quarta-feira, 28 de setembro de 2016

A VERDADEIRA HONESTIDADE - POR RICHARD SIMONETTI

           
         José Brê faleceu em 1840. Dois anos depois, numa reunião mediúnica, em Bordéus, foi evocado por sua neta, em manifestação registrada no livro O Céu e o Inferno, de Allan Kardec. O diálogo entre ambos é um repositório marcante de ensinamentos que merecem nossa reflexão.

        
 – Caro avô, o senhor pode dizer-me como vos encontrais no mundo dos Espíritos e dar-me quaisquer pormenores úteis ao meu progresso?
         – Tudo o que quiser, querida filha. Eu expio a minha descrença, porém grande é a bondade de Deus, que atende às circunstâncias. Sofro, mas não como poderias imaginar. É o desgosto de não ter melhor aproveitado o tempo aí na Terra.
         – Como não o empregou? Pois o senhor não viveu sempre honestamente?
         – Sim, no juízo dos homens; mas há um abismo entre a honestidade perante os homens e a honestidade perante Deus.
          O Espírito coloca o dedo na ferida, porquanto o grande problema no estágio em que nos encontramos é harmonizar a honestidade perante os homens com a honestidade perante Deus.
         O rico empresário que explora seus funcionários, pagando-lhes salário irrisório para ampliar os lucros. O investidor que se vangloria de ter comprado imóvel por fração de seu valor, porque o proprietário estava com a corda no pescoço. O funcionário que aciona a empresa de onde foi demitido, reivindicando benefícios imerecidos; O médico que mantém o paciente terminal numa UTI, prolongando sua agonia para engordar sua remuneração. O governante que, para conquistar adesões, nomeia para cargos de confiança pessoas sem qualificação profissional…
         Atuam todos estritamente dentro das leis humanas, mas infringem leis divinas, enquadrados em hipocrisia, um dos delitos mais veementemente condenados por Jesus. Diz o Espírito:
         Não é difícil ter epitáfio de honestidade perante os homens, pagando as contas em dia, não emitindo cheque sem fundos, não tendo o nome sujo na praça...


         José Brê explica o que é não transgredir as leis divinas:
         Honesto aos olhos de Deus será aquele que, possuído de abnegação e amor, consagre a existência ao bem, ao progresso dos semelhantes.
         Aquele que, animado de um zelo sem limites, for ativo no cumprimento dos deveres materiais, ensinando e exemplificando aos outros o amor ao trabalho. Ativo nas boas ações sem esquecer a condição do servo ao qual o Senhor pedirá contas um dia do emprego do seu tempo. Ativo finalmente na prática do amor de Deus e do próximo.
         Assim, o homem honesto, perante Deus, deve evitar cuidadosamente as palavras mordazes, veneno escondido nas flores, que destrói reputações e acabrunha o homem, muitas vezes cobrindo-o de ridículo.
         O homem honesto, segundo Deus, deve ter sempre cerrado o coração a quaisquer germes de orgulho, de inveja, de ambição.
         Deve ser paciente e benévolo para com aqueles que o agredirem. Deve perdoar do fundo d’alma, sem esforços e sobretudo sem ostentação, a quem quer que o ofenda.
– Estou perdido! – espantava-se um amigo, após a leitura desse trecho da comunicação – Acabo de descobrir que sou extremamente desonesto no contexto das leis divinas.
Forçoso reconhecer, entretanto, que raros podem dizer que cumprem integralmente preceitos dessa natureza e, sobretudo, a regra áurea de Jesus, no exercício do amor.
José Brê tinha a seu favor o fato de desconhecer a vida espiritual, o que nos espera na grande transição, e o que é, legitimamente, ser honesto aos olhos de Deus.
Dessa vantagem não desfrutamos nós, espíritas, não desfrutará você, caro leitor, após ler essa mensagem tão significativa que anula para nós o benefício da ignorância.
                  
                                      ***

Excerto de meu livro Morte, o que nos espera, que será lançado em sessões de autógrafos nos dias 3 e 5 de outubro, às 20 horas, 6 de outubro, às 15 horas, e 9 de outubro, às 9 horas, no Centro Espírita Amor e Caridade, à Rua 7 de Setembro, 8-30, Bauru SP.


