segunda-feira, 25 de julho de 2016

EFEITO BORBOLETA - POR RICHARD SIMONETTI






–… Acaso sou eu responsável por meu irmão? 

Essa a resposta de Caim a Jeová, que o questionou sobre seu irmão Abel (Gênesis, 4:9). Disfarçava a própria culpa, porquanto o havia assassinado, cometendo o primeiro fratricídio da História. 


Imagino que, diariamente, Deus, o Pai, de infinito amor e misericórdia revelado por Jesus, nos faz a mesma pergunta, na intimidade da consciência, a respeito de todos aqueles que cruzam nosso caminho. Certamente, não teremos, como Caim, cometido um fratricídio, mas dificilmente alguém deixará de ser enquadrado num fraternicídio. É o assassinato da fraternidade, quando, ante as carências de nossos irmãos em Humanidade, nossa indiferença reproduz o questionamento negativo de Caim.

Ocorre, amigo leitor, que somos, sim, responsáveis por nossos irmãos, considerando a Lei de Solidariedade que rege a vida universal, e será inteligente de nossa parte assumir nossos compromissos perante o próximo, considerando o efeito borboleta.





Trata-se de uma teoria desenvolvida por Eduard Norton Lorenz, cientista americano, nos anos setenta, século passado, para explicar a dificuldade de uma previsão meteorológica a longo prazo, em face da insuficiência dos meios de observação, para detectar fenômenos isolados que podem produzir grandes efeitos atmosféricos. É como se o bater de asas de uma borboleta num hemisfério produzisse um furacão em outro.

Aplicando o efeito borboleta à vida social, consideremos a criança que nasce em miserável favela, pai desconhecido, mãe alcoólatra. Cresce sem orientação moral, sem estudo, sem assistência espiritual. Aos sete anos é um menino de rua, pedindo esmola. Aos dez torna-se um laranja, termo usado pelos traficantes para crianças que usam para a entrega de drogas. Aos doze aprende a usar armas de fogo. Aos quinze já matou várias pessoas, em assaltos. Aos dezoito mata um chefe de traficantes e assume seu lugar. 

É a culminância de cruel efeito borboleta que começou no vagido desalentado de uma criança negligenciada e terminou com um inimigo da sociedade.

Ah! Se esse pequeno houvesse recebido amparo, orientação, encaminhamento! Ah! Se aquele homem soubesse que o menino mirradinho que bateu à sua porta, pedindo comida, era a borboleta que poderia gerar o furacão devastador, a levar sua tranquilidade, sua segurança, seus bens, e, talvez, sua vida ou de um familiar, certamente não se omitiria e faria todo o possível para movimentar-se e mobilizar a sociedade em favor das crianças carentes.

Há o outro lado. Se fosse concedida àquela criança a oportunidade de uma vida decente, digna, com encaminhamento adequado aos recursos comunitários, em favor de seu crescimento moral e espiritual, seria bem diferente. Poderia converter-se em alguém de proeminência social, a contribuir em favor do progresso e do bem-estar da sociedade. Dependendo de como é tratado, o efeito borboleta pode produzir terra arrasada ou campos verdejantes.



Um exemplo interessante diz respeito ao garoto que quase morreu afogado na piscina de sua rica residência. Foi salvo pelo filho do jardineiro. O dono da casa quis recompensá-lo. O serviçal respondeu que não se preocupasse. O filho apenas cumprira seu dever. Todavia, ante a insistência do patrão, informou que o sonho do menino, desde criança, era ser médico. Imediatamente foram tomadas as devidas providências e ele se formou médico.

Seu nome Alexandre Fleming, o descobridor da penicilina. 

Foi a culminância de um maravilhoso efeito borboleta, que começou com um menino salvo do afogamento e terminou com a invenção dos antibióticos, que salvam milhões de vidas.

Lembra a parábola de Jesus (Mateus, 13:31-32):



O Reino dos céus é semelhante ao grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo. Embora seja a menor de todas as sementes, quando cresce é maior do que as hortaliças e se transforma em árvore, de sorte que vêm as aves do céu e se aninham em seus ramos.





