segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Instruções dos Espíritos sobre a regeneração da humanidade - REVISTA ESPÍRITA 1866 - POR ALLAN KARDEC

 








Paris, abril de 1866 - Médiuns: Srs. M e T em sonambulismo)




Os acontecimentos se precipitam com rapidez, por isto não vos dizemos mais, como outrora: “Os tempos estão próximos”; agora dizemos: “Os tempos estão chegados.”

Por estas palavras não entendais um novo dilúvio, nem um cataclismo, nem um desabamento geral. Convulsões parciais do globo ocorreram em todas as épocas e ainda se produzem, pois se devem à sua constituição, mas não são sinais dos tempos.

Entretanto, tudo quanto está predito no Evangelho deve realizar-se e se realiza neste momento, como reconhecereis mais tarde. Mas não tomeis os sinais anunciados senão como figuras, cujo espírito, e não a letra, deve ser apreendido. Todas as escrituras encerram grandes verdades sob o véu da alegoria e é porque os comentadores se apegaram à letra que se confundiram. Faltou-lhes a chave para que compreendessem o verdadeiro sentido. Essa chave está nas descobertas da Ciência e nas leis do mundo invisível que o Espiritismo vem revelar-vos. De agora em diante, com o auxílio desses novos conhecimentos, o que era obscuro torna-se claro e inteligível.

Tudo segue a ordem natural das coisas, e as leis imutáveis de Deus não serão perturbadas. Assim, não vereis milagres nem prodígios, nem nada de sobrenatural, no sentido vulgar ligado a estas palavras.

Não olheis para o céu a fim de aí buscar sinais precursores, pois não os vereis, e aqueles que vo-los anunciam vos enganarão, mas olhai em torno de vós, entre os homens, e aí os encontrareis.

Não sentis um vento que sopra na Terra e agita todos os Espíritos? O mundo está à espera e como que tomado por um vago pressentimento à aproximação da tempestade.

Não acrediteis, entretanto, no fim do mundo material; a Terra progrediu desde a sua transformação; ela deve continuar progredindo, e não ser destruída. Mas a Humanidade chegou a um de seus períodos de transformação, e a Terra vai elevar-se na hierarquia dos mundos.

Não é, pois, o fim do mundo material que se prepara, mas o fim do mundo moral; é o velho mundo, o mundo dos preconceitos, do egoísmo, do orgulho, do fanatismo que se esboroa. Cada dia leva consigo alguns fragmentos. Tudo acabará para ele com a geração que se vai e a geração nova erguerá o novo edifício que as gerações seguintes consolidarão e completarão.

De mundo de expiação, a Terra está chamada a tornar-se um dia um mundo feliz, e nela habitar será uma recompensa, em vez de ser uma punição. O reinado do bem aí deve suceder o do mal.

Para que os homens sejam felizes na Terra, é necessário que ela seja povoada somente por bons Espíritos, encarnados e desencarnados, que não quererão senão o bem. Como já chegou esse tempo, uma grande emigração se realiza neste momento, entre os que a habitam; aqueles que fazem o mal pelo mal e que não são tocados pelo bem, não sendo mais dignos da Terra transformada, dela serão excluídos, porque aí trariam novamente a perturbação e a confusão e seriam um obstáculo ao progresso. Eles irão expiar seu endurecimento nos mundos inferiores, para onde levarão os conhecimentos adquiridos, e terão por missão promover o progresso desses mundos. Serão substituídos na Terra por Espíritos melhores, que farão reinar entre eles a justiça, a paz, a fraternidade.

A Terra, já o dissemos, não deve ser transformada por um cataclismo que aniquilaria subitamente uma geração. A geração atual desaparecerá gradualmente, e a nova a sucederá, sem que nada seja mudado na ordem natural das coisas. Tudo se passará, pois, exteriormente, como de hábito, com uma única diferença, mas essa diferença é capital: Uma parte dos Espíritos que aí encarnavam não mais encarnarão. Numa criança que nascer, em vez de um Espírito atrasado e votado ao mal que ali encarnaria, será um Espírito mais adiantado e dedicado ao bem. Trata-se, pois, muito menos de uma nova geração corporal que de uma nova geração de Espíritos. Assim, aqueles que esperavam ver a transformação operar-se por efeitos sobrenaturais e maravilhosos ficarão decepcionados.

A época atual é de transição. Confundem-se os elementos das duas gerações. Colocados em ponto intermediário, vós assistis à partida de uma e à chegada da outra, e cada um já está marcado no mundo pelos caracteres que lhe são próprios.

As duas gerações que sucedem uma à outra têm ideias e pontos de vista diametralmente opostos. Pela natureza das disposições morais, mas sobretudo das disposições intuitivas e inatas, é fácil distinguir a qual das duas pertence cada indivíduo.

A nova geração, que deve estabelecer a era de progresso moral, distingue-se por uma inteligência e uma razão geralmente precoces, aliadas ao sentimento inato do bem e das crenças espiritualistas, o que é sinal indubitável de um certo grau de adiantamento anterior. Ela não será composta exclusivamente de Espíritos eminentemente superiores, mas daqueles que, já tendo progredido, estão predispostos a assimilar todas as ideias progressistas e aptos a secundar o movimento regenerador.

Ao contrário, o que distingue os Espíritos atrasados é, para começar, a revolta contra Deus pela negação da Providência e de todo poder superior à Humanidade; depois, a propensão instintiva às paixões degradantes, aos sentimentos do egoísmo, do orgulho, do ódio, do ciúme, da cupidez, enfim a predominância do apego a tudo o que é material.

São esses os vícios de que a Terra deve ser expurgada pelo afastamento dos que recusam emendar-

se, porque eles são incompatíveis com o reino da fraternidade e porque os homens de bem sofrerão sempre com o seu contato. A Terra deles ficará livre e os homens marcharão sem entraves para o futuro melhor, que lhes está reservado aqui embaixo, como prêmio aos seus esforços e à sua perseverança, enquanto esperam que uma depuração ainda mais completa lhes abra a entrada dos mundos superiores.

Por essa emigração de Espíritos não se deve entender que todos os Espíritos retardatários serão expulsos da Terra e relegados a mundos inferiores. Ao contrário, muitos aqui voltarão, porque muitos cederam ao arrastamento das circunstâncias e do exemplo; neles a casca era pior que o cerne. Uma vez subtraídos à influência da matéria e dos preconceitos do mundo corporal, a maioria deles verá as coisas de maneira completamente diferente do que quando vivos, do que tendes numerosos exemplos. Nisto são ajudados pelos Espíritos benevolentes que por eles se interessam e que se esforçam em esclarecê-los e mostrar-lhes o falso caminho que seguiram. Por vossas preces e exortações, vós mesmos podeis contribuir para seu melhoramento, porque há solidariedade perpétua entre vivos e mortos.

Aqueles poderão, pois, voltar, com o que serão felizes, pois isto será uma recompensa. Que importa o que tiverem sido ou feito, se estão animados de melhores sentimentos! Longe de serem hostis à Sociedade e ao progresso, eles serão auxiliares úteis, porque pertencerão à nova geração.

Não haverá, assim, exclusão definitiva senão para os Espíritos fundamentalmente rebeldes, aqueles que o orgulho e o egoísmo, mais do que a ignorância, tornam surdos à voz do bem e da razão. Mas esses mesmos não estão votados a uma inferioridade perpétua, e dia virá em que repudiarão o seu passado e abrirão os olhos à luz. Orai, pois, por esses endurecidos, a fim de que se emendem enquanto ainda há tempo, pois aproxima-se o dia da expiação.

Infelizmente, a maioria deles, desconhecendo a voz de Deus, persistirá em sua cegueira, e sua resistência marcará o fim de seu reino por lutas terríveis. Em seu desvario, eles próprios correrão para a sua perda; darão impulso à destruição, que gerará uma multidão de flagelos e calamidades, de sorte que, sem o querer, apressarão a chegada da era da renovação.

E como se a destruição não marchasse bastante depressa, ver-se-ão os suicídios multiplicando-se numa proporção incrível, até entre as crianças. A loucura jamais terá ferido um maior número de homens que antes da morte serão riscados do número dos vivos. São estes os verdadeiros sinais dos tempos. E tudo isto realizar-se-á pelo encadeamento das circunstâncias, assim como dissemos, sem que em nada sejam derrogadas as leis da Natureza.

Contudo, através da nuvem sombria que vos envolve e em cujo seio ruge a tempestade, observai que já surgem os primeiros raios da era nova! A fraternidade lança os seus fundamentos em todos os pontos do globo e os povos se estendem as mãos; a barbárie adquire hábitos familiares ao contato da civilização; os preconceitos de raça e de seita, que fizeram correr rios de sangue, se extinguem; o fanatismo e a intolerância perdem terreno, enquanto a liberdade de consciência penetra os costumes e torna-se um direito. Por toda parte fermentam as ideias; vê-se o mal e experimentam-se os remédios, mas muitos andam sem bússola e se tresmalham nas utopias. O mundo está num imenso trabalho de parto que durará um século. Nesse trabalho, ainda confuso, vê-se, entretanto, dominar uma tendência para um objetivo: o da unidade e da uniformidade que predispõem à fraternização.

São ainda sinais dos tempos. Mas, enquanto os outros são os da agonia do passado, estes últimos são os primeiros vagidos da criança que nasce, os precursores da aurora que o próximo século verá levantarse, porque então a nova geração estará em toda a sua força. Tanto a fisionomia do século dezenove difere da do século dezoito, sob certos pontos de vista, quanto a do século vinte será diferente da do dezenove, sob outros pontos de vista.

Um dos caracteres distintivos da nova geração será a fé inata, não a fé exclusiva e cega que divide os homens, mas a fé raciocinada, que esclarece e fortalece, que os une e os confunde num comum sentimento de amor a Deus e ao próximo. Com a geração que se extingue desaparecerão os últimos vestígios da incredulidade e do fanatismo, igualmente contrários ao progresso moral e social.