Richard Simonetti,81, espírita, escritor, palestrante, tem seus canais no You Tube, página no Facebook, divulga a doutrina a mais de 61 anos,é seguidor da doutrina de acordo a codificação de Allan Kardec e colabora semanalmente com este blog.


quarta-feira, 21 de setembro de 2016

A MORTE DOS PORCOS - POR RICHARD SIMONETTI




         

Ao desembarcarem em Gerasa, cidade grega que fazia parte da Palestina, conforme a divisão administrativa estabelecida por Roma, Jesus e seus discípulos depararam com um homem nu, esquálido, cabelos em desalinho, extremamente agitado. Morava num cemitério, nas proximidades. Dormia nos túmulos. Dia e noite, gritava pelos campos e montes, agredindo-se e ferindo-se com pedras. Era forte e ameaçador. Por vezes arrebentava grilhões e cadeias com as quais o prendiam.

O povo tinha medo dele. Por isso vivia por ali, isolado. Jesus percebeu que seu problema era de ordem espiritual, com a influência de Espíritos. E ordenou:

– Espírito impuro, sai desse homem.

Falando por intermédio de sua vítima, a entidade bradou:

– Que importa a mim e a ti Jesus, filho de Deus Altíssimo? Rogo-te que não me atormentes!

Impressionante a influência que Jesus exercia sobre os perseguidores espirituais. Sentiam sua grandeza moral, seu poder, e logo se aquietavam, submetendo-se às suas ordens.

– Qual é o teu nome? – perguntou Jesus.

– Legião é meu nome, porque somos muitos.

Nas proximidades pastava grande vara de porcos. Segundo o evangelista Marcos, que gostava de dar números, seriam dois mil.

Os Espíritos impuros imploraram a Jesus que não os expulsasse dali. Que lhes permitisse entrar naqueles porcos. O Mestre concordou. Então se deu o inesperado: 

Assustados, os animais precipitaram-se num declive, caíram no lago e morreram afogados. Os guarda-porcos, que tudo presenciaram, apressaram-se em informar seus patrões. Em breve havia uma multidão no local. O desvairado homem nu, agora vestido, mostrava-se tranquilo, em perfeito juízo, ele que fora o terror da população.

Pode parecer estranha a presença dos porcos. Por que tantos, se os judeus eram proibidos de consumir sua carne? É que a população da região era predominantemente pagã ou gentílica, sem disciplinas dessa natureza. Aceitável que houvesse uma suinocultura.

E o estouro da manada, sob influência dos Espíritos? Seriam os animais vulneráveis à sua ação? Não tanto quanto os homens, já que não exercitam o pensamento contínuo e, consequentemente, a possibilidade de sintonia com um perseguidor espiritual.

Porem podem sofrer certa pressão psíquica e até a vampirização, em que suas energias são sugadas por Espíritos primitivos. Proprietários de animais domésticos sabem que, não raro, apresentam problemas de saúde ou variações de humor inexplicáveis. A origem pode estar nessa influência.

Considere-se, porém, que os animais são controlados e conduzidos por espíritos vinculados à Natureza, que os protegem e preservam.

O episódio da morte dos porcos foi algo inusitado. Objetivava ressaltar os poderes de Jesus e que os animais podem, sim, ser afetados por influências espirituais.

Curiosa a reação dos gerasenos. A maioria, certamente composta pelos proprietários dos suínos, desejou que os visitantes se retirassem. Estavam assustados, talvez… Mais provavelmente, indignados com os prejuízos ocasionados pela morte dos animais.

Seria razoável tal procedimento? Afinal, o episódio ensejara ganhos a todos: Jesus afastara uma legião de Espíritos impuros que perturbavam o lugar. O agressivo doente mental não representava mais perigo, nem voltaria a amedrontar o povo. No entanto, as pessoas pensaram no prejuízo material, sem cogitar do ganho espiritual.