Richard Simonetti,81, escritor, palestrante, espírita dentro da codificação de Allan Kardec, tem sua página no Facebook Richard Simonetti, e vários programas pelo You Tube divulgando a doutrina espírita, é colaborador semanal deste blog.

terça-feira, 19 de julho de 2016

CHAMEM BEZERRA URGENTE...CHAMEM DR. BEZERRA DE MENEZES... - POR DAVID CHINAGLIA


Estava esta noite a meditar, sobre a sofrência que se encontra a humanidade, sobretudo no campo da saúde, sobre curas vindas do alto, e sobre esquecimento daqueles que fizeram esta doutrina no Brasil.

Quis o acaso se é que ele existe, que pudesse chamar in box para uma conversa daqueles que um dia qualquer pode virar "causo" com meu amigo, espírita e médico Nubor Orlando Facure.

Depois de rápidas saudações, nos vimos dentro das dificuldades de entender onde anda a memória, sobretudo do espírita Brasileiro, com aqueles que escreveram a história em solo Nacional do Movimento Espírita.

Nubor, sempre solicito conta a este repórter, algumas das inúmeras aventuras onde o querido Bezerra de Menezes, fosse com Divaldo Pereira Franco, ou com Chico Xavier se fez presente, e até mesmo com ele,  logo contei a ele da minha experiência quando vi Bezerra, desencarnado num agrupamento espírita enquanto José Carlos de Lucca fazia uma palestra.

E assim fomos trocando experiências breves e curtas, e profundas, logo disse ao meu amado professor, vou escrever sobre Bezerra mais uma vez.

O que mais sinto como pesquisador, escritor, palestrante, é que Bezerra por ter estado dentro da politica do Movimento, e talvez por ser dela logo em seu início, não tem o devido valor, e importante é lembrar suas histórias.

Eu mesmo numa jornada na Santa Casa de Piracicaba, vi, e assisti o socorro a uma família, que apenas orou para Jesus, e na sua prece mesmo sendo de outra religião aceitou a prece de Bezerra que se encontra em livros e na internet, uma que dera a eles, e alguns dias o pai adoentado, o filho que partia, logo começara uma recuperação surpreendente.

Era hora de lembrar Bezerra disse a Nubor, de não permitir que seu espírito, e sobretudo sua obra e dedicação a Humanidade, sejam esquecidos.

Vamos em vários centros hoje e vemos aquele senhor de barba branca, e muita gente não sabe quem foi Bezerra de Menezes, alguns espíritas ousam dizer, é do passado, as vezes ouço isto e digo, coitados não sabem do que e de quem falam.



Filho de Riacho do Sangue, Ceará, nasceu em 29 de Agosto de 1831, morreu em 11 de Abril de 1900 no seu amado Rio de Janeiro.

Seu nome completo é Adolpho Bezerra de Menezes Cavalcanti, médico, militar, jornalista, politico, filantropo que devido ao seu trabalho na ajuda aos pobres ficou conhecido como o médico dos pobres.

No Ceará onde nasceu ter uma mente priviligiada dava oportunidades, naqueles tempos de jovem aprendia Latim num curso normal que se dava nas escolas, logo já era professor substituto tal era a maneira que dominava o latim.

Já em 1851 entrava para a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, seu maior apoiador, seu pai, já havia morrido.

Depois dos primeiros anos, se especializou no tratamento de uma doença complexa para aquele tempo que era o "Cancro", ao dar entrada na Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro como estudante residente, precisava dar aulas de filosofia e matemática.

Casou-se com Maria Cândida de Lacerda em 1858, mas ficou viúvo repentinamente em 1863, quando tinha um filho de 3 anos e outra de um ano de idade, em 1865 casou com sua cunhada, Candida Augusta de Lacerda Machado, amiga, e mais tarde grande amor, depois madrasta dos filhos da irmã, que levou Bezerra ao casamento que iria durar.

Bezerra durante a Faculdade de Medicina teve o aprendizado da escrita, e já no jornal da Faculdade colocava suas frases e textos de caridade e doação aos mais necessitados, algo com que viveu de perto na infância e Juventude no Ceará.

