quarta-feira, 18 de junho de 2014

PARÁBOLA DO AMIGO IMPORTUNO - POR JULIO FLÁVIO ROSOLEN





  • “Se um de vós tiverdes um amigo e fordes procurá-lo à meia-noite e lhe disserdes: Amigo, empresta-me três pães, porque um amigo meu acaba de chegar à minha casa de uma viagem, e nada tenho para lhe oferecer: e se do interior o outro lhe responder: Não me incomodes; a porta está fechada, eu e meus filhos estamos deitados, não posso levantar-me para tos dar, digo-vos: embora não se queira levantar para lhos dar, por ser seu amigo, ao menos por causa da sua importunação se levantará e lhe dará quantos pães precisar. E eu vos digo: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, acha; e ao que bate, abrir-se-lhe-á. Qual de vós é o pai que, se o filho pedir um peixe, lhe dará em vez de peixe uma serpente? Ou se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Ora se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais o vosso Pai celestial, que dará um bom Espírito aos que lho pedirem". (Lucas XI, 5-13)  

INTERPRETAÇÃO
Que o sublime Rabi nos inspire sempre para o bem.
Como há dois mil anos, a humanidade quer queira ou não, estará sempre insatisfeita, buscando algo que ela, muitas vezes, não percebe e para atender aos múltiplos pedidos que aquela multidão formulava ao Mestre, naquela tarde fria, Ele contou esta parábola.
Tinha o divino Rabi vindo do lago.
Estava cansado.



Do outro lado da margem, inúmeras pregações fizera. Ao lado de Pedro, enquanto os últimos raios de sol desapareciam no horizonte, contemplando, a princípio as águas espumantes, deixou que o seu Espírito alcançasse as esferas sublimes e entrasse, assim, em pequeno repouso.




Foi trazido à realidade, quando o pequeno barco encostou na outra margem do lago e uma multidão delirante gritava por Ele, suplicando a cura dos seus males.


Pedro, impulsivo como era, ficou zangado por terem acordado o Mestre que estava descansando e tentou impedir que a turba d’Ele se aproximasse, mas o Senhor, com um grito, impediu que ele assim fizesse e contou aos seus queridos discípulos a parábola que acabastes de ler e arrematou:


- Pedro, todos nós, ainda em caminho da redenção, somos importunos. Deixai-os vir, para que ouçam a palavra do meu Pai e que, aqueles que o merecerem, levem consigo para toda a vida as graças do reino de Deus.
Meus irmãos, minhas irmãs! Não é necessário relembrar que devem aprender a pedir.



Muitos existem que pedem impondo, exigindo quanto quer.
Para bem pedir, é preciso sentir humildade no seu coração.
Pedir, todos pedem, mas implorar de maneira a ser ouvido, a serem atendidos os seus apelos, não é tão fácil para esta humanidade dominada ainda pelo orgulho e pela vaidade.
Aquele que pede de coração tocará nas cordas sensíveis daquele a quem suplica e este, muitas vezes, a princípio contrafeito, acabará cedendo e premiando a persistência com que ele implorava.
Todos nós, na vida terrena ou espiritual, precisamos sempre de um consolo, de uma palavra amiga, de um braço que nos aconchegue, de quem enxugue as nossas lágrimas e, para encontrar essa ajuda, precisamos procura-la através da prece.



Eis porque o Mestre garante: batei e abrir-se-vos-á.
Todos, sem exceção, terão de bater à porta da caridade, primeiro, para si; uma vez transposta esta pequena porta, integrados no amor do Cristo de Deus, compreenderão que é dando que recebemos; é consolando, que somos consolados; é perdoando que somos perdoados.
Cresce, então, dentro destas almas, uma vontade infinita de subir cada vez mais, aproximando-se da fonte inesgotável de bênçãos que é o amor divino e, para isto, necessário se faz, abrir cada vez mais os braços, dando de si, sem olhar a quem, sem pensar em recompensa, sem olhar as horas, porque aquele que quer subir ao Pai tem que estar pronto a segui-Lo a qualquer hora que por misericórdia divina recebeu.
Queridos irmãos, queridas irmãs! Não vos deixeis dominar pelo orgulho e pela vaidade.


Quando sentirdes que a dor vos visita, apelai para o Mestre dos mestres. Abri os vossos corações; desabafai n’Ele as vossas mágoas sem ter medo de vos tornardes importunos, desde que analiseis o vosso pedido. Achando-o justo, não deveis temer uma negativa.
Se não fordes atendidos, é necessário que compreendais. Talvez não haja, da vossa parte, merecimento para tal.