O Espiritismo é o caminho que conduz à renovação, porque arruína os dois maiores obstáculos que a ela se opõem: a incredulidade e o fanatismo. Ele dá uma fé sólida e esclarecida; ele desenvolve todos os sentimentos e todas as ideias que correspondem às vistas da nova geração, e é por isso que ele é inato e existe em estado de intuição no coração de seus representantes. A era nova vê-lo-á, pois, crescer e prosperar pela própria força das coisas. Ele constituirá a base de todas as crenças, o ponto de apoio de todas as instituições.

Mas, daqui até lá, quantas lutas terá ainda que sustentar contra os seus dois maiores inimigos, a incredulidade e o fanatismo que, coisa bizarra, se dão as mãos para abatê-lo! Eles pressentem o seu futuro e a sua própria ruína, por isso o temem, pois já o veem plantar sobre as ruínas do velho mundo egoísta, a bandeira que deve unir todos os povos. Na divina máxima: Fora da caridade não há salvação, leem sua própria condenação, porque é o símbolo da nova aliança fraterna proclamada pelo Cristo[1]. Ela se lhes mostra como as palavras fatais do festim de Baltazar. Entretanto, eles deveriam bendizer essa máxima, porque ela os resguarda de todas as represálias daqueles que eles perseguem. Mas não, uma força cega os constrange a rejeitar a única coisa que poderia salvá-los!

O que poderão eles contra o ascendente da opinião que os repudia? O Espiritismo sairá triunfante da luta, não duvideis, porque ele está nas leis da Natureza, e é, por isto mesmo, imperecível. Vede por intermédio de que multidão de meios a ideia se expande e penetra em toda parte. Crede, mesmo, que esses meios não são fortuitos, mas providenciais, pois aquilo que à primeira vista parece que deveria prejudicálo é precisamente o que propicia a sua propagação.

Em breve ele verá surgirem campeões altamente situados entre os homens mais considerados e mais acreditados, que o apoiarão com a autoridade de seu nome e de seu exemplo, e imporão silêncio aos seus detratores, porque esses não ousarão tratá-los de loucos. Esses homens o estudam em silêncio e mostrarse-ão quando chegar o momento propício. Até lá, é útil que se mantenham à distância.

Em breve também vereis as artes aí haurirem ideias, como numa fonte fecunda, e traduzirem seus pensamentos e os horizontes que descobrem, através da pintura, da música, da poesia e da literatura. Já vos foi dito que haveria um dia uma arte espírita, como houve a arte pagã e a arte cristã, e é uma grande verdade, porque os maiores gênios nele se inspirarão.

Em breve vereis os seus primeiros esboços, e mais tarde ele ocupará o lugar que lhe cabe.

Espíritas, o futuro é vosso e de todos os homens de coração e devotamento. Não temais os obstáculos, pois nenhum poderá entravar os desígnios da Providência. Trabalhai sem desânimo e agradecei a Deus por vos haver colocado na vanguarda da nova falange. É um posto de honra que vós mesmos pedistes, e do qual vos deveis tornar dignos pela vossa coragem, perseverança e devotamento. Felizes os que sucumbirem nesta luta contra a força; mas, no mundo dos Espíritos, a vergonha será para os que sucumbirem pela fraqueza ou pela pusilanimidade. Aliás, as lutas são necessárias para fortalecer a alma; o contato do mal faz apreciar melhor as vantagens do bem. Sem as lutas que estimulam as faculdades, o Espírito deixar-se-ia arrastar por uma despreocupação funesta ao seu adiantamento. As lutas contra os elementos desenvolvem as forças físicas e a inteligência; as lutas contra o mal desenvolvem as forças morais.

OBSERVAÇÕES:

1ª ─ A maneira pela qual se opera a transformação é muito simples e, como se vê, é toda moral e em nada se afasta das leis da Natureza. Por que, então, os incrédulos rejeitam essas ideias, se elas nada têm de sobrenatural? É que, segundo eles, a lei de vitalidade cessa com a morte do corpo, ao passo que para nós ela prossegue sem interrupção; eles restringem sua ação e nós a estendemos. Eis por que dizemos que os fenômenos da vida espiritual não saem das leis da Natureza. Para eles o sobrenatural começa onde acaba a apreciação pelos sentidos.

2ª ─ Quer os Espíritos da nova geração sejam novos Espíritos melhores, ou os antigos Espíritos melhorados, o resultado é o mesmo. Desde que eles tragam melhores disposições, é sempre uma renovação. Os Espíritos encarnados formam assim duas categorias, conforme suas disposições naturais: a dos Espíritos retardatários que partem e a dos Espíritos progressistas que chegam. O estado dos costumes e da Sociedade estará, pois, num povo, numa raça ou no mundo inteiro, na razão do estado da categoria que tiver a preponderância.

Para simplificar a questão, seja dado um povo, num grau qualquer de adiantamento, composto de vinte milhões de almas, por exemplo. Sendo a renovação dos Espíritos feita na mesma proporção das extinções, isoladas ou em massa, necessariamente houve um momento em que a geração dos Espíritos retardatários ultrapassava em número a dos Espíritos progressistas que eram apenas raros representantes sem influência, e cujos esforços para fazer predominar o bem e as ideias progressistas seriam neutralizadas. Ora, partindo uns e chegando outros, após um dado tempo, as duas forças se equilibram e sua influência se contrabalança. Mais tarde, os recém-chegados são maioria e sua influência torna-se preponderante, embora ainda entravada pela dos primeiros; estes, continuando a diminuir enquanto os outros se multiplicam, acabarão por desaparecer; chegará então um momento em que a influência da nova geração será exclusiva.

Nós assistimos a essa transformação, ao conflito que resulta da luta das ideias contrárias que tentam implantar-se. Umas marcham com a bandeira do passado, outras com a do futuro. Se examinarmos o estado atual do mundo, reconheceremos que, tomada em conjunto, a Humanidade terrena ainda está longe do ponto intermediário em que as forças se equilibrarão; que os povos, considerados isoladamente, estão a uma grande distância uns dos outros, nessa escada; que alguns atingiram esse ponto, mas nenhum ainda o ultrapassou. Aliás, a distância que os separa dos pontos extremos está longe de ser igual em duração, e uma vez transposto o limite, o novo caminho será percorrido com mais rapidez, porquanto uma porção de circunstâncias virão aplainá-lo.

Assim se realiza a transformação da Humanidade. Sem a emigração, isto é, sem a partida dos Espíritos retardatários que não devem voltar, ou que não devem voltar senão depois de se haverem melhorado, a Humanidade terrena nem por isto ficará indefinidamente estacionária, porque os Espíritos mais atrasados por sua vez progridem; mas teriam sido necessários séculos, talvez milhares de anos, para atingir o resultado que meio século bastará para realizar.

Uma comparação vulgar dará a compreender ainda melhor o que ocorre em tal circunstância. Suponhamos um regimento composto, em sua grande maioria, de homens turbulentos e indisciplinados. Eles provocarão incessantes desordens que a severidade da lei penal muitas vezes terá dificuldade em reprimir. Esses homens são os mais fortes, porque são mais numerosos; eles se sustentam, encorajam-se e se estimulam pelo exemplo. Os poucos bons não têm influência; seus conselhos são desprezados; eles são escarnecidos e maltratados pelos outros e sofrem com esse contato. Não é esta a imagem da Sociedade atual?

Suponhamos que tais homens sejam retirados do regimento, um a um, dez a dez, cem a cem, e substituídos por número igual de bons soldados, mesmo pelos que tiverem sido expulsos mas que se tenham corrigido. Ao cabo de algum tempo teremos ainda o mesmo regimento, mas transformado; a boa ordem nele terá substituído a desordem. Assim será com a Humanidade regenerada.

As grandes partidas coletivas não têm como objetivo apenas ativar as saídas, mas também transformar mais rapidamente o espírito da massa, desembaraçando-a das más influências, e de imprimir maior ascendente às ideias novas.

É porque muitos, malgrado suas imperfeições, estão maduros para essa transformação, que muitos partem a fim de se retemperar numa fonte mais pura. Se tivessem ficado no mesmo meio e sob as mesmas influências, teriam persistido em suas opiniões e sua maneira de ver as coisas. Uma estada no mundo dos Espíritos basta para lhes abrir os olhos, porque aí veem o que não podiam ver na Terra. O incrédulo, o fanático, o absolutista poderão, assim, voltar com ideias inatas de fé, de tolerância e de liberdade. Por sua vez, encontrarão as coisas mudadas e serão submetidos ao ascendente do novo meio onde nascerem. Em vez de fazer oposição às ideias novas, serão seus auxiliares.

A regeneração da Humanidade, portanto, absolutamente não necessita de uma renovação integral dos Espíritos: basta uma modificação em suas disposições morais, e essa modificação se opera na intimidade de todos aqueles que a isto estejam predispostos, quando subtraídos à influência perniciosa do mundo. Aqueles que vêm não são sempre outros Espíritos, mas muitas vezes os mesmos Espíritos, pensando e sentindo diversamente.

Quando essa transformação para melhor é isolada e individual, ela passa despercebida, e não tem influência ostensiva no mundo. O efeito é diferente quando se opera simultaneamente em grandes massas, e porque então, conforme as proporções, em uma geração, as ideias de um povo ou de uma raça poderão ser profundamente modificadas.

É o que notamos quase sempre depois dos grandes abalos que dizimam populações. Os flagelos destruidores destroem o corpo mas não atingem o Espírito. Eles ativam o movimento de vai-e-vem entre o mundo corporal e o mundo espiritual e, em consequência, o movimento progressivo dos Espíritos encarnados e desencarnados.