Bezerra desde a Juventude procurou ajudar na cura dos mais necessitados, diz sua biografia que seu anel de formatura fora doado a uma senhora que não tinha recursos para pagar os medicamentos do filho que ele cuidava gratuitamente, é dele esta frase:



"O médico verdadeiro é isto: não tem o direito de acabar a refeição, de escolher a hora, de inquirir se é longe ou perto... O que não acode por estar com visitas, por ter trabalhado e achar-se fatigado ou por ser alta à noite, mau o caminho e o tempo, ficar perto ou longe do morro; o que sobretudo pede um carro a quem não tem com que pagar a receita, ou diz a quem lhe chora à porta que procure outro - esse não é médico, é negociante da medicina, que trabalha para recolher capital e juros dos gastos da formatura."

E assim seguiu como médico militar, onde até renunciou a carreira para ser eleito no partido de Haddok Lobo, o partido conservador do Rio de Janeiro onde se elegeu vereador e depois Deputado, fora o setor social médico foi justamente com a poluição do Rio de Janeiro que naqueles anos de 1877 á 1885 se preocupou e também deixou um legado grande ao Estado do Rio.

Abolicionista escreveu Medidas que Convém Adotar em 1869 para que a Lei que libertaria os escravos permitisse uma transição mais clara e justa a sociedade como um todo.
Das inúmeras atitvidades como político, jornalista, escritor, foi em 1875 que sua vida mudaria para sempre.
Ganhou do também médico e tradutor, Dr. Joaquin Carlos Travassos,  O LIVRO DOS ESPÍRITOS de Allan Kardec, se encantou com a obra, e mais tarde escreveu sobre o livro e seu conteúdo um pequeno texto que se perpetua até hoje:

"Deu-mo na cidade e eu morava na Tijuca, a uma hora de viagem de bonde. Embarquei com o livro e, como não tinha distração para a longa viagem, disse comigo: ora, Deus! Não hei de ir para o inferno por ler isto… Depois, é ridículo confessar-me ignorante desta filosofia, quando tenho estudado todas as escolas filosóficas. Pensando assim, abri o livro e prendi-me a ele, como acontecera com a Bíblia. Lia. Mas não encontrava nada que fosse novo para meu Espírito. Entretanto, tudo aquilo era novo para mim!… Eu já tinha lido ou ouvido tudo o que se achava no 'O Livro dos Espíritos'. Preocupei-me seriamente com este fato maravilhoso e a mim mesmo dizia: parece que eu era espírita inconsciente, ou, mesmo como se diz vulgarmente, de nascença."

Bezerra entanto passou a ter na Doutrina Espírita sua fé e força graças a amizade e trabalho com o médium João Gonsalves do Nascimento, onde as curas foram ditas a época e reconhecidas como milagrosas.

Se tornou presidente da FEB - Federação Espírita Brasileira, e acabou convivendo com a politica do movimento quando ganhou a obra de JB Roustaing e a doou para a FEB, o chamado Os 04 Evangelhos, que seria adotado com segunda obra fundamental e que racharia o movimento Brasileiro, desde então, como se sabe Roustaing era também médium e escritor, e opositor as regras de Allan Kardec, a doutrina, fato que fez Bezerra lamentar muito a falta de entendimento de seus amigos e confrades, deixou a FEB por não conseguir unificar o movimento no em torno de Kardec, algo que ocorreria depois de sua morte vinda de um AVC.

Morreu pobre, e doando sua vida até a doença as pessoas necessitadas, posso fora o relato que consta em sua biografia contar umas duas mil histórias sobre este homem, este espírito.

Bezerra se propôs no pós morte a continuar como espírito no planeta Terra, ajudando, escrevendo, falando intuindo, hoje é um dos orientadores de Divaldo Pereira Franco, embora tenha escrito pelas mãos de Chico Xavier, de José Carlos de Lucca, José Medrado, e alguns outros escritores que receberam seus textos.

Bezerra tem em alguns centros espíritas do Brasil, mensagens enviadas e autenticadas pelo seu estilo único do tempo que esteve na Terra, muitos milagres assim chamados pelo povo porque salvaram e continuam a salvar vidas até hoje.