Frequentemente incorremos nesse engano. Ficamos aborrecidos, não raro revoltados, com determinadas situações difíceis e problemáticas que nos afligem. Tempos depois, quando as analisamos sob perspectiva mais realista, constatamos que funcionaram em nosso favor. Aproximaram-nos da religião, sensibilizaram nossas almas, ajudaram-nos a superar tendências vinculadas ao imediatismo terrestre.

Foram-se os porcos… Ficaram valores mais altos… Atendem melhor nossa condição de Espíritos imortais em trânsito pela Terra.

Richard Simonetti,81, espírita, palestrante, escritor, tem mais de 61 anos dentro da Doutrina Espírita, sendo um dos seus maiores divulgadores,tem sua página em Facebook - Richard Simonetti - vídeos no You Tube, e páginas na rede, é colaborador semanalmente deste blog. 



quinta-feira, 15 de setembro de 2016

HORA DE ESTUDOS KARDEC x EMMANUEL - SERGIO ALEIXO



Estimados leitores deste blog, a uns dias, publiquei na minha página no Facebook, uma palestra do espírita, escritor, pesquisador, palestrante, Sergio Aleixo, um dos maiores pesquisadores da nova era de Allan Kardec.
Em face ao momento do MEB(Movimento Espírita Brasileiro) onde se debatem e se dividem espíritas confrontando as posições do espírito de Emmanuel, um dos mais famosos que escreveu pela mente e mãos de Chico Xavier, e as posições doutrinárias de Allan Kardec, entendemos ser de suma importância divulgar mais este vídeo, e a analise e reflexões que ele nos proporciona,
Alguns espíritas de São Paulo não conhecem Sergio Aleixo, eis um breve relato de seu trabalho, que entendo ser fundamental no Rio de Janeiro e no Brasil. (nota do editor)








Carioca, Sergio Fernandes Aleixo é graduado e licenciado em Língua e Literaturas de Língua Portuguesa pelas Faculdades de Letras e de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. De família lusa, foi católico até os dezoito anos, quando leu, de Allan Kardec,O Livro dos Médiuns. Tornou-se comunicador, palestrante e escritor dedicado à doutrina espírita, ao Kardecismo.

Pela Editora Lachâtre, publicou: Reencarnação (1999), Com Quem Falaram os Profetas? (2000), O Espírito das Revelações (2001) e O Mais Profundo Religar (2003). Pelo Centro Espírita Léon Denis, Meu Novo Nome (2003). Pela Editora Record/Nova Era, O Que é Espiritismo (2003). Pelo Grupo de Estudo, Ética e Cidadania, O Espiritismo perante a Bíblia (2009). Pela ADE-RJ, O Metro Que Melhor Mediu Kardec (2009) http://ometroquemelhormediukardec.blogspot.com/ e O Primado de Kardec (2011)http://oprimadodekardec.blogspot.com/. Na internet, a obra em formato blog Ensaios da Hora Extrema (2009-2014) http://ensaiosdahoraextrema.blogspot.com/.



Eis a palestra do companheiro espírita, para analise e reflexão de todos os espíritas:




terça-feira, 13 de setembro de 2016

TERRA O DESTINO DE TODOS NÓS - POR DAVID CHINAGLIA


Senhoras, senhores, amigos, estimados espíritos do planeta terra, estamos novamente escrevendo sobre o atual momento no Mundo como um todo, e a importante participação dos senhores que estão encarnados neste processo.

Necessário que entendamos que no plano espiritual não existe tempo, não da forma que conhecemos aqui na terra. Aqui também as questão do sexo sempre tratada em obras espíritas como definitiva é preciso entender que como na terra não temos lá no plano a separação por sexo, somos um só, lembro só para citar espírito não tem sexo, as necessidades lá outras das físicas daqui.
Por isto também no papel da reencarnação, podemos assumir qualquer um dos dois conhecidos gêneros de forma tranquila e transitória.





O maior bem que guardamos da pátria espiritual, são nossas experiências quando estamos encarnados, logo é preciso que aproveitemos de melhor forma as oportunidades.

