quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

CONTRIBUIÇÃO AO PENSAMENTO ESPÍRITA - POR NUBOR ORLANDO FACURE

1 - As funções da pineal, vistas por um neurologista inclui ligações com a sexualidade na adolescência, com nossos ritmos de acordar e dormir e finalmente com a pigmentação da pele. O Hormônio da Pineal, a Melatonina é clareador da pele.
Compreendida a partir do plano espiritual, os autores espirituais nos revelam um outro paradigma fisiológico para a Pineal.
Sua interação física e espiritual introduz uma nova compreensão dos fenômenos de ação da mente sobre o cérebro.




2 - Sugeri o nome de “fenômeno espírito-somático” a um grupo de fenômenos onde a atuação do chamado “fluido mental” tem papel preponderante, com particularidades que estão muito acima das limitações, por exemplo, dos neurotransmissores que todos conhecem agindo no cérebro físico


3 – Organismos inferiores, como uma bactéria, não precisam renascer bactéria. Seu material genético “espiritual” pode ser incorporado a outros seres vivos mais ou menos complexos – fazendo complementação proteica em outros tipos de células


4 -Os conhecidos “centros de forças” ou “chacras” difundidos pela cultura indiana, tem provável correspondência no cérebro com os “sistemas difusos” de atividade cerebral – descritos pelos neurologistas

O chacra cerebral de localização frontal estaria ligado ao sistema dopaminérgico.

O chacra coronário ao sistema endócrino pineal e o eixo hipotálamo-hipofisário (hormônios)

Os chacras plexuais (laríngeo, gástrico, esplênico, genésico) estão ligados ao sistema nervoso autônomo (adrenalina e noradrenalina).


5 -A mediunidade é um automatismo cerebral complexo com a participação orquestrada de duas mentes interdependentes. Os núcleos da base e o lobo frontal são as principais áreas desses automatismos.


6 – André Luiz ensina que nosso psiquismo na mediunidade processa sintonia, condicionamento, aceitação e sugestão como indispensáveis ao fenômeno mediúnico. Eu incluiria a Teoria de mente com estimulação dos neurônios espelhos e o aprendizado , todo automatismo que permite a transmissão mediúnica passa antes por um treinamento.


7 – Nos médiuns pintores o aprendizado cria nos centros de automatismo cerebral (núcleos da base e região pré-frontal) um programa específico para a capacidade de pintar. O Espírito pintor, artista de talento, traz pronta a sua tela que é resgatada para o plano físico dentro deste programa automático pertencente ao médium. Como o Power-point resgata as imagens da nossa câmara fotográfica o médium “copia” automaticamente a tela do pintor espiritual

No que concerne a mistura das tintas e sua expressão na tela, deve ocorrer outro tipo de fenômeno uma mediunidade de “efeitos físicos” que “obriga” a tinta a obedecer as misturas que a mente do pintor determinou.


8 - Diversas situações clínicas como a histeria, a hipnose, a narcolepsia, o membro fantasma, a anorexia nervosa, podem expressar a existência de um corpo mental que obedece a uma fisiologia distinta da que ocorre com corpo físico.


9 – Na literatura a definição de mente costuma ser complexa, discordante e contraditória. Freqüentemente é interpretada com sendo a própria consciência. André Luiz tem a mente como sinônimo de Espírito. Para mim, a consciência é uma propriedade da mente que nos permite identificar e interagir com o meio interno e externo que nos atinge. Essa propriedade vai se constituindo com a progressão da evolução dos seres vivos. Assim como um elemento simples como o oxigênio ou o carbono tem determinadas propriedades, esses mesmos elementos, à medida que se combinam compondo substâncias cada vez mais complexas, como por exemplo proteínas, se enriquecem com outro padrão de propriedades. A consciência implica, então, na aquisição de uma organização mais ampla e complexa de um mesmo elemento.


10 – Nossas memórias são eternas. No mundo físico, aprendemos que “nada se perde, tudo se transforma”. No mundo mental, pensamentos e idéias vibram para sempre.


11 – André Luiz ensina que o Espírito produz o pensamento e o transfere ao cérebro físico atuando sobre os corpúsculos de Nissl. A neurologia esclarece que esses corpúsculos correspondem ao retículo endoplasmático rugoso, que está encarregado de transcrever proteínas que participam da membrana celular e enzimas que participam da química dos neurotransmissores. Parece então, que, podemos sugerir, que, o próprio Espírito tem em suas mãos o poder de construir o tipo de neurônio que lhe convém.


12 – A reencarnação não se processa numa trajetória linear. As idéias de “vidas sucessivas e o progresso constante do átomo ao arcanjo”, parecem sugerirem isso.

Assim como ocorre em qualquer organismo vivo, onde, do ponto de vista material, o que interessa é levar adiante os seus genes, para o princípio espiritual o que interessa é ocupar um corpo qualquer, para viver. O próprio material genético já conquistado não nos deixaria retroceder. As aquisições são progressivas. Aptidões, habilidades, instintos e conhecimento estão aprimorando genes. A trajetória que eles vão seguir é ascendente, mas, seguramente tortuosa.