O maior legado no entanto de Bezerra era sua fé, fé em Jesus, na mãe de Jesus, Maria, em Ismael, enfim, Bezerra era simples porém disciplinador, muitas de suas falas são esquecidas, dizem que com amigos do plano espiritual, ele vem visitar leitos de doentes seja ou não chamado, e nos que possuem merecimento, pois a cura vem por merecimento direto ou indireto, créditos desta ou de outra vida.

Nosso objetivo aqui é não só resgatar um pedaço da história da doutrina, é lembrar que Bezerra de Menezes sempre foi um conciliador, um espírito que pregou a paz, que tentou dar lenitivos, sem jamais esquecer de Kardec, que poderia ter deixado o planeta de vez em 1900 quando morreu e ainda segue trabalhando, e com louvor a aqueles que possuem fé, que não deixam de acreditar em Jesus.

É dificil para médicos falarem da fé, e sobretudo do Espiritismo, ou qualquer outra religião, o confronto da ciência médica com as crenças são complexas, no entanto Bezerra de Menezes deve ser lembrando pelo lado bom da sua obra, o lado conciliador, o lado doador, de amor e compaixão, e das lições que nos deixa até hoje.

Num dos Livros de Nubor Orlando Facure, encontramos uma frase dita sempre por Bezerra de Menezes, ....

"Temos teoria nas ciências Temos teorias na filosofia Temos teoria nas religiões Mas as teorias não resolvem o problema do desespero"

E minha amiga e amigo leitor, como diz Nubor Orlando Facure, nisto a doutrina espírita é insuperável.

Não é fácil senhoras e senhores, escrever sobre este espírito magnifico que é Bezerra de Menezes, pois as lições deixada do seu tempo de encarnado, e hoje nas atuações em milhares de situações na Terra, nos mostram alguém que se preocupa em ajudar, e sobretudo em continuar a ensinar.

Nossa lembrança é exatamente pelo título, que já soube muitos médicos fazem em silêncio, na hora complexa da doença e nisto posso dar meu testemunho pessoal, Chamem Bezerra, chamem e orem com o espírito de Bezerra de Menezes, pois algum lenitivo virá, uma resposta virá, assim como veio para aquela família que citei no começo deste texto.

Nossa obrigação é manter vivo, dentro da história do espiritismo no Brasil, aqueles que deixaram valorosas contribuições e que até hoje de uma forma ou de outra ajudam o povo de Deus.

Deixo uma proposta a casas espíritas existem muitas obras, e textos de Bezerra ou em vida mesmo ou após a morte por médiuns famosos, que seus textos sejam mais lidos, que ele seja mais estudado, e sobretudo que sua lição de amor e doação aos mais carentes seja sempre um modelo para todos nós.










David Chinaglia, 58, escritor, pesquisador, palestrante, editor deste blog e colaborador, é espírita dentro da codificação de Allan Kardec.

domingo, 17 de julho de 2016

FALAR COM DEUS - POR RICHARD SIMONETTI



Richardsimonetti@uol.com.br



– Oro muito. Passo horas falando com Deus...

– Horas?

– Sim, seguindo orientação de um amigo que entende do assunto, pronuncio duzentas vezes, diariamente, o Pai Nosso.

– E não se perde nas contas?

– Há um método especial para controlar.

– Não é muito?

– A gente acostuma.

– E quais os benefícios que procura na oração?

– Saúde, paz, bem-estar para mim e minha família… 

– Tem obtido resultados?

– Não tanto quanto desejava. Mas assim consigo conviver com meus males e problemas.

– Não seria melhor aprender a superá-los?

– Tenho tentado com a oração, mas é difícil.

– Talvez seja porque você não está realmente orando. Apenas reza, repetindo palavras. 

– Não entendo. Não foi Jesus quem nos ensinou?




– Sim, mas o objetivo não foi dar uma fórmula mágica, cujo valor esteja na repetição. Jesus demonstra, no Pai Nosso, o que é orar, isto é, quais os sentimentos que devemos mobilizar quando nos dirigimos a Deus.

– Mas enquanto repito a oração não estou me ligando a Deus?

– São os sentimentos, não as palavras, que nos ligam a Deus. Em vez de repetir duzentas vezes, diariamente, o Pai Nosso, experimente fazê-lo apenas uma vez, lentamente. Detenha-se em cada frase. Faça um exame de consciência em função dela. 