O companheiro de jornada Bezerra de Menezes, numa de suas falas dentro do planeta falou que este processo seria mais dificultoso para alguns, quando isto foi explicado poucos entenderam.




Certo pelo que os senhores e as senhoras já sabem hoje que não existe vida só na terra, sim a Terra apesar de atrasada cresceu em 200 anos o que estava programado para ser feitos a mais de 900 anos atrás, e esta informação não é minha e sim de espíritos que se lançaram a ajustar nossos médiuns e amigos que estão na jornada de divulgação,é preciso que tenhamos entendimento de que devemos saber que conforme o tempo da terra passar mais problemas teremos para reencarnar.

Isto posto, se ela é nosso ponto de encontro e reencontro o que estamos fazendo com nosso planeta, vemos maremotos, terremotos, maresias fortes, ressacas intensas, destruição, e vamos fazer o que a respeito, se cada um fizer a sua parte estaremos bem.



O que é importante para cada um de nós saber é que voltaremos, certa vez na Itália tomamos conhecimento do caso de um senhor que deixava recordações de sua vida no em torno de 73 anos pois esperava um dia retornar e encontrar sua vitória na base do reencontro, e assim quando partiu aos 84 anos, voltou cerca de 12 anos com outro nome no mesmo lugar com seu novo pai pois deixara recordações que ele somente ele poderia autenticar com os que estiveram com ele na vida anterior.

Recentemente a History nos deu a reportagem da reencarnação, onde Ghandi diretamente tratou de um caso da menina que voltou a sua terra natal.

Pesquisadores que foram meus professores provaram através de escritos de Allan Kardec, e do próprio Chico Xavier que retornamos via de regra até 150 km de distância de onde nascemos na vida anterior.

A explicação deles para tal raio de ressurgimento seriam as provas e as contas que teremos que pagar, acertos reencontros com carmas de amor, família, e geralmente para uma postura justa a evolução ocorreria neste tese de estudos até este raio, outros pesquisadores ampliam para locais de afinidade mútua com até 500 Km, o fato que muita gente boa ou ruim desta encarnação pode estar de volta na próxima se todos tiveram a sorte de reencarnar, a transferência para outros Países é rara e ocorre somente quando o espírito segue com outros, depois de dívidas espirituais e carmáticas já acertadas, lembro que não existe retrocesso ao conhecimento adquirido.
Penso que o sistema é muito bem regulado para que tenhamos uma vida intensa e de aprendizado, que porque importa o que fomos, já que não existe reencarnação involutiva, ou seja você não era menos do que é hoje está na mesma faixa e voltará numa situação acima nunca abaixo da que deixou o planeta, temos sempre a condição de olhar e ver onde queremos ir e porque queremos ir.







Para termos onde voltar, precisamos mudar nossos hábitos com o planeta terra olhar mais para o meio ambiente, para o sistema, e assim nos mantermos, e mantermos nosso verdadeiro lar o planeta Terra.
Estamos numa jornada evolutiva, de aprendizado, logo devemos fazer o melhor que pudermos aqui, as vezes nos perdemos em nossa jornada, porém oportunidades aparecem para que nos melhoremos como pessoas, e possamos dar continuidade a obras e segmentos que de uma forma ou de outro um dia sabemos como resolver e como evoluir.

Kardec, nos ensinou a ter disciplina com o espiritismo, os espíritos nos ensinaram o caminho, nós resolvemos mudar o sistema para o maravilhoso, e iremos responder por cada coisa acertado no plano anterior, é hora de rever nossos verdadeiros conceitos.
Há um ditado que diz você quer amar ou ter razão?, podemos aqui dizer você quer evoluir ou viver em busca do maravilhoso?, é hora de ajustar nossas diferenças, e manter nosso rumo da evolução para sabermos porque de fato estamos aqui na Terra.

Até porque é se tivermos merecimento aqui na TERRA que voltaremos.




David Chinaglia, 58, é espírita, pesquisador, escritor e palestrante, editor deste blog, fundado por Rogério Sarmento que até hoje é seu moderador, colabora mensalmente com o blog.

