segunda-feira, 26 de novembro de 2018

NOSSO CÉREBRO DE CADA DIA - POR NUBOR ORLANDO FACURE





Estamos progredindo muito nas ciências do cérebro. Quero chamar a atenção para várias de suas propriedades autônomas. O que quero dizer é que ele reponde a determinados estímulos independente do Espírito. 





O Espirito o vivifica , comanda, decide, mas, isso não exclui a neurofisiologia própria do cérebro, André Vesálius, foi expulso de Paris - 1543, porque seus desenhos da anatomia do corpo humano davam a impressão de que os próprios músculos se contraiam produzindo movimentos, independente da ação da Alma.







Franz Gal, foi expulso de Viena quando fez a Frenologia - 1804 A igreja o acusava de estar fragmentando a Alma, quando desenhou no crânio sua proposta de localização de múltiplas funções no cérebro.
As experiências neurocirúrgicas com o cérebro exposto, mostram que, estímulos elétricos, pontuais, na superfície do cérebro, faz o paciente falar, ver, lembrar do passado ou ter comportamentos estranhos sem participação de sua consciência.









Lembro bem que Emmanuel nos ensina que, frequentemente, os medicamentos acalmam o cérebro, mas não o Espirito.
Allan Kardec, ao falar sobre alucinações, propõe que, algumas delas, são visões que o Espirito "vê em seu próprio cérebro", penso que isso nos lembra a leitura que fazemos dos textos na tela do computador, Qualquer um de nós sabe que o óxido nitroso provoca riso irresistível por efeito direto no cérebro. 
Sem perguntar ao Espírito se ele achou graça na piada, As neurociências, usando exames de ressonância funcional, tem mostrado quais áreas estão ativas quando falamos, escrevemos, compreendemos o significado de uma palavra, sentimos o gosto amargo ou adocicado das fruras e até mesmo quando estamos em oração.












                                 





Mas,nenhum estímulo elétrico provocado por um neurocirurgião consegue fazer esse cérebro produzir a quinta Sinfonia, ou escrever as frases poéticas de Fernando Pessoa: O poeta é um fingidor Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente.





Nubor Orlando facure,77, escritor, médico, e espírita, colabora com este blog, é presidente do Instituto do Cérebro de Campinas, foi amigo e médico de Chico Xavier durante 50 anos, viveu o milagre de Uberaba, e-mail e contato pelo lfacure@uol.com.br

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

CENTRO ESPÍRITA E PRÁTICA HOMEOPÁTICA - POR MARCELO HENRIQUE



Existe uma peculiar associação da Doutrina Espírita com a Assistência Social, alicerçada fundamentalmente na prática da caridade. Assim, é comum encontrarmos nas Casas Espíritas atividades de auxílio material, aliadas ao imprescindível ensino da doutrina consoladora.
Atendimento fraterno e fornecimento de alimentos, roupas e remédios são práticas comuns. Há, ainda, o atendimento de natureza medicinal, na espécie homeopática.




Mas o que é a Homeopatia? Doutrina criada por Samuel Hahnemann, que estabeleceu princípios de descobrimento das virtudes curativas das substâncias medicinais, proporcionando uma espécie de ação fluídica terapêutica, a Homeopatia é uma especialidade clínica.

E qual a ligação da Homeopatia, então, com a Doutrina Espírita? Seguramente, o trabalho com os fluidos e a ação destes no restabelecimento da saúde física e espiritual, refletida no perispírito, onde atuam a Medicina Espírita e a Homeopática. Tal relação conduziu, naturalmente, à aproximação das duas ciências, no palco diário das Instituições Espíritas, que, dentro da temática assistencial, passaram a fornecer remédios aos mais necessitados.
Em inúmeras Casas Espíritas a procura pelo atendimento fraterno, calcado em orientações espirituais e na prescrição de homeopatias e ervas ou chás atende, sem sombra de dúvida, um grande contingente de pessoas, diariamente. A partir deste contexto, necessário se faz desenvolvermos uma análise do ponto de vista espiritual, sem descuidar dos aspectos médico e jurídico (legal).




Diversos compêndios espíritas sobre mediunidade, a começar por “O livro dos médiuns”, trazem suficientes considerações a respeito do tratamento e cura através da ação fluídica. Mostram, outrossim, que esta faculdade pode desenvolver-se por meio do exercício e que indivíduos saudáveis e bem-intencionados podem beneficiar os enfermos, por meio da imposição de mãos e ao Magnetismo, reportando-nos aos próprios ensinos e práticas de Jesus de Nazaré.

Ao tratar da chamada visão espírita da Medicina, Kardec propôs a associação das terapias do Magnetismo Animal, Homeopatia e Medicina (orgânica): "São, em nossa opinião, três ramos da arte de curar, destinados a se suprirem e a se completarem segundo a circunstância, mas dos quais nenhum poderá ser uma panaceia universal do gênero humano", na Revista Espírita de 1868.




No que concerne ao aspecto médico-legal, a Homeopatia, como especialidade médica, está subscrita, enquanto prática terapêutico-assistencial, a pessoas portadoras de habilitação na área da Saúde, com graduação em Medicina ou Bioquímica - Farmácia, estando estas sujeitas à fiscalização das respectivas entidades de classe, os Conselhos Regionais.
Portanto, a prática homeopática é prerrogativa destes profissionais, sujeitando-se aos princípios gerais de Direito, escudados na Lei e nos Códigos de Ética Profissional.

Sejamos, pois, bem claros: não é nosso intuito banir a assistência social das Instituições Espíritas, pois a Doutrina Consoladora respalda-se no exercício da caridade. Mas, por outro lado, queremos alertar pessoas e entidades civis no que concerne aos ditames jurídicos, evitando constrangimentos que possam decorrer de práticas que, - não obstante, revestidas de boa-fé - por não estarem legalizadas, possam resultar em prejuízos e desconfortos para todos.