– Isso é reflexão…

– Exatamente o que a oração deve ser, um mergulho dentro de nós mesmos para ouvir o que Deus tem a nos dizer. 

– E dá para ouvir Deus?

– Experimente. Reflita, já em princípio, sobre a grande notícia que há no início da oração ensinada por Jesus.

– Deus é nosso pai…







– Exatamente. Um pai justo e misericordioso que trabalha incessantemente pela nossa felicidade. O Senhor espera apenas que o procuremos na intimidade de nossos corações para nos agraciar com suas bênçãos.





Richard Simonetti, 81, é espírita, palestrante, escritor, e divulgador da doutrina espírita de acordo a codificação de Allan Kardec, é colaborador deste blog

O ESPIRITISMO E PALESTRAS DE HOJE - POR DAVID CHINAGLIA







Nos dias de hoje, o espiritismo no Brasil em especial passa por um momento grave e perigoso como doutrina.

A experiência Chico Xavier, que fez com que muitos tentassem criar um espiritismo, longe da verdade fornecida pelos imortais ao codificador Allan Kardec, nos deixa preocupado com relação ao nosso futuro.

O Brasil é típico com seu jeitinho Brasileiro, Rede social no Brasil funciona de outro jeito, do que é no resto do mundo, a mesma coisa, imprensa, poderes, governo, e religiões, por uma coisa muito simples somos por natureza fanáticos, e vamos sempre na direção do maravilhoso.

O plano espiritual tem regras básicas, técnicas que foram explicadas, a Allan Kardec e seus pares, a morte prematura do codificador, por um aneurisma, de tanto trabalhar, nos encurtou muitas mensagens e obras, outros seguiram, até que o plano superior nos desse em cada país uma base, que tem que ser a de Kardec, senão foge a realidade.

Quando cremos queremos milagre, quando oramos jogamos na conta dos espíritos, e de Deus soluções e respostas que são nossa.

Você sabia que o mercado espiritual do "trago seu amor de volta" gira algo em torno de 100 milhões de reais em todo o Brasil, estimativa do que paga um Brasileiro para fazer trabalhos chamados espirituais para reaver um amor, dinheiro, casa ou poder.

Isto mostra a insanidade de milhões em busca de respostas que na verdade estão dentro de nós e como fala Kardec, somente na reforma pessoal, do nosso caráter e da nossa moral, iremos encontrar.

Outro exemplo que posso falar aos leitores são os das igrejas Evangélicas daqui e de outras terras são detentoras de mais de 4 bilhões em movimento de dinheiro em território nacional, porque vivemos o milagre já, e alguns de nos pagam com doações, dízimo e outros bichos para ter sua vida melhor, a mesma que não conseguem melhorar com caráter e moral, de novo hein, a mesma regra, MODIFICAÇÃO.





Kardec disse que de nada adiantará lenitivos espirituais, vamos explicar, curas, passes, energia, se a pessoa não mudar seu comportamento.

Vejo hoje uma onda usada como espiritismo na internet, para curas, comunicações com entes queridos, e me pergunto será que eles sabem o que estão fazendo, a cura é por merecimento não por milagre, no entanto sabemos que milhares de curas alteraram o sistema, o cancer programado, a doença psicologica que faria o espírito evoluir foi tirado por alguém que achou que era caridade ajudar, sem antes entender, nem este médium e seus auxiliares sabem o que fizeram, e um dia responderão, ninguém esta no planeta para salvar ninguém, todos tem o mesmo direito.

Jesus podia ter se salvado, embora hoje vemos muitos relatos de que ele sobreviveu e seguiu para alguns para o Japão para outros para o interior da França, a verdade absoluta de tudo somente o dia que as Igrejas que possuem poder e segredos permitirem ou que o nosso plano espiritual, resolva que estamos prontos a saber.

Por isto não promovo palestras de pessoas que acredito usar mais o maravilhoso, do que a realidade espírita, não temos o direito de usar emoções, dores, sentimentos, para apresentar soluções que nem sempre são o que de fato ocorre, falo dos palestrantes e médiuns que recebem comunicações dos mortos, e se auto beneficiam disto, trazendo para doutrina um carma religioso, que Kardec nunca quis, o codificador, buscava um ideal de vida, um modelo a ser seguido no caso Jesus, uma doutrina que não detivesse a verdade, embora fosse sua mais pura expressão, tudo o que o espiritismo não podia ser é uma religião, com donos e seguidores que mais queiram se promover do que de fato ensinar.