É um desses movimentos gerais que se opera neste momento, e que deve determinar o remanejamento da Humanidade. A multiplicidade das causas de destruição é um sinal característico dos tempos, porque elas devem apressar o surgimento dos novos germes. São as folhas de outono que caem, e às quais sucederão novas folhas, cheias de vida, pois a Humanidade tem as suas estações, assim como os indivíduos têm as suas faixas etárias. As folhas mortas da Humanidade caem, levadas pela ventania, mas para renascer mais vivazes, sob o mesmo sopro de vida, que não se extingue, mas se purifica.

Para o materialista, os flagelos destruidores são calamidades sem compensação, sem resultados úteis, pois que, segundo ele, elas aniquilam os seres sem retorno. Mas para aquele que sabe que a morte destrói apenas o envoltório, eles não têm as mesmas consequências e não causam o menor pavor, porque ele compreende o seu objetivo e sabe também que os homens não perdem mais morrendo em conjunto do que isoladamente, porque, de um ou de outro modo, é preciso lá chegar.

Os incrédulos rirão destas coisas e as tratarão como quimeras. Mas, digam o que disserem, não escaparão à lei comum. Eles cairão como os outros, quando chegar a sua vez, e então, o que lhes acontecerá? Nada, dizem eles, entretanto, a despeito de si mesmos, um dia eles serão forçados a abrir os olhos.

NOTA: A comunicação seguinte nos foi endereçada durante a viagem que acabamos de fazer, por um dos nossos queridos protetores invisíveis. Embora tenha um caráter pessoal, ela tem tudo a ver com a grande questão que acabamos de tratar, que ela confirma. Por esse motivo, julgamos oportuno colocá-la aqui, porquanto as pessoas perseguidas por suas crenças espíritas, nela encontrarão úteis encorajamentos.“Paris, lº de setembro de 1866.

“Já faz bastante tempo que não marco minha presença em vossas reuniões dando uma comunicação assinada com o meu nome. Não julgueis, caro mestre, que seja por indiferença ou esquecimento, mas eu não via necessidade de manifestar-me e deixava a outros mais dignos o encargo de vos dar instruções úteis. Entretanto, aí estava e seguia com o maior interesse os progressos desta cara doutrina à qual devo a felicidade e a calma dos últimos anos de minha vida. Eu aí estava, e o meu bom amigo Sr. T... vos deu mais de uma vez essa certeza durante suas horas de sono e de êxtase. Ele inveja minha felicidade e também aspira vir para o mundo que habito agora, quando o contempla brilhando no céu estrelado e remete o seu pensamento às suas rudes provas.

“Eu também as tive muito penosas. Graças ao Espiritismo eu as suportei sem me lastimar e as bendigo agora, pois lhes devo o meu adiantamento. Que ele tenha paciência; dizei-lhe que ele virá para cá um dia, mas que antes deve voltar à Terra, para vos ajudar na conclusão de vossa tarefa. Mas então, como tudo estará mudado! Julgar-vos-eis ambos num mundo novo.

“Meu amigo, enquanto puderdes, repousai o espírito e o cérebro fatigados pelo trabalho; reuni forças materiais, porque em breve muito tereis que gastar. Os acontecimentos, que de agora em diante vão suceder-se com rapidez, vos chamarão à estacada. Sede firme de corpo e de espírito, a fim de estar em condições de lutar com proveito. Então será preciso lutar sem descanso. Mas, como já vos disseram, não estareis só para carregar o fardo; auxiliares sérios mostrar-se-ão, no devido tempo. Escutai, pois, os conselhos do bom doutor Demeure e guardai-vos de toda fadiga inútil ou prematura. Aliás, aí estaremos para vos aconselhar e vos advertir.

“Desconfiai dos dois partidos extremos que agitam o Espiritismo, quer para restringi-lo ao passado, quer para precipitar seu avanço. Temperai os ardores prejudiciais e não vos deixeis arrastar pelas tergiversações dos tímidos ou, o que é mais perigoso, mas que infelizmente é muito verdadeiro, pelas sugestões dos emissários inimigos.

“Marchai com passo firme e seguro, como fizestes até aqui, sem vos inquietar com o que digam à direita ou à esquerda, seguindo a inspiração dos vossos guias e da vossa razão, e não vos arriscareis a deixar a carruagem do Espiritismo sair dos trilhos. Muitos empurram esse invejado carro para precipitar sua queda. Cegos e presunçosos! Ele passará, a despeito dos obstáculos, e não deixará no abismo senão os seus inimigos e os invejosos desconcertados por terem servido ao seu triunfo.

“Os fenômenos já surgem e vão surgir de todos os lados, sob os mais variados aspectos. Mediunidade curadora, doenças incompreensíveis, efeitos físicos inexplicáveis pela Ciência, tudo se reunirá num futuro próximo, para assegurar nossa vitória definitiva, para a qual concorrerão novos defensores.

“Mas quantas lutas ainda será necessário sustentar, e também quantas vítimas! não sangrentas, sem dúvida, mas feridas em seus interesses e em suas afeições. Mais de um desfalecerá ao peso das inimizades desencadeadas contra tudo o que carrega o nome de espírita. Ditosos, porém, aqueles que tiverem mantido sua firmeza na adversidade! Por isto eles serão bem recompensados, mesmo aqui embaixo, materialmente. As perseguições são as provações da sinceridade de sua fé, de sua coragem e de sua perseverança. A confiança que houverem posto em Deus não será vã. Todos os sofrimentos, todos os vexames, todas as humilhações que tiverem suportado pela causa serão valores dos quais nenhum será perdido. Os bons Espíritos velam por eles e os contam e saberão bem separar os devotamentos sinceros das dedicações fictícias. Se a roda da fortuna os trai momentaneamente e os lança no pó, em breve os erguerá mais alto que nunca, dando-lhes a consideração pública e destruindo os obstáculos amontoados em seu caminho. Mais tarde alegrar-se-ão por terem pago seu tributo à causa, e quanto maior for esse tributo, mais bela será a sua parte.

“Nestes tempos de provas, ser-vos-á necessário prodigalizar a todos a vossa força e a vossa firmeza. A todos serão necessários também encorajamento e conselhos. Também será necessário fechar os olhos às defecções dos mornos e dos covardes. De vossa parte, também tereis muito a perdoar...

“Mas eu paro aqui, porque se posso tecer-vos conjeturas acerta do conjunto dos acontecimentos, nada me é permitido precisar. Tudo quanto posso dizer-vos é que não sucumbiremos na luta. Podem cercar a verdade com as trevas do erro, mas é impossível abafá-la. Sua chama é imortal e brilhará mais cedo ou mais tarde.

“VIÚVA F...”

NOTA: Adiamos para o próximo número a continuação do nosso estudo sobre Maomé e o Islamismo, porque, pelo encadeamento das ideias e para a compreensão das deduções, era útil que ele fosse precedido pelo artigo acima.

domingo, 9 de novembro de 2025

CARLOS DE BRITO IMBASSAHY PARTIU - Por David Chinaglia

 





Nascido na cidade Niteroí no Estado do Rio de Janeiro, filho de Carlos e Maria, ambos espíritas e médiuns, o pai famoso, tradutor das obras de Kardec, Carlos de Brito teve sua chegada ao planeta em 09 de Outubro de 1931, a vida e a jornada de pesquisa, como físico e espírita notável, marcaram sua historia.

Sua morte física, deixa uma história que ainda tem muito a ser contada.

A jornada no planeta, traria anos mais tarde a minha pessoa, um amigo ilustre, apresentado que fui em 2010, pelo amigo Nubor Orlando Facure e pelo espírita  também amigo Alamar Régis, na época um dos períodos que mais me dediquei a pesquisa da doutrina espírita, Carlos estava no Rio de Janeiro prestes a embarcar para os Estados Unidos, em NY.

Numa de nossas conversas, ele foi direto, "te faltam livros, porém você moço é muito inteligente e me proponho a debater suas dúvidas sobre esta doutrina, não religião, estão transformando em religião para criar líderes, comandantes, é uma doutrina, uma revelação, e eu te posso garantir verdades, que vivi, desde que tenha equilíbrio para entender certas revelações."

Carlos sempre ao lado de sua amada Carmen, com quem tive o prazer também de falar sobre espiritismo, um dos temas que sempre quis saber, foi do golpe dado pelo movimento que dirige ou pensar dirigir o movimento espírita no Brasil, a Federação Espírita, seu pai também Carlos Imbassahy, havia traduzido as obras de Allan Kardec, como já citei.

Assim portanto teve acesso aos originais, que lidos, são muito diferentes em algumas partes, e eu particularmente um simples pesquisador, quisera questionar, porque toda uma diretoria seguia somente a Rousting, quando seu pai saiu da FEB, JB Rousting, o QUAL eu dizia ser um erro, e ele calmo pensou e disse,;

 "David isto foi política e religião, não cabe explicar o que está claro, queriam tirar como sempre Kardec do movimento espírita, uma diretoria que seguia os conceitos de Rousting era forma de iniciar esta divisão, na verdade dar sequência a ela, cujo o único culpado, embora mais tarde arrependido foi Bezerra de Menezes, que introduziu as obras de Rousting na FEB achando que isto ajudaria a ter uma visão mais clara, é melhor que procuremos estudar Kardec, nele vemos a verdade da Doutrina Espírita."

Ao longo de meus contatos com Carlos fomos debatendo os ícones do espiritismo no Brasil que ele pessoalmente junto com Carmem conheceu, Ivone Pereira, a qual em uma parte da obra ele Carlos se oponha, deixando claro, que ela havia sido induzida, a tomar decisões que não eram dela.

Dos médiuns de sucesso a época, Chico Xavier,(Carlos detinha muitas historias do chamado milagre de Uberaba) os baianos Divaldo Pereira, e outros, e ele dizia, "David, cuidado com o que deseja saber, lembre um vez que provar certas coisas, verá que não existem meias verdades, nesta doutrina, logo toda a obra daquele elemento estará em julgamento."