13 – Fisiologia do bem estar

Da mesma maneira que os fisiologistas descreveram a reação de alarme para luta ou fuga, nosso cérebro deve ter um programa de Bem Estar – provavelmente dependente da Glândula pineal e seu hormônio que tem a propriedade de nos levar ao Êxtase


As opiniões aqui expressa são de responsabilidade do autor não necessariamente da Doutrina Espírita





Nubor Orlando Facure, é médico e Neurologista, é espírita, escreveu vários livros sobre o cérebro, a medicina, e vários livros sobre o Espiritismo, médico renomado, ex diretor da Unicamp, é hoje presidente do Instituto do Cérebro em Campinas, Facure viveu 50 anos de sua vida ao lado de Chico Xavier, amigo pessoal do famoso médium, é testemunha de fatos importantes da doutrina, segue a codificação de Allan Kardec, escreve para suas páginas na internet, em vários sites como convidado, é colaborador e incentivador deste blog, atende pelo facebook seus milhares de amigos pela página Nubor Orlando Facure, e os e-mails e outras questões podem ser enviados para seu endereço lfacure@uol.com.br ., Nubor Facure, o médico e o espírita todos os meses nos deixa importantes relatos e textos.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

A PARÁBOLA DO AVARENTO - Por Julio Flávio Rosolen





"16 – Então lhes contou esta parábola: As terras de um homem rico produziram muito fruto. 17 - E ele discorria consigo: Que hei de fazer, pois não tenho onde recolher os meus frutos? 18 - E disse: farei isto: derrubarei os meus celeiros e os construirei maiores, e aí guardarei toda a colheita e os meus bens e 19 - direi à minha alma: Minha alma, tens muitos bens em depósito para largos anos; descansa, come e bebe e regala-te. 20 - Mas Deus disse-lhe: Insensato, esta noite te exigirão a tua alma; e as coisas que ajuntaste para quem serão? 21 - Assim é aquele que entesoura para si e não é rico para com Deus". (Lucas, XII, 16-21)


INTERPRETAÇÃO



Que o sublime Rabi vos inspire, despertando as vossas consciências par o bem.
Naquela tarde, o Mestre, depois de abençoar e levar conforto a um campo de leprosos voltava cansado à casa de Maria.
Esta, saudosa, pois há muitos dias que não via o seu filho tão querido, recebeu-O com lágrimas nos olhos e, abraçando-O, levou-O para que ceasse e, depois, descansasse dessas jornadas tão penosas.
Como sempre acontecia, a família reuniu-se à sua volta e alguns dentre eles não compreendiam que o Mestre gastasse todo o seu tempo e a sua saúde em meio aos doentes, junto àquelas turmas sofredoras.


E um dos irmãos do Mestre querido, não se conformando com o seu desprendimento das coisas materiais, tentou chamá-LO à vida em que vivia, falando dos bens que conseguira amealhar. Comparava o que já tinha conseguido ao do Mestre, que nada tinha de material para apresentar.
Como poderia alcançar uma posição na sociedade do momento, vivendo naquela pobreza, sem a menor preocupação de guardar moedas e bens que iriam garantir o seu futuro? O Mestre olhou-o fixamente e, num ar de tristeza, contou esta parábola.


Meus irmãos! Minhas irmãs! Todos nós, quando ainda perambulamos pela Terra, temos grandes preocupações com os dias futuros. Teremos o amanhã; queremos garantí-lo, amealhando os bens materiais; mas quem se lembrará de amealhar os bens espirituais, quando sentir o chamado para a verdadeira vida?
Como na parábola, nós não sabemos o dia em que o Senhor dará por finda a nossa peregrinação no planeta Terra.


Acontece, então, que ao transpormos, ao rompermos o casulo terreno, temos necessidade de um desprendimento total de tudo aquilo que pertence à Terra. O que nasceu dela, com ela ficará e o que nasceu do espírito, com ele partirá.
Este é o momento penoso para aqueles que ainda, presos aos liames da Terra, não querem deixar todos os bens que conseguiram obter. Partem com a preocupação de quem irá usá-los.
Meus irmãos, minhas irmãs! Como o Senhor nos faz sempre sentir, é preciso despojarmos-nos do apego excessivo todos os bens materiais, das vestimentas carregadas de vibrações de egoísmo, de ódio e de rancores, para segui-LO sem temor, porque aqueles que confiam no Pai, não sentem a presença da dúvida. Têm fé; compreendem que o amor de Deus é uma força poderosa capaz de salvar todas as almas por mais entorpecidas que estejam. Um dia, esse fluido de amor despertará todos eles para a verdadeira vida.


Não vos preocupeis, portanto, com os dias do porvir. Eles serão uma consequência dos dias de hoje e quem confia não sentirá o temor.
Porque, então, essa preocupação que sentimos nos ambientes domésticos da Terra? Dos pais que temem a sorte dos filhos e, muitas vezes, fazem loucuras para garantir o seu futuro? Certo é que cabe aos pais prepará-los através de uma boa educação, de bons princípios, de bons exemplos, para que amanhã eles possam separar e escolher o caminho certo a ser seguido.

Não é necessário, porém, apelar para a avareza, porque ela traz consigo a prisão dos tesouros amealhados. Ela traz como consequência o egoísmo e a criatura, por temor que lhe roubem os fardos preciosos, deixa-se vencer por sentimentos mesquinhos, não tendo tempo para cuidar da sua vida espiritual.
O meigo Rabi, olhando para seus irmãos, compreendeu que o desprendimento lhes seria penoso, como o de todas as criaturas que não vivem para Deus; vivem apenas para si e estas criaturas, quando em frente à verdadeira vida, esta que todos terão que enfrentar ao deixar as paisagens terrenas, sentirão um momento de dor, porque terão de voltar para dentro de si e procurar, não os tesouros materiais, mas os tesouros espirituais, para devolvê-los ao Pai.


Quando uma criança nasce, que traz consigo?
Um corpo, cujos órgãos trabalham em harmonia; traz tudo para crescer; evoluir, tornar-se um elemento útil no meio em que vai viver e tudo isso, a quem devemos? Quem nos forneceu esta parte de vida, senão o Supremo Poder?
Se tudo é pensado e cuidado com tanta minúcia e perfeição, porque os homens se perturbam com os seus pensamentos de vaidade e de egoísmo?
A evolução humana far-se-á paralelamente entre a material e a espiritual. O Senhor, que não se descuida da espiritual, também cuidará da material. É necessário apenas força de vontade, perseverança e, sobretudo, confiança nos desígnios de Deus.


