terça-feira, 22 de novembro de 2016

A FLOR E O ESPINHO - POR RICHARD SIMONETTI



Medições precisas demonstram que a Terra tem perto de quatro bilhões e quinhentos milhões de anos. Imaginemos a história de nosso planeta contada num livro de quinhentas páginas. O ser humano surgiria na derradeira linha da última página. A última letra da palavra final conteria toda a Civilização Ocidental.
         Segundo Darwin, a evolução dos seres vivos se processa por seleção natural. Indivíduos de uma mesma espécie conseguem adaptar-se a determinada situação, a partir de sutis modificações em sua estrutura, dando origem a mutações que resultam em novas espécies. Processo lento. Demanda milhões de anos.
         A Doutrina Espírita admite a seleção natural, mas com reparo fundamental: Nada é aleatório. Há um planejamento feito por Espíritos Superiores, prepostos divinos.
         Nosso corpo físico, que causa espanto aos cientistas por sua perfeição, levou milhões de anos para ser aprimorado pelos técnicos espirituais, que trabalham na intimidade das células, direcionando as mutações. Tudo isso implica em organização, marcada por uma hierarquia.


        No topo a figura extraordinária de Jesus, que segundo informa Emmanuel, no livro A Caminho da Luz, psicografia de Francisco Cândido Xavier, não foi simplesmente o fundador de uma religião. Muito mais que isso – é nosso governador!
         Alunos do educandário terrestre, temos recebido a visita de muitos professores, cultos e sensíveis, que periodicamente nos trazem algo de seus conhecimentos, de suas virtudes. Sócrates, Platão, Aristóteles, Confúcio, Buda, Lao-tsé, Moisés, Isaías e Francisco de Assis, são alguns deles.
         E houve a revelação maior, tão grandiosa, tão transcendente, que o próprio governador decidiu trazê-la pessoalmente. Foi assim que Jesus aportou no planeta com a divina revelação do Amor.
         A palavra amor, embora empregada e decantada hoje mais do que nunca, está repleta de conotações infelizes que a desgastam.
         Muitos confundem amor com sexo, ignorando a lição elementar de que o sexo é apenas parte do amor e não a mais importante.
         Há os que fazem do amor um exercício de exclusivismo, sufocando o ser amado com exigências descabidas.
         Há os que amam como quem aprecia um doce. Gostam dele porque satisfaz o paladar… Assim, cansam-se logo de amar, porque estão saciados ou empolgados por novos sabores.
         Há os que fazem do amor um exercício de egoísmo a dois, pretendendo construir um céu particular. Dane-se o resto.
         O amor é muito mais que isso! Em sua grandeza essencial, o amor é um exercício de fraternidade e solidariedade entre os homens, inspirando a derrubada das barreiras de nacionalidade, raça e crença, para que sejamos na Terra uma grande família.


         Foi para nos transmitir essa revelação gloriosa, esse tipo de amor, que Jesus esteve entre nós, não desdenhando lutas e sacrifícios.
         Na questão 625, de O Livro dos Espíritos, Kardec pergunta:
         Qual o modelo supremo que Deus ofereceu ao Homem para lhe servir de guia e modelo?
         Responde o mentor espiritual que o assiste: Jesus.
         E comenta o codificador: Para o homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. Deus nô-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é expressão mais pura da Lei do Senhor, porque, sendo ele o mais puro de quantos têm aparecido na Terra, o Espirito divino o animava.
         Adeptos de qualquer doutrina religiosa vinculada ao Cristianismo, abençoados os que aceitam Jesus por Mestre, que colocam em prática as suas lições e observam seus exemplos.
         Estes vivem sempre bem, felizes, e animados, mesmo em meio às dores e atribulações humanas, porque, como diz Carmem Cinira, psicografia de Francisco Cândido Xavier (Parnaso de Além-Túmulo):
         … com o mundo uma flor tem mil espinhos,
         Mas com Jesus, um espinho tem mil flores.



Richard Simonetti, 81, espírita, escritor, palestrante, um dos maiores divulgadores da Doutrina Espírita no Brasil no You Tube tem aúdios importantes sobre a vida e o espiritismo, no Facebook sua página de divulgação e site, acima seu e-mail de contato, é colaborador deste blog semanalmente.


         

domingo, 20 de novembro de 2016

NOSSO LAR, NOSSA ESCOLA - POR NUBOR ORLANDO FACURE







Aprendemos repetidas vezes:
A reencarnação aproxima na mesma casa antigos desafetos para o reajuste necessário
O grupo familiar é célula de oportunidade única para resgate de débitos coletivos
O parente com a Esquizofrenia, com a Bipolaridade, com o Autismo, com o Retardo Mental ou as Paralisias graves e dolorosas nascem em nossos lares aguardando acolhimento fraterno.




Vale a pena considerar para estudo:
Podemos dizer que o transtorno mental é altamente contagioso
O filho doente desequilibra a harmonia das pessoas que convivem sob o mesmo teto
Deus não usa grades mas, nos permite ser prisioneiros do parente difícil que restringe nossa liberdade para ausentar mais ou menos tempo de sua assistência
Desconhecemos as razões espirituais para esses quadros tormentosos mas, convém considerar a possibilidade de sermos cúmplices dos seu desvios no passado
Esse parente perturbado é apenas uma parte do problema familiar. 
O débito é coletivo, o compromisso é de todos, a cura é para incluir ele e nós.