Deixai que o tempo corra, amadureçam os vossos sentimentos e voltai a analisar o que pedistes. Estamos certos de que, muitas e muitas vezes, ficareis envergonhados de terdes mentalizado tal pedido.
Reconhecereis que, se ele viesse, se ele fosse atendido, não seria para o vosso bem e, assim, mais uma vez, é preciso reconhecer que a bondade do Pai paira acima dos nossos corações.
Deixai sempre que os vossos espíritos em prece partam para pontos luminosos do infinito para poder retornar ao casulo terrestre com mais força de vontade, com maior tenacidade nos propósitos de o bem cumprir, com mais fé nos corações.


Batei e abri-vos-á; suplicai e atender-se-vos-á.
Pedi ao Pai o conhecimento das vossas faltas, para que possais delas vos livrar e o melhor caminho é procurar junto aos vossos irmãos o conhecimento das coisas que justificam e possais com isto, sentir a misericórdia de Deus quando os vossos forem para a eternidade, uma eternidade banhada de luz, através de um trabalho profícuo em favor dos que sofrem.


Que a misericórdia de Deus ilumine os vossos caminhos para todo o sempre!

Extraído do livro: As Divinas Parábolas – Autor: Samuel (Espírito), médium: Neusa Aguiló de Souza – Centro Espírita Oriental “Antônio de Pádua”, Recife, PE – 1982, p. 121-124).




JULIO FLÁVIO ROSOLEN é Espírita, participa da Sociedade Espírita Casa do Caminho (SECCA), em Piracicaba, Estado de São Paulo, casado com a professora e espírita Jussara Rosolen, é Coronel (da reserva) do Corpo de Bombeiros e colabora com o nosso Blog.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

SEMINÁRIO FRATERNO DE ESTUDOS ESPÍRITAS -


6º SEFRATE
Seminário Fraterno de Estudos Espíritas
- Jaú -

Realização:
ADE – Regional Jaú
Associação de Divulgadores do Espiritismo 

19 e 20 de Setembro de 2014


Tema central:
A irresistível força do bem


Dia 19 – sexta-feira | 19 horas
Palestra com Dr. Pedro Bonilha – Jales | SP
Com a presença do Coral O Consolador de Araraquara


Dia 20 – sábado | 14 horas
Palestras com Edson Sardano – Santo André | SP e
Dr. Pedro Bonilha – Jales | SP
Com presença do Coral Alegria de São Manoel

No evento haverá o lançamento do livro
“Fidelidade Espírita” de Roosevelt A. Tiago

Local:
Auditório do SINCOMERCIO 
Sindicato do Comercio Varejista de Jaú e Região
Rua Rolando D'Amico, 381 - Vila Assis
Jaú – SP 
Telefone: 14-3622-5883


Informações:
www.adejau.com.br



Entrada franca!
Convite aberto para todas as pessoas.

domingo, 15 de junho de 2014

UMA DECLARAÇÃO DE AMOR - POR ORSON PETER CARRARA





Você conhece Tales e Nelly? Ele, 76 anos; ela, 74. Um amor construído ao longo de larga convivência, com os filhos e netos que vieram, e que nasceu durante o velório dos pais de Tales, mortos em acidente automobilístico. Os pais eram sócios durante a infância dos filhos, se desentenderam, ficando um clima difícil entre as famílias e especialmente na pequena cidade onde todos se conheciam. Tales e Nelly tiveram pouco relacionamento durante a infância e a adolescência, mas o reencontro na troca de olhares durante o triste episódio da partida dos pais do rapaz, desencadeou uma série de novos encontros que culminaram com o casamento e especialmente com a paz entre as duas famílias.
Mas Nelly morreu primeiro. Um AVC levou a esposa de Tales que, sem revolta, mas com imensa tristeza, continuou sua vida de homem bom – sempre voltado às causas de servir o próximo. Dessa postura cristã surgem os desdobramentos que lhe permitiram colher resultados felizes mesmo na ausência da esposa querida, com emoções que vão surpreender o leitor.
Sim, refiro-me ao romance Uma declaração de amor, do notável amigo e escritor Wilson Frungilo Jr., de Araras-SP, um especialista em textos que não deixam a gente parar de ler, tamanho o envolvimento que vai criando em nossa mente, na expectativa de saber o que vem pelas próximas páginas e nos capítulos seguintes.
Ocorre que os personagens não enganaram a morte, apenas acreditaram na vida. Utilizando-se da possibilidade da emancipação da alma durante o sono do corpo, Tales passou a encontrar-se com Nelly. Embora não se recordasse dos diálogos que mantinham, quando acordava no dia seguinte, tais encontros aliviavam a saudade de ambos e traziam conforto especialmente ao viúvo que continuava sua vida com os afazeres normais do cotidiano.
Com um final emocionante, inimaginável conforme se segue a leitura – mas perfeitamente possível e explicado pelas já conhecidas leis de comunicação entre os dois planos de vida – o belo romance é um refrigério para a alma humana nesses tempos bicudos de preocupações, tal a emoção que traz ao coração nos suaves contornos da esperança e no poderoso estímulo para a conduta honesta e volta para o bem de si mesmo e do próximo.
Não resisti ao desejo de sugerir o romance ao leitor. É um livro que todo mundo deve ler. Seu conteúdo muito sensibiliza, traz inúmeras explicações sobre a velha e dolorida questão da separação de entes queridos pelo fenômeno biológico da morte e reacende de forma expressiva as esperanças de quem está saudoso e sofrido pela partida do ente querido.
Não deixe de ler leitor. Você mesmo vai me dizer posteriormente. Você pode adquiri-lo pelo fone 0800 707 1206 ou pelo site www.candeia.com . Basta citar o nome do livro, do autor, acima referidos. A editora é o IDE.