Todo aquele que sentir esta confiança, lutará cada vez mais para dominar os seus ímpetos, a sua parte negativa.
Não sejamos o avarento da parábola.
Confiemos na bondade do Pai Celestial.
Procuremos desenvolver o nosso espírito, através dos bons pensamentos, que são a fonte dos bons empreendimentos, das boas ações.
Quem pensa mal do seu semelhante, pensa mal de si próprio. Verá nos outros, como num espelho, a sua própria imagem.
Queridos irmãos, queridas irmãs! Entesouremos as graças de Deus através do bem que pudermos espalhar em nossa caminhada!



Lembremo-nos sempre de que cada vez que estendemos a mão, cada vez que ajudamos, estamos recebendo em dobro.
Não vos preocupeis exclusivamente em amealhar o que ficará na Terra.
Usai desses bens com parcimônia, para não correrdes o risco de a eles vos apegardes demasiadamente e que, ao primeiro chamado do Pai, possais voar como plumas e responder serenamente:
- Aqui estou Senhor! Que se cumpra em mim a tua santa vontade!
Que a Paz do Senhor permaneça e vossos corações!


(Extraído do livro: As Divinas Parábolas – Autor: Samuel (Espírito), médium: Neusa Aguiló de Souza – Centro Espírita Oriental “Antônio de Pádua”, Recife, PE – 1982, p. 125-129).



JULIO FLÁVIO ROSOLEN é Espírita, participa da Sociedade Espírita Casa do Caminho (SECCA), em Piracicaba, Estado de São Paulo, é Coronel (da reserva) do Corpo de Bombeiros e colabora com o nosso Blog.



sexta-feira, 21 de novembro de 2014

NUNCA ESPERE DEMAIS DE OUTRA PESSOA - Por David Chinaglia



Estimados amigos de jornada espírita, de vida no planeta Terra, ao longo de meus 56 anos de idade, fui depurando aprendizado dentro da fé, e da doutrina espírita.
Tive lá, meus momentos de conflitos, de "guerra", mas, me sinto um privilegiado, por hoje entender melhor algumas coisas, e ainda estar me melhorando.





Lendo Kardec, em o Livro dos Espíritos, percebo que o codificador em suas perguntas aos imortais, sempre quis dar as respostas aos viventes como diz minha querida sobrinha Thaz.
O problema é se "os viventes" querem mesmo saber as respostas.
Nosso grande problema é não confiar em nós mesmos, hoje é comum, você ouvir de uma mulher vou ao cabeleireiro, fazer tudo, porque "fulana" vai estar no evento e vai falar de todo Mundo.

Que falta de respeito a si, penso eu quando hoje escuto estas coisas.
Primeiro que cuidar do corpo e da beleza pensamos e sabemos hoje além de haver a necessidade do comedimento é preciso faze-lo por nós, e não para chamar atenção para terceiros.
Certa vez conheci o amor, aliás estive com ele, em pelo menos dois momentos da vida com pessoas diferentes, uma destas pessoas, divorciada ouviu da sua cunhada e amiga, "querida aprenda a gostar de quem te acha bonita de toalha na cabeça".
Quando a moça me contou tal comentário, guardei no arquivo de memória, porque existia um aprendizado ali.
Normalmente os homens costumam elogiar mulheres que estão altamente produzidas e bonitas.
O comentário da cunhada desta mulher, era para ela valorizar, quem gostava dela "ao natural", o tal termo: " toalha na cabeça ", era apenas uma forma de se referir ao quando estamos em casa, no caso delas mulheres, algumas o hábito de enrolar o cabelo na toalha para seca-lo, uma cena que poucos homens vão elogiar.
E estes poucos são os que são mais lembrados ? nem sempre, com esta mesma pessoa certa vez perguntei, porque ficou tanto tempo comigo, e ela respondeu: "meu deus você prestava a atenção até na cor dos meus esmaltes."(risos).

O Problema não era eu, em si, mas meu antecessor, que apenas nada falava,
Acredito que  quando amamos ou gostamos de alguém olhamos tudo, até olheiras, esmaltes, ou corte de cabelo, quando a pessoa é apenas mais um, em nossa vida, não olhamos, e se não olharmos é porque não amamos para ver detalhes.
O tempo e vento passou, e esta moça passou por minha vida, aprendi muito com ela, e hoje uso isto aqui para ensinar alguém, onde foi que errei ?
Foi em esperar demais de alguém que nem sabia o que era amor, quando mais ser amada.


Ao longo da vida nos confrontamos com esta questão, de esperar demais, de um amor, de um esposo, de uma esposa, de um amigo, de um filho, filha, as vezes até mesmo de um pai ou mãe, outras tantas até da nossa fé, ou da casa espírita.
Na verdade sofremos porque apreciamos reações iguais a que teríamos, e isto é impossível.
José Carlos de Lucca, grande espírita e escritor, diz: "Igual á você, só você, não existe no Mundo todo uma pessoa igual a você".
Do ponto de vista espiritual, saindo da relação afetiva aqui usada apenas para exemplo, não devemos ir a não ser pelo caminho real, de esperarmos apenas o que depende de nós.