As palestras que hoje são feitas em casas espíritas é um verdadeiro show de horror, esqueceram Kardec, muitas vezes ele não é nem citado, inventaram um Leon Denis apóstolo, o homem era tudo menos apóstolo, fizeram de Bezerra de Menezes em vida um médico de bom coração, um santo, da mesma maneira que fazem de Chico Xavier, outro, aliás dizem que Chico queria ser santo, ou lembrado como tal, mas ficou muito além disto.

O trabalho e a contribuição de Chico Xavier para divulgação da doutrina não pode ser questionada, porém houveram erros de conduta da sua equipe do seu em torno, Chico tinha a essência básica do amor fraterno, homem que lutou, sem estudar a fundo a doutrina pois ela levada ao pé da letra sai das regras da Igreja Católica, e seus ativismos.

Não acreditem em falsos profetas, ou falsos médiuns, cuidado com o que ouvem em algumas casas espíritas, existe maravilhoso em muitas, e se não está na obra do Livro dos Espíritos, ou nem consta nas obras básicas de Kardec, deve ser desconsiderada.

No momento vemos milhares de pessoas tentando através de psicografias, levar lenitivos, ou dar a morte uma dor que na verdade não existe nela, a não ser a da ausência ou da saudade.

Lembrem a morte é um estágio como nascimento, tem que ser cumprido para haver o aprendizado.

Temos que ter cuidado, com palestrantes as vezes até famosos que vão a Casa espírita eles possuem outros médiuns alucinados que os promovem como donos da verdade, verdade que não pertence a eles.
Todos rigorosamente desta geração pós Chico Xavier estão cometendo erros doutrinários, em busca da vaga que o homem de Uberaba abriu com sua morte física em 2002.



Não espere demais de casa espírita, não espere demais de médiuns, acredite no que Jesus deixou, porém use sempre sua inteligência.
Nenhum destes médiuns de hoje que viajam o Brasil possuem a carteirinha de representante do mestre amado, e solucionador de problemas, vimos recentemente o médium João de Deus com seus problemas de saúde, não se auto curar, vimos mortes no centro espírita do Rio de Janeiro serem abafadas porque o fanatismo prevaleceu.

No caso do médium que vem escrevendo cartas do além e se escondendo em opiniões que seriam de um médico famoso, tomem cuidado, pois ele um dia foi expulso da casa da prece por Chico Xavier, pela sua falta de compromisso, com a caridade.

Claro que todos podem mudar, e até acredito que ele como pessoa melhorou muito, mas ainda é um alucinado.
Nem falo mais o nome dele, porque pode parecer pessoal, e não é o caso, é apenas um alerta.

Aos coordenadores de casas espíritas, que pensem bem o que vão levar em nome do amor ao seu público, porque pode estar errado, caridade demais, amor demais, faz mais mal, do que o mal em si, de onde, podemos aproveitar muito mais.

A palestra geralmente representa a opinião oficial da casa, mesma que seja alucinada, baseada em alucinações famosas ou não, neste momento devemos utilizar o que teria sido dito por Paulo de Tarso, ouçam tudo, aprendam tudo, porém sigam vossos corações sem fanatismo.

Deixei de ir a algumas casas que preferem o maravilhoso, obras famosas que possuem erros doutrinários e que nem deveriam estar em palestras, pois a visão de 1940 não pode ser utilizada nem romanceada em 2016, isto é muito perigoso, pois pessoas estão indo as casas para aprender entender, e não ser papa passes, ou leitores de sonhos de algum médium ou espírito, cuidado, muito cuidado no que acreditam.

É hora de nos lembrar, que existe uma outra dimensão, que comunicações espirituais, não são tão fáceis assim, e que a comunicação vem de lá para cá, e no momento que as partes aqui podem saber, antes que atravessar as regras pode estar causando um mal aos que ficaram e a quem partiu.

