Estimados amigos de jornada no planeta terra, aqui estamos, 13 de Junho, 2021, que Odisseia vivemos não amados ?
Energias pesadas, raiva e ódio no ar pela política Brasileira e Mundial, falta de paciência entre os encarnados, distúrbios e egos no MEB (Movimento Espírita Brasileiro), e os espíritos, como estão os necessitados, os não esclarecidos, os que recém partiram?
Hoje fui caminhar as margens da Ilha Porchat, com minha amada companheira, falávamos de amigos caros, que estão distante de mim, outros queridos que partiram, e algo raro havia ocorrido comigo ao despertar.
Senti vontade de levar um livro passear e este livro foi exatamente o Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, em minha mente logo veio o local que pretendia fazer a leitura.
Aqui em São Vicente, litoral de São Paulo, temos um posto de saúde destes básicos que atendem os aposentados, os passantes, os turistas, e que se encontra fechado, pois a prefeitura local sem profissionais, recrutou todos para a campanha de vacinação ao COVID 19.
Bem perto existe um jardim, com banco onde podemos ver coqueiros, bancos para olharmos ao mar, outro dia quando fui meditar, senti a presença de espíritos, e hoje entendi ser o melhor lugar para nossa leitura matinal dos domingos.
Fazer um evangelho para os espíritos passantes, que pela paz e beleza do local estão ali, é uma região de muitos espíritos esta do Itararé.
Temos a Igreja Católica de São Pedro, onde embaixo dela, inúmeros cidadãos, que estão depositados ali(cinzas), por opção pessoal, ou da família, as cinzas fora depositadas lá, lugar de paz, e reflexão.
Certa vez sozinho fui lá e fiz este evangelho, hoje optei pelo jardim da praia, e confesso, que conversando com minha patner disse:, "sem ser o conhecimento,e nossa inteligência, nada levamos deste mundo nada levamos, Lika."
Como que por interferência o texto que caiu foi o de Pascal, escrito em 1860, e que vou fechar este texto com a publicação de Kardec, em o Evangelho segundo o espiritismo, para vossa reflexão.
Li, e conversei com os amigos espíritos que lá estavam, alguns se foram, outros ficaram, e dois agradeceram, e seguiram.
Ao chegar em casa contei para um amigo querido, o fato, sem tanta riqueza de detalhe, porém como com ele isto é desnecessário, o seu "Hum..." foi decisivo para desenvolver este texto.
Podemos fazer Evangelho espírita para nós, e para os amigos espíritos, que se foram e estão ainda desorientados, ou por medo. espíritos que ficam na faixa paralela do planeta ? Sim, podemos, os que possuem conhecimento para tal, devem sempre que puderem dedicar um tempo a espíritos estranhos, é uma caridade.
Meu amigo famoso, médico e espírita Nubor Orlando Facure, me disse á algum tempo, que os centros precisam dedicar mais tempo aos vivos, e isto me levou a reflexão, e os mortos desorientados, só na casa espírita ?
Não, a liberdade que Allan Kardec, teve de conversar e obter junto aos imortais, dados importantes, que constam nas obras espíritas, como o Livro dos espíritos, o Livro dos Médiuns, e a Genese, nos dão a certeza, que os espíritos tentam, mesmo os que partiram recentemente, necessidade de conversar e entender os acontecimentos.
Tenho lido ótimos trabalhos do ECK (Espiritismo com Kardec), agrupamento liderado pelo professor Marcelo Henrique, ótimas reflexões, que nos permitem olhar a caridade como algo a ser feito sobretudo com espíritos, além dos encarnados.
Hoje na praia pude sentir, que estamos presos a muita coisa material, a vida da terra, e daqui nada levaremos, nada, a não ser o conhecimento, a inteligência, como já disse e repito.
Talvez alguns sentimentos, e anotem, também levaremos os erros, afinal numa reencarnação, eles terão que ser depurados.
Então lembre, quando fizer um Evangelho dirija-se também aos desencarnados, alguns que podem estar do seu lado, na sua casa, na varanda, no jardim da praia, no bosque, ou nos lugares solitários que junto a natureza você pode rezar, meditar.