A doutrina prega, amor, caridade, doação, perdão, ensinamentos, e estudo, de nada adianta um ser ir a uma casa espírita, esperando que o médium seja ele vidente ou não, vá solucionar sua vida.
Muitas vezes o atendente fraterno, dará a orientação que recebeu dos espíritos que com ele trabalham, mas, na maioria das vezes usa seu ponto de vista, pessoal sua forma de ver a vida, o que ele faria.
O assistido sofre com isto, mas não tem outro jeito, funciona assim, logo não espere demais do médium, ele está ali para vos dar uma direção, não a solução de sua vida.
Jamais espere que um centro espírita vá mudar sua vida financeira, afetiva, ou familiar, irá sim criar condições se você se equilibrar, de você mesmo resolver seus problemas.
Geralmente vamos uma casa espírita, ou igreja, desesperados, não existe milagre, Deus não fornece carros, nem casa, nem melhoria financeira para ninguém.
Apenas encontramos a calma, a razão, o equilíbrio que nos faltava, nos harmonizamos, e nós mesmos iremos resolver nossos problemas.
A ajuda do nosso mentor, ou amigos espirituais, também é limitada, pelo livre arbítrio
Pois lembre nossas escolhas sejam quais forem são respeitadas.
Porque?
Porque quem responderá pelo plantio somos nós, ele é livre dizia o mestre amigo Jesus, porém um dia vem a colheita, que é obrigatória.
Chico Xavier e Emmanuel diziam algo que André Luiz sempre disse, "não existe vítimas", nem injustiçado.
Pelo principio espírita tudo que passamos hoje de ruim, já causamos, as vezes sem saber nesta própria encarnação.
Logo não espere nada de ninguém nem de Deus, nem dos espíritos, nem de outro ser humano, tenha fé, acredite em ti, busque seus valores, o que é teu é teu, e está reservado, na hora que estiver pronto tudo virá, orar e vigiar sempre, é muito amplo, desde atitudes até pensamentos.
Portanto em frente, a jornada é longa ou não, você não sabe onde estará na próxima hora, nem se vivo vai estar.
Faça um favor a sua saúde mental e espiritual, pare de chorar pelo passado, já foi, não volta, reserve apenas as boas lembranças para vez ou outra, siga em frente, ser feliz é o processo de viver, não depende de outra pessoa, depende primeiramente de você amar a você mesmo.
Sim de  respeitar a si mesmo, os demais encontros e oportunidades, virão de acordo  com suas atitudes.



 David Chinaglia, é espírita, palestrante, pesquisador e divulgador da Doutrina Espírita nos conceitos do codificador Allan Kardec, é editor e colaborador deste blog, atende pelo e-mail davidchinaglia@gmail.com, e no Facebook divide os informes espíritas pela página David Chinaglia.


**As fotos postadas aqui são meramente ilustrativas, retiradas da página pública da Internet, sem domínio, ou de arquivo pessoal do autor do texto.**

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

SERÁ QUE O IMPORTANTE É SER FELIZ MESMO? - Por Roosevelt A. Tiago



É comum ouvirmos as pessoas, sejam artistas ou pessoas comuns, dizerem para justificar seus atos de que: “o importante é ser feliz”, no entanto será isso uma realidade? Vale mesmo a felicidade a qualquer custo?
Quantas vezes ficamos em situações difíceis e constrangedoras como resultado de uma ação realizada em nome da felicidade.

Conhecendo a Doutrina Espírita essa sentença tem necessidade de revisão, afinal de contas, felicidade inconsequente ou motivada pela saciedade dos nossos instintos é porta de entrada para muitas infelicidades.





Este tipo de felicidade é tão passageira quanto superficial, mais parecemos felizes do que realmente somos. É ser feliz à maneira dos animais, como ensina a questão 777 de O Livro dos Espíritos, pois a felicidade não está na satisfação dos instintos.
 Para ser feliz de verdade, muitas vezes fazemos o que não queremos, mas entendemos ser correto fazer.
Felicidade é na verdade resultado, efeito de uma conduta reta e nobre. Resistimos aos impulsos primitivos que muitas vezes ainda nos cercam e nos sentimos felizes justamente por não fazer o que temos vontade. Desta forma é que entendemos que a felicidade nem sempre está imediatamente conosco, pois reflete nosso adiantamento moral e espiritual.
É fundamental analisar a questão 920 de O Livro dos Espíritos pelo esclarecimento que ela encerra: “Pode o homem gozar de completa felicidade na Terra?”
E a resposta expressa dilatada lucidez: “Não, por isso que a vida lhe foi dada como prova ou expiação. Dele, porém, depende a suavização de seus males e o ser tão feliz quanto possível na Terra”. 
Na análise do conteúdo acima, fica evidente de que devemos buscar a felicidade, certamente, mas sempre pautada pelos nossos valores e tendo o aval da própria consciência que sempre coloca limites.


Na orientação do capítulo XVII de O Evangelho Segundo o Espiritismo que pede: “Sede Perfeitos” aprendemos que na busca da perfeição, ou pelo menos na melhora constante, está o caminho da felicidade real, pois de nada vale uma felicidade fictícia e que da mesma forma acrescenta dores.
Desta forma, o importante não é ser feliz a qualquer custo, mas buscar a felicidade obedecendo as diretrizes morais, o que significa muitas vezes, abrir mão de uma felicidade menor e imediata, por uma mais distante, mas que seja real e resultante de uma conduta enobrecida, pois é buscando a felicidade dessa forma, que se acaba sendo feliz sem buscar. 




Roosevelt A. Tiago, é espírita, dirigente, palestrante, escritor de vários livros que nos dão uma visão da Doutrina Espírita, e do Movimento Espírita, obras que nos cedem exemplos de vida, e de conduta, hoje um dos conferencistas mais procurados pelas Casas espíritas do Brasil, escreve em vários sites, é colaborador deste blog, e sempre nos cede matérias interessantes..

www.roosevelt.net.br


terça-feira, 18 de novembro de 2014

REENCARNAÇÃO E PROFISSÃO - POR RICHARD SIMONETTI





1 – Todos reencarnamos com uma profissão definida?

Pode acontecer, mas nem sempre há margem para escolha. Se o Espírito reencarna entre camponeses, em distante rincão, dificilmente deixará de ser um trabalhador do campo. 







2 – Na vida urbana há mais opções?

Sim, mas levando-se em consideração as aquisições pretéritas. Seria pouco produtivo, por exemplo, vincular o reencarnante à cirurgia neurocerebral, área médica altamente especializada, se jamais foi discípulo de Hipócrates.



3 – A competência profissional teria algo a ver com reencarnações pretéritas?

Tendências inatas e habilidade para determinada atividade profissional revelam vivências passadas. O que fizemos com assiduidade no pretérito, faremos com desenvoltura no presente.

