físico atuante em nosso dito domínio.



Passemos ao estudo do mediunismo: - Embora tenha sido Kardec o que primeiro apresentou uma análise e um estudo técnico do fenômeno que ele próprio denominou de mediúnico, Foi A. Akzacof, russo de origem, radicado na Alemanha que apresentou um estudo didático classificatório desses fenômenos que ele chamou de espiríticos - provocados por um desencarnado - a fim de diferenciá-los daqueles que seriam atributo do próprio encarnado e que tamém é conhecido como fenômeno anímico, ou seja, produzido sem influência ou necessidade da presença do dito Espírito de um morto. E a telepatia é o exemplo mais conhecido. A classificação do próprio Akzacof é enorme.




Na classificação recomendada, os ditos fenômenos mediúnicos ou espiríticos se dividem em tres classes, a saber:


1 - Fenômenos capto-receptivos, onde o médium capta ou recebe influência do desencarnado, com o que produz o dito fenômeno e sob ação do mesmo o intermediario pode apresentar uma série de predicados inerentes ao manifestante. São destaques a psicografia e a psicofonia onde o desencarnado passa sua mensagem escrevendo ou falando seu pensamento. Com outras formas e recursos. Ainda temos um outro grupo onde o médium sob influência do desencarnado realiza fenômenos fora de seu alcance físico, como a visão à distância além de predicados estranhos, como no caso da quiromancia, a rabdomancia, leituras transcendentais com uso de cartas (tarô) ou bolas de cristais, enfim, onde vê coisas fora de qualquer alcance; e há ainda um terceiro grupo onde o médium usa de seus sensores para captar sons e outros efeitos físicos inexistentes no meio ambiente.


2 - Fenômenos aquisitivos, aqueles onde o médium adquire propriedades paranormais sob influência de desencarnados, incluindo múltiplas personalidades, aenoglossia, transfigurações psíquicas e estigmatizações diversas, além de dotes predicatios, artísticos, enfim, predicados que só possuam em transe mediúnico.


3 - O terceiro grupo, dito de efeitos físicos, erroneamente chamando seus fenômenos de "materializações" ectoplásmicas - nem uma coisa, nem outra - onde o "fantasma" ou aparição mediúnica se mostra configurado como se estivesse em seu corpo, atuando de forma própria, com uso de energias captáveis por instrumentos como o espectrógrafo e que foram que exclusivamente estudados por W. Crookes que nos lega toda base de conhecimento que se possa ter a seu respeito.






O que se pode garantir é que á muita mistificação a respeito deste tipo de fenômeno mas que pode ser facilmente desmascarado com uso de aparelhagem de controle, porque tais fenômenos só existirão se possuirmos um médium capaz de gerar a aludida energia que os "fantasmas" usam para se personificar, tangíveis ou não e que necessita, ainda de um segundo médium polarizador, sem o que não existirá a corrente energética que produza as ditas parições e que mais.



Este é um resumo dos fenômenos espíríticos ou mediúnicos) onde tais "sábias entidades espirituais" ditam cátedra dizendo dizendo uma série de barbaridades a respeito do mesmo, incluindo a falsa informação de que eles sejam ectoplásmicos, como informou Ch, Eichet na nona edição do seu Traité de Metapsichique. 


E tudo isto aqui exposto nada tem que ver com energia quântica como alegam estas "sábias" - ou insipientes - Entidades através de médiuns famosos.     



Carlos de Brito Imbassahy, é físico, espírita, seguidor rigoroasamente da doutrina dentro do que escreveu e determinou Allan Kardec, filho do escritor e advogado, Carlos Imbassahy, que traduziu as obras básicas e faleceu em 1969. Carlos de Brito, é critico e polemista, em relação ao espiritismo no formato do Brasil, onde participa de vários debates pela internet, escreveu também várias obras do espiritismo, e sobre os efeitos físicos, mora hoje em New York, USA, e colabora com nosso blog, sua página de figura pública na internet é pelo facebook Carlos Imbassahy, onde conversa e explica sua visão sobre a temática espírita.

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