Carlos Imbassahy o pai havia deixado cópias das obras originais ao filho, repito, normalmente se tem acesso aos originais somente pela FEB hoje, ou no sites que usam a lei dos mais de 50 anos, para mim, que era um pesquisador apenas, a questão era o que havia sido mudado, e nisto Carlos de Brito, disse, "já lutei esta guerra meu amigo, verá que as pessoas acreditam no que querem acreditar."

Passei um mês em NY nos Estados Unidos, quando voltei perguntava sempre a ele Carlos o que via naquela maravilhosa cidade, e ele me disse a frase de Paris, a história do mundo passa por ela. 

Professor Carlos de Brito Imbassahy, tradutor de “A Gênese”, em sua edição original, para que a Fundação Espírita André Luiz (FEAL) publicasse a edição restaurada, lançada em São Paulo (SP), em 26 de maio de 2018, conforme relata a ECK, que através do professor Marcelo Henrique, mantinha contato sempre com Carlos de Brito, e trazia antes que ficasse doente várias de suas mensagens e textos.


Aqui neste BLOG, Carlos de Brito Imbassahy, nos concedeu textos preciosos, que tiveram mais de três mil acessos, cada um,  um deles que uma fanática espírita tentou bloquear no Facebook, e conseguimos sua liberação, Carlos até adoecer ainda mandou pequenas mensagens, com Carmem sua notável esposa, também por um tempo antes de sua partida, tive conversas sobre ele, a obra, e a doutrina.


Hoje pela manhã professor Marcelo, notificou sua passagem ao plano espiritual, e foram quase duas horas de lembrança antes de retornar ao teclado, e escrever para os senhores e as senhoras, sobre este notável amigo espírita Carlos de Brito Imbassahy, não sei se os segredos das verdades que ele obteve serão um dia revelados em obra como um antigo projeto pelos familiares, hoje sem Carmem talvez somente se alguém importante buscar, Carlos leva com ele ações de médiuns famosos que mentiram a seus seguidores, fatos que nem sempre poderão ser comprovados, muito menos pelos que alegam comandar.

O espiritismo de Kardec ainda sobrevive apenas no Brasil, com certa relevância, mas de todos que aqui passaram lutando por ele, Carlos de Brito Imbassahy deve ser lembrado, por desejar a verdade.

Me lembrei quando falamos de seus netos, da sua Niteroí RJ, um debate sobre Apometria, tema perigoso nesta doutrina, usada de forma errada e equivocada ao meu ver, aliás dentre suas obras Carlos de Brito escreve sobre o tema.

Carlos teve milhares de amigos, seguidores, admiradores, mas teve inimigos poderosos, sua história não pode passar em branco, nem seu legado, sobretudo com relação a corrigir, a tradução original de uma obra gigantesca de Allan Kardec, A Gênese, abandonada pelos fanáticos espiritualistas que se confundem com espíritas estudiosos, relevante importância teve seu amigo professor Marcelo Henrique nesta publicação e com a ECK no apoio a divulgação da mesma.


Durante o texto omiti algumas grandes revelações que sem autorização não posso revelar, apaguei já três que de nada mudariam o MEB, e me fez lembrar Alamar, que me disse certa vez, "quanto mais sabemos, mais seremos cobrados aqui e no plano."


No MEB, Movimento Espírita Brasileiro vivemos o momento religioso, mais perto do que queria o antigo inimigo do espiritismo, a igreja católica, do que da verdade de Allan Kardec, ao longo do século, tivemos seres pensantes maravilhosos, professores, doutores, o físico, Carlos de Brito Imbassahy foi um deles, ao falar da morte de seu corpo físico, quero agradecer ao seu espírito, pelos ensinamentos, pelas boas conversas, pelas divergências sempre respeitosa, por dona Carmem, que ele sempre colocava para explicar fatos de um passado, que poucos espíritas seguidores de Kardec querem saber.


90% do Espiritismo praticado nas casas do Brasil hoje nada tem a ver com Allan Kardec, esta é uma opinião pessoal minha, e de certa forma posso pelas longas horas que falei com Carlos, que ele pensava igual, Kardec em sua verdadeira mensagem está esquecido, pela falta do maravilhoso.


Obras do amigo e do grande escritor e físico, espírita Carlos de Brito Imbassahy, seguem abaixo, com destaque para a tradução e correção de A GENESE, de Allan Kardec que vai figurar para sempre na história desta doutrina, pelo menos para aqueles que desejam entender a verdade.




Carlos de Brito Imbassahy deve ser lembrado, e respeitado, REPITO novamente, mesmo que alguns queiram falar de sua austeridade, foi a forma que se fez impor diante de tantas mentiras que figuram no MEB, na FEB, e das injustiças contra seu pai, que ele também tentou esclarecer,.

Que ele descanse no plano espiritual, já que vinha sofrendo com a saúde, que reencontre aqueles que amou e que um dia ao voltar ao planeta, possa seguir com seu projetos que sempre foram importantes ao Espiritismo.

RIP Carlos de Brito Imbassahy, e pessoalmente obrigado a ti e a Carmem por tanto que me ajudaram a entender esta doutrina, e até um dia.




David Chinaglia, é radialista, espírita, pesquisador, seguidor da doutrina espírita segundo Allan Kardec, é editor deste blog, criado por Rogério Sarmento em Piracicaba, e que divulga a doutrina espírita, suas histórias, e fatos.






quinta-feira, 18 de setembro de 2025

NÃO SEJAMOS POLIQUEIXOSOS, FOCO NA VIDA, FÉ SEMPRE - POR DAVID CHINAGLIA





Amigas e amigos desta jornada no planeta terra, a cerca de 40 dias, recebi um diagnóstico diferenciado, e a cerca de oito anos, frequento o Hospital Guilherme Álvaro, grande hospital de Santos, com mais de 100 anos, desde sua fundação.
Lá existe uma equipe médica de referência, a par das dificuldades que o Estado e a União lhe dão, mas, os parceiros do hospital que é escola também, e os doadores, mantém a estrutura daquela casa, de forma exemplar.

Transitar por lá cuidando da minha saúde, me permitiu conhecer pessoas dos mais variados tipos, gêneros, raça, enfim, e claro das mais variadas doenças, até as que não existem, sim porque há pessoas que criam doenças para ter atenção social, familiar, pessoal, por mais incrível que pareça, são poucos, mas existem, Falam em 4%.

No entanto por lá, é possível conhecer histórias complexas de família, de pessoas, de jovens, de idosos, ou como brinco no meu caso de semi idosos, a verdade que foi olhando em volta destas pessoas que pude ver inúmeros ensinamentos de Allan Kardec.

Hoje espírita minha origem é católica, e criei o hábito de ir a capela ao final das consultas, ou exames que estou passando, como sempre fui para rezar, agradecer ao Hospital.
Agradecer aos médicos, enfermeiros, atendentes, administração, ouvidoria, seguranças, porque como todo hospital, para nós espíritas, é possível sentir a presença de companheiros desencarnados.
A pouco tempo, estes que partiram ainda estão desorientados, e nos permite uma prece a eles, seja na capela ou nos bancos do enorme jardim central, alguns médiuns que por lá se tratam, já viram até médicos do passado em visita, o que é normal dentro do sistema espiritual que existe após a vida terrena.

Fui e sou testemunha de inúmeras histórias com pacientes sobretudo, pessoas que somente depois que descobrem um câncer, passam a dar a vida uma real importância,.

Doentes de outras coisas graves também que ficam a pensar, como será a vida após a vida, e quando um ou outra me permite acabamos, nas filas de exame, ou salas pré consulta conversando.

Um dos grandes lamentos, é ausência de filhos e filhas ao lado, da maioria, outro grande lamento foi o de não saber anos antes a importância do que nos alimentamos, aliás grande causa de muitas doenças, outros lamentam não ter ouvido um diagnóstico pré que previa que aquele momento difícil era possível, e foi deixando de se cuidar, porque as filas do SUS, parecem ser intermináveis, em qualquer governo, já que é muita gente que depende da instituição.

O lado espiritual conta muito num hospital, eu pelo menos observo muito isto, a paciência dos atendentes que nem sempre é como o paciente que não tem paciência, quer, e este sente muito.
Não existe pior coisa no mundo que um doente com dores, com diagnóstico pesado, ser tratado friamente, digamos nem que seja pelo segurança, que as vezes se acha professor de Deus, mas, não podemos exigir educação e respeito de todos.

O fato é prezados leitores, que num hospital, e no caso estou citando o que acho o maior e melhor da baixada Santista, pois lá minha vida terrena já foi salva três vezes, e agora estou perto de mais uma operação grande a enfrentar, tem sim, pessoas a se olhar, conversar, explicar, as vezes até como ajudar, se você tiver um olhar para com o próximo,

A uns anos atrás um garoto com cerca de 16 anos com Leucemia, me deu uma lição, ele não está mais entre nós, estávamos na fila e eu estava impaciente com a demora, ele, calmo, magro, disse, "vim sozinho, pois meu pai tem que trabalhar, minha mãe está acamada, e minha tia só pode entrar e tever que sair para ganhar a vida num carrinho de lanches", então estou aqui lutando pela vida, ele morreu aos 18 anos, mas, naquele dia me deixou uma lição, CALMA, do outro lado do vidro do atendimento as pessoas também tem dificuldades.

Um dos melhores médicos daquele hospital diz sempre aos seus pacientes, "não seja poliqueixoso" e você deve estar se perguntando o que é isto?

Um paciente poliqueixoso é aquele que relata uma variedade de sintomas, muitas vezes sem uma causa médica clara ou que não são confirmados por exames, e que procura repetidamente diversos profissionais de saúde sem encontrar um diagnóstico ou alívio definitivo para as suas queixas. Esses pacientes tendem a ter um histórico de visitas frequentes ao sistema de saúde, expressando insatisfação com tratamentos anteriores e exigindo atenção e recursos significativos devido à natureza complexa e difusa dos seus problemas de saúde.