Em nosso mundo moderno há um princípio norteador das atividades humanas que é o de que “ninguém se escusa de cumprir a Lei, alegando o seu desconhecimento”. Por isso, precisamos convir que a prescrição de tratamento médico pertence aos citados profissionais e a mais ninguém. Assim, embora salutares a preocupação e o atendimento aos socialmente carentes, o atendimento na forma homeopática na Casa Espírita depende:

a) da presença de um daqueles citados profissionais, na prescrição dos medicamentos;
b) da apresentação de receituário específico, assinado por profissional competente, para o fornecimento puro e simples da medicação, com os competentes registros em ficha própria os elementos correspondentes.




Desse modo, estaremos continuando a tarefa de assistência aos necessitados, com a prudência e a cautela recomendáveis e exigíveis, resguardando tanto as pessoas quanto os Centros Espíritas de envolvimentos jurídicos e judiciais em razão de condutas desconformes à lei humana.
Sigamos, pois, na senda apontada pelo Nazareno, sem nunca nos esquecermos de que, assim como no Plano Espiritual, tudo obedece a uma organização meticulosa, nós também devemos nos esmerar por fazer, na organização material e humana, o máximo que estiver ao nosso alcance, para o bem e a HARMONIA de qualquer trabalho espírita.



Marcelo Henrique, é advogado,professor, espírita, e palestrante, escritor, e divulgador da Doutrina Espírita, em Santa Catarina, e no Brasil, um dos fundadores da ECK, colabora com este blog.


quarta-feira, 21 de novembro de 2018

PERDÃO DE FILHA DEMORA A CHEGAR - POR DAVID CHINAGLIA


Afonso, era um destes homens que marcam nossas vidas, do bem, amigo, bom coração,  trabalhador destes que não tem hora para retornar, enquanto a família não estiver garantida.
Sempre buscava ajudar, desde jovem ajudar seus amigos, casou jovem aos 19 anos, ainda na Faculdade, de direito, sonho do pai dele, desistiu em prol de Eva seu grande amor.

Afonso foi abençoado com dois filhos, Renato e Sandra, com o filho desde pequeno deu regalias que o dinheiro sempre pode comprar, com a menina que nasceu num momento financeiro mais duro, Afonso, não pode fazer o mesmo.

Ele tinha uma relação conturbada com Eva, seu amor primeiro, cercada de ciúmes, e disputas, porém de um amor tão intenso que era difícil onde onde era Afonso e onde era Eva, ambos eram católicos, traumas de infância impediram de seguir na religião, ainda jovem já pai de Sandra, Afonso aos 24 anos perdeu tudo, e já estava perdendo seu casamento quando veio a noticia da gravidez de sua filha.

Eva revoltada com os desmandos financeiros de Afonso, que levara a família, a desencontros e brigas mil, já não amava seu marido, e sempre procurava usar seus filhos contra ele, Afonso tinha muitos defeitos, com o tempo se tornou mulherengo, pois o amor faltou em casa, não bebia, fumava, era sempre agradável com os amigos, com seu amado filho Renato, e com Sandra, amada filha, com quem tinha uma relação, especial, Afonso chegava em casa sempre que podia com presentes.
Sandra era um desafio, mais perto dos avós maternos, ela foi crescendo, e fazendo do pai um ídolo, até que sua mãe pediu o divórcio.
Desesperada a menina de 08 anos de idade viu seu herói ser tocado de casa pela própria, mãe, meses depois, Afonso tentando retomar os filhos foi morar Márcia, e acabou juntando seus filhos a filha dela.
Dizem na vida, que erros que se comete ecoam na eternidade, em 1970, a vida não era fácil, foi então que Afonso conheceu em São Paulo um centro espírita, e levou toda a família para lá.
Dentro da doutrina, procurava entender Eva sua primeira mulher, e mesmo de posse da guarda temporária, ele depositava pensão para os filhos, que tinham a vida organizada pela mãe.
Numa destas visitas, o Afonso deu mais um passo dos mais ousados da vida, se tornou amante da ex mulher, numa tentativa desesperada, de reunir sua família.
Ele acabou deixando Márcia, mulher honesta, que o amava de verdade, para viver de mentiras com Eva, e isto marcou os filhos, que tinham a mãe de volta, mas, já não viam no Pai a mesma alegria, de antes, várias pessoas sofreram com as escolhas de Afonso, que começou a ter insônia.
Seu filho Renato cada vez mais seu amigo e dependente de seu afeto, amizade, e Sandra jovem que se revoltou com os pais, começou a se afastar do pai.
Renato buscava o acordo entre pai e filha, mas, Eva interessada em resolver outros problemas, deixou a casa rachar.
Um teto rachado, e dividido reunido por interesses, acaba dividindo até que a casa volta a cair de novo como ocorreu em 1980, já adultos, os filhos ficaram mais distante do pai, que foi abandonado pela mulher que nunca o amou.
Afonso bom advogado, não media limites para ganhar dinheiro, para agradar Eva, e manter seus filhos, acostumado num lar abastado, de dinheiro, quando o perdeu, perdeu sua disciplina, moral e caráter para conquistas novos valores.
Brigas, e discussões levaram de novo até o casal se separar, no Centro Irmãos de Luz, Afonso foi uma noite conversar com José, um orientador destes de idade, e que tinha vidência.

