quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

A FEB TRAIU CHICO XAVIER ? - 117 OBRAS DE CHICO ADULTERADAS, DIVALDO PEREIRA FRANCO ESTÁ ENVOLVIDO ? - Por David Chinaglia


Estimados amigos de jornada espírita no planeta Terra, falar a verdade em qualquer doutrina, em qualquer religião, não é fácil. Antes de entrarmos no assunto principal gostaria de fazer considerações informativas. Quando um autor entrega sua obra de fantasia, de realidade, biográfica ou religiosa a uma entidade, existe na Editora um chamado conselho editorial que revisa erros de linguagem, avisa em casos de psicografia sobre as responsabilidades legais, etc. Em obras de fantasia sugere até alterações. Mas, JAMAIS, sob pena de invalidar a obra do autor, direta ou indiretamente pode por interesses outros, principalmente com ele morto, pode modificar o conteúdo ou o sentido do que foi, em confiança, revelado. Anotaram? CONFIANÇA! Muito bem, em frente... Porém, uma editora não é um blog! Assim, uma Federativa, que coordena um conselho editorial, acaba tomando decisões equivocadas, porque modificar conteúdos de obras é crime.

Outra informação: o chamado Movimento Espírita Brasileiro (MEB), boicota Allan Kardec e não é Espiritismo ao meu ver, se não estiver dentro do que o nosso amado Professor Francês, coordenou na base. Mas, seguir Kardec tem um preço, moral, ético, relacionado a caráter. E quanto às questões financeiras, lembremos que ele nunca se serviu da doutrina, etc.

Nos últimos 40 anos, digamos, boa parte do MEB, virou uma “filial” da Igreja Católica, em razão de interesses religiosos e de teorias alienígenas, como as cultuadas pelos seguidores do, como este editor chama, nefasto Jean-Baptiste Roustaing. Lembremos que, por um erro de Bezerra de Menezes, as obras de Roustaing foram adotadas pela Federação Espírita Brasileira (FEB) – chamada de “entidade máxima” do Espiritismo no Brasil, por muitos –, em mais uma tentativa de modificar os rumos doutrinários que, gostem ou não, foram ditadas pelos Espíritos ao coordenador, revelador, codificador, ou como queiram chamar, Allan Kardec.

Muitos Espíritos, inclusive, já vinham avisando, nos últimos dez anos, que tudo que fosse de interesse pessoal, ou de um só agrupamento e o que tinha sido jogado para debaixo de tapete, seria revelado. Consequentemente, haveria prejuízos em termos de credibilidade, além da apuração das responsabilidades (cíveis e criminais e, até mesmo, espirituais), em relação àqueles que atuarem na malversação da Doutrina Espírita.







Em paralelo, é também importante dizer que os médiuns Chico Xavier e Divaldo Pereira Franco, nunca foram amigos, nem de fé, nem de nada. Quando em vida, Chico Xavier, inclusive, relatou os graves problemas deste relacionamento. Como a história mesmo provou, ocorreu plágio da parte de Divaldo em relação a textos e obras psicografados pelo mineiro, que lhe havia confiado psicografias, rascunhos e comentários relacionados às mensagens ditadas pelos Espíritos. Então, depois de algum tempo, mediadores, por meio de uma “costura política”, atendendo recomendações do Plano Espiritual, Chico e Divaldo passaram a ter convivência pública, em eventos federativos, sinalizando ao movimento que tudo “estava bem”. Mas não estava...

Então o Espiritismo tem “política”? Claro que sim! Todos os agrupamentos humanos, sobretudo os que alcançam milhões de pessoas, que mexem com a fé, que falam de Deus, de Jesus, dos Espíritos, são constituídos de homens, imperfeitos e falíveis, e estes são provados em sua honra e caráter. Tais acabam, muitas vezes, por variados interesses materiais, cometendo erros que são históricos e que, cedo ou tarde, acabam sendo punidos, na Terra. E eu, particularmente, acredito no plano espiritual quanto à semeadura e colheita, isto é, em termos de responsabilidades perante as Leis Divinas.