Ainda existe muito a conhecer, e a saber, por isto vamos de novo de volta a Kardec, e recomeçar sempre, pois ainda estamos na página 02, como vemos até hoje, larguemos o fanatismo e ativismos religiosos, somos uma doutrina onde a verdade, a clareza, devem prevalecer, e ai daquele que se usar dela para sua auto promoção.

Luz e paz.



David Chinaglia, 58, é palestrante, escritor, divulgador do espiritismo dentro da codificação de Allan Kardec, é editor deste blog desde 2011.



domingo, 3 de julho de 2016

CAVALO, QUARENTA E UM - POR RICHARD SIMONETTI


                  richardsimonetti@uol.com.br



Sonolento, mal desperto, o marido ouviu a mulher perguntar:

– Quarenta e um é cavalo?

– Não entendi… 

– Quarenta e um é cavalo?

– Por que quer saber?

– Sonhei que um alazão me dizia: – Jogue no meu número, quarenta e um.

– É minha idade… Ando escoiceando?!

– Não, meu bem, pelo contrário. Você é um amor! Sonhei mesmo. Talvez seja um convite da sorte…

– Bobagem. Nem sei se quarenta e um é cavalo.

Horas depois, o casal está no posto de gasolina, ao lado do supermercado. Ela pergunta ao frentista:

– O senhor sabe que bicho é quarenta e um?

– Cavalo.

– Meu Deus! Tem certeza?!

– Absoluta. Sempre faço minha fezinha.

Tanque cheio: quarenta e um litros. Número da nota fiscal: final quarenta e um!

Entram no mercado. Ele tropeça numa banca. Cai um tênis no chão. Tamanho: quarenta e um!

Pagam a conta: Quarenta e um reais!

Entreolham-se, excitados.

– Aqui tem coisa! – reconhece o marido.

– É a sorte, querido. Está acenando para nós. Não podemos deixar passar a oportunidade. 

Procuram o bilheteiro que faz ponto no estacionamento do mercado.

– Queremos escolher um número.

– Não vai dar. Só tenho um bilhete.

– Qual o final?

– Quarenta e um.

Compraram o bilhete inteiro! Era para resolver de pronto todos os problemas financeiros, garantindo futuro tranquilo. 

À tarde, cheios de expectativa, acompanharam o sorteio pelo rádio. Empolgados, ouviram o número do primeiro prêmio. Nem sombra do quarenta e um! Passou longe!…

Assim como eles, centenas de visionários que sonharam com um bicho ou um número, acompanharam com a mesma expectativa o sorteio, e também se decepcionaram.

Alguém ganhou, provavelmente comprando um bilhete de forma aleatória, do tipo “qualquer número serve”.

Concebem, as pessoas que sonham com a sorte, que na extração de uma loteria possa haver a interferência de Espíritos, a seu favor.

Admitamos que o fizessem, por exercício de telecinesia do além, influindo no resultado. Imaginemos milhares de mentores a disputarem o prêmio, interessados em resolver os problemas financeiros de seus pupilos.

Seria uma briga! Ou será que submeteriam a um poder superior suas reivindicações, para decidir quem levaria a bolada?

Há quem suponha que o próprio Criador interfere. Qual seria o divino critério? Merecimento, não é. Há pilantras que ganham.

Necessidade, também não. Gente rica costuma ganhar, até porque compra mais bilhetes.

Com elementar exercício de bom senso, chegamos a uma conclusão óbvia, amigo leitor: qualquer apostador poderá ganhar, atendendo ao fato de que alguém ficará com o prêmio, não por escolha ou determinação sobrenatural, mas conforme a velha lei das probabilidades.

Se esperamos pelos favores dos Espíritos ou de Deus, saibamos que eles nos ajudam, sim, e muito! 

Consideremos, entretanto, que o fazem de forma peculiar. Enviam-nos desafios e dificuldades, lutas e contratempos, o clima próprio para nos tirar da inércia a fim de conquistarmos um prêmio muito mais valioso: 



Vencer nossas próprias limitações.



Richard Simonetti,81, escritor, palestrante, um dos maiores divulgadores da Doutrina Espírita no Brasil e no exterior.
É colaborador deste blog desde 2012.
Na internet tem várias páginas, dentre elas no Facebook, Richard Simonetti.