Afonso sempre fora conhecido por ser o homem do porque, perguntas e dúvidas, até que José disse o que mais de aflige.
Ele diz: "A distância de minha filha, minha esposa eu já sei que não me ama, deve até ter um amante, não a culpo tive muitas, mas minha filha, eu não aceito."
José conversara com os mentores da casa para orientar o desesperado e bom médium, atormentado, com a guerra familiar.
No meio de tudo isto seu pai, Dr.Esteves perdeu a fortuna que tinha, e ficou a míngua, o que revoltou mais ainda Afonso e o fez viajar pelo Brasil, atrás de empresas para resolver impostos, mercado duro, cruel, onde a honestidade é colocada em dúvida, nas empresas e nos advogados que tratam do tema, mas de muito dinheiro, e o dinheiro era o objetivo único de Afonso.
Um dia ele me encontrou em Piracicaba, fomos almoçar no Mirante, e contou sua história indiquei um amigo meu para conversar com ele, Afonso já tinha vivido longe da filha, mas agora era uma dor que o atormentava.
Cicero o meu amigo espírita, disse:" Afonso seus tormentos vem desde a outra vida, por escolhas erradas em nome do amor."
Seja equilibrado, arrume sua vida, e tenha o respeito de seus filhos, e o amor de seus filhos, uma hora você será feliz novamente, e assim Afonso se acalmou e seguiu.
Certa noite num centro que lhe indiquei houve um trabalho e um espírito veio conversar com ele, dizendo:
"Você sabe quem é sua filha? e ele respondeu Sandra, não o nome dela era outro, ela deixou tudo por você, acreditou em você, buscou em você um noivo e um marido, e você a trocou por esta mulher que hoje é a mãe dela, foram rivais, ela pediu para ser sua filha, para sempre cuidar de você, agora, pode ignorar, ou parar de tentar chegar na Lua por dinheiro e ter atitudes com sua filha, como eu sei eu era irmã dela."

Afonso ficou transtornado, não sabia lidar com a situação, sua filha um dia fora sua noiva, e ele desprezou como ela agora o despreza, o que fazer para arrumar as coisas.
Já que agora era um amor de pai, limpo honesto, que foi destruído ou abalado por muitos erros do pai e da filha.
Revoltada Sandra sem saber do tema espírita já que era católica, acabou engravidando e trouxe ao Mundo, Suzana, uma linda menina, cujo o pai acabou fugindo.
Eva desesperada ligou para o ex marido, e disse a ele, "Pelo amor de Deus, minha família vai me matar, vão dizer que é minha culpa, não quero só dinheiro quero o pai dela de volta."
Afonso, foi então que tomou a mais difícil decisão, estava de casamento marcado pela terceira vez, e largou da chance de ser feliz para cuidar da filha de Sandra, de Sandra,  de Eva e de Renato.
Durante anos foi pai, e avô recuperou um pouco da filha, mas bastou a neta crescer, a filha casar, para ela nunca perdoar as mazelas do pai por dinheiro, esquece-lo.
Outro dia ele me enviou sua história, para eu publicar, algumas psicografias que colheu para explicar, o porque a filha o ignora, hoje ele tem o amor da neta, do filho, e uma ausência tremenda de sua filha Sandra, já Eva morreu prematuramente.


As vezes não conseguimos entender com que "martelo da justiça" os filhos nos julgam, para alguns a resposta de outras vidas não pode servir nesta, mas deve ser considerada sim.
O fato que sei, que entre o meu amigo Afonso e sua filha Sandra, existe amor, já estive na casa deles, conheço a família, o que falta é dialogo, e mais Deus e fé, da parte da filha, católica, o pai segue no espiritismo onde achou conforto.
Sobretudo perdão, da parte da filha, Afonso deve estar hoje com 65 anos, e ainda segue seu martírio para recuperar o dinheiro que perdeu, já sem tantas esperanças.
No seu sexto casamento com Verônica, espírita, divorciada, ele encontrou pelo menos no amor, paz, porém está a espera do perdão da filha, que recentemente ficou até distante dele quando lutou pela vida, embora tenha o ajudado.
O que nos ensina esta história, pare e pense.
Meditemos nesta lição, DE FALTA de perdão, amor, e ausência em vida.
, aprendi com um grande espírita que os mortos nos dão saudade, mas aquele que amamos sobretudo filhos, quando nos dão ausência em vida, nos marcam como se tivessem ferro na mão.
Talvez o amor, e a fé de Afonso entregue a ele, agora mais calmo, no final o seu prêmio, aqui comigo, acredito que mesmo que venha, eles estão marcados para um nova vida, para tudo se consertar, o que penso disto tudo? falta de dialogo, um bom papo, poderia ter unido pai e filha para sempre.
Acredito muito no destino, não sei como ele anda das finanças, mas sei que se tornou um bom espírita, e tem uma boa mulher depois de cinco tentativas de muito drama, Afonso, tem muitas histórias, daqui uns dias, contarei algumas de suas visões espirituais.....


Espiritismo, não baste frequentar, tem que estudar....



David Chinaglia, é espírita, de acordo com a codificação de Allan Kardec, é palestrante, escritor, e editor deste blog, email pelo davidchinaglia@gmail.com

terça-feira, 20 de novembro de 2018

POLÊMICA ESPÍRITA - ALLAN KARDEC EM 1858




Perguntaram-nos muitas vezes por que não respondíamos, em nossa revista, aos ataques de certas folhas contra o Espiritismo em geral, contra os seus partidários e por vezes mesmo contra nós. Cremos que em certos casos é o silêncio a melhor resposta. Além do mais, há um gênero de polêmica do qual tomamos por norma nos abstermos: a que pode degenerar em personalismo. Isto não só nos repugna, como nos tomaria um tempo que não podemos empregar inutilmente, além de ser muito pouco interessante para os nossos leitores, que assinam a revista para sua instrução e não para ler diatribes mais ou menos espirituosas. Ora, uma vez nesse caminho, difícil seria dele sair. Por isto preferimos nele não entrar. Parece-nos que com isto o Espiritismo só teria a ganhar em dignidade. Até aqui só temos que aplaudir a nossa própria moderação, da qual não nos arredaremos. Jamais daremos satisfação aos amantes de escândalos. 