Orson Carrara, é escritor, espírita, palestrante, e colabora com este blog semanalmente, está no Facebook com seu Orson Carrara, e atende e-mails pelo orsonpeter92@gmail.com

sexta-feira, 6 de junho de 2014

NÃO É O FUTEBOL - POR ORSON PETER CARRARA








O problema não é o futebol. Ele é o esporte mais popular do Brasil, é saudável, afasta jovens e crianças das drogas, é educativo, abre perspectivas de vida para muitos jovens carentes que encontram no esporte seu caminho de vida, retirando inclusive famílias da miséria. Além dos benefícios físicos, é um esporte como os demais e ganhou dimensões destacadas no país especialmente com a era Pelé e outros grandes craques.
Em termos de Copa do Mundo, os fundamentos e ideologia do esperado campeonato internacional igualmente traduzem objetivos nobres com o intercâmbio entre as nações, em todos os aspectos, principalmente o cultural.
O problema está mesmo nos abusos e nas manipulações que fazem a vergonha neste como em outros esportes, fruto das imperfeições morais de nosso estágio humano, ainda caracterizado pela noção de tirar vantagem e dirigido pelo egoísmo galopante que gera a corrupção. E no caso da Copa no Brasil, convenhamos que foi um equívoco histórico face às dificuldades do país, a ponto de perder o encanto a Copa vir para o país e mesmo se a seleção foi desclassificada.
Não é para menos. Os sinais de supostos desvios, superfaturamento e toda sorte de corrupção supostamente envolvidos enojaram o evento.
É lamentável o abuso que se alcançou. Com tanta necessidade de investimentos em escolas, construção ou reforma – e o mesmo pode-se dizer dos hospitais, bem como em segurança e tantas outras necessidades gritantes, é inadmissível o bilionário investimento em estádios – que poderiam ser apenas melhorados, em detrimento de tanto que ainda falta fazer pelo país. Nem é preciso elencar aqui em termos explícitos as necessidades que o país apresenta, pois que bem conhecido de nossa realidade cotidiana.
Isso chega ser tremenda irresponsabilidade. E isso sem dizer de tantas outras iniciativas mal explicadas. Na verdade queremos, em termos de nação, mostrar o que não somos.
Mas isso não é desanimador. Ao contrário, é estimulante para o amadurecimento da razão e do bom senso. Os fatos agora acumulam os desacertos e pedem coerência nas escolhas e decisões. Vai ser uma dura lição, de alto custo para o país, com reflexos para décadas. Em síntese vivemos uma prova moral, que visa transformar-nos para o bem.
Pelo menos vamos amadurecer mais um pouco. E por outro lado o descuido infantil de nossas lideranças políticas solicita ao sentimento cristão vibrações em favor do equilíbrio e recuperação moral desses que já se comprometeram perante si mesmos, cuja consciência vai exigir reparação no devido tempo.
E aqueles que tenhamos consciência cristã somos convidados a não engrossar a fileira dos críticos e sim somar forças nas preces e visualizações positivas em favor da Pátria, pelo menos por gratidão ao tesouro de aqui termos sido acolhidos. Este extraordinário país, de imensas riquezas culturais, naturais, sua diversidade que acolhe todos os povos e crenças, além de sua beleza continental, nos pede a prudência que prossegue confiante. Afinal a condução do país não está em mãos que julgam tudo poder, mas nas sábias mãos do Cristo que conduz a vida no planeta e, por consequência, no país. Confiemos! E continuemos a trabalhar. 
Será de muita utilidade buscar na letra e música do Hino Nacional – não apenas por ocasião de jogos de futebol – a inspiração que indica a proposta de trabalho no país, também muito bem representada no lema que brilha em nossa bandeira: Ordem e Progresso. Se pensarmos com cuidado e muita seriedade que o lema traz em síntese as sábias e amorosas Leis de Deus! O descuido ao lema e ao que representa trouxe-nos ao momento complexo e difícil, mas nunca é tarde para retomar os próprios caminhos, inclusive coletivamente.
Sem desânimo, pois. Avante Brasil! 