Lição de casa:
Que Deus nos fortaleça para que nossas palavras e nossas atitudes nunca perturbem as mente de ninguém
Nessas psicopatias a necessidade de tratamento incluí todos em seu entorno. 
Não abandonemos o trabalho que nos compete fazer para que a oportunidade de redenção não nos abandone.







Nubor Orlando Facure, médico, neurologista, um dos maiores pesquisadores de mente humana, ex diretor da Unicamp, atualmente presidente do Instituto do Cérebro em Campinas, Estado de São Paulo, é escritor, espírita, amigo pessoal de Chico Xavier, viveu o milagre de Uberaba, é colaborador deste blog, um dos grandes divulgadores da Doutrina Espírita no Brasil, seu e-mail é lfacure@uol.com.br e tem página no Facebook e outras na internet é colaborador deste blog.

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

O PRIMEIRO CUIDADO - POR RICHARD SIMONETTI








Em pequena localidade francesa, duas irmãs andavam às voltas com estranhos acontecimentos: suas roupas eram espalhadas por todos os cantos da casa e até pelos telhados. Apresentavam-se cortadas, rasgadas e crivadas de buracos, mesmo quando trancadas à chave. 


“Brincadeira de mau gosto!” — concluíram. 


Todavia, a irritante persistência daquelas depredações, apesar das precauções que tomavam, convenceu-as de que não poderiam ser provocadas por mãos humanas...



Durante anos sofreram prejuízos e contrariedades, até que ouviram falar de Allan Kardec, o homem que se tornara intérprete dos Espíritos.


Inteirando-se do caso, o Codificador não teve dúvidas: tratava-se, evidentemente, das diabruras de um Espírito zombeteiro, que, evocado, mostrou-se inteiramente refratário a conselhos e esclarecimentos. Somente a oração pôde exercer sobre ele alguma influência, afastando-o de suas vítimas que, durante algum tempo, desfrutaram de tranquilidade. Mas logo recomeçaram as depredações, e Kardec, desejando livrá-las daquele tormento, solicitou, em ocasião oportuna, a orientação de um Espírito superior, o qual esclareceu: 


“O que essas senhoras têm de melhor a fazer é rogar aos bons Espíritos seus protetores que não as abandonem. Nenhum conselho melhor lhes posso dar que o de dizer-lhes que desçam ao fundo de suas consciências, para praticar o amor ao próximo e a caridade. Não falo da caridade que consiste em dar e distribuir, mas da caridade da língua; pois, infelizmente, elas não sabem conter as suas e não demonstram, por atos de piedade, o desejo que têm de se livrar daquele que as atormenta. Gostam muito de maldizer do próximo e o Espírito que as obsidia toma sua desforra, porquanto, em vida, foi para elas um burro de carga. Pesquisem na memória e logo descobrirão quem ele é. 


“Entretanto, se conseguirem melhorar-se, seus anjos guardiães se aproximarão e a simples presença deles bastará para afastar o mau Espírito, que se agarrou a uma delas, em particular, porque o seu anjo guardião teve que se afastar, por efeito de atos repreensíveis ou maus pensamentos. O que precisam é fazer preces fervorosas pelos que sofrem e, principalmente, praticar as virtudes impostas por Deus a cada um, de acordo com a sua condição.”


Kardec achou um tanto severas aquelas advertências e ponderou que talvez fosse conveniente transmiti-las de forma atenuada, mas o Orientador, conhecendo melhor as necessidades das duas irmãs, confirmou: 
“Devo dizer o que digo e como digo, porque as pessoas de quem se trata têm o hábito de supor que nenhum mal fazem com a língua, quando o fazem muitíssimo

Por isso, preciso é ferir-lhes o Espírito, de maneira que lhes sirva de advertência séria.” 
Registrando esse episódio em O Livro dos Médiuns, cap. XXIII, item 252, conclui Kardec: 


Ressalta do que fica dito um ensinamento de grande alcance: que as imperfeições morais dão azo à ação dos Espíritos obsessores e que o mais seguro meio de a pessoa se livrar deles é atrair os bons pela prática do Bem. Sem dúvida, os bons Espíritos têm mais poder que os maus, e a vontade deles basta para afastar estes últimos; eles, porém, só assistem os que os secundam pelos esforços que fazem por melhorar-se, sem o que se afastam e deixam o campo livre aos maus, que se tornam, assim, em certos casos, instrumentos de punição, visto que os bons permitem que ajam para esse fim.

E concluiríamos nós: quantas perturbações e desequilíbrios seriam evitados se, em todas as situações, procurássemos, antes de tudo, conter a língua!



Richard Simonetti, 81, escritor, espírita, dirigente espírita, um dos maiores divulgadores da Doutrina Espírita de acordo a codificação de Allan Kardec possui programação no You Tube sobre o espiritismo, tem sua página de divulgação em Facebook e responde no e-mail acima aos interessados em questionar, são mais de 60 anos falando de espiritismo pelo Brasil e pelo Mundo é colaborador deste blog.