Entretanto, há polêmica e polêmica. Há uma ante a qual jamais recuaremos ─ é a discussão séria dos princípios que professamos. Contudo, aqui também deve ser feita uma distinção. Se se trata apenas de ataques gerais, dirigidos contra a doutrina, sem um fim determinado, além do de criticar, e se partem de pessoas que rejeitam sistematicamente tudo quanto não compreendem, não merecem a nossa atenção. O terreno diariamente ganho pelo Espiritismo é resposta peremptória e lhes deve provar que os sarcasmos não têm produzido grande resultado. Ainda há a notar que as intermináveis pilhérias de que eram vítimas os partidários da doutrina vão se extinguindo pouco a pouco. É o caso de perguntar se há motivos para rir de tantas pessoas eminentes, pelo fato de adotarem as ideias novas. Hoje alguns esboçam um sorriso apenas por hábito, enquanto outros absolutamente não riem mais e esperam. 

Notemos ainda que entre os críticos há muita gente que fala sem conhecimento de causa e sem se ter dado ao trabalho de aprofundar-se. Para lhes responder fora necessário, incessantemente, recomeçar as mais elementares explicações e repetir aquilo que já escrevemos, o que nos parece inútil. Já o mesmo não se dá com os que estudaram e nem tudo compreenderam e com os que realmente querem esclarecerse, que levantam objeções de boa-fé e com conhecimento de causa. Neste terreno aceitamos a controvérsia, sem nos gabarmos de resolver todas as dificuldades, o que seria demasiada pretensão. A ciência espírita está em seu início e ainda não nos revelou todos os seus segredos, por maiores que sejam as maravilhas já desveladas. Qual a ciência que não mais possui fatos misteriosos e inexplicados? Confessaremos, pois, sem nenhum acanhamento, a nossa insuficiência sobre os pontos que ainda não podemos explicar. Assim, longe de repelir as objeções e as perguntas, nós as solicitamos, desde que não sejam irrelevantes e não nos façam inutilmente perder tempo com futilidades, pois que é esse um meio de nos esclarecermos. 

É a isto que denominamos polêmica útil, e será útil sempre que ocorrer entre gente séria, que se respeita o bastante para não perder o decoro. Podemos pensar de modo diverso sem diminuirmos a estima recíproca. 

Afinal de contas, que buscamos todos nessa palpitante e fecunda questão do Espiritismo? Esclarecermo-nos. Antes de mais nada buscamos a luz, venha de onde vier, e se externamos a nossa maneira de ver, não se trata de uma opinião pessoal, que pretendamos impor aos outros. Entregamo-la à discussão e estamos dispostos a renunciá-la, se nos demonstrem que estamos em erro. 

Essa polêmica, nós a sustentamos diariamente, em nossa Revista, através das respostas ou das refutações coletivas que publicamos a propósito deste ou daquele artigo. Aqueles que nos honram com suas cartas encontrarão sempre a resposta ao que nos perguntam, toda vez que não nos é possível responder em carta particular, o que nem sempre é materialmente possível. Suas perguntas e objeções constituem outros tantos assuntos de estudo, de que nos aproveitamos pessoalmente; e nos sentimos felizes por estender esse proveito aos leitores, à medida que se apresentam fatos em conexão com as mesmas. Também sentimos prazer em dar explicações verbais às pessoas que nos honram com a sua visita e nas conferências caracterizadas por um cunho de entendimento, nas quais nos esclarecemos mutuamente. 




Allan Kardec, codificador da Doutrina Espírita no Mundo, um homem claro, direto e objetivo, jamais se usou da Doutrina, doou sua vida, de tanto escrever, pesquisar, e entrevistar espíritos, o tema de 1858, está presente no Espiritismo de hoje e mais do que nunca o que ele escreveu, em 1858, nos serve hoje.
Ao mestre com Carinho.

CÉREBRO E CORAÇÃO - POR NUBOR ORLANDO FACURE


Podemos ensinar  a neurologia que antes da gente tomar uma decisão, escolher um caminho, optar por uma ou outra possibilidade, realizar um procedimento, nosso cérebro constrói uma representação mental, um projeto, um rascunho, um mapa cognitivo, que são, esses sim, os responsáveis pelos nossos comportamentos.

Interessante que essa atividade é muito primitiva, instintiva, inconsciente Foi confirmado que abelhas, ratos, aranhas, pombos fazem esse modelo de mapa cognitivo e são capazes de comunicar de forma simbólica as suas informações os poetas nos sugerem decidir pelo que manda o coração Porém, antes disso, nossa mente já fez a escolha.






Nas múltiplas dimensões da mente, nos mundos paralelos, Nubor Orlando Facure  diz em nosso "mundo mental" desfruta de certas competências que os neurônios não conseguem reproduzir ou justificar. Percebemos fenômenos muito além dos sentidos físicos A memória é infinita e, possivelmente, não seja de natureza física Temos lembranças extra-cerebrais,  o "dejas-vú" (familiaridade) é uma sensação muito comum Por isso, concordo com a existência de um “cérebro” na dimensão espiritual. 






Um outro "ambiente" que "roda" em sintonia com o cérebro físico, carnal Premunições Lembranças de vidas passadas, experiências fora do corpo, Sonhos lúcidos, Percepção de "uma presença" ao nosso lado, Pensamentos concordantes entre gêmeos ou entre mãe e filhos, Visão à distância, entre outras possibilidades. Minha explicação, de base espírita, pode não ser plausível, mas, o que não se pode negar é a existência desses fenômenos que merecem uma análise cuidadosa devido sua complexidade.


Nubor Orlando Facure, 77, é espírita, médico, pesquisador, escritor, presidente do Instituto do Cérebro em Campinas, durante 50 anos foi amigo e médico de Chico Xavier, viveu o milagre de Uberaba, e colabora conosco no blog.
e-mail: lfacure@uol.com.br.