4 – Podemos dizer que o melhor profissional será sempre aquele vinculado a atividades que exercitou anteriormente?

É algo ponderável. Não obstante, mais importante que a habilidade conquistada no passado é o empenho do presente. O melhor profissional nem sempre é o mais experiente, mas o mais dedicado.




5 – Não seria produtivo que, além da dedicação, procurássemos nos vincular a atividades para as quais temos facilidade, em virtude das experiências do pretérito?

Em termos, considerando-se que a própria evolução da sociedade humana impõe novas opções. Isso ocorre particularmente na atualidade, em que o trabalho braçal vai sendo substituído pela tecnologia. Hoje somos chamados ao exercício da inteligência, em atividades ligadas à informática, a partir da revolução disparada pelos computadores. Isso tudo constitui novidade para nós.




6 – A genética tem algo a ver com a habilidade profissional?

Pode acontecer. Notamos que determinados profissionais possuem uma estrutura física adequada ao exercício de sua profissão. Grandes cirurgiões, por exemplo, têm um sistema nervoso bastante estável e grande habilidade manual, fundamentais à cirurgia.

7 – Isso seria determinado pelo acaso, na combinação dos elementos hereditários?

Deus não combina elementos hereditários como quem joga dados, mesmo porque a biologia é instrumento de Deus, não a sua limitação.






8 – Como Deus atua, biologicamente, para preparar o corpo de um cirurgião?

Técnicos da espiritualidade estudam os componentes genéticos dos pais e selecionam aqueles que melhor se ajustem às necessidades do reencarnante, dando-lhe uma estrutura física adequada à atividade que irá exercitar.


Richard Simonetti, 80, é espírita, escritor, dirigente, e palestrante da doutrina espírita pelo Brasil, escreveu inúmeros livros sobre o tema, se tornando um autor famoso e respeitado, viajou o Mundo divulgando o Espiritismo de Allan Kardec, tem sua página no Facebook, Richard Simonetti, é amigo e colaborador deste blog, se tornando um dos mais lidos desde que aqui escreve.
Richard responde perguntas pelo e-mail: 

richardsimonetti@uol.com.br

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

A HORA DO LIVRO ESPÍRITA - CULTIVE ESSE HÁBITO, DIVULGUE ESTA ÍDEIA - Por Nubor Orlando Facure

Já fazem 10 anos que sistematicamente, infalivelmente, percebo minha esposa levantando às 5 da manhã e durante uma hora se dedica a leitura de obras espíritas.
É apaixonada pelos livros da Yvonne Pereira – Sublimação, A tragédia de Santa Maria, Memórias de um Suicida, O Drama da Bretanha.




Tudo começou após o falecimento do nosso filho José Roberto.
Fomos abençoados por ouvi-lo 15 dias após seu desencarne nas palavras e descrição da médium Silvia Paschoal. Ele nos alertava na ocasião para a necessidade do estudo.



Vale a pena o Espírita retribuir o esforço do Livro Espírita em benefício da nossa evolução. A paz no Mundo só será alcançada com a paz de Espírito de cada um de nós. Acostume-se a essa rotina, levante uma hora mais cedo, aproveite melhor essa encarnação, não postergue seu crescimento, as horas passam rápido demais e as oportunidades são fugidias – Acrescente na sua vida a HORA do Livro Espírita...



Nubor Orlando Facure, um dos grandes neurologistas do Brasil, médico de renome Internacional foi Diretor da Unicamp, professor, é diretor do Instituto do Cérebro em Campinas, durante 50 anos de sua vida, foi amigo, e seguidor de Chico Xavier, viveu o milagre de Uberaba, tem histórias fabulosas da vida além da vida, fatos, escreveu livros, fez palestras pelo Brasil e pelo Mundo, médico e amigo da grande espírita Therezinha de Oliveira, é testemunha vida de grandes fenômenos dentro da doutrina espírita do Brasil, e vive um momento de novas participações e ensinamentos dentro do Espiritismo, é colaborador deste blog.

Nubor Orlando Facure (Facebook)

E-mail : lfacure@uol.com.br

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

DEUS E O LIVRO DE CRISTAL (MINHA CONTRIBUIÇÃO PARA EXPLICAR O DESTINO DOS HOMENS) Por Nubor Orlando Facure




Conheci a roça lá na minha terra quando ainda era criança. Aquele mundaréu de coisas bonitas que cresciam na terra e as flores que brotavam nas árvores, os bichos que se escondiam no mato e a criação que vivia nos cercados da fazenda. Aprendi que tudo que existe na roça só está ali porque Deus deixou crescer e viver no mundo que Ele criou. Falando de outro, modo eu acho que Deus “pensou” o mundo, é por isso que nós somos tão diferentes uns dos outros. Aqueles caipiras iletrados que cuidavam da roça conheciam todas as Leis de Deus sem nunca terem lido livro nenhum - Porque tem hora certa para levar as vacas para tirar o leite? Porque certas plantas não podem tomar Sol? Como que eles sabem a hora certa de cruzar os porcos para nascer os leitõezinhos? As aves e os bichos tem truques para se esconder e se proteger, mas, o povo da roça descobriu todos esses segredos.
Depois que eu cresci fui conhecendo gente e mais gente – cada um me contando um caso de felicidade ou de tristeza. Gente rica que depois de um tempo ficou pobre. Gente tão feliz que de repente morre de um acidente na estrada sem qualquer explicação. Gente que os pais deram tudo de bão, mas, que nunca quiseram retribuir com estudo ou serviço. Gente que se amava tanto que até parecia adoecer na ausência de um ou de outro mas, que as juras de antigamente foram se perdendo e hoje estão separados. Gente que sofre carregando um filho retardado nos braços e os olhos parecem secos de tanto que já chorou. Gente que nasceu e viveu juntinho na mesma casa e depois cada um vai para o seu lado para nunca mais se ver. Gente que foi educada nas Faculdades e
depois desanda a mentir e a roubar o dinheiro que não é seu. Gente que a mãe amamentou sem descuidar e que hoje quase nem come a comida que ela faz, trocou tudo pelas drogas. Gente que desde criança ia na Igreja com a mãe e que hoje fica vagando de uma casa para outra trocando seu corpo por um pouco mais de dinheiro. Gente que nasce e cresce lá naquela roça da minha infância e passa a vida aprendendo as Leis de Deus escritas ali nas plantas e nas criação que conversam em segredo com eles.



