sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

HEREDITARIEDADE MORAL - POR RICHARD SIMONETTI




1 –    Há algum componente moral na herança genética?      Jamais os pesquisadores descobriram qualquer indicação de que os genes transmitam algo dos pais na formação do caráter de seus filhos.

2 – Como fica o ditado “filho de peixe, peixinho é”?
         Podemos encontrar criminosos com filhos bandidos, mas isso não guarda nenhuma comprovada relação com a genética. Particularmente no aspecto moral, somos herdeiros de nós mesmos, de nossas experiências e tendências cultivadas em existências pretéritas.

3 –    Como explicar, então, que pais e filhos tenham, não raro, comportamento semelhante?
         Como já comentamos, tendemos a reencarnar junto a “familiares”, Espíritos aos quais nos identificamos, fruto de convivência passada. Assim, o bandido pode ter um filho marginal, não por herança, mas porque ambos cultivaram a delinquência no pretérito.



4 –    Por que os mentores espirituais permitem que se reúnam no lar Espíritos com a mesma vocação para o crime, a se influenciarem reciprocamente?
         Digamos que eles se merecem. Não seria justo, salvo por problemas cármicos ou exercício de solidariedade, localizá-los no seio de famílias ajustadas, em estágio superior de desenvolvimento moral, a causar-lhes embaraços.·.

5 –    Qual o proveito de uma experiência assim, que lhes estimulará as mesmas tendências?
         Estarão sujeitos às sanções divinas. Enfrentarão aflições e angústias, sob a égide da lei de causa e efeito, a fazer que se volte contra eles o mal que estendem ao redor de seus passos. A delinquência sempre impõe penosos impostos de dores e aflições àqueles que se comprometem com ela.

6 – Acabarão com sua rebeldia...
         Sem dúvida. As lições serão repetidas incessantemente, existência após existência, até que aprendamos o fundamental: viver como filhos de Deus, respeitando as leis divinas.




7 –    Como fica um Espírito que já conquistou o discernimento, que cultiva a verdade e a honestidade, quando reencarna entre criminosos?
         Se esses valores não forem superficiais, se realmente os internalizou, não será afetado pelo ambiente, nem induzido a um comportamento antissocial, não compatível com sua maneira de ser.





8 –    O superior não seria influenciado pelo inferior…
         Não só isso. O superior acaba influenciando o inferior. Espíritos assim constituem-se em modelo para pais e irmãos, induzindo-os a reconsiderarem o próprio comportamento. Os grandes missionários são os exemplos maiores. Atuando em meio hostil, superam influências negativas e se situam adiante de seu tempo, iniciando movimentos de renovação para a Humanidade.




Richard Simonetti, é palestrante espírita, aos 79 anos, um dos mais renomados escritores sobre o Espiritismo no Brasil, é divulgador da doutrina espírita, participa do movimento espírita e escreve semanalmente neste blog como colaborador, sua página no Facebook é Richard Simonetti, e seu endereço de e-mail para palestras e livros e comentários sobre o texto é Richardsimonetti@uol.com.br



quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

DATAS QUE MARCAM - POR ORSON PETER CARRARA



Neste primeiro de fevereiro de 2014 alcança-se quarenta anos da tragédia do Joelma, no incêndio que vitimou tantas pessoas na capital paulista. Naquela sexta-feira, em 1974, emoção e dor marcaram a vida nacional, pela extensão da ocorrência. São 40 anos que fizeram refletir sobre segurança nos edifícios.

Mas o ano é marcante em outros eventos. É ano da COPA DO MUNDO e também ano eleitoral que convida a nação a repensar as próprias atitudes diante da corrupção que continua galopante.