Vi relatos de médicos que cortaram pernas de criança de quatro anos de idade para salvar sua vida, vi relatos na UTI de um paciente que ali estava a três meses, porque a família não tinha mais como cuidar dele, e várias cirurgias depois, morreram.
Um em especial me marcou foi em 2024, pouco mais de um ano atrás eu dividi um espaço onde este senhor que vou chamar de Walter, gritava de dor, pois quando a morfina passava, havia um limite para ele já fora do normal.
No entanto Walter lutou para sobreviver em sua nona ou décima operação, não suportou, era um câncer geral no Intestino.
No outro exemplo que dei, vi naquele jovem de 16 anos com uma leucemia já avançada a espera de um doador que nunca veio, uma paciência que as vezes não via em minha pessoa.

Ali assisti jovens médicas ainda em formação, ir chorar na capela porque estavam numa equipe que perdeu um paciente legal, e que não resistiu a cirurgia, e ela foi afetada pelo lado emocional, olhei a ela conversamos, muito rapidamente e disse a ela, fé vai passar, e outros virão.

Uma vez exaltei um médico, você salva muitas vidas, e ele disse, "já mandei muita gente para o outro lado também, não sou o super homem."

Na oncologia vi médicos se irritarem por atender na emergência pacientes que não tinham câncer, achavam perda de tempo, pois neste hospital, o pronto socorro para doenças gerais, não existe mais, apenas para a oncologia.

E o que isto tem a ver com espiritismo David? tudo, amigos, porque isto nos mostra que 95% de nós temem a morte, lembro que 40% pensam nela todo dia, e 3% se matam com medo dela, antes da hora dela vir naturalmente.

O Hospital é apenas uma referência deste texto,  é preciso que todos nós, independente da crença, da religião que professamos, olhemos mais em volta, que tenhamos fé, que procuremos lamentar menos, foco que de os médicos não são Deuses, nem astronautas, dependem de exame, dependem da literatura, dependem do palpite certo, mas sobretudo da sua vontade de viver, em qualquer hospital que vá.

A morte é um processo certo, duas datas estão definidas ao longo da nossa vida, o dia do nascimento, nosso querido aniversário, e o dia da morte, esta data não sabemos,. Podemos pedir que seja uma morte sem dor, leve, se é que existe uma morte leve, porém nossos pensamentos são os que vão ditar o momento da separação do corpo.

Sua dor seja ela qual for, diminui, quando você olha em volta, outro dia estava no hospital com uma amiga e seu marido, ele triste porque a filha nem telefona para ele, nisto chegou um senhor, triste, abatido, e sentou-se ao nosso lado, sozinho.

Dali uns minutos um jovem alegre, bem vestida, vem a ele e diz, "desculpe papai, peguei muito transito, mas estou aqui."

O velho senhor agradeceu, sorriu, ela foi pegar uma água para ele, e o outro rapaz que estava conosco levantou, e disse ao Sr. José(nome fictício aqui), "é sua filha ? ele disse sim graças a Deus, o que levou meu amigo amigo a dizer.,: "parabéns o senhor foi um bom pai, eu não, a minha nem está aqui, nunca esteve, nem estará, não fui um bom pai."

fiquei pensando nisto e falei a minha esposa, será que um pai ser bom pode ser assim considerado? pela presença ou não? digo, apenas pelo simples fato da filha ou filho estar do lado? E ela disse claro que não.

Eu não conheço os protagonistas da cena acima citada, mas, ela me chamou a atenção, não existem pais santos, ou mães milagrosas, existem aqueles que mais puderam se destacar, e fizeram mais, o que não melhora a qualidade da paternidade ou da maternidade, até porque sem um pai ou mãe, não estaríamos aqui, então todos devemos a eles, nossos pais, a vida, e a Deus antes que os mais religiosos me critiquem.

Devemos honrar nossos pais, sempre que possível, mas, não devemos nos tornar um peso a eles, nem eles a nós, mas nem todos conseguem isto,.

Vou buscar Allan Kardec em o Livro dos Espíritos, leiam...

Provas da existência de Deus.
4. Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?

“Num axioma que aplicais às vossas ciências: Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá.”

Para crer-se em Deus, basta se lance o olhar sobre as obras da criação. O universo existe, logo tem uma causa. Duvidar da existência de Deus é negar que todo efeito tem uma causa e avançar que o nada pôde fazer alguma coisa.


Dirá a Leitora ou o leitor, mas era de pais que falávamos, eu completo, digamos, que sim, na verdade falamos da vida.
Aqui Kardec fala sobre a existência de Deus, nosso pai maior, aquele que precisamos ter fé que está lá, ou na verdade dentro do nosso coração, em todas as coisas, para que não entremos em desespero.


A vida de outras pessoas não são referência, o que vale é a sua vida, e você meu amigo, minha amiga, precisa manter sua fé, sua vida, lutar por ela, pois como disse o espírito que falou com Kardec, não há efeito sem causa.


E causa de sua vida não estar como deveria estar no seu entender, se você refletir, com calma e isençao, descobrirá, é sua responsabilidade.

Eu digo sempre que homem, mulher, ou qualquer gênero nenhum nos fazem mal, somos nós mesmos, que escolhemos amigos, companheiros e companheiras certas ou erradas, vivemos sonhos, esperando demais até de nossos filhos, 50% do que está errado em seu entender num filho seu, é você, quem fez, quem educou, então aceita que vida fica mais leve a partir daí.


Procure confiar sempre, na sua fé, tenha bons pensamentos, acreditando em Deus, ficará mais fácil passar pelos momentos duros, que passam, seja de saúde, de família, de dinheiro, ou qualquer outro efeito material,.

Olhe mais a sua volta, veja problemas, mais complicados que o seu, mais complexos que os seus, sim você não tem nada com isto, porém se está ruim, pode ficar pior.



Foco nos seus objetivos, a vida amados é apenas um instante, prossiga e aproveite o hoje, o ontem se foi e nunca mais voltará, e o dia de amanhã jamais saberemos o que está destinado, a não ser o que plantamos hoje, tenha paciência com você e com as outras pessoas, que as vezes estão apenas esperando um sorriso, uma ligação sua, para seu dia ficar especial, porém, ele o dia,
será da forma que você desejar, mantenha o rumo, com fé e esperança e aguarde, tudo ficará bem.






David Chinaglia, 67 anos, radialista, jornalista, pesquisador, espírita de acordo a codificação e ensinamentos de Allan Kardec, escreve e edita este blog criado por Rogério Sarmento desde 2011, com amigos da doutrina que falam sobre ela, e a vida.
Recebe e-mails pelo davidchinaglia@gmail.com







segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Santidade High Tech: Carlo Acutis e a estratégia episcopal da permanência - Por Marcelo Henrique


***

O exemplo da Igreja Católica com a canonização de Carlo Acutis sinaliza para o meio espírita um divisor de águas.

***



Preliminares

Introdutoriamente, devo dizer que sou um pesquisador e escritor espírita, com praticamente quatro décadas e meia de estudo e prática da Filosofia Espírita. Neste sentido, em primeiro plano, todo e qualquer tema afeto à Espiritualidade é do meu interesse, independente da fonte ou do ambiente filosófico ou religioso em que seja o mesmo correlato.



Ato contínuo, já escrevi muitas vezes sobre temáticas religiosas e, em especial, acerca de fatos, personagens e episódios da Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) e suas signatárias em todo o mundo. Já dissertei sobre os papas João Paulo II e Francesco, por exemplo, além de ter dissertado sobre o atual, Leão XIV. Também compus ensaios sobre destacados vultos do Cristianismo, além de Yeshua (Jesus de Nazaré), como, por exemplo, Antônio de Pádua, Francisco de Assis, Tereza de Jesus, Santa Paulina, Frei Galvão, entre outros.



Entendo, ainda preliminarmente, que os “santos” da Igreja são humanos dotados de um poder especial, que a religião cristã chama de “graça”, e que o Espiritismo conceitua como Mediunidade. Assim sendo, esta última, a faculdade mediúnica, natural aos encarnados e prodigioso instrumento de intercâmbio entre os dois planos ou mundos, o físico e o espiritual, nos possibilita entender melhor a distância que há entre o natural e o sobrenatural.



Na História da Humanidade, desde os primórdios, as sociedades tentaram compreender melhor os fatos que fugiam às triviais explicações do momento e, neste contexto, já que as Ciências se autodeclararam incompetentes para tratar de “artigos de fé”, as religiões – desde as ancestrais às contemporâneas – assumiram o protagonismo para explicar (dogmaticamente) fenômenos ou situações, ou dar respostas em termos de crença aos fiéis.



Os santos e sua importância

Devemos destacar que os “santos” (mulheres e homens “de Deus”) são figuras exponenciais ao chamado mundo cristão. Convenciona-se dizer que sua presença, seus feitos e a adoração dos cristãos sobre os mesmos – vale lembrar que os templos católicos em geral homenageiam um ou mais deles em seus “nomes”, como a Igreja Santo Antônio de Pádua que tive a alegria de frequentar durante uma década, bem no centro da capital de Santa Catarina, Florianópolis.



Diz-se que os santos e a devoção em torno deles “renova a fé cristã” e motiva os adeptos a se atentarem para as prescrições religiosas contidas em mandamentos e sacramentos, por exemplo. De outra sorte, ao serem mencionados os fatos da existência do Santo, se aproxima o mesmo dos próprios seres “comuns”, as mulheres e homens que, convertidos ao Cristianismo, buscam alcançar uma condição melhor nesta vida e na futura (almejando, neste caso, habitar o “Céu” da religião).