Depois que Deus acabou de “pensar” o Mundo ele olhou para os Homens e as Mulheres e resolveu que tinha de dar um jeito de instruir e educar essa gente toda. Então Ele fez um Livro de Cristal. Para todos os bichos, para todas as coisas Deus tem um Livro onde escreveu todos os seus segredos. Para o Homem foi esse tal de Livro de Cristal – e foi nele que Deus esparramou todos os homens e todas as mulheres.
Ë por isso que vivo dizendo para aquela gente que me consulta:
Mãe, no Livro de Deus ninguém se perde, sua dor é porque ele está ocupando outra página do Livro de Cristal. Deus ti deixa ver seu filho mas, ele não é seu, não é da sua página
Quanta gente que parece ser amiga e depois de uma decepção atrás da outra mostra quão distante era nossa página da dele
Casamento une os corpos, até mesmo as Almas, mas não garante que a gente vai viver na mesma página do Livro de Cristal
Tem desastre na estrada que faz morrer onze e deixa escapar só um, mas é justamente esse que estava noutra página do Livro de Cristal
Toda noite eu digo a Deus, que se eu não pude fazer as escolhas que Ele ao menos deixe na minha página as pessoas que convivendo todo dia fui aprendendo a amar.


Nubor Orlando Facure, médico, Neurologista, Diretor do Instituto do Cérebro em Campinas, SP, é espírita, escritor, pesquisador, durante 50 anos de sua vida, conviveu como amigo e seguidor de CHICO XAVIER, viveu histórias, é testemunha vida do MILAGRE DE UBERABA MG, é colaborador deste blog, e com seu texto abrimos a nova fase de matérias para o fim deste ano de 2014 e abertura de nosso terceiro ano dentro da rede da Internet.

Ifacure@uol.com.br

Nubor Orlando Facure - Facebook

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

QUE TIPO DE ENERGIA ESTOU EMITINDO ? - Por David Chinaglia


Companheiros de jornada no planeta Terra, em tempos complexos para nós, encarnados, onde vivemos momentos tensos nas casas espíritas, com nossa fé, com a forma de encarar as problemáticas da vida, porque estamos sempre tão mal, precisando de ajuda espiritual, socorros, passes, atendimentos fraternos, porque?






Quando olhamos uma mensagem do Bispo de Bordeaux, no ano de 1862, do Evangelho Segundo o Espiritismo, vemos uma das frases do texto de João, assim descrita:

"Sede indulgentes para as faltas alheias, quaisquer que sejam; não julgueis com severidade senão as vossas próprias ações, e o senhor usará de indulgência para convosco, com asastes para com os outros"

Muito se pegarmos a partir daqui, vemos que a energia que está gravitando em nós, geralmente vem por ações que não conseguimos perdoar em terceiros, na sociedade, na família, e em nossos compromissos.
Vivemos tormentos, pelos erros do passado, não conseguimos perdoar e alguns de nossos algozes o que é pior já morreram, estão noutra, e nós estamos aqui ainda remoendo, o que podemos trazer para perto de nós então?
Bons espíritos ?
Boas energias ?

Claro que não, se vivemos em sexolatria, em busca de amores impossíveis, em busca de vingança, com raiva, magoa, falta de perdão, negatividade, iremos trazer o mal, viveremos doentes, pertubados, com insônia, dores na costas, estomago, e não adianta tomar passe espírita em dose cavalar, só mudará quando mudarmos os pensamentos, e as nossas atitudes, acredite o Universo atua para você e não contra você a natureza é uma forma de você se energizar e refletir.



Estamos vendo a depressão cobrir a sociedade numa velocidade maior que o vírus fatal Ebola, vemos suicídios, doenças, revoltas, brigas, discussões, e nada muda, porque não muda a energia que estamos emitindo, e logo por sequencia recebendo.

Aprenda algo que ensinava um de meus professores espíritas, você pode odiar uma pessoa, desejar o que quiser a ela, porém se ela não estiver nem aí contigo, esta energia do mal que você gera, baterá na pessoa, não vai lhe atingir, mas sim atingir a você, é preciso isto?

Vivemos uma falta de tolerância para com o próximo, e para conosco mesmo, e o tempo vai passando, e estamos esquecendo que nossa vida corre, o dia de ontem não voltará mais, o dia de amanhã é incerto, somente o hoje é real.
O objetivo aqui com os senhores é que procurem mais um contato consigo mesmo, com vossos mentores espirituais, com a prece, com o perdão.



Jesus disse, reconcilia-te enquanto está a caminho, necessariamente isto não quer dizer para você fazer festas de amor, com um algoz, mas lhe fornecer o perdão com ele ou ela vivo, e seguir sua vida.
Emitir para você e para quem te ama, e você realmente ama, boas energias, e com isto bons espíritos, praticar a doutrina, ajudar, participar, fazer mais preces, e agradecer.

Parem de pensar na morte, os livros sobre a temática cresce a cada dia, parem de olhar para a próxima etapa da vida no plano espiritual como uma saída.
Não haverá saída se não terminar a jornada aqui de maneira positiva.

Allan Kardec codificou a doutrina espírita, não a inventou, foi apenas um seguidor de suas convicções, da sua fé em Deus, da sua confiança nas mensagens e nos deu ferramentas, para tocar a vida de forma mais adequada.