PACIÊNCIA - por Richard Simonetti



A senhora reclamava:

– Pois é, Chico, todos me dizem para ter paciência, paciência com isso, paciência com aquilo… Estou cansada de ser paciente!

E Chico:

– Minha irmã, a paciência é um remédio que precisamos tomar todos os dias, de preferência em jejum, pela manhã, mesmo que nos pareça não precisarmos dele.

As virtudes evangélicas são decantadas como deveres do cristão para a edificação de um Mundo melhor. E também como valioso investimento de bênçãos em favor de um futuro glorioso, quando aprouver ao Senhor convocar-nos para o “outro lado”. 

Geralmente os fiéis não costumam envolver-se muito com o assunto. O esforço em favor do próximo é desencorajado pelo egoísmo. E quanto às benesses do amanhã, na vida espiritual, são sempre encaradas como algo remoto…



A questão muda de figura quando cogitamos das virtudes evangélicas como exercício indispensável ao nosso equilíbrio e bem-estar.

Exemplo está na paciência, recomendada por Chico.

Para um entendimento sobre o assunto, lembremos um mal disseminado na Humanidade – os diabetes. Trata-se de um distúrbio endocrinológico provocado por uma paralisação do pâncreas, que deixa de produzir insulina, hormônio indispensável ao metabolismo dos carboidratos, no sangue.

O paciente fica na obrigatoriedade de tomar insulina sintética pela vida toda, sob pena de sofrer sérios problemas de saúde.

Algo semelhante ocorre em relação à paciência, hormônio espiritual que garante nossa estabilidade física e psíquica. Somos carentes de paciência. Resultado: irritação, intranquilidade, tensão, ansiedade, que produzem estragos, complicando relacionamentos, gerando desentendimentos e desajustando o corpo e o Espírito, com o que acabamos abreviando a jornada humana.

Uma senhora comemorava os cem anos de existência, rodeada de filhos, netos, bisnetos, tataranetos... E se tentava definir a origem de sua longevidade. Uma neta matou a charada:

– Vovó tem uma paciência de Jó. Nunca se aborrece, nem se exalta. Não cultiva rancores, nem ressentimentos. Está sempre tranquila.

Certamente sua alma, após milenares experiências, aprimorou os mecanismos de produção natural da paciência.

Para nós outros, carentes desse hormônio da alma, é preciso, como ensina Chico, tomar doses de paciência diariamente, com o cultivo da reflexão, injetando-a em nossas veias espirituais. Anime-nos o fato de que estaremos cumprindo nossos deveres para com o próximo, preparando um futuro melhor habilitando-nos a aproveitar integralmente as oportunidades de edificação que Deus nos concede na experiência reencarnatória.




Vale lembrar que, conforme relata o texto Bíblico, Jó foi um homem muito rico, pai de muitos filhos, senhor de muitas propriedades. Tudo lhe foi tirado por artimanhas de satanás, que queria provar a Deus que ele perderia a paciência. Não conseguiu seu intento. 

Jó, doente e pobre, sem filhos e sem propriedades, reduzido à mais abjeta condição, ainda assim sustentou sua proverbial paciência, pronunciando a frase célebre (Jó, 1:21): – O Senhor o deu e o Senhor o tomou, bendito seja o seu nome!

E o Senhor o premiou, restituindo-lhe todos os bens, proporcionando-lhe bênçãos de nova paternidade. Teve mais filhos, ficou mais rico. E viveu ainda cento e quarenta e oito anos!

Por isso, leitor amigo, se cultivar a paciência, essa mesma virtude com a qual chegou até aqui, nestas mal traçadas linhas, certamente não viverá tanto tempo como Jó, conforme fantasiou o autor do texto bíblico, mas, sem dúvida, viverá integralmente o tempo que o Senhor lhe concedeu para a experiência humana.