É comum, assim, que os fiéis tenham santos particulares, e se considerem protegidos ou abençoados pela santidade e, neste sentido, creditam a esse vínculo o sucesso e a felicidade alcançadas. Um elemento motivacional, que é, aliás, muito comum em diversos quadrantes da vida contemporânea, como, em especial, a vida profissional ou pessoal. O santo ou a santa, assim, bem pode ser uma espécie de “coach” invisível que nos guia em nossos passos.



O influenciador de Deus

Eis o codinome, o epíteto, a alcunha dada pelos crentes católicos a Carlo Acutis – o personagem que nos motivou a escrever este ensaio. Ou, também, o primeiro santo católico millenial, porque esta expressão remete aos nascidos entre os anos 80 e 90. Acutis nasceu em 3 de maio de 1991.



Carlo foi um jovem que faleceu em virtude de complicações decorrentes de uma leucemia, aos 15 anos de idade, em 12 de outubro de 2006. Coincidiu, portanto, com o dia da padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida.



No dia 7 de setembro último, Acutis foi canonizado pelo papa Leão XIV, em uma cerimônia ocorrida na Praça São Pedro, após ter sido beatificado em 2020. Vale dizer que o processo já estava concluso no pontificado de Francesco (Jorge Bergoglio), mas não foi efetivado em função da piora no estado de saúde do papa anterior, que levou, inclusive à sua morte, em 21 de abril do corrente ano.



O influenciador de Deus simboliza a condição do garoto ter usado a tecnologia para evangelizar, já que aprendeu programação para criar sites para a divulgação da fé católica. Segundo suas biografias, o garoto, herdeiro de empresas sólidas na área financeira e de seguros, optou por seguir a fé católica, dedicando-se à Eucaristia e à Evangelização, preferindo a riqueza espiritual à material [1]. Assim sendo, por isso, Carlo já é o “padroeiro da Internet”.



Flagrante, portanto, e humanizada a Santidade High Tech de Carlo Acutis.



A vida do jovem era similar aos de sua idade e geração, comum aos adolescentes dos anos 2000. Tinha amigos, frequentava os ensinos fundamental e médio, mas, segundo declarou sua mãe, Antonia Salzano, sua “qualidade extraordinária [...] foi ter aberto o coração para jesus e colocando Jesus em primeiro lugar na vida” [2].



O corpo do jovem foi trasladado para uma igreja na cidade de Assis (Itália), conforme seu desejo, onde foi coberto por um molde de cera para manter e reproduzir sua aparência física, estando trajado por roupas simples, iguais às que ele usava rotineiramente: blusa esportiva, calça jeans e tênis.



A santidade e a mediunidade

A Igreja Romana possui seus ritos para a admissão da beatitude e da santidade. Nos processos em questão, são avaliados os “milagres”, isto é eventos “sobrenaturais” que representam curas de enfermidades, geralmente. Para tanto, situações distintas envolvendo o nome do jovem e os pedidos de intercessão do mesmo para que melhoras da saúde física de doentes ocorressem foram analisadas pelo Vaticano, que confirmou as ocorrências.



As questões que fazem parte da retórica cristã-católica, no que concerne à oficialização da santidade são, para nós, espíritas, explicadas e entendidas em sua plenitude. Evidentemente, não só em termos do presente artigo, como em relação a todas as demais situações e circunstâncias presentes na cristandade merecem, de nós, espíritas, consideração e total respeito.



Nosso intuito, outrossim, é o de demonstrar que os fatos que são considerados como milagres são, na verdade, peculiares à natureza humana e pertencem, não ao cenário sobrenatural, mas ao natural. E, neste contexto, a mediunidade é o instituto genuinamente kardecista que deve ser invocado.



Há, para o Espiritismo, a continuidade da vida e a manutenção dos laços que vinculam os seres entre si. Também a “passagem” para a invisibilidade após o fenômeno morte repercutem na continuidade dos interesses (humanos) nos indivíduos que foram para o “outro plano” ou a “outra dimensão”. Em outras palavras, mantêm os seres suas afinidades, proximidades, gostos, vinculações e afetos, preocupando-se, portanto, seja com os mais caros, seja com outras pessoas e, até, com a humanidade em geral, sobretudo em causas sociais.



No caso das curas de enfermidades físicas, não se descarta a ação da “mediunidade de cura”, que é a manipulação espiritual de fluidos, por parte de um desencarnado (Espírito) por meio de um encarnado (médium). Mas é necessário entender a questão mais amplamente, considerando que, além da “medicina do Além” a ciência material (clínica) também pode contribuir para a minimização dos efeitos das enfermidades e, em alguns casos, o recrudescimento ou o desaparecimento da moléstia. Então, é possível cogitar de uma ação conjunta entre os dois “planos”, físico e espiritual, para a consecução do “milagre”, isto é, a cura.



A lição que a canonização nos deixa

A Igreja Romana dá uma clara demonstração de sua atualidade e da preocupação com os tempos contemporâneos, considerada, inclusive, a diminuição dos fiéis e o crescimento das igrejas neopentecostais e do islamismo no mundo.



O Catolicismo dá um recado claro para o rejuvenescimento da mensagem cristã, já que se apoia nas ações do jovem Carlo em dois flancos: 1) a condição de jovem, um indivíduo de vida comum similar aos dos demais adolescentes do nosso tempo; e, 2) o uso da internet, das ferramentas cibernéticas, das redes sociais para a difusão da mensagem com teor cristão, na linguagem adequada ao público a que se destina.



Eis, aí, o que está grafado no título deste ensaio: a estratégia episcopal da permanência.



Neste sentido, há duplo acerto porque a identificação do jovem com seus pares e suas demandas é um sinal evidente da sinergia e proporciona o engajamento que é a marca comum das redes sociais na atualidade. E, de outra sorte, a utilização da internet como meio de difusão da espiritualidade cristã representa uma amplitude direcionada a quem, por diversas mídias ou redes, também é “consumidor” destes produtos virtuais.



Olhando para eles, os católicos, sentimos um pouco de “inveja”, mas, como diz o dito popular, uma “inveja boa”, direcionada ao desejo de copiar as boas iniciativas e de poder ser igual (ou parecido) um dia. Justamente neste momento em que os resultados do Censo2022 recentemente divulgados (e já abordados aqui em nosso portal [3]) apontam para uma significativa redução do número de adeptos declarados do Espiritismo. Mas não somente isso...



Nós que atuamos no meio espírita somos testemunhas de um problema que vem desde a virada do milênio e tem se agravado: o conservadorismo espírita que se manifesta em vários aspectos, desde a dogmatização de conceitos, passando pela restrição aos modos de ser e de se manifestar, a postura rígida e flagrantemente sisuda, a limitação do direito de expressão e da criatividade dos adolescentes e jovens, além, é claro, a adoção de uma linguagem ultrapassada, com ênfase a uma reforma íntima que se constitui como obrigação e o desejo de habitar em lugares celestiais, como colônias espirituais.



A mensagem espírita precisa ser reavivada enquanto expressão da liberdade espiritual, na linguagem de cada ser ou grupo e com as peculiaridades que a ambiência planetária nos proporciona. Em outras palavras, os espíritas precisam “viver a vida no mundo físico”, aproveitando as situações condizentes à existência material, e não ficarem concentrados no porvir, numa hipotética vida espiritual.



Se é fato de que os espíritas não cultuam santos nem têm sacramentos e liturgias, é muito numeroso o quantitativo de espíritas que cultua “santos espíritas” (médiuns, palestrantes e os próprios Espíritos que ditam mensagens pela psicografia), estabelecendo um distanciamento equivocado entre seres que, por habitarem a mesma morada física (no caso o planeta Terra) se encontram, todos, mais ou menos, na mesma situação espiritual (em termos de progresso), salvo raras exceções. Todos, portanto, seres falíveis, em processo de despertamento e esclarecimento espiritual. Assim, a atitude católica de “santificar” um personagem comum, que teve uma vida juvenil igualmente simples e similar aos demais jovens, vai na contramão da postura dos espíritas, que buscam cultivar a santidade de determinados personagem, cunhando-os de Espíritos Superiores ou Espíritos Puros.



Juventude, Internet, Redes Sociais, Simplicidade, Autenticidade, Fraternidade, Alegria, Riso e Congraçamento: estas deveriam ser, inegavelmente, as marcas da nossa sociedade neste Terceiro Milênio, aproveitando as facilidades que a contemporaneidade nos fornece, sobretudo a condição de nos comunicarmos com qualquer pessoa em qualquer parte do mundo e instantaneamente.



Nos parece que outro jovem, lá em Nazaré, de nome Yeshua, já teria dito isto: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração” (Mt: 11;29). Ou, ainda, nos recomendou sermos “prudentes como as serpentes e simples como as pombas” (Mt: 10;16).



A atitude da Igreja Católica, portanto, nos sinaliza (meio espírita) um divisor de águas.



É hora, espíritas, de revermos os nossos métodos e de buscarmos o público jovem que seja imprescindível para a difusão das verdadeiras mensagens de Espiritualidade, que o kardecismo propõe para os temas da vida físico-material e suas interconexões com a ambiência espiritual. Sem eles, os jovens, a Doutrina dos Espíritos estará fadada a ser apenas um “plano de boas intenções” que figurou na História da Humanidade mas não teve forças nem empenho para, como propôs Kardec, se popularizar [4].



Vamos nessa?



Notas do Autor:

[1] Alguns dados sobre a família Acutis estão disponíveis no endereço: <https://www.brasilparalelo.com.br/noticias/quem-sao-os-acutis-familia-do-primeiro-santo-millennial-da-igreja-catolica>. Acesso em 9. Set. 2025.

[2] Reportagem da Redação G1, disponível em: <https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/09/07/carlo-acutis-a-historia-do-jovem-catolico-1o-santo-millenial.ghtml>. Acesso em 9. Set. 2025.