No mesmo livro citado aqui do Evangelho Segundo Espiritismo, em 1863, o espírito protetor na cidade de Bordeaux, sob o título José, nos fala da indulgência, que devemos ter para com nossos irmãos, mas que poucos praticam.
Eu iria mais longe, as vezes não praticamos nem conosco mesmo, por isto não permita que pensamentos negativos, tomem conta de sua mente seja você um homem, ou uma mulher.
Meu amigo e escritor espírita Richard Simonetti relembra Jesus, num dos seus programas, e nos diz, "pense o bem o tempo todo, não permita que pensamentos negativos vos dominem, e como disse o mestre que A CADA DIA BASTAM SUAS PREOCUPAÇÕES."

Ou seja, não busque problemas,  e não fique pensando demais siga, perdoe, tire as negativas formas de pensar de agir de perto de si, só assim conseguirá evoluir.
Lembre que o rigor desalenta, afasta, irrita, e só atrai espíritos do mal, e coisas ruins.
É hora de pararmos de responsabilizar espíritos pelas nossas atitudes, quem gera uma situação boa ou má somos nós mesmos, e algo ruim lhe está acontecendo não se esqueça é a colheita, que é obrigatória, o plantio foi livre, então tenha personalidade de não querer que resolvam mazelas feitas por ti.

Ajuda? claro sempre virá, dentro da lei da proporcionalidade, da regra que nos mantém ligados ao mundo espiritual, a vida é o importante aqui, a próxima fase está por vir, sinta-se feliz por estar aqui, com as pessoas que está, da forma que está, agradeça mais, olhe para Jesus, veja o sentido real do que significa o amor de Deus, o amor fraterno, e o faça a partir de ti mesmo, para não chegar ao plano espiritual, derrotado e apenas lamentando, sua jornada é sua jornada, sem milagres, apenas com bons momentos, e maus momentos como todos, manter sempre os mares calmos, e céu azul, depende muito da rota que for escolher.
Emita amor, emita perdão, acreditem ou não em ti, o que valerá durante a vida, e após a morte do corpo físico é o que de fato pensa sua mente, e o que sente seu coração.





David Chinaglia, 56, é espírita, palestrante, pesquisador e praticante da doutrina codificada por Allan Kardec, é editor deste blog, atende pelo e-mail davidchinaglia@gmail.com e pelo Facebook com sua página David Chinaglia.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

UM PAI DE FÁMILIA - POR ORSON PETER CARRARA



orsonpeter92@gmail.com

        Nicolas Cage é o ator principal do filme Um pai de família, lançado em dezembro de 2000 nos principais cinemas do país. O filme mostra a experiência de um bem sucedido executivo de grande banco americano. Com todo o poder nas mãos, podendo adquirir tudo que desejasse e ao mesmo tempo contando com bom número de servidores e subordinados, controlava o grande Banco com mãos de ferro. Conhecido pela grande inteligência e muita habilidade nas questões econômicas, dedicava sua vida em proporcionar lucros crescentes à empresa, que o valorizava com altos salários e invejadas mordomias. Na Noite de Natal, viu-se, entretanto, sozinho e talvez um tanto melancólico recordava-se da antiga namorada deixada há 13 anos, quando resolveu seguir a bem sucedida carreira executiva.


      A sequência do filme deixa entender que o telefonema da ex-namorada, durante o dia no escritório, fê-lo buscar recordações, embora tenha recusado atender o telefone. E nesse estado de espírito, dormiu. Dormiu e sonhou que acordava em outra vida, agora casado com aquela que fora sua namorada e pai de dois filhos. Assustado com a rotina de uma vida familiar, tentou voltar ao Banco onde não foi reconhecido. Desesperado, teve que se contentar com as dificuldades da vida conjugal, de pai de família... Embora mantendo a memória de ser o famoso executivo, não conseguia retomar a própria realidade.
      O filme desenrola-se quase por inteiro no cotidiano de uma família de classe média, culminando com o despertar de nosso personagem em sua vida real de destacado diretor do famoso Banco. O despertar, entretanto, provocou o cancelamento de inadiável reunião marcada para aquela manhã e a busca da antiga namorada, a quem relatou todo o sonho - inclusive citando nome e idade dos filhos, seus sonhos e detalhes da vida em comum. O The end deixa que o público tire suas próprias conclusões, sugerindo um reatar de namoro para transformar em realidade o sonho vivido com tanta intensidade. E há uma frase no filme que é a marca da fita cinematográfica ora comentada: Não importa nosso endereço, o importante é que estejamos juntos. A frase, muito além do aspecto romântico entre casais, indica a importância da família e da convivência entre seres afins, normalmente reunidos no contexto familiar visando o progresso, como bem definem as Leis Divinas. Fica a sugestão ao leitor para apreciação do bem elaborado trabalho.