Nota do editor: Nosso espírito, está ligado ao nosso cérebro, as informações, do cérebro serão passadas a nós na vida além da vida, o entendimento do cérebro, é a página inicial para o entendimento de quem somos nós de onde viemos.(David Chinaglia)
O cérebro e seus tropeços Nubor Orlando Facure O nosso cérebro é formidável Admirado e respeitado em prosa e verso Mas, ha controvérsias...... Somos muito condescendente com seus tropeços e os apuros que nos apronta Ele mente Nos faz cometer enganos Troca cheiro de fumaça por cheiro de churrasco Pensa que sabe a escalação do time Nao troca gato por lebre mas, confunde prima com cunhada, a vendedora do Shopping com a vizinha e até parente com serpente Distorce os fatos Diz que foi esse mês no médico mas, foi no outubro passado Esquece os nomes nas horas mais impróprias É mestre em dar desculpas Nos faz ter medo de trovão, aranhas, baratas, de sombras e ruidos numa noite escura Pensa que acerta o que vai acontecer no futuro É expert em economia vivendo sem dinheiro pro almoço Nos faz apaixonar, endividar, casar, ter dúvidas e arrependimentos Diz que decide sem pensar Que deixou o coração falar mais alto Foi por isso que Deus faz as lágrimas que saem dele, brotar é pelos olhos

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

O CÉREBRO E SEUS TROPEÇOS - POR NUBOR ORLANDO FACURE.


O nosso cérebro é formidável Admirado e respeitado em prosa e verso Mas, ha controvérsias...... Somos muito condescendente com seus tropeços e os apuros que nos apronta Ele mente.




Nos faz cometer enganos Troca cheiro de fumaça por cheiro de churrasco, Pensa que sabe a escalação do time, NÃO troca gato por lebre mas, confunde prima com cunhada, a vendedora do Shopping com a vizinha e até parente com serpente.



Distorce os fatos Diz que foi esse mês no médico mas, foi no outubro passado Esquece os nomes nas horas mais impróprias.
É mestre em dar desculpas Nos faz ter medo de trovão, aranhas, baratas, de sombras e ruídos numa noite escura Pensa que acerta o que vai acontecer no futuro.






É expert em economia vivendo sem dinheiro pro almoço Nos faz apaixonar, endividar, casar, ter dúvidas e arrependimentos Diz que decide sem pensar Que deixou o coração falar mais alto.
Foi por isso que Deus faz as lágrimas que saem dele, brotar é pelos olhos.




Nubor Orlando Facure, 77, médico, presidente do Instituto do Cérebro em Campinas, espírita, escritor, divugador da Doutrina Espírita, pensador, professor, amigo e médico de Chico Xavier durante 50 anos, viveu o milagre de Uberaba, email lfacure@uol.com.br

REENCONTRAR É PRECISO - POR DAVID CHINAGLIA


Ao longo de nossa jornada na vida, passamos por momentos complexos, o espírita e amigo Paschoal Nunes Filho, sempre os qualificava de "mares bravios".

Sim, todos, em um dado momento nos vemos diante de fortes tempestades, e muitas vezes, já sem suporte, aparecem pessoas afins, que também andam desorientada, mas, mais fortes, e capazes de ver que ali se encontra um companheiro, são atraídas por si, sejam homens amigos, ou na relação homem/mulher, o tempo de vida vai passando, e muitas destas pessoas deixam nossas vidas.

Porém anos mais tarde, quando nos lembramos dos nossos "mares bravios", vemos que só conseguimos superar, graças a elas, algumas são muito idênticas, conosco, gosto musical, literatura, religião, família, nos dão a certeza de termos avistado um porto.



Todos nós gostamos de "mares calmos" como eu falo aos amigos do Espiritismo, porém navegar nestas águas, não depende só de sorte, nem de fé, e sim de equilíbrio, desde cedo em nossa vida, uma casa com grito, com brigas, desorienta os espíritos, e pode levar anos, para pelo menos algum daquela família, começar a ver e sentir o que é equilíbrio, de fato, como então explicamos, os dias que acordamos, estas pessoas, que passam por nós? anjos? espíritos afins? jornada de igualdade? 


Não existe possibilidade, do mundo e da jornada no planeta Terra, ter significado sem a reencarnação, e isto explica, estes amigos, amigas, amores, que nos surgem do nada, recebo relatos das mais variadas regiões do Brasil, e na minha vida, onde mesmo somente, a existência da reencarnação, explica fatos, e estas pessoas na maioria das vezes maravilhosas.

Claro eu não sou exceção, hoje amanheci pensando em amigas, amigos, pessoas especiais, que surgiram em minha vida durante os mares bravios, e sem as quais eu já teria partido deste planeta.

Como agradecer a elas, se já saíram algumas de minha vida, bem fazendo as mesmas lembrar, que sempre lembro, e agradeço, as boas e más recordações, com as boas, sobrevivi, com as más aprendi, e certamente estas pessoas estavão em algum momento lá atrás noutra vida.

Certa vez no centro Fora da Caridade não há Salvação em Piracicaba, sentei para conversar com um famoso espírita, Alvaro Vargas, homem sério, pessoa do bem, apoiador e divulgador da doutrina, eu estava atormentado, ele me recebeu, era o último com quem ele falaria naquele dia, e me disse: "A resposta está certamente no passado, mas acalme, seu coração, respire, as boas energias, vai precisar, alguém que você conhece está partindo, e depois que passar isto nós vamos conversar."
Foi marcante demais isto para mim, no dia que marcamos um feriado de Abril, 21, meu primeiro sogro faleceu, estava doente, já não nos falamos mais, porém eu sempre rezava por ele, pelos anos bons.
A noite após seu sepultamento fui ver Álvaro, sobre o meu problema, pensei até que ele havia me esquecido.
Alvaro, pegou um livro de Chico Xavier, de 1955, onde no passado um homem havia sido deixado para trás, por um estranho por seu amor, e anos mais tarde, se encontraram de novo, ele como um novo namorado da mesma mulher, e o adversário como filho.
Assim Alvaro me deu a resposta do que se passava naquele momento, dias depois, fui me sentar numa estação de trem desativada lá da minha querida Piracicaba, a concentração de espíritos por lá, era muito grande, isto por volta de 2010, me encostei num banco que existe onde eram antigamente os trilhos, e vi um homem, terno marrom vestido, como nos anos 50.