Em 1972, quero lembrar que disse Chico Xavier: “mais de 2.000 centros espíritas no Brasil, atuavam sob obsessão” e não sob a razão da verdade, e das obras do codificador e da doutrina espírita. Já nesta época, ou seja, praticamente cinquenta anos atrás, Chico alertou sobre a necessidade da leitura, dos estudos e do efetivo conhecimento acerca das obras fundamentais espíritas. Mas, nunca se viu qualquer iniciativa da FEB, naquele tempo e nos seguintes, para corrigir os desvios e os equívocos, seja dos centros, seja das lideranças espíritas.

Recentemente, navegando pela internet, me deparei com o vídeo do médium Carlos Baccelli, contendo denúncias contra a FEB e contra Divaldo, dando conta que, a Federativa, utilizando alguns textos de Divaldo (o “ícone” do MEB), no alto de seus 93 anos, escritor e palestrante, modificou, de forma grosseira, o conteúdo de 117 obras, psicografadas por Chico Xavier, ditadas pelo Espírito Emmanuel. Com isto, portanto, traiu a memória de Chico Xavier.

Várias destas denúncias estão publicadas, nas páginas do grupo ECK (Espiritismo com Kardec), que prezam pela divulgação correta da Doutrina Espírita, calcada nos ensinamentos de Allan Kardec. A respeito do ECK, é bom dizer, este movimento faz o que Allan Kardec sempre pediu: debates, pesquisas, estudos aprofundados, e não o “espiritismo doce”, posto que ligado a interesses da crença católica.

O ECK não só publicou o mencionado vídeo de Baccelli, como uma cópia da ação judicial movida por espíritas contra a FEB, que está em tramitação para que os fatos denunciados sejam explicados, apurados e decididos pela justiça humana. A inicial foi protocolada pela ASSOCIAÇÃO CHICO XAVIER, através de seus advogados em Campinas, São Paulo (DAMHA FILHOS e Associados), baseando-se em dispositivos da Lei Federal n. 7.347/85, para buscar a salvaguarda dos direitos autorais de Chico Xavier, em face da ação nefasta da FEB, em adulterar várias obras do famoso médium. Vale dizer que a investigação deverá apurar se a iniciativa de adulteração das psicografias partiu apenas do conselho editorial da Editora, com aval da diretiva da FEB, ou se também contou com a participação do médium e escritor Divaldo Pereira Franco.

Especialistas já apontaram a vários pesquisadores e estudiosos que os erros demonstrados na denúncia vão muito além de meras correções da língua ou atualização de palavras. As ideias foram modificadas e de propósito!

Este repórter deseja, ainda, declarar que nunca apreciou a forma agressiva e interesseira da FEB em preparar Divaldo Pereira Franco para substituir Chico Xavier. Ora, isto é impossível! Lembremos que, mesmo diante de inúmeros problemas no agrupamento existente no entorno de Chico Xavier, em face da natureza humana dos indivíduos que dele participavam, isto jamais o afetou. Chico era amor! Aprendi, ainda, com um grande espírita que, para falar acerca de Chico Xavier, era preciso ter vivido com ele em Uberaba.

Chico, em dado momento da história, chegou a romper com a federação, mas continuou cativo dela, em direitos, durante muitos anos, porque suas obras foram editadas e reeditadas, em face dos termos de cessão de direito autoral. Todavia, o Cisco de Deus, como ele se autodenominava, nunca se importou com isso, pois dizia que o amor e a caridade estavam acima dos homens e de seus interesses materiais.