Richard Simonetti,81, escritor, palestrante, espírita, tem canais no You Tube, Facebook e sites da internet, é colaborador deste blog, onde escreve semanalmente.

domingo, 4 de setembro de 2016

PERDA DE TEMPO - POR RICHARD SIMONETTI





Se você perguntar-me, prezado leitor, qual o móvel das ações humanas, não serei nem um pouco original ao responder que é o anseio de felicidade. Também não é nenhuma novidade que raros a encontram, não que esteja aquém das possibilidades humanas, mas, simplesmente porque as pessoas parecem ter perdido seu endereço.



Voltaire (1694-1778), o irreverente filósofo francês, definia bem essa situação: “Os homens que procuram a felicidade são como bêbedos que não conseguem encontrar a própria casa, mas sabem que têm uma”.

A felicidade deveria ser um estado natural, como uma casa aconchegante que nos abriga, proporcionando-nos proteção e bem-estar. Afinal, por que nos sentirmos infelizes, se temos por Pai um Deus de infinito Amor e Misericórdia, que trabalha incessantemente por nós? Que representam percalços, dores e atribulações da existência humana, senão instrumentos de depuração, preparando-nos para gloriosa destinação?

O problema é que nos perdemos em desvios de entendimento. Prevalece, na sociedade humana, com raras exceções, um comportamento que engloba duas concepções:

Hedonismo. A existência orientada para a busca do prazer, envolvendo gastronomia, cinema, televisão, sexo, viagens, álcool, cigarro…

Utilitarismo. O empenho por ganhar dinheiro em atividades comerciais e profissionais para atender às exigências do… prazer.

Tudo o que fuja dessa orientação é considerado perda de tempo. Impensável retornar aos bancos escolares, cogitar de reciclagem e aprendizado, a não ser que o objetivo seja ampliar a própria eficiência e produzir mais e melhor, de forma utilitária, em benefício do hedonismo.

Por isso, quando convidado a participar de uma atividade de caráter espiritualizante, há quem refugue, alegando falta de tempo, para não cometer a indelicadeza de exprimir a equivocada convicção de que é pura perda de tempo.

Interessante, neste particular, uma observação de Rousseau (1712-1778) em sua obra maior, O Emílio: “Ousarei expor aqui a mais importante, a maior, a mais útil regra de toda a educação. É não ganhar tempo, mas perdê-lo.”.

Considerando que a educação é, basicamente, o aperfeiçoamento integral de todas as aptidões humanas, diríamos que é preciso aprender a perder tempo, mesmo sob o ponto de vista utilitário. Somente assim conseguiremos desenvolver algo que costumamos negligenciar, mas que é fundamental, em favor de nosso bem-estar: a conquista dos valores espirituais. 

Acima do homem físico, envolvido com a dimensão material, contida nos estreitos limites do imediatismo terrestre, há o Espírito imortal, que não mergulhou na carne para atender a simples objetivos utilitários ou hedônicos.

Há um motivo bem mais importante. Estamos aqui para evoluir! Poderíamos definir esse objetivo como o aprimoramento de nossas faculdades intelectuais e morais, partindo do homo sapiens para o homo angelicus, do ser pensante para o ser angélico. Para que isso aconteça é preciso perder tempo, mergulhando nos porquês da Vida, definindo os caminhos que devemos trilhar, avançando nos domínios da virtude e do conhecimento.

Quanto ao hedonismo, há uma observação genial, de Barbey d’Aurevilly, novelista francesa (1808-1889): “O prazer é a felicidade dos loucos. A felicidade é o prazer dos sábios”.

A sabedoria que faz a verdadeira felicidade consiste em procurar o prazer em atividades que representem benefício para a nossa alma, não importando a idade, sem comprometimentos físicos ou espirituais.




A propósito, leitor amigo, convidando-o à reflexão sobre a felicidade, o substrato do prazer, um provérbio chinês:

Se você quiser ser feliz por uma hora, tire uma soneca.

Se quiser ser feliz por um dia, vá pescar.

Se quiser ser feliz por um mês, case-se.

Se quiser ser feliz por um ano, herde uma fortuna.



Mas, se quiser ser feliz pela vida inteira, ajude o próximo.