Sempre conversei com os espíritos, antigamente mais, e este amigo disse: "David, acalme seu coração, alguém vai surgir em breve, e você irá conseguir atravessar esta tempestade., tenha mais, fé, aproveite esta oportunidade de acertar o passado da outra vida."

Vim embora e pensativo, naquele mesmo dia conheci uma pessoa, que de fato me salvou a vida, ficamos amigos por 05 anos, a tempos não a vejo, hoje relembrando destes fatos, vejo que sem sua amizade, sobretudo, teria morrido antes da hora, isto faz mais de 5 anos, e de novo em minha própria vida, vi o exemplo que os amigos de outrora acabam aparecendo para nos socorrer.


No famoso texto, "Trem da vida", aprendemos que nossa vida, é uma viagem de trem, que começa com nossos pais, nossos irmãos, nossa esposa, ou marido, filhos, netos, amores da vida, amigos, alguns se sentam na primeira classe ao lado de papai e mamãe, e aos poucos vão indo embora.
No mesmo texto, quando alguém desce é porque morreu, e começa falando de nossos pais, que um dia estarão de volta quando o nosso trem chegar ao plano espiritual.
Como na foto, pessoas sobem, e depois de um tempo trocam de vagão, algumas boas, outras ruins, é a vida, as boas ficam para sempre em nossa memória.
Hoje tenho muita gratidão pelas pessoas que estão no segundo e no terceiro vagão do meu trem da vida, sabemos que REENCONTRAR É PRECISO, peço sempre perdão, meu querido amigo José Carlos de Lucca grande escritor, espírita, que não vejo a tempos, dizia, "Perdoar é terapêutico".
E de fato é, De Lucca tinha um CD que ganhei de uma amiga que sempre ouvia, me dava forças em noites longas, em dias dificeis, numa de minhas mudanças perdi, mas, entendi o objetivo dele em minha vida.
As vezes alguém lhe deixa um livro, uma palavra que se tora para sempre.
Deus e a espiritualidade vivem nos mandando "anjos", amigos especiais, eu tenho alguns que quero muito agradecer, há 20 meses lutei pela vida duas vezes, e sem eles, não teria chegado, até aqui.
No Hospital conversava com os espíritos, a maior experiencia que tive, foi no corredor da sala de cirurgia, fui de cadeira de rodas, não de maca, a ansiedade por não estar sedado, fazia repassar a vida, afinal sabia, que atravessar ali, poderia tudo terminar.
De repente senti um vontade de ir ao banheiro, na sala de cirurgia não existem banheiros, nem em seus anexos, uma jovem e sorridente enfermeira apareceu do nada, e disse o que me afligia, ela então me socorreu, o mais importante nem foi como ela viabilizou a ida a um banheiro, e sim seu sorriso, do nada ela virou e disse, "David, fique calmo, tudo vai bem, seu médico é um dos melhores, e temos amigos aqui, que estão olhando por você e por todos que irão ser operados."
Naquela hora pensei como ela sabe que sou espírita, quem é ela, nunca mais a vi, minha lembrança foi de seu sorriso, com duas mãos,  na minha, a única informação que lembro que ela tinha um filho com o mesmo nome que o meu.
Acaso? Coincidência, nada é por acaso, nada nem ninguém, por isto agradeço e espero que você que leu aqui, pense nos amigos que te socorreram, te socorrem, como reencontros de uma vida.
Falo sempre aos mais chegados, amigos de uma Vila no Espaço, onde sempre nos reencontraremos, e sempre que possível aqui estaremos.
Porque ?
Reencontrar é preciso, pense nisto.

David Chinaglia,60, é espírita, escritor, palestrante, e divulgador da Doutrina Espírita segundo a condificação de Allan Kardec, é editor deste blog desde de Julho de 2011, blog fundado por Rogério Luis Sarmento, que ele chama de um amigo de outro vida, como tantos outros.
davidchinaglia@gmail.com 
 

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Caminhando do materialismo para o espiritualismo - Por Nubor Orlando Facure






Nos primeiros passos do paradigma científico moderno comprovou-se: A Terra é redonda, gira em torno do Sol, Os corpos caem por ação de uma força gravitacional O movimento de um corpo é contínuo, só se modifica se outra força atuar sobre ele Toda ação gera uma força de reação igual e contrária Tudo se movimenta no firmamento e está em constante transformação Existem crateras na Lua e satélites em volta de Júpiter, o Universo está em expansão.





O corpo humano é uma máquina cujo mecanismo podemos compreender Todas espécies de vida passam por processos de evolução ocorrendo a sobrevivência dos mais adaptados ao ambiente, existem genes que transmitem as características de uma geração para a outra em todos seres vivos.
O átomo não é indivisível Energia e matéria são reversíveis, todas essas afirmações, produziram mudanças no pensamento científico sobre o funcionamento do Mundo, não sem antes provocar um intenso choque cultural na ocasião em que foram enunciadas.