[3] Especificamente, há o artigo “Espíritas em queda livre: diversas causas, um efeito, múltiplas preocupações”, disponível em: <https://www.comkardec.net.br/espiritas-em-queda-livre-diversas-causas-um-efeito-e-multiplas-preocupacoes-por-marcelo-henrique-e-marcus-braga/>. Acesso em 9. Set. 2025.

[4] Tivemos oportunidade de citar o texto kardeciano, no artigo “A mercantilização da formação do palestrante espírita”. In verbis: “Dois elementos hão de concorrer para o progresso do Espiritismo: o estabelecimento teórico da Doutrina e os meios de a popularizar” (grifos nossos), conforme consta de “Obras Póstumas”, de Allan Kardec, na dissertação “Projeto 1868”. O artigo em questão está disponível em: <https://www.comkardec.net.br/a-mercantilizacao-da-formacao-do-palestrante-espirita/>. Acesso em 9. Set. 2025.

domingo, 17 de agosto de 2025

SEGUINDO EM FRENTE, POR DAVID CHINAGLIA







Todos os dias o sol nasce, e claro com eles novas esperanças, já citei aqui, que nossas lutas maiores, são na verdade conosco mesmo, a estrada da vida, segue, para cada um de nós de acordo com nossas escolhas.

Tive a oportunidade de conversar com pessoas da doutrina espírita que admirei muito, poderia citar Alamar Régis, e sobretudo Richard Simonetti, que me marcou muito por nossas conversas.
Naqueles tempos na saudosa, Águas de São Pedro, num mini estúdio que passava noites e madrugadas, estudando o espiritismo, e fazendo contatos com estes amigos, e outros, que também na caída da noite e na madrugada escreviam e as vezes, nos davam a alegria de bate papo.

Este aprendizado levo comigo, nem sempre pude colocar em prática o que aprendi, porque tive lutas, e ainda tenho com coisas que priorizei certo ou errado.

Alamar dizia, "Meu querido, mais estudo, menos drama, menos envolvimentos com as histórias dos assistidos, e calma, se der faça, se não der não faça, mas, mantenha sua fé."

Richard falava de seu drama pessoal com uma doença que anda flertando em menor proporção comigo, e confesso que hoje penso muito no ele revelava naquelas noites, sempre antes da meia noite.

Convivi com médiuns, e orientadores que admirei, que me decepcionei, aliás talvez a mesma decepção que talvez tenha causado, pois nem sempre, devemos ver o nosso lado, mas, dos outros também, e desde que o país se dividiu entre a tirania, a democracia, e a corrupção, ver líderes espíritas mais a direita, decepcionou a muitos, mas, todos democraticamente tem o direito de em vida defender o que acreditam, mesmo que para nós estejam errados.

O planeta passa por um momento tenso, difícil, o mundo era passar por períodos muito duros previstos nos livros espíritas, na projeção social, e da humanidade.

Ontem já passou, as vezes ainda tenho dificuldade com isto, me lembro de coisas boas, e ruins, e vejo pessoas com o mesmo dilema, mas, claro que jamais voltará nem o bom nem o ruim.

Amanhã não sabemos, a única coisa que temos é o dia de hoje, já falei da próxima hora, ou das notícias que de repente mudam nossa vida, ou nos assustam.

A verdade que o caminho da vida, segue, cada um de nós na sua, na escolhida, de acordo com nosso livre arbítrio, mas claro que todas nossas decisões, escolhas, tem consequência, e as vezes a conta chega aqui ou no plano espiritual.

Qual o segredo da vida, viver bem, guardar os momentos felizes, esquecer os ruins, as pessoas más que atravessam nossa vida, agradecer pelos bons que vida nos colocou, para em palavras ou auxílio, nos amparar, amigos, aqueles de verdade tenho poucos uns oito ou nove talvez, me considero um milionário neste item.

Não espero mais nada de ninguém, minha falecida mãe, Marília que partiu do planeta em 2016, dizia, "Cada um dá o que tem."

Alguns ainda me ensinam aos 67 anos, outros continuam a decepcionar, mas, o que importa que me deram a oportunidade de viver, bons e maus momentos.

Quando vou ao Hospital Guilherme Álvaro, onde faço tratamento a oito anos, conheço história fantásticas que ajudam a entender, sobretudo depois da pandemia que mudou a todos nós.

Basicamente o texto de hoje busca dizer que sempre é a esperança que nos move, a fé que nos protege, e que só duas coisas são certas na vida, o dia do nascimento que sabemos e dia da morte.

O da morte física, não sabemos, nem dia, nem que formato, logística, ocorrerá, por merecimento pedimos a Deus que seja sem sofrimento, mas, ela um dia virá.

Temos que nos preparar para viver, todo dia é um dia diferente, as vezes, um abraço de um filho, uma cachorra que nos dá um agrado, uma neta ou neto ligar, um amigo que a tempos não te procura liga, nos dão alegrias.

Não importa o tema, agradeça ser lembrado, a doutrina nos dá conforto, reze, centro espírita, ajuda, mas, não resolve a vida de ninguém, as pessoas por lá também tem problemas, dificuldades, não são escolhidos, muitas vezes estão até ou igualmente como estamos, e ainda acham tempo para nos doar.

O milagre está em você, De Lucca dizia, que Deus está no coração, no nosso coração, acredite no que lhe for melhor, mas procure perdoar, ninguém entende o que você passou, ou dará a você prioridades no lugar dos entes ou amigos mais próximos.

A vida vai durar o que está escrito para durar a cada um de nós, enquanto tivermos serventia para alguém ficaremos, as vezes, nem só por isto, mas, pelo que podemos plantar.

Não viva esperando milagres, eles até surgem, procure a felicidade onde ela já está dentro de você, ao começar escrever esta noite ladeado do velho companheiro Miguel, e de minhas lembranças vi fotos do passado deste blog, de minha vida, de saudosos familiares, enfim, nada é por acaso.

Confia, e confia muito em você, porque a vida é um instante, e deseje saúde, saúde é o que você realmente precisa, e de fé, para seguir, até onde estiver marcado.

Coisas boas você já fez e fará, e deixará lembranças, tenha certeza disto, procure viver, a morte virá um dia, e esteja calmo, até lá, leia livros, escute música, tenha paciência com as pessoas, e lembre a caridade começa na família, igreja queridos e queridas é coisa do homem, Deus ou Jesus está em seu coração, cuidado com os falsos profetas, e lembre não espere reconhecimento, viva, o blog está de volta, precisei parar por problemas pessoais, e agora vou dar novas matérias, até o dia que a espiritualidade permitir.

Uma boa semana, tenha forças, fé, jamais se entregue, que paz e a saúde esteja contigo.



David Chinaglia, 67, escritor, pesquisador, radialista, jornalista, é editor deste blog desde 2011, recebe e-mails sobre espiritismo no davidchinaglia@gmail.com, segue a doutrina na base apresentada por Allan Kardec, este blog foi fundado pelo amigo e espírita Rogério Luis Sarmento em Piracicaba em 2008,.
E lembre, agradecer a tudo todos os dias, é preciso.









 

sábado, 19 de abril de 2025

DIVALDO PEREIRA FRANCO ESTÁ PARTINDO - POR DAVID CHINAGLIA

 





Falar deste senhor, não é fácil, nem do homem, nem do médium, tão pouco da liderança espírita Brasileira, por isto eu pedi a uma pessoa que considero ser mais habilitado do que eu, para faze-lo, no entanto ele está impedido neste momento, amigos de Salvador, que tem acesso a Divaldo, nos informaram ontem que o médium está para deixar o planeta terra.

Como falo sempre, ninguém tem acesso ao dia certo, hora certa, e na biografia deste espírita, consta que ele foi avisado que sua mãe partiria, mas, não o dia certo nem tão pouco a hora, o sistema que vivemos, as leis, nos impedem, de saber, de fato, a hora aproximada, o dia não, tanto que alguns médicos precisam já algum tempo, em meses, quando isto pode nos acontecer.

Podemos dividir a vida de Divaldo em várias partes, não poderemos jamais negar sua importância ao movimento espírita, inclusive e sobretudo após a morte física de Chico Xavier, como o segundo médium que mais aumentou a quantidade de espíritas pelo Brasil, falando primeiro do médium fala da parte mais fácil.

Todos os dias a mansão do caminho tem trabalhos espirituais de várias formas, o médium participava das principais, com uma agenda forte nos últimos anos, desde que luta novamente contra esta doença, Divaldo diminuiu suas viagens, mas, manteve seus compromissos com os espíritos.

Um Espírita que leva em média três mil pessoas a suas palestras e eventos, algumas com picos de 5 á 15 mil pessoas, precisa ser respeitado concordemos ou não com ele.

Nascido em 05 de Maio de 1927, em Feira de Santana na Bahia, Divaldo foi jovem por ajuda de uma tia, e de sua mãe, envolvido nas coisas da Doutrina Espírita.

Embora tenha escrito pelos espíritos de Bezerra de Menezes, Manoel Filomeno de Miranda, sua maior mentora e companheira foi Joana de Angelis, uma ex freira, que viveu, partiu do planeta, e seguiu ajudando com suas raízes católicas, suas convicções católicas influenciaram mais ainda a Divaldo, que também teve origem na doutrina católica, algumas coisas que podemos discordar do médium, mas, nem ele negaria sorrindo que é um espírita com pezinho na igreja, como diria Moura.

O espiritismo no entanto escreveu no Brasil, e em vários países, graças ao talento de Divaldo Franco, de sua inteligência, e diferente de Chico Xavier, de sua cultura, já que Divaldo teve oportunidade de aprender, estudar, e também de se melhorar, não só em línguas como fala, 05 idiomas até onde pude saber.

No entanto Divaldo fez uma obra consagrada aos pobres, e este talvez tenha sido seu cartão social, mantido e melhor apresentado, a Mansão do Caminho, que educa, alimenta, e ajuda milhares de crianças e famílias, não só em Salvador, mas em outras cidades também.