Também em 2014 a USP completa 80 anos, fundaTambém em 2014 a USP completa 80 anos, fundada em 1934. No mesmo ano faleceu Humberto de Campos, no dia 5 de dezembro, o grande escritor brasileiro. 
Há 50 anos, em 1964, o golpe militar que encerrou o governo de João Goulart, começava a mudar a história da política no Brasil. Mas é também em 2014 que comemora-se os 150 anos de lançamento de O Evangelho Segundo o Espiritismo, a obra mais lida e divulgada da literatura espírita.da em 1934. No mesmo ano faleceu Humberto de Campos, no dia 5 de dezembro, o grande escritor brasileiro. Há 50 anos, em 1964, o golpe militar que encerrou o governo de João Goulart, começava a mudar a história da política no Brasil. Mas é também em 2014 que comemora-se os 150 anos de lançamento de O Evangelho Segundo o Espiritismo, a obra mais lida e divulgada da literatura espírita. 





E em breve pesquisa podemos relacionar alguns nomes famosos com decênios fechados de nascimento ou morte, ou relembrar novelas famosas ou filmes inesquecíveis lançados em anos com final 4 que fecham decênios em 2014, e até mesmo citar obras publicadas na mesma condição. É um universo interessante de pesquisa que pode resultar em livros, encontros, debates e divulgação por meio de informações avulsas em simples crônicas ou em catalogações para defesas acadêmicas ou publicações especializadas numa ou noutra área. É mesmo um universo de infinitas possibilidades o conteúdo já armazenado pela história humana nos arquivos que a história e o tempo vão registrando.

E como bom palmeirense não posso esquecer o centenário do Verdão. Sim, 100 anos também em 2014. 



Quantas outras informações centenárias, quadricentenárias ou com decênios poderiam aqui ser citadas ou comentadas. Um estudo das biografias centenárias de Dorival Caimmy, Araci de Almeida ou de Irmã Dulce, para citar apenas essas três personagens,já oferece farto material para amplas reflexões. E isso sem dizer dos desdobramentos da primeira guerra mundial, também completando cem anos em 2014.

E o que dizer das cidades que aniversariam com decênios fechados em 2014? O que não falar dos que nasceram nos anos com final 4? É todo um universo de informações, agradáveis de coletar e pesquisar.
 





Mas isso é apenas para falar do número 4? Não! É apenas um incentivo para quem queira pesquisar mais e encontrar um caminho por onde iniciar um talento – seja literário ou não – que, pelo volume de informações que poderá selecionar, pode resultar num trabalho a mais que enriqueça nossa cultura nos esforços continuados da educação e da sensibilização a partir de fatos históricos nem sempre agradáveis ou construtivos, de biografias ou ocorrências que diariamente alteram nossos caminhos.


É a vida humana, com suas nuanças, seus desafios, seus propósitos, deixando bem claro o longo e penoso caminho da evolução intelecto moral que somos convidados a trilhar, queiramos ou não. Trata-se de um aprendizado necessário, difícil, mas que levará à consciência exata da solidariedade, do dever e da dignidade de viver que ainda precisamos interiorizar.

                





Orson Peter Carrara, é escritor, espírita, dirigente e divulgador da Doutrina Espírita nos preceitos de Allan Kardec, tem sua página no Facebook Orson Carrara, é colaborador semanal do Espiritismo Piracicaba, e atende aos leitores e amigos da doutrina e do Brasil pelo orsonpeter92@gmail.com

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

O DESAFIO MAIOR - por Richard Simonneti





         A história mais popular da série Mil e uma Noites nos fala de Aladim e a lâmpada mágica, que, esfregada, libertou um gênio disposto a atender a três desejos seus.
         Há centenas de versões dessa aventura original, em filmes, livros, programas de televisão, não raro de cunho humorístico.
         Recordo uma do gênio que, agradecido ao seu libertador, prometeu atender às suas aspirações, sintetizadas num único desejo, porquanto estivera muito tempo preso na lâmpada e seus poderes estavam enfraquecidos. 