Que mudanças podemos esperar para o futuro? Estaremos preparados para aceita-las ? Aqui estão algumas sugestões:

1 - Há um "mundo" espiritual a nossa volta com o qual mantemos intenso intercâmbio de informações com a população que nele existe – podemos dizer que vivemos duas "fases" que se alternam repetidamente – uma fase de vida orgânica material e outra de vida espiritual 2 - Há outras expressões da energia para as quais ainda não temos instrumentos para registar sua presença – todo esse Mundo Espiritual ao qual nos referimos, é expressão de "matéria" e energia que ainda escapam ao nosso entendimento e capacidade de registro com nossa tecnologia, mas o "mundo" quântico pode vir a ser a "janela" entre nosso ambiente material e o mundo espiritual.
 3 - A evolução fundamental e primordial, é a evolução da Alma, que está direta ou indiretamente determinando s nossa evolução biológica.
 4 - A frequência de vivências e experiências ao nível psíquico e espiritual é muito maior do que na dimensão material – porém, ainda não temos instrumentos que registem sua ocorrência e intensidade.
 5 - A causa dos fenômenos psíquicos transcendem o mundo físico – são extrafísicas, espirituais.
 6 - A Ciência espiritual deve assumir prioridade sobre a Ciência física.
 7 - Nossas sensações ao nível dos 5 sentidos serão ampliadas quando desenvolvermos as percepções espirituais – essas nos permitem perceber a "história" pregressa e o significado de cada objeto – o meu relógio, além de mostrador de horas, contém minhas histórias de vida com ele.
 8 - O corpo físico é limitadíssimo comparado ao corpo espiritual – esse contém minha história filogenética em toda sua extensão, registro das múltiplas personalidades que já vivi.
 9 - As 4 dimensões físicas conhecidas serão ampliadas para um Universo multidimensional 10 - Nossa personalidade que parece única será substituída pelas personalidades múltiplas em decorrência de múltiplas vidas que já vivi.
 11 - O conceito dualista Cérebro e mente será complementado com 3 elementos: cérebro, corpo mental ou perispírito e mente – nesse corpo mental estão situados os arquivos definitivos de memórias de todas as vidas pelas quais passe.


Nubor Orlando Facure, 77, espírita, escritor, um dos maiores divulgadores da Doutrina Espírita, durante 50 anos como amigo e médico viveu com Chico Xavier o milagre de Uberaba, é mineiro, pesquisador, médico, presidente do Instituto do Cérebro de Campinas, caminha ao lado da ciência e do espiritismo, é colaborador deste blog, e recebe e-mails pelo lfacure@uol.com.br

SUICÍDIO - REVISTA ESPÍRITA DE 1858 - POR ALLAN KARDEC



1. ─ Por que motivo o homem que tem a firme intenção de se matar revoltar-seia contra a ideia de ser morto por outro e defender-se-ia contra os ataques, no mesmo instante em que vai cumprir o seu desígnio? 



─ Porque o homem tem sempre medo da morte. Quando se suicida, está superexcitado, com a cabeça transtornada, e realiza esse ato sem coragem nem medo e, por assim dizer, sem ter conhecimento do que faz, ao passo que se lhe fosse dado raciocinar, não veríamos tantos suicídios. O instinto do homem leva-o a defender a própria vida e, durante o tempo que decorre entre o momento em que o seu semelhante se aproxima para matá-lo e o momento em que o ato é cometido, tem ele sempre um movimento de repulsa instintiva da morte, que o leva a repelir esse fantasma que só é apavorante para o Espírito culpado. O homem que se suicida não experimenta tal sentimento porque se acha cercado de Espíritos que o impelem, que o ajudam em seus desejos e lhe fazem perder completamente a lembrança do que não seja ele mesmo, isto é, dos pais, daqueles que o amam e de outra existência. Nesse momento o homem é todo egoísmo. 



2. ─ Aquele que está desgostoso da vida mas não quer suicidar-se e deseja que sua morte sirva para alguma coisa será culpado se a buscar no campo de batalha, defendendo o seu país? 




─ Sempre. O homem deve seguir o impulso que lhe é dado. Seja qual for a carreira que abrace; seja qual for a vida que leve, é sempre assistido por Espíritos que o conduzem e o dirigem, malgrado seu. Ora, procurar agir contra os seus conselhos é um crime, porque eles aí estão para nos dirigir e quando queremos agir por nós mesmos, esses bons Espíritos estão prontos a ajudar-nos. Entretanto, se o homem, arrastado por seu próprio Espírito, quer deixar esta vida, é abandonado. Mais tarde reconhece sua falta, quando se vê obrigado a recomeçar numa outra existência. Para elevar-se, deve o homem ser provado. Impedir sua ação e pôr um entrave em seu livre-arbítrio seria ir contra Deus e neste caso as provas tornar-seiam inúteis, porque os Espíritos não cometeriam faltas. O Espírito foi criado simples e ignorante. Para chegar às esferas felizes, é necessário que ele progrida e que se eleve em conhecimento e sabedoria, e é somente na adversidade que ele adquire um coração elevado e melhor compreende a grandeza de Deus. 




3. ─ Um dos assistentes observou que notava uma contradição entre estas últimas palavras de São Luís e as precedentes, quando disse que o homem pode ser arrastado ao suicídio pelos Espíritos que a isto o excitam. Neste caso cederia a um impulso estranho. 




─ Não existe contradição. Quando eu disse que o homem impelido ao suicídio era cercado de Espíritos que a isto o solicitavam, não me referia aos bons Espíritos, que fazem todo esforço para dissuadi-lo; isto deveria estar subentendido. Sabemos todos que temos um anjo da guarda ou, se preferis, um guia familiar. Ora, o homem tem o seu livre-arbítrio; se, a despeito dos bons conselhos que lhe são dados, persevera nessa ideia criminosa, ele a realiza, no que é ajudado pelos Espíritos levianos e impuros, que o cercam e que se sentem felizes por ver que ao homem, ou Espírito encarnado, também falta a coragem para seguir conselhos de seu bom guia e por vezes de Espíritos de parentes mortos que o rodeiam, sobretudo em circunstâncias semelhantes. 




Allan Kardec, criador e editor da Revista Espírita, codificador da Doutrina Espírita, todas suas conversas com os espíritos de luz, estão ainda muito atuais e podemos ao estudar achar todas as respostas, sem as orientações de Kardec, não é espiritismo.



segunda-feira, 12 de novembro de 2018

AS FRONTEIRAS DA MENTE - POR NUBOR ORLANDO FACURE.



O conceito de mente é controverso. De qualquer maneira, todos nós a temos como uma entidade ou uma função dentro de nós.
O que quero defender é a possibilidade da expansão da mente para além do corpo físico, é o nosso santuário psíquico Até os animais como os pássaros ou o gatinho que você tem em casa constrói um ambiente em torno do espaço que ocupam.