Certa vez um grande mestre do espiritismo me corrigiu quando defendi a obra social de Divaldo, e disse, "Isto nada tem a ver com o espiritismo que ele pratica."

E na verdade qual é o espiritismo de Divaldo, vos pergunto, bem, esta é hora que podemos criticar a posição do médium privilegiada, como eu não busco aplausos a muitos anos, sou sincero, Divaldo perdeu o trem da história no Brasil como maior educador espírita, por permitir os abusos da FEB, Federação espírita Brasileira, que é divida entre os conceitos de Kardec, únicos e verdadeiros desta doutrina e de Roosthing, e outros, que se aproveitaram da ausência de Rivail, como Kardec, para mudar o que de fato ensinaram os espíritos.

Aqui Divaldo diferente de Chico Xavier, tinha cultura e sabedoria para ter mudado o movimento, mas, como bom Baiano se calou, nos últimos anos, tomou partido na política a favor da extrema direita, o que causou sérios adversários, mas, sempre bem assessorado, superou certas problemáticas deste seu apoio político ao ex presidente Jair, e acabou retornando a sua base, perdeu seguidores, leitores, mas, sempre foi um batedor de recordes da FEB e das editoras em suas obras, porque o povo espírita acredita em Divaldo, sobretudo o leigo.

No entanto cabe lembrar que o maior vendedor de livros espíritas no Brasil, é Allan Kardec, ninguém nem mesmo Chico, vendeu mais que Kardec, ensinar é outra coisa, aprender está nas mãos e vontade de cada.

Esta popularidade, tirou de Divaldo a chance de ser um novo digamos codificador Brasileiro, impondo com sua liderança as verdade de Kardec, algumas que defendeu, outras que Divaldo sempre se calou na hora de defende-las, e vamos lembrar aqui ao leigo, que Kardec, não inventou livros, nem teses, nada, ele foi orientado pelos espíritos que vieram a época lhe dar seu conhecimento, ele deu voz a verdade, que para quem é espírita de verdade, é a base de ser espírita.

Kardec, somente Kardec, os demais seguem a trilha ainda deixada pelo Frances,.

Então Divaldo querendo ou não, se calou dentro da FEB, pelos interesses sociais, e até pessoais o que vai lhe tirar para sempre um lugar mais adequado na história do Movimento Espírita do Brasil.

No entanto como divulgador, como psicografo de Manoel Filomeno de Miranda, que atingiu pontos que lembravam o espiritismo sério de Kardec, nas viagem de Divaldo inclusive as antigas, era possível ver um introdutor, melhor, e mais adequado, porém eu penso como dizem que Lúcifer(frase usada no filme Advogado do Diabo) pensa, a VAIDADE, é o pecado preferido dos espíritas famosos, e a que vai atrapalhar sua obra como um todo, Chico passou por isto, e Divaldo muito mais, pela sua inteligente, sua cultura.

Em 2011 quando comecei este blog, seguindo a pilastra construída por Rogério Sarmento, grande amigo de Piracicaba, falei com o Nubor Orlando Facure, e com o Alámar Régis, sobre Divaldo e a entrevista que nunca houve.

Facure me incentivou a ir tentar a Bahia, a minha entrevista que nunca pelo jeito vou conseguir, pois tinha inúmeras perguntas a Divaldo que para sempre nesta encarnação ficarão sem respostas.

Divaldo é cercado por uma assessoria digamos mais preocupada com a imagem pública do que com a obra, tanto que o máximo que consegui foi replicar uma matéria pública de um jornal da Bahia, através de ajuda de amigos em comum.

A entrevista, e quem sabe perguntar a ele a Joana coisas que o fizeram se afastar da base de Kardec, e porque criou um espiritismo paralelo, pois sem dúvida, isto ele fez com maestria, não poderei fazer, no entanto, não falarei sobre este tema agora, apenas um pitaco, para um texto futuro.





Algumas pessoas esperam para criticar Divaldo após sua morte, eu não participarei disto, eu tenho admiração pela obra social que me cativa, pelas obras de Filomeno, por coisas que Joana deu somente a ele, enfim analiso ele como um time grande de futebol, que coloca velocidade no começo, pensa no meio, faz gols importantes, mas, a caminho do fim, mostra um lado que nem mesmo os mais árduos defensores, gostaram.

Divaldo para mim, é um bom escritor, bom médium, teve momentos fabulosos, e momentos para ser esquecido, mas, lembrem, ele é humano,.

Divaldo, no entanto fez coisas importantes, e nem os Russos, irão criticar isto, poderia ter feito mais, sim poderia e deveria, se calou bravamente nas adulterações de obras de Chico Xavier e suas, feitas pelo chamado conselho de redação da FEB, aquele que se voce perguntar nao existe, mas é o que censura obras desde 1940.

Uns falam que por ordem da maçonaria, não sei, não fui convidado a esta parte, mas tenho amigos no alto comando do movimento e eles me contam coisas de anuência, que um líder não pode dar, esta é minha opinião pessoal, não estou indo pela opinião de A,B, ou C, que divirjam do grande médium, Divaldo Pereira Franco.

A morte nao santifica ninguém, muito menos um espírita, que agora sim será julgado por suas obras, claro que nao aqui, entre nós, e sim no plano.

Pessoalmente pelo bem social que Divaldo Franco deu na sua Mansão do Caminho, podemos dizer que não merecia sofrer assim, digamos um pensamento humano de todos para todos, e nao seria diferente com um homem que fez o que ele fez.

Seus livros por pelo menos mais 50 anos vão alimentar muita gente, irao vender mais, dizem que ele deixou uma obra com fortes revelacoes, aqui cabe aguardar.

Eu não vejo sucessor a Divaldo no movimento, um dia lá atrás vi Pedro, mas ele não quis, e este Pedro sabe que foi em Piracicaba, que lhe falei isto, e não estava sozinho, espíritos me diziam, mas, ele não quis entrar no sistema cruel do MEB, ah! tem politica e interesses neste Movimento, igual as igrejas, e cultos, etc, logo, demanda poder, e popularidade, e isto é complicado.
Este Pedro, foi embora até do país, embora permaneça dentro da doutrina, o Pedro que conheci seria o Divaldo dos novos tempos, sabiamente, ele recusou este fardo, diria hoje a ele de longa distancia, mas nunca esqueci sua mediunidade e seu talento na oratória, naqueles tempos.

Divaldo passa pelo MEB, pela Doutrina com a nota 7,5 para o item divulgador daria um pouco mais, 9,5, o professor cabe discussão pela omissão.


A nível de conhecimento meu amado professor Marcelo, é ao meu ver a melhor pena do Brasil, profundo conhecedor do movimento espírita, e da doutrina sobretudo, mas, ele tem outro rumo dentro do movimento, eu digo sempre quando vou escrever, me permita senhor andar perto do que a capacidade de Marcelo, das coisas que ele me ensinou.

Nubor disse que falo com o coração, não sei, os senhores é quem sabem, estou ausente, a chegada do fim dos tempos de Divaldo, dita por um grande amigo de Salvador, e por um espírito que me acompanha, Miguel, me fizeram chegar neste texto.

Como diria Célia, conhecimento nunca é demais, mas, as vezes, saber demais nos dá muitas responsabilidades, não se trata de gostar de ABCD, e sim de saber elogiar os acertos e apontar os erros, eu os tenho muito.






No entanto pessoalmente tenho muito a agradecer a Divaldo, e a Manoel de Miranda, foi numa obra via o grande mestre e amigo Paschoal Nunes, Sexo e Obsessão que aprendi certas coisas, deveriam ter um rumo diferente na minha vida, e também claro do mesmo autor, o estudo de Loucura e Obsessão, digo sempre que no seu auge, Paschoal, foi um educador espírita, de ótima qualidade, a anos não o vejo, mas, ele dizia que para um aprendiz de feiticeiro, eu ia seguindo.

Voltando a Divaldo Pereira Franco que em 05 de Maio de 2025, se conseguir chegar lá, fará 98 anos, dizem que ele esperava chegar ao 100 anos, para levar o aprendizado secular, não sei, está cansado, doente, e nas últimas horas, com notícias de novo de um alto desgaste, o que motivou a escrever as senhoras, e aos senhores.

Meus amigos, uma prece, para o professor Divaldo, cabe, você goste dele ou não, um pedido que fiz a Deus esta manha, que pela obra social dele, por alguns grandes momentos que teve com Joana, que pare de sofrer, como me relataram ontem.

Ao Universo, as energias, aos espíritos do Bem e a Jesus, forca companheiro Divaldo, e que na próxima e haverá próxima, porque diferente de Chico, você nunca quis ser santificado, tenha paz, e tranquilidade para realizar, tudo que nao conseguiu nesta.
Porém Divaldo, se impor mais, diante do alto comando, pois grandes ordens já foram descumpridas, até na maçonaria, e isto é outra história para outro dia, diria o saudoso Pinheiro Neto.

Não sei qual o destino e nem Divaldo sabe de Joana de Angelis, mas, que ela também aproveite a partida do amigo que está próxima, para lutar por causas que sempre acreditou quando viva, e nestes anos como desencarnada, quem sabe com outro trabalhador, ou de volta a terra, que é o destino da grande maioria, ou em um novo planeta, onde tudo está á começar.

Divaldo, obrigado, mesmo discordando bato palmas, pois em várias coisas pensamos igual, mas outras tantas de forma diferente.

Se chegada a sua hora, tenha o sorriso de sempre estampado, na sua chegada ao plano, e como Carlos falaria, até de repente.


David Chinaglia, 67 anos, editor deste blog, recebe e-mails pelo davidchinaglia@gmail.com, é jornalista, radialista, escritor, e palestrante, divulga o espiritismo nas bases de Allan Kardec.