Em um episódio, Chico manifestou o desejo de se mudar para a Inglaterra – dizem, os que conheceram a história de perto, que o motivo eram os fatos relativos à doutrina, no Brasil, e não pela cultura daquele país. Coube, então, a Waldo Vieira, a incumbência de trazer o médium de volta e evitar que ele deixasse em definitivo o Brasil. Waldo foi de parceiro da FEB a adversário, porque ele, com seu saber, sua cultura, e seus conhecimentos, nunca ficou na “mão” da Federação. Uma fonte, certa feita, me disse: “Vai procurar Waldo Vieira e você terá o seu Watergate” contra a FEB!

Lamentavelmente, eu nunca consegui marcar uma entrevista, pois Waldo, sobre Espiritismo ou Chico Xavier, só falava para a televisão. Depois, ele nunca mais se meteu com o Espiritismo, deixando de se manifestar a respeito do modelo espírita praticado por Chico, Divaldo e afins.






Francamente, meus amigos, isto é muito grave! Esta foi, para mim, uma semana dura. De início, pensei que se tratasse de uma denúncia advinda do Baccelli, a quem tenho várias reservas e ressalvas. Mas, depois, acessando o teor da ação judicial contra a FEB, passei a entender que não importava a voz da denúncia, mas, sim, se o conteúdo era verdadeiro. E, sendo verídicas as afirmações contidas na petição, isto nos deixou ainda mais surpresos. E, em minhas pesquisas, acabei ficando ciente que existem outras mais adulterações em obras que a FEB publicou.

Num primeiro momento, diante das provas existentes contra a FEB, devemos sair em defesa de Chico Xavier e dos Espíritos que lhe transmitiram as mensagens. Estes foram verdadeiramente traídos pela FEB, e por Divaldo Pereira Franco, nesta chamada “nova ordem” que comanda a FEB.

Lembremos, por fim, aos amigos, que Chico Xavier entregava (como qualquer escritor) as cartas, as psicografias, os rascunhos das obras, para a FEB que, por seu conselho editorial, realizava as correções do idioma e suas regras, assim como redigia editorias e apresentações dos livros.

Já é tempo, então, de ser instituída uma “comissão de apuração” dentro mesmo da FEB para a apuração completa destas denúncias. Mas não cremos que isto ocorra, já que o curso do tempo mostra claramente as ações direcionadas a mudar os ensinamentos de Kardec. Já tivemos, inclusive, psicografias atribuídas a Allan Kardec, com elogios à “casa-máter”... O fato é que nunca houve, em nosso país, um organismo que representasse, de fato, todos os centros espíritas no Brasil.





A cada dia, vemos mais e mais acontecimentos sendo revelados, adulterações de obras psicografadas e tradução dos originais de Kardec. Quanto a este último, a FEB já sinalizou que isto não ocorreu, e a federativa considera as edições publicadas após a morte do Codificador, como verdadeiras, o que causa constrangimento e estupefação em relação àqueles que divulgaram as modificações e os que têm estudado, comparativamente, as edições, constatando que há, nas póstumas, elementos que não são condizentes com o estilo de Kardec e nem em relação aos princípios e fundamentos espíritas.

Estimativamente, a venda das obras de Chico alcança cifras anuais da ordem de 50 milhões de reais, em média. Grande parte das obras mais vendidas está sob a propriedade da FEB, no Brasil e no exterior. Mas a maioria das outras obras psicografadas pelo médium foi destinada a outras instituições espíritas, especialmente as que mantêm obras assistenciais.

As denúncias apresentadas, então, são graves, mas eu não acredito que este fato seja o “terremoto” previsto pelos Espíritos, em algumas comunicações, que irá conduzir à modificação dos rumos da atividade doutrinária em nosso país, numa retomada do “padrão Kardec”. Contudo, é preciso aproveitar esta denúncia para avisar ao movimento...








E quanto a Divaldo Pereira Franco? Qual o papel do médium nisto? Foi, ele, um articulador das modificações, como alguns afirmam, ou teria sido usado pelos interesses da FEB? Neste sentido, falando na federativa, até onde vai a responsabilidade de seu Conselho Executivo (Diretoria) e do próprio presidente Jorge Godinho? Há ou não responsabilidade de todos estes? Precisamos criar, de início, o benefício da dúvida, já que cabe à ação movida no ano passado (setembro de 2020) buscar provar os fatos em juízo.