Ali amontoam seus objetos de adorno, apego e aconchego, nosso escritório ou nossa mesa de estudo: Todo profissional tem lá os seus caprichos. 
Objetos novos e velhos são arranjados dentro de uma preferência particular A capelinha dos idosos Nossos velhinhos tem os paninhos, a tesourinha, fragmentos de lembranças que já foram e que ele deixa lhe encostar para matar a saudade tudo isso compõe nosso “ambiente” mental que alguns chamam de psicosfera.
Devemos cuidar no sentido de construir nosso ambiente de conforto psíquico sem desenvolver apegos que mais tarde pode formar fantasmas na mente.



Devemos respeitar o “sagrado” do nosso parente idoso que, se por um lado pode parecer rabugice, por outro pode proteger a integridade de sua mente.
Todos não precisamos desses amuletos para deixar o mundo externo menos hostil.




Nubor Orlando Facure, 77, é médico, espírita, escritor, divulgador da Doutrina Espírita, durante 50 anos viveu o milagre de Uberaba ao lado de Chico Xavier, foi o primeiro médico a falar de Espiritismo, na Unicamp, é presidente do Instituto do Cérebro em Campinas - São Paulo, está no Facebook, e nas redes sociais, e-mail para contato lfacure@uol.com.br .

sábado, 3 de novembro de 2018

A SAUDADE NA RUA - POR MARCELO HENRIQUE.








Hoje é o dia do culto à saudade. Afinal, todos nós já nos despedimos de muitas pessoas a quem amamos.


Parentes, amizades, amores... Foram-se antes de nós e deixaram um vazio que representa a sua ausência física, apesar de continuarem ocupando aquele espaço especial em nossas mentes e corações.

O pensamento divaga e vai buscar aqueles ricos momentos da convivência.
Palavras, gestos, manifestações de carinho.


Conselhos, lições, apoios. E, até, uma ou outra reprimenda, uma bronca, um alerta. Às vezes me pego rindo sozinho, lembrando de uma situação engraçada e pitoresca, e é

possível deixar uma lágrima escapar, pela distância física de quem tanto foi singular em nossa existência.
O Dia de Finados é uma situação em que, de modo pontual, nos lembramos daqueles que deixaram o plano físico, adentrando ao pórtico de outra realidade dimensional. Circunstância que nos aguarda, daqui a algum tempo,sabemos, assim como pela filosofia que abraçamos, somos sabedores das “n” vezes em que já viemos e já fomos embora, deixando as vestimentas físicas.




Mortes e renascimentos sequenciais...

Perto de casa há um logradouro que se chama “Rua da Saudade”. Nome curioso, alguns podem mencionar. Ao final dela está o cemitério municipal da cidade que, aliás, por esses dias e, em especial, hoje, está bem movimentado. Cada um que lá comparece presta, à sua maneira, alguma homenagem e recorda os entes queridos.
Há muito tempo, mais de três décadas, não tenho mais esse hábito. Desde que deixei o Catolicismo para me vincular à Filosofia Espírita, nunca mais estive no dois de novembro em um cemitério. Só compareço a tal local quando da morte de algum conhecido, amigo ou parente, para prestar solidariedade aos familiares e para conversar, pela última vez, de “corpo presente” com aquele que se despede do vaso físico.
Mas, francamente, respeito a cada um que tem essa cultura, esse hábito, essa rotina religiosa. Penso que cada pessoa que vai até um cemitério nesta data, realmente deseja estar mais próximo da “última morada” daquele(s) que se foi (foram) antes de nós. Sabemos que o sentimento é o mais importante e, com as luzes do Espiritismo, temos a certeza que os vínculos permanecem mais vivos e fortes do que nunca, já que a morte não
destrói os laços de família e de simpatia entre os seres.
E nós que temos mediunidade, sensitivamente percebemos-lhes as presenças,atraídos que foram pela sintonia mental. No cemitério, para onde acorrem os familiares mais próximos, os entes queridos, desfilam as almas dos que temporariamente estão no mundo invisível e que, adiante, estarão retornando para outras experiências.


Mas, como os espíritos estão “por toda a parte”, a data especial faz com que muitos desencarnados estejam próximos aos que ficaram, visitando-lhes em suas residências, por exemplo. A natural emotividade que a data consagra, assim, recebe um ingrediente significativo, que alguns em suas percepções conseguem perceber. É a sensação de um abraço, um afago, ou a impressão de que alguém nos olha ternamente.
Não duvide que sua mãe, aquele tio que era bem próximo, um amigo dedicado, o vovô ou a vovó de tantas lembranças boas, o filho, um irmão ou irmã, o esposo ou a esposa estejam do seu lado, no momento em que você lê estas minhas linhas.
Eu e o meu querido David Chinaglia que, recentemente, nos despedimos de
nossas genitoras, lhe afirmamos que sentimos, hoje, as afetuosas e
inesquecíveis presenças delas, em algum minuto deste finados. Como não se emocionar, não é mesmo? Como não agradecer pela bendita oportunidade de um instantâneo momento de reencontro, ainda que espiritual? Como não entender
que a morte é, realmente, uma passagem e que, dentro em breve, estaremos novamente juntos, seja na Erraticidade (que é o lugar para onde vão os
espíritos no pós-morte), seja em nova oportunidade de convívio no plano material. O filho vira pai, a mãe vira filha, o irmão vira primo, o sobrinho vira tio, ou voltam como amigos, vizinhos, companheiros de estudo ou de trabalho.
Enquanto isto não acontece, os olhos marejam, a voz embarga, o sorriso tímido fica no canto da boca, a mente viaja e vai de encontro aos amores e às amizades. Que bom que eu e você temos este consolo, esta certeza, um bálsamo que cicatriza as feridas e infunde esperança.
Eles estão mais vivos do que nunca!