  Orson Peter Carrara, é espírita, palestrante, escritor, e divulgador da doutrina espírita, colabora semanalmente com nosso blog, no Facebook atende por Orson Carrara, e emails para contato e comentário sobre este texto e outro para orsonpeter92@gmail.com



domingo, 1 de junho de 2014

O PRÍNCIPE ENCANTADO - POR RICHARD SIMONETTI






Dizia estar à procura de seu príncipe encantado.
Só que o fazia de forma errada, cultivando experiências amorosas promíscuas, em atividade inconsequente e comprometedora.
Os familiares preocupavam-se. Sua mãe a aconselhava. O pai aborrecia-se. Os irmãos faziam ameaças... Tudo inútil.
– Sou independente, maior de idade, dona de meu nariz – retrucava Marta, julgando-se gente, só porque, aos 22 anos, concluíra a Faculdade, tinha bom emprego, bela aparência, numerosos admiradores.
E petulante, contestadora:
Considero-me uma mulher liberada, com direito de relacionar-me afetivamente com quem desejar. Casar-me-ei um dia, terei filhos, mas só quando encontrar meu príncipe. O modo como o procuro é problema meu! Não me aborreçam!...
Um dia engravidou.
A primeira reação: abortar.


Chegou a procurar um médico amigo.  Não conseguiu, entretanto, consumar o ato criminoso. Estranhamente, o pequenino ser que levava em suas entranhas a sensibilizara.
Não sabia explicar exatamente o que ocorria, mas sentia, com todas as forças de sua Alma, que desejava aquele filho.
Na medida em que a gestação avançou, foi forçada a informar a família.
Os pais ficaram horrorizados. Era preciso tirar a criança. Família bem posta na sociedade, seria uma vergonha...
Marta resistiu com a desenvoltura de sempre. O filho era seu. Ficaria com ele. Devotava-lhe, desde o início, incontido amor.
Desejava, ardentemente, tê-lo em seus braços. Iria embora se insistissem! Jamais renunciaria à criança!...
Os familiares, que a conheciam suficientemente, concluíram que seria inútil tentar demovê-la e decidiram assumir a situação.
Com o passar do tempo, observaram, agradavelmente surpresos, que, acompanhando a evolução da gestação, a jovem passava por radical transformação.
Tornou-se mais comedida, já não saía tanto, deixou a bebida e o cigarro, afastou-se de amizades indesejáveis, perdeu o contato com os rapazes...
Apesar dos percalços, a criança que estava por vir atuava providencialmente em seu benefício.


Finalmente chegou o grande dia. Experimentando as primeiras contrações, Marta foi levada ao hospital. Atendida prontamente, em breve nascia um belo menino, sorridente e calmo.
Toda a família logo se tomou de amores por ele, particularmente a jovem, que, sem o saber, detinha nos braços seu “príncipe encantado”, nobre entidade espiritual ligada a ela desde recuada época. Viera em seu socorro para afastá-la da inconsequência...

***

Há Espíritos que retornam à carne em experiências sacrificiais.
Embora as abençoadas oportunidades de aprendizado, suas existências são marcadas, sobretudo, pelo compromisso maior de auxiliar companheiros retardatários.
Sua presença desperta neles incontidos anseios do coração, ajudando-os a afastarem-se de perigosas ilusões.

Doações ao Albergue e Núcleos de Periferia
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Médium, espíria, palestrante, aos quase 80 anos, viaja pelo Brasil e o Mundo divulgando suas obras, e a dourina denro da codificação de Allan Kardec, é tido como um dos grandes espíritas de nosso tempo, colabora com o blog e mantém página no Facebook como Richard Simonetti.