sábado, 21 de setembro de 2013

PARÁBOLA DA FIGUEIRA ESTÉRIL


“v.6. Disse-lhes também esta parábola: Um homem havia plantado uma figueira na sua vinha, e, vindo colher-lhe os frutos, nenhum achou. - 7. Disse então ao seu vinhateiro: há três anos que venho buscar os frutos dessa figueira e não acho nenhum; corta-a; porque há de estar ela ocupando a terra? - 8. O vinhateiro retrucou: Senhor, deixa-a mais este ano, a fim de que eu lavre a terra em torno dela e lhe ponha estrume. - 9. Depois, se der fruto, muito bem; se não, cortá-la-ás. (Lucas, XIII, vv. 6-9).


INTERPRETAÇÃO
Que o sublime Rabi ilumine a todos vós, dando-vos a paz.
Irmãos diletos! Aqui estamos nós em um momento de grande felicidade, para estudarmos e procurarmos analisar as maravilhosas parábolas do Mestre nazareno.
Hoje, detemo-nos na figueira estéril, aquela que, semeada com carinho, cresceu e jamais frutificou.
Todos nós, meus irmãos, minhas irmãs, em nossas diversas roupagens pela Terra, quantas vezes já fomos iguais a esta figueira?
Não continha a semente tudo o que era necessário para que ela frutificasse?



Não teve a mesma oportunidade de, jogada em terra fértil, desenvolver-se para depois, em retribuição, dar os frutos que iriam mitigar a fome?
Esta figueira representa aquele espírito que, vindo à Terra carregando dentro de si todas as bênçãos do Mestre, nega-se a cooperar e apenas, egoisticamente, suga tudo que possa apenas para si, para o seu próprio desenvolvimento.
Mas, meus irmãos, minhas irmãs, a vida é uma troca.
Nós recebemos, mas também temos que dar.



A figura daquele senhor que deseja cortar imediatamente a figueira, é a daqueles que julgam precipitadamente, que acusam e, sem piedade, querem tirar do seu caminho tudo que possa vir a prejudicá-los, sem oferecer uma outra oportunidade.
Mas o Senhor é bondoso e eis que Ele interfere e, através de sua misericórdia, salva as criaturas podando-as com os sofrimentos, as incompreensões, as maldades dos seus irmãos terrenos, para que as criaturas, recebendo os espinhos, possam oferecer o perfume das rosas.



Todos nós temos que, através do nosso próprio esforço, lutar com persistência, com coragem, para tudo vencer e dar tudo aquilo que puder, em benefício dos seus irmãos.
A figueira é uma figura simbólica, mas se bem interpretada, ela nos faz ver que podemos dar, pelas graças do Pai, frutos saborosos, embora a sua aparência não seja das melhores, porque o figo, se nós bem analisarmos, é uma fruta insignificante, de cor escura, mas saborosa.



Isto representa também que, para agradar ao Senhor, não precisamos dar o que for majestoso; podemos servir ao Mestre através da simplicidade.
O importante é dar; é transformar as graças recebidas e multiplicá-las em benefício de outrem.



Podeis ser também aquela criatura compreensiva, tolerante, que, ao reconhecer um irmão perdido no emaranhado de suas paixões, procura cercá-lo de carinho, para que ele sinta a presença do amor e se transforme.
Meus irmãos, minhas irmãs! Outra não é a missão dos médiuns.
Eles vêm munidos de paz, para através do amor, procurar levar a compreensão, o conhecimento da verdade, o conhecimento de uma força superior aos seus irmãos encarnados e desencarnados.
Aquele que guardar somente para si os dons recebidos será considerado, na espiritualidade, como uma figueira estéril.



Procurai, pois, desenvolver dentro de vós a boa vontade para bem servir.
Não vos importeis no julgamento, se tendes ou não o que dar.
Todos poderão fazer, porque o amor está intrínseco em cada personalidade.
Que possais dar sempre os frutos do amor, as bênçãos que sobre vós, o Senhor distribui e estejais certos de que, por mais insignificante que esta dádiva seja, para o Senhor, ela representará um tesouro.



Que o Senhor vos ilumine e vos transforme em figueiras preciosas a dar frutos a todos que vos buscarem.
Bendito seja o Senhor!



(Extraído do livro: As Divinas Parábolas – Autor: Samuel (Espírito), médium: Neusa Aguiló de Souza – Centro Espírita Oriental “Antônio de Pádua”, Recife, PE – 1982, p. 93-95)


JULIO FLÁVIO ROSOLEN é Espírita, participa da Sociedade Espírita Casa do Caminho (SECCA), em Piracicaba, Estado de São Paulo, é Coronel (da reserva) do Corpo de Bombeiros e colabora com o nosso Blog.

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