Sem se deixar influenciar, oriente, a eles, como um dia gostará de ser orientado, se estiver em algum tipo de desvio, de espaço lugar, que pode ocorrer pelo nosso materialismo, pelo nosso apego.
Pessoalmente digo sempre que ainda levaremos umas duas ou três encarnações para dar uma melhorada como deve ser, você não acha que se viver 90 anos, tudo está resolvido, ou entende que sim ?
Na verdade as coisas são muito diferentes do que você leu lá atrás, nos primórdios do espiritismo, hoje sabemos, que o que você desejar é o que acontecerá, se houver muita lamentação, é nela que vibrará, enfim, o tradicional, o plantio é livre a colheita é obrigatória.
Ler o Evangelho Espírita em voz alta, ajudará sim, também aos espíritos desencarnados.
Busquemos melhorar dia a dia, se não com a forma ideal, com o melhor, nos preceitos de Jesus, e nas orientações de Allan Kardec, afinal tudo que temos aqui material, muitos amores, não seguirão conosco.
Procure focar em ti, mas, não se esqueça dos que andam perdidos pela terra, já desencarnados, uma prece, um texto poderá ajuda-los a enxergar novamente.
Bom domingo, e vamos ler novamente Pascal, para nossa pessoal reflexão, eu já fiz a minha com meus amigos lá da praia, faça a sua, e sigamos, pois, tudo que você quer para você, deseje para os demais seres humanos.
Pascal, Genebra, em 1860 escreveu :
9. O homem só possui em plena propriedade aquilo que lhe é dado levar deste mundo. Do que encontra ao chegar e deixa ao partir goza ele enquanto aqui permanece. Forçado, porém, que é a abandonar tudo isso, não tem das suas riquezas a posse real, mas, simplesmente, o usufruto. Que é então o que ele possui? Nada do que é de uso do corpo; tudo o que é de uso da alma: a inteligência, os conhecimentos, as qualidades morais. Isso o que ele traz e leva consigo, o que ninguém lhe pode arrebatar, o que lhe será de muito mais utilidade no outro mundo do que neste. Depende dele ser mais rico ao partir do que ao chegar, visto como, do que tiver adquirido em bem, resultará a sua posição futura. Quando alguém vai a um país distante, constitui a sua bagagem de objetos utilizáveis nesse país; não se preocupa com os que ali lhe seriam inúteis. Procedei do mesmo modo com relação à vida futura; aprovisionai-vos de tudo o de que lá vos possais servir.
Ao viajante que chega a um albergue, bom alojamento é dado, se o pode pagar. A outro, de parcos recursos, toca um menos agradável. Quanto ao que nada tenha de seu, vai dormir numa enxerga. O mesmo sucede ao homem, à sua chegada no mundo dos Espíritos: depende dos seus haveres o lugar para onde vá. Não será, todavia, com o seu ouro que ele o pagará. Ninguém lhe perguntará: Quanto tinhas na Terra? Que posição ocupavas? Eras príncipe ou operário? Perguntar-lhe-ão: Que trazes contigo?Não se lhe avaliarão os bens, nem os títulos, mas a soma das virtudes que possua. Ora, sob esse aspecto, pode o operário ser mais rico do que o príncipe. Em vão alegará que antes de partir da Terra pagou a peso de ouro a sua entrada no outro mundo. Responder-lhe-ão: Os lugares aqui não se compram: conquistam-se por meio da prática do bem. Com a moeda terrestre, hás podido comprar campos, casas, palácios; aqui, tudo se paga com as qualidades da alma. És rico dessas qualidades? Sê bem-vindo e vai para um dos lugares da primeira categoria, onde te esperam todas as venturas. És pobre delas? Vai para um dos da última, onde serás tratado de acordo com os teus haveres.
David Chinaglia,63, espírita, escritor, palestrante, editor deste blog, segue o espiritismo conforme a codificação de Allan Kardec, e-mail sobre este texto para davidchinaglia@gmail.com