Vale dizer que a maioria do movimento não estava sabendo disto, mas que, agora, passam a ter conhecimento, pois os fatos estão se tornando cada dia mais públicos. Devemos isto a grupos espíritas como o que subscreve a ação judicial e a movimentos como o ECK que, não possuindo interesses pessoais, divulgam fatos e nos permitem a oportunidade de escrever este texto.

Pergunto, então: vamos continuar a empurrar a sujeira para debaixo do tapete? Ocultar a verdade será para um bem maior, como sempre falam? Não! CHEGA!

Serão “apenas” estas 117 obras de Chico Xavier, ou serão outras mais? Neste particular, pergunto complementarmente: até onde o livro “Nosso Lar”, ditado por André Luiz a Chico, é totalmente uma psicografia ou teve mutações editoriais? Destaco que sempre ouvi que esta obra teria tido “problemas”. Vale lembrar que, em 1942 Chico Xavier teria sido avisado pela FEB que ela não iria adotar o tema “cidade espiritual”, mas sabemos que isto mudou e o livro foi publicado em 1944.

O que dizer, então, da costumeira atitude de colocar em primazia seus escritores e médiuns famosos, em detrimento de Kardec?

Por fim, perguntamos: qual o papel de outros expoentes famosos, que estão à frente do grande programa espírita da FEB, como Haroldo, dentre outros, em tudo isto? Vamos deixar a Doutrina ser derrotada em prol de um MEB tão político quanto o movimento dos Evangélicos? Vamos compactuar com escândalos semelhantes aos que vemos na Igreja Católica? Vamos permitir que adulterações e erros sejam cometidos por alguns? Podemos confiar nos editores? E algo muito importante, ainda: e quanto aos consumidores dos livros? Afinal, eles foram lesados, pois está claro, que em uma das obras, em especial, da FEB, chamada PENSAMENTOS, o texto atual modifica o que Chico Xavier escreveu e coloca Divaldo Pereira Franco. Veja, não sou advogado, mas, a própria a ação menciona dispositivos do código do consumidor, em termos de interesses lesados.

Acredito, enfim, que tudo o que aqui escrevemos já se constitui em um forte “tremor de terra”, promovido pelos “doutores da lei”, em que alguns se valeram de cargos e posições para abusar da confiança de Chico Xavier.

Quero apenas lembra-los, que a verdade nada mais que a verdade, deve prevalecer, e atinja quem atingir. Não existem “santos”, nem “enviados especiais”, na Doutrina Espírita. Cada um tem sua missão pessoal. Alguns dela desistem, outros mudam o foco e há os que simplesmente esqueceram do significado de ser espírita. Divaldo, Haroldo e outros também teriam esquecido? Ora, nem eles nem ninguém está acima da lei, nem de Deus, nem dos homens.

Por fim, publico abaixo o vídeo de Carlos Baccelli, para o melhor entendimento deste nosso texto. Isto porque esta doutrina, a espírita, não tem dono, não tem verdade maior, tem apenas a verdade revelada pelos imortais a Allan Kardec. Então, ninguém vai se apoderar de obras para dominar pessoas e situações. Salientamos que, ao tomarmos conhecimento de novas informações ou denúncias, este blog estará divulgando, desde que fundamentadas. NÃO PODEMOS PERMITIR que obras espíritas sigam sendo adulteradas pelos homens ao seu bel prazer! Ser espírita é, também, DENUNCIAR o que está errado neste Movimento Espírita Brasileiro que, a exemplo do Francês, onde nasceu, sofrerá sim alterações. CHEGA, de mentiras, e falsos médiuns, sejam quem for!



A VERDADE... Repito, somente a verdade é o que queremos, logo à em frente...





                       

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