       O beneficiário pensou, pensou…
         Se era apenas um desejo, deveria pedir algo grandioso.
         – Quero que você transforme a casa de minha propriedade, onde moro, num edifício de cinquenta andares, com duzentos apartamentos de trezentos metros quadrados para alugar.
         O gênio ponderou:
         – Como lhe disse, estou ainda um tanto fraco, e uma realização assim vai deixar-me exausto. Dá para simplificar?
         – Bem – falou o homem –, há algo bem mais simples que tenho tentado alcançar, sem sucesso. Quem sabe você poderá ajudar-me.
         – Peça! Esteja certo de que o atenderei.
         – Eu queria compreender as mulheres…
         O gênio suspirou:
         – Como é mesmo que você quer o prédio?
                  
                                              
         Bem, caro leitor, não é minha intenção falar de enigmas impenetráveis.
         Evocando a figura do gênio das mil e uma noites, é interessante observar nossos desejos enquanto nas etéreas plagas, em contraposição com os mesmos quando reencarnamos.
         No mundo espiritual temos uma visão objetiva de nossas necessidades evolutivas.
         Pedimos aos gênios tutelares, nossos amigos espirituais, que nos ajudem a planejar uma existência capaz de incinerar nossas mazelas e liquidar nossos débitos cármicos, acumulados ao longo de muitos séculos de indisciplina e comprometimento com o desajuste.
         – Quero nascer zarolho e perneta, portador de doenças congênitas, em família complicada; estágio na pobreza, dores e aflições intermináveis…
         Embora inspirados em nobres ideais, fossem nossos desejos atendidos e seríamos esmagados por provações acima de nossas forças, paralisando-nos a iniciativa.
         Podando espinhos em exagero, nossos mentores ajudam-nos a planejar uma jornada menos tormentosa, que não nos tolha a iniciativa.


         Muito mais do que pagar dívidas, é fundamental estejamos empenhados em não contraí-las e a conquistar créditos de trabalho no campo do Bem e do aprimoramento espiritual, adquirindo aquela riqueza que, no dizer de Jesus, as traças não roem, a ferrugem não corrói, nem os ladrões roubam.
         O problema é que aqui aportando, visão espiritual prejudicada pela armadura física, deixamos que prevaleçam os interesses humanos.
         Sofremos uma inversão de valores.
         Se as coisas correm mal, clamamos ao Céu.
         Se correm bem, distraímo-nos dos bons propósitos.
         Pagamos nossos débitos cármicos com a angústia do sovina.
         Contraímos novos débitos com a avidez do perdulário.
        

                                              

         Ao final da jornada, o saldo é negativo na contabilidade divina e vamos parar em regiões umbralinas, onde estagiam os maus pagadores e os esbanjadores do tempo, de onde nenhum gênio nos tirará até que nos livremos dos lastros maiores de desajustes e perturbações.
         Sofremos, choramos, clamamos pela complacência divina...
         Isso não basta. Na célebre parábola evangélica, o filho pródigo permaneceu na indigência, até cair em si e reconhecer que cometera um grande erro afastando-se da casa de seu pai. Foi quando decidiu voltar.
         Exatamente o que nos tem acontecido. Depois de muito sofrer, colhendo no umbral as consequências de nossos desatinos, experimentamos esse cair em si, a partir do que somos atendidos, esclarecidos e orientados.


         Compenetramo-nos de nossas fraquezas e mazelas, de nossos débitos cármicos, da necessidade da reencarnação…
         E começa tudo de novo.
         Assim será até que nos disponhamos, com todas as forças de nossa alma, a compatibilizar os ideais divinos com os desejos humanos, a partir do empenho por compreender a nós mesmos, habilitando-nos até mesmo a enfrentar esse autêntico desafio que é decifrar a alma feminina.




Richard Simonetti, 79 anos, é espírita, escritor, palestrante, divulgador da doutrina espírita, um dos mais respeitados membros do MEB (Movimento Espírita Brasileiro), escreve em toda a rede, e colabora semanalmente com o Espiritismo Piracicaba.

Facebook Richard Simonetti




sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

COMECE PELO COMEÇO - COMUNICADO DO PRESIDENTE DA FEB








Estimados amigos de Jornada Espírita no planeta Terra, em todo o Brasil, existe hoje uma divisão em relação aos estudos, e o que seguir dentro da doutrina espírita, erros doutrinários, de comando, de estudo.


Em 1972, a USE - UNIÃO DAS SOCIEDADES ESPÍRITAS DO ESTADO DE SÃO PAULO, lançou uma campanha com o nome COMECE PELO COMEÇO, que objetivava orientar aos centros e casas espíritas filiadas ou não, que sem Allan Kardec não era centro espírita.




Em 2013, o CFN acatou várias sugestões com o objetivo de reunificar o MEB (Movimento Espirita Brasileira), com a definição de que é necessário que todas, todas repito, casas espíritas façam ou retornem ao estudo das OBRAS BÁSICAS DE ALLAN KARDEC, inclusive no CFN, a FEB definiu também pelo incentivo a estudar uma obra que é fundamental e ficou um pouco de lado cujo o nome é O QUE É ESPIRITISMO.

O atual presidente da FEB (Federação Espírita Brasileira) Sr. César Perri de Carvalho, decidi com sua diretoria, e conselho geral, orientar para o retorno das obras básicas, para a manutenção e o programa da USE foi o que mais confortou, pelos excessos de romances, ou mesmo tentativas de substituir Kardec por obras secúndarias que não são mais importantes do que escreveu o codificador, o presidente da FEB neste comunicado que está no ar há vários dias e que tem nosso total apoio, busca mostrar, que é hora de VALORIZAR KARDEC, estimularmos, o estudo e a prática das obras que são o único fundamento desta doutrina.


O momento FEB, programa da Federação na Internet divulga este comunicado e partilhamos com os senhores, com as senhoras, dirigentes e membros de centros espíritas pelo Brasil, voltemos do rumo que esta doutrina jamais deveria ter saído ao codificador, repetindo a frase de Emmanuel, que está na gravação, Jesus, é a porta, Kardec é a chave, e para os rebeldes seguidores, a frase que Chico Xavier dizia ser a que Emmanuel sempre disse : " Se um dia o que escrever confrontar KARDEC, fiquem com KARDEC.                                           


 





ESTUDAR SEMPRE, MANTER O ESPIRITISMO COMO ORIENTOU KARDEC O ÚNICO CAMINHO.






    David Chinaglia, é radialista, públicitário, espírita, divulgador da doutrina dentro dos preceitos da codificação de Allan Kardec, é colaborador deste blog e seu editor voluntário, mantém página no Facebook David Chinaglia, no Tweeter @DavidChinaglia e emails pelo davidchinaglia@gmail.com

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

CURIOSIDADES DA CIDADE DE SÃO PAULO - POR ORSON PETER CARRARA



                A maior cidade do país e da América Latina alcança 460 anos de fundação, comemorado agora em 25 de janeiro. Foi em 1554, por ação dos padres jesuítas. Com mais de dez milhões de habitantes, a cidade apresenta números surpreendentes que, entre outros, merecem ser apresentados ao leitor, até como forma de homenagem à cidade.
                Os números são facilmente encontrados em sites, mas aqui privilegiando o leitor não habituado às pesquisas do gênero, optamos por selecionar alguns dados. Acompanhe comigo, considerando que os dados abaixo já estão desatualizados, face ao crescimento da cidade, contínuo e dinâmico:
                São aproximadamente 410 hotéis, 12 mil restaurantes, 3.200 padarias, 15 mil bares, 500 churrascarias, 160 teatros, 110 museus, 40 centros culturais, 260 salas em 55 cinemas, 294 salas de shows e concertos, 64 parques e áreas verdes, 1.000 academias de ginástica, 12 clubes de golfe, 7 estádios de futebol, 1 autódromo internacional, 90.000 eventos por ano, 240 mil lojas, 79 shoppings, 4 mil farmácias, 900 feiras livres semanais, 1.931 agência bancárias, 34 mil indústrias, 37 mil táxis, 15 mil ônibus urbanos, 1.335 linhas urbanas de ônibus, 5 linhas de metrô, 55 estações de metrô, 40 hospitais públicos, 61 hospitais particulares, 93 distritos policiais, 146 faculdades, 26 universidades, 1.500 pizzarias (um milhão de pizza por dia, 720 por minuto), 280 salas de teatro (600 espetáculos teatrais, em média, por ano). E ainda podemos acrescentar o Terminal Rodoviário Tietê, um dos maiores do mundo, com seus números igualmente estrondosos.




E tudo isto sem citar dados do turismo na cidade, dados educativos, médicos, de produção industrial, indicadores e valores econômicos, instituições religiosas, filantrópicas e suas atividades, distribuição demográfica e social e muitos outros dados que possamos pesquisar e acrescentar. E se buscarmos visualizar a Grande São Paulo, com os municípios praticamente emendados à grande cidade, teremos a gigantesca aglomeração urbana, com todos os seus desdobramentos e novos números assustadores e surpreendentes.
É o progresso, é o dinamismo da própria vida, onde todos vamos aprendendo, desenvolvendo o intelecto e a emoção. A evolução faz isso, vai trazendo novas conquistas, exigindo novas posturas, ampliando o entendimento das várias questões humanas e seus desafios nas diversas áreas que queiramos analisar e refletir. Numa seleção como a acima, são números surpreendentes que sofrem modificações a cada segundo, mas frios, apenas estatísticos. Coloque-se neles a participação humana, com a criatividade e imaginação que nos são tão próprias, com todo o dinamismo que impulsiona as ações humanas para o bem estar, a fraternidade, a justiça, o progresso.



Isso traz a dimensão das infinitas possibilidades colocadas em nossas mãos em todas as áreas do conhecimento e das atividades em geral. Apesar dos números tristes também das tragédias, de acidentes, homicídios, roubos e tudo o mais que a mídia tanto destaca diariamente, essa movimentação toda – nos sentidos positivo e negativo – é a ferramenta que movimenta e transforma a mentalidade humana. São aprendizados e desafios necessários. Não há outra maneira de evoluir. O tema sugere gratidão à vida e indica muito trabalho pela frente. Mãos à obra, pois. 





Orson Peter Carrara, é espírita, escritor, conferencista, divulgador da doutrina espírita, tem seu site www.orsonpetercarrara.com.br sua página no Facebook Orson Carrara, e recebe seus leitores pelo orsonpeter92@gmail.com  
Orson, é colaborador deste blog.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

ANOTAÇÕES ENTRE O CÉREBRO E A MENTE - POR NUBOR ORLANDO FACURE






Temos três vertentes: a que privilegia a mente (Espírito), a que privilegia o cérebro e a que junta as duas numa coisa só.
“O cérebro é o órgão de inserção do Espírito nas coisas”
“Todo evento mental (é idêntico a) um evento físico no cérebro” 
“O mental, em virtude da sua intencionalidade, não pode ser reduzido ao físico”



Afinal, consciência sou Eu ou meu cérebro?

Do ponto de vista filosófico é a minha RESPONSABILIDADE. Do ponto de vista neurológico o meu ESTADO DE ALERTA. Do ponto de vista espiritual, o CENTRO ENERGÉTICO DA MINHA ALMA. Do ponto de vista místico nossa SINTONIA COM DEUS.
Posso dizer que o cérebro pensa?
Essa pergunta sou Eu quem pensa para responder. Mas, sei que quando meu cérebro adoece Eu não penso direito. Essa é minha opinião: Eu penso que ele fugiu, escutei o barulho que fez. Senti uma fisgada nas costas, Eu pensei que era minha dor de volta.
É o cérebro quem percebe o mundo?
Vou refletir depois Eu lhe conto. A Luz forte me ofusca. O barulho da música não me deixa pensar. Preciso do cérebro para perceber a luz e o barulho. O cérebro tem um mapa do mundo construído com o que percebe. O cérebro constrói hipóteses sobre o que existe a partir do que já conhece. Não temos acesso aos processos que produzem nosso estado interior. Não me conheço por dentro e é com isso que tomo minhas decisões. Sei coisas que nem conheço. Sei como se toca piano, como movem as estrelas.
Afinal, quem sente, eu ou o meu cérebro?

Eu sinto cócegas, arrepios, sonolência, tranqüilidade, raiva, medo, vontade de gritar, mas se me tirarem meu cérebro não sei como lhe contar.
E o que eu tenho, a quem pertence?
Tenho um amigo em Minas, tenho uma dor nas pernas, tenho uma saudade na Alma, tenho um dinheiro no bolso, tenho uma dívida no banco. Mas, se me tiram o cérebro perco todas essas coisas.
E o que faço com quem faço?
Aperto com as mãos, mordo com os dentes, arranho com as unhas, chuto com os pés, vejo com os próprios olhos, fujo com as pernas, pensei que fosse com o cérebro.
Quem é que se emociona eu ou o meu cérebro?
A emoção somos nós em cada célula. Quando Eu erro, quem assume a culpa sou Eu, não é meu cérebro. Nunca vi meu cérebro arrependido. Fiquei com dó e lhe emprestei dinheiro. Ele se endividou comigo e não com meu cérebro. Basta um pouquinho de química para perturbar o meu cérebro. Basta um gole de café para me despertar. Esse perfume me traz lembranças. Meu relógio ficou “maluco” Eu percebi isso ontem. Essa serra é “violenta” Eu vi como ela corta.
Quem toma minhas decisões?



Toda noite Eu tomo o trem das onze. Troquei meu celular antiquado por um 3G. Não posso beber que faço bobagem. Meu cérebro também não tolera a fome, isso me deixa inerte. Minha dor de cabeça me deixa confuso.



As crenças que tenho são minhas ou do meu cérebro?
Eu acredito em fantasmas, ele tem medo de conferir. Creio que já vi esse filme, minha memória falha. Eu acreditei nela, minha emoção me traiu. Creio que o conheço, falei seu nome errado. Creio que ele chega as oito, anotei na sua agenda.

O comportamento é meu ou do meu cérebro ?
Tenho forças para empurrar a mesa sem cair. Tenho forças para suportar a dor sem gritar. Não suporto a saudade sem chorar. Não me contenho de alegria sem pular.
Onde fica o cérebro e a mente ? 




Ele está contrariado, vejo isso no seu rosto. Ele falou a verdade, vi isso nos seus olhos. Ele tinha medo, seu corpo tremia. Ele cerrava os punhos de ódio. Minhas memórias estão no cérebro, minha mente freqüentemente as consulta. Não mudo meu passado, mas posso contá-lo de outro modo. Mentalizo meu futuro e posso reinventá-lo. As imagens físicas meu cérebro me mostra. Minhas imagens mentais eu não as vejo, sei que são imaginações. Imagino uma casa, não sei quantas janelas ela tem. Conhecer o seu cérebro é conhecer a si mesmo?
Quem aprende, eu ou o meu cérebro ?


Ele aprendeu a andar e a falar com dois anos, seu cérebro é perfeito. “As pessoas são quem aprendem, os processos neurais é que tornam isso possível”. A criança aprende a andar sem saber o que é andar.

 O velho sabe como fazer sem conseguir fazer. “Muito do que sei fazer aprendi sem perceber”. As palavras contem informações, sou Eu quem as compreende.

Finalmente
A Neurologia considera que Eu sou o que meus neurônios aprendem
A Espiritismo:Ciência,Filosofia e Religião me considera uma pessoa
A Poesia diz que minha alma é meu corpo....



As mãos de Eurídice Riam.
Ás vezes ficavam furiosas. Choravam. Juntavam-se em súplica. Projetavam-se em desespero. (Pedro Bloch.)...



                                                  
                                                 Nubor Orlando Facure, Neurologista, Espírita, escritor, divulgador da doutrina espírita, professor, ao longo de sua jornada conviveu e foi amigo pessoal de Chico Xavier, médico e amigo de Therezinha de Oliveira, mora em Campinas SP, onde dirige o Instituto do Cérebro, é uma as pessoas mais respeitadas dentro da Medicina e do espíritismo, escreve na internet, e colabora em especial com nosso blog.
No Facebook : Nubor Orlando Facure   - Email para respostas : ifacure@uol.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

ANENCEFALIA À LUZ DO ESPIRITISMO - POR ALEX BONAFINI


Muito se tem discutido a respeito do abortamento do feto anencéfalo. Os responsáveis pela lei de nosso País têm-se colocado a favor de tal ato nefando, através de justificativas vazias e materialistas. Vejamos tais afirmativas: "O Estado não é religioso nem ateu. O Estado é simplesmente neutro. O direito não se submete à religião. Estão em jogo a privacidade, a autonomia e a dignidade humana dessas mulheres. Hão de ser respeitadas tanto as que optem por prosseguir a gravidez quanto as que prefiram interromper a gravidez para pôr fim ou minimizar um estado de sofrimento", disse o ministro. "Não se pode exigir da mulher aquilo que o Estado não vai fornecer por meio de manobras médicas." Ministro Marco Aurélio Mello, STF.




A Constituição brasileira declara, no caput do artigo 5º, que o direito à vida é inviolável; o Código Civil, que os direitos do nascituro estão assegurados desde a concepção (art. 2º); e o artigo 4º do Pacto de São José, que a vida do ser humano deve ser preservada desde o zigoto.

Os partidários da descriminalização do aborto de anencéfalos se apegam às letras da Constituição, que garante o direito à vida à pessoa nascida, não ao nascituro, e que nem sequer é considerado ser humano antes do nascimento. Comenta Ives Gandra Martins: “... é no mínimo curioso: retira do homem a garantia constitucional do direito à vida até um minuto antes de nascer e assegura a inviolabilidade desse direito a partir do instante do nascimento.” Bem se vê que nem os homens e suas leis se entendem a respeito de assunto tão importante.

No entanto, o que é anencefalia? Anencefalia é a malformação do tubo neural, caracterizada pela ausência parcial ou total do encéfalo e da calota craniana. Ou seja, o feto tem cérebro.



Segundo a médica Marlene Nobre, presidente das Associações Médico-Espíritas Internacional e do Brasil, a respeito da opinião dos cidadãos que são a favor da descriminalização do aborto do feto anencéfalo, por considerá-lo sem cérebro, assegura que: “Este argumento, porém, não tem o respaldo da embriologia. Durante a sua formação, o feto anencéfalo pode ter, por distúrbios ou falhas do sistema vascular, a paralisação do desenvolvimento do Sistema Nervoso Central em pontos distintos. Assim, pode ter um único hemisfério cerebral, não ter nenhum, mas, sem dúvida, terá o diencéfalo ou as estruturas reptilianas responsáveis pelas funções primitivas e inconscientes. Tanto é verdade que o anencéfalo tem todas as atividades instintivas básicas preservadas, como o pulsar do coração e a possibilidade de expandir os pulmões, nos movimentos respiratórios normais. Não se pode dizer, portanto, que ele não tem cérebro, nem tampouco que morre ou para de respirar ao nascer. Há inúmeros anencéfalos que persistem vivos por horas ou dias, após o nascimento, mesmo desconectados do cordão umbilical, justamente porque possuem o cérebro primitivo, responsável pelas funções básicas instintivas”.



O Espiritismo considera qualquer tipo de abortamento, excluindo o caso de perigo para a mãe, um crime cruel e de consequências desastrosas, para quem realiza e para quem sofre, pois os Espíritos de escol, na questão 344 de O Livro dos Espíritos, orientam que a vida se inicia na concepção e se complementa no nascimento, tornando qualquer ato violento contra o feto, um homicídio. 
Alegam nossos magistrados que por ser o nosso, um País laico, não se submete à religião, mas será que não pode ser humano? Para facilitar a situação do judiciário, evitando imbróglios jurídicos difíceis e cansativos, no que tange a pedidos de liberação de tais abortamentos, modifica-se a lei, com o escopo de facilitar o seu desdobramento? Estranho... Antigamente, civilizações grandiosas exterminavam os bebês com algum tipo de deficiência, fato que foi modificado com a evolução dos povos e de forma retrógrada, perdem os homens sua humanização, em preferência da praticidade.

Cabe a nós, espíritas, a divulgação das realidades do mundo espiritual, com o objetivo engrandecedor de abrir os olhos aos cegos e ignorantes.


Espíritos simples e insipientes que fomos criados, evoluímos incessantemente até a perfeição. Através de nosso desenvolvimento moral e intelectual, desenvolvemos nosso livre-arbítrio, adquirindo responsabilidades maiores, saindo da ignorância rumo à lucidez. “Assim, numa existência damos prosseguimento ao que deixamos interrompido na outra, corrigimos o que fizemos de errado ou iniciamos novas experiências, porém, o que não realizamos por amor, a dor nos convocará a executar” (extraído do livro Vida Feliz, Joanna de Ângelis). Desta forma, quando nas crises graves de consciência ou nos transes difíceis de inaceitação da realidade existencial, fugimos da vida física, através das portas dos fundos do suicídio, destroçamos nosso períspirito, reencarnando em situação expiatória, moldando o carro físico, com as virtudes e com os defeitos que imprimimos ao nosso envoltório sutil. Muitos desses resgates difíceis têm como fruto a Anencefalia. Por mais curto que seja o período de vida física do recém-nascido, a simples drenagem da intoxicação causada por sua imprevidência, lhe auxilia a reparar erros crassos, partindo rumo a novas existências isentas de dores incalculáveis, fruto de mérito do reencarnante.


Bem-aventurados pais e mães que aceitam essas flores em seu jardim. Tais como jardineiros celestiais, podem podar os brotos daninhos, irrigá-las, adubá-las devidamente, protegê-las de inimigos externos e amá-las, auxiliando-as a florescerem plenas e belas.Outro perigo, não menos importante em tal descriminalização, é a abertura de precedentes legais, para a liberação do aborto de outros fetos que denotem algum outro tipo de deformidade, e sabemos também, que tal ato abominável, é um passo para a descriminalização do aborto.





No entanto, cabe ressaltar que os legisladores e suas leis atrasadas podem errar, mas cabe a nós, a decisão quanto ao destino de nossas crianças. Aquele que erra, embasado em leis mutáveis e equivocadas, se torna co-autor, assumindo maior parcela de culpa, pois se a lei permite o crime, não nos obriga a tal desmando.

Hoje se libera o uso de entorpecentes leves, amanhã, se autoriza o uso de drogas mais pesadas. Hoje se libera o assassínio de seres com vestimentas deformadas, amanhã será a pena de morte e a eutanásia e de passo em passo, deixamos de ser “o coração do mundo e a pátria do Evangelho”, para nos tornarmos um celeiro de dores incalculáveis e intraduzíveis.



Passou da hora do homem do futuro deixar o niilismo de lado, alçando vôos firmes e seguros, rumo à realidade do espírito. Se ontem era tempo de entender, hoje chegou o tempo de amar.

Amemos a vida, respeitando-a e cultivando-a em todos os níveis.

Cabe a cada um de nós o estabelecimento do Reino de Deus na Terra, através da prática do Evangelho de Jesus, que é “O Caminho da verdadeira vida”.

Aquele que age, é um com o Pai.

Aquele que age mal está perdido.

Aquele que não faz nem o bem, nem o mal, torna-se conivente com o crime.

Sejamos, enfim, aquele que faz e acontece, sob a luz do Pai amantíssimo.






Alex Bonafini, é espírita, pesquisador, palestrante, dirigente da União Espírita de Piracicaba, médium, e divulgador da doutrina espírita, e colabora com o blog espiritismo Piracicaba.