Richard Simonetti, 81, escritor, espírita, palestrante, um dos maiores divulgadores da Doutrina Espírita, é colaborador deste blog semanalmente, atende em seu e-mail acima citado, tem páginas no You tube e no Facebook divulgando a obra da codificação e nos explicando o Espiritismo.

sábado, 3 de setembro de 2016

NÃO ESTAMOS SOZINHOS - POR DAVID CHINAGLIA



Estimados amigos de jornada espírita, de vida no planeta terra, esta foto da capa, que é pública e pertence a National Geographic nos dá um alento, observe, o homem, em sua imensa solidão olhando em direção a sua casa, ou seja, a outra dimensão, a vida além da vida, e muito além das estrelas.

A foto nos leva a refletir no que nos disseram os espíritos para Allan Kardec, estamos na terra, aprendendo, evoluindo estamos em missão, a nossa missão de aprendizado.




Quando Kardec falou em a Revista Espírita, sobre o planeta Júpiter, ainda me lembro dos críticos no seu relançamento agora a poucos anos que diziam como vida em Júpiter ? E hoje meses após a sonda que está por lá, nos diz que que a par dos gases e da alta rotação do planeta, ele tem indícios de que algum tipo de vida existe por lá.

O homem digo o seu corpo foi preparado para a Terra, ou seja, cada corpo que vive nos demais planetas são para as características que existem por lá, necessariamente não são iguais ao nosso formato aqui, o que existe em comum é o espírito, alguns claramente mais elevados, não porque estão em Júpiter, porque estão numa fase adiante, como alegou Mozart em várias sessões espíritas, naquele ano de 1858, e que havia por parte dele o interesse de um dia retornar ao planeta de aprendizado, ou seja a terra.

Isto nos concede esperanças ? Claro que sim.

Nos é direito pensar em várias vidas, eu digo que sim, porque é assim que surge o sistema, seria muito egoísmo nosso e de Deus se acharmos que num Universo tão grande só nós existimos isto nos permite a solidão da criação, o que não é fato, nem direito, ainda estamos aprendendo, e nos falta muito.






Como vemos na famosa foto de ilustração do projeto Imagem, tudo vem pela mente, ah! a mente se nós soubéssemos domina-la e usa-la como tudo seria mais fácil dentro deste plano, deste planeta, porém somos imperfeitos, ainda nos apegamos a matéria, ao dinheiro, e nossa evolução para grande maioria fica travada, somos teimosos nesta questão.

Através da mente temos acesso a outra dimensão e com ela as informações boas e más que se pode receber deste campo.

Se recebemos via um Astronauta damos audiência, já via espiritismo cremos porém não muito, que sistema é este.
Na verdade os ensinamentos estão de fácil acesso a todos nós, em A Genese obra da codificação espírita, escrita pelos espíritos através dos médiuns e sob a orientação e comentários de Allan Kardec, nos dá uma lição, em o Céu o Inferno também de Kardec vemos várias comunicações de outra dimensão, isto de 1859 em diante quando tudo ficou mais claro, avançamos muito até a morte física de Kardec em 1869, e no entanto esta lição básica não foi entendida.
Chico Xavier através de suas obras com Waldo Vieira, e pelo espírito de André Luis, nos deu uma outra visão desta dimensão, outros grandes psicografos, escritores espíritas foram intuidos a nos enviar a clássica resposta que queremos, e insistimos em ver que está mais claro que o dia, muito embora este não seja o o fato mais importante em si.

Claro que a resposta para todos nós que somos pesquisadores, estudantes, espíritas ou não, é que não estamos sozinhos nem no Mundo físico, tão pouco no da outra dimensão, e isto precisa por enquanto nos bastar.

Somos herdeiros dos grandes astronautas que um dia vieram aqui formatar nosso corpo, de acordo com a criação, para receber nossos espíritos,somos os verdadeiros herdeiros da imensidão do Universo  e estarmos firmes em nosso aprendizado, sejamos firmes conosco, mudando tantas vezes quanto necessária, pois repito NÓS ESTAMOS SOZINHOS.


David Chinaglia, 58, pesquisador, espírita, escritor, divulgador da doutrina espírita dentro da codificação de Allan Kardec, é editor e colaborador deste blog.