      Podemos fazer um estudo dos tres parágrafos acima à luz da Doutrina Espírita. Podemos assistir o filme e enxergá-lo sob a ótica espírita. Vários itens podem ser enquadrados. Para efeito didático do artigo, podemos analisar a questão dos laços de família e da missão da paternidade (respectivamente questões 773 a 775 e 582 de O Livro dos Espíritos, que sugerimos para consulta do leitor). Sugerimos porque desejamos analisar o tema com mais abrangência sob outro aspecto: a dos sonhos. Embora se trate de um filme, com suas fantasias, podemos classificar o sonho de que forma?
      No mesmo O Livro dos Espíritos, as questões 400 a 421 tratam do assunto, de onde trazemos as informações seguintes dadas pelos espíritos: O Espírito jamais fica inativo durante o sono do corpo; podemos avaliar a liberdade do espírito durante o sono pelos sonhos; dispondo de mais faculdades que no estado de vigília, durante o sono - enquanto o corpo repousa - o espírito tem a lembrança do passado e às vezes a previsão do futuro; o espírito vê em sonho aquilo que deseja, porque vai procurá-lo; pessoas que se conhecem ou não podem visitar-se durante o sono do corpo, se visitarem e conversarem.
      Já na Revista Espírita (julho de 1865 - vol. 7 - edição Edicel), com o título Teoria dos Sonhos, Allan Kardec desenvolve considerações importantes sobre a questão. Destaca uma classificação sobre os sonhos e apresenta o princípio básico dos sonhos. Usando palavras do próprio Codificador, referindo-se ao Espiritismo: Demonstra que o sonho, o sonambulismo, o êxtase, a dupla vista, o pressentimento, a intuição do futuro, a penetração do pensamento não passam de variantes e graus de um mesmo princípio: a emancipação da alma, mais ou menos desprendida da matéria.
      Esta incessante atividade do Espírito durante o sono do corpo indica que muitas providências, decisões de interesse da alma são tomadas durante o desprendimento pelo sono. Apenas o corpo dorme, pois na vigília ou durante o sono o comandante do corpo é o espírito, senhor absoluto de decisões que o livre arbítrio lhe confere. Decisões que vão interferir na felicidade ou infelicidade, saúde ou enfermidade que o corpo vai experimentar, por constituir-se ele em instrumento dirigido pelo Espírito nele encarnado, como ensina a notável Doutrina Espírita. Na verdade, vivemos uma única realidade e quando na vigília estamos parcialmente bloqueados pelo corpo físico. Quando desprendidos pelo sono, desfrutamos da liberdade plena, cujas imagens e experiências o sonho registra, muitas vezes é claro de forma confusa pois o corpo não participou e o registro pelo cérebro carnal fica confuso. Entre os sonhos, e aqui usando palavras do Codificador ainda na Revista Espírita acima citada, uns há que que tem um caráter de tal modo positivo que, racionalmente, não poderiam ser atribuídos a simples jogo de imaginação; tais são aqueles nos quais, ao despertar, adquire-se a prova da realidade do que se viu, e em que absolutamente não se pensava.
      Não se confunda aqui os sonhos provenientes de pesadelos por alimentação inadequada ou provocados por imaginação excitada e até aqueles oriundos de exageradas preocupações materiais. Vamos enquadrar os casos de origem espiritual, de ativa participação do espírito.
      No caso do filme citado, excluindo-se os exageros da imaginação e da fantasia, poderá notar o leitor que tiver oportunidade de assistir, que tudo foi um sonho, mas a decisão final coube ao personagem da trama vivida, para mudar ou transformar em realidade aquilo que verdadeiramente buscava. E abrimos horizontes para outra questão básica: o livre-arbítrio, que para não alongar o artigo deixo ao leitor pesquisar nas questões 843 a 850 de O Livro dos Espíritos. Porém, a mensagem do filme fica: não importa o endereço, importante é que estejamos sempre juntos.



Orson Peter Carrara, é espírita, dirigente e divulgador da Doutrina, escritor, e colabora semanalmente com o nosso blog.

terça-feira, 29 de julho de 2014

FIDELIDADE ESPÍRITA - POR ROOSEVELT TIAGO





“Vim lançar fogo na terra; e que mais quero, se já está aceso?”
Jesus
Lucas 12:49

Fidelidade Espírita é o título do nosso novo livro e que reúne temas com reflexões importantes sobre as práticas que ocorrem dentro dos Centros Espíritas, algumas questões delicadas e outras até constrangedoras, porém todas importantes para equacionar várias dúvidas relacionadas ao que é realizado em nossas Instituições.
A modernidade e o aparente progresso acabam fazendo com que vários adeptos do Espiritismo, acabem distorcendo práticas já estabelecidas, buscando aprimorar o que nem sequer chegamos a entender.
Chegamos a ouvir Dirigentes e Trabalhadores Espíritas questionando, sobre se Allan Kardec estaria superado tanto quanto suas obras, em outros vemos a obrigatoriedade no recebimento dos “passes”, sem falar no conteúdo das palestras e livros que hoje permeiam as atividades de divulgação Espíritas.

DIRIGENTE ESPÍRITA ATENÇÃO...


O livro Fidelidade Espírita é estruturado exclusivamente para Dirigentes e Trabalhadores Espíritas, servindo de ferramenta para que a saúde das práticas Espíritas possa ser avaliada e questões básicas respondidas.
Apenas seguiremos os apontamentos de Allan Kardec se estivermos verdadeiramente convencidos de que ele prossegue atual e sem a necessidade de novidades.
A opinião de um Espírito, seja quem for, não é maior que a Doutrina Espírita, mesmo assim, o pouco estudo permite que processos estranhos e modelos ineficientes de fluidoterapia e atividades mediúnicas, sejam instaladas por que determinado Espírito orientou.
Sem entender a importância da simplicidade do que nos trouxeram os Espíritos elevados, aqueles que não possuem a mesma altivez moral, tentam suplantar a falta desse entendimento, enfeitando as práticas Espíritas com processos externos.
Sem falarmos ainda, que mesmo quando o Dirigente e ou Trabalhador reconhece que determinado comportamento está equivocado, acaba, muitas vezes, seguindo no mesmo modelo, para não admitir a necessidade de reciclagem dos processos abraçados pela Instituição.



Manter as Casas Espíritas conduzidas sobre os sólidos trilhos, edificados pelos Espíritos destacados por Jesus, é sinal de amadurecimento moral e de entendimento Espiritual, pois a grandeza dos Espíritos Superiores é justamente atestada, pela capacidade de nos apresentar realidades tão sublimes quanto simples, pois a verdade real não necessita de adereços para ser compreendida por aqueles que a desejam encontrar.
Outras informações em: www.fidelidadeespirita.com.br    







   Roosevelt A. Tiago, é espirita, pesquisador, editor de obras espíritas, escritor, palestrante, considerado uma das maiores revelações na oratória sobre os rumos e destinos da Doutrina Espírita, é colaborador deste blog e atende na sua página do Facebook como